Street Fighter: 25 anos de porradaria!
No dia 06 de fevereiro, Street Fighter completou 25 anos, e vou ser sincero com vocês: estou faz uns quinze minutos – mentira, duas horas – pensando na melhor maneira de começar a escrever sobre essa série de jogos. É tanta história, tantos personagens, tanto “pé na porta e soco na cara” – by Matanza, que fica difícil escolher um bom começo para essa publicação.
Foi aí que me dei conta… Street Fighter é um jogo tão marcante que dispensa apresentações! Logo, vamos pular para a parte interessante. O que você sabe sobre a série além de soltar Hadouken fazendo um “meia lua e soco”?
Vamos recapitular desde o início. Em fevereiro de 1987, a Capcom lança para Arcade seu primeiro jogo de luta. O objetivo: derrotar seus oponentes e vencer o torneio organizado pelo lutador conhecido como o “Imperador do Muay Thai”, Sagat. Ele é o final boss do primeiro Street Fighter e é com ele que você deve acertar suas contas no final. O interessante é que, além da campanha single player, a Capcom desenvolveu também um modo versus, permitindo batalhar contra outros jogadores. O outro jogador, entretanto, deveria estar ali, no mesmo lugar que você, no direcional ao lado do seu. Nada de online mode por aqui, amigos!
Para enfrentar Sagat, o jogador deveria controlar Ryu ou Ken, discípulos de um mesmo mestre que, através do torneio, tentam provar sua força. Antes de chegar até Sagat, porém, era necessário passar por outros dez adversários, cada um de um país específico.
As diferenças entre os Ryu e Ken são basicamente estéticas, já que ambos possuem os mesmos movimentos e técnicas. O que já chama a atenção logo de início é o cuidado que a Capcom teve ao desenvolver personagens carismáticos numa época em que enredo dos jogos não era lá muito valorizado. Ryu (representando o antigo espírito japonês de honra, foco e bom senso) e Ken (o americano bem abastado sedento por lutas desafiadoras) se vêem num misto de amizade e rivalidade, tema que é muito bem explorado nos jogos posteriores.
Em suma, o primeiro jogo da série inovou, mas não conseguiu provar a que veio. Não havia filas de pessoas esperando sua vez no fliperama com meia dúzia de fichas na mão. Não eram organizados com frequência torneios entre jogadores a fim de descobrirem quem era o mais habilidoso. Street Fighter tinha seu apelo, mas parecia faltar algo mais…
Felizmente, esse “algo mais” logo surgiu com o lançamento de Street Fighter II: The World Warrior.
Agora, estamos em 1991. Street Fighter II era lançado não só para Arcade, mas também para os consoles da época. Estamos falando desde o saudoso Master System até o Super Nintendo (SNES ou Super Famicom, você decide). Aqui, a franquia conseguiu tomar seu rumo, transformando-se na febre que hoje conhecemos.
A história dá uma guinada, colocando o supervilão M. Bison (Vega no Japão) em cena. Ele lidera o grupo terrorista conhecido como Shadaloo (ou Shadowlaw nos Estados Unidos), e está decidido a formar um exército com os melhores guerreiros da Terra. É por isso que ele dá início a um segundo torneio e coloca seus três melhores soldados para testar os participantes: Sagat, boss do primeiro jogo com um desejo de vingança contra Ryu, que o venceu no torneio de outrora; Vega (Balrog no Japão), o toureiro que utiliza uma máscara para esconder o rosto e uma garra para perfurar suas vítimas; e o boxeador Balrog (M. Bison no Japão), diretamente envolvido com a máfia dos cassinos de Las Vegas, nos Estados Unidos. Apenas depois de ganhar desses três lutadores, o jogador enfrentaria Bison e, se o vencesse, seria declarado o grande campeão da segunda edição do torneio Street Fighter.
Com a sequência de Street Fighter, você não seria obrigado a jogar apenas com Ryu ou Ken, sendo possível utilizar outros seis personagens: Chun Li, uma jovem que trabalha para a polícia internacional e quer vingar a morte de seu pai, assassinado por Bison; Guile, soldado americano que, assim como Chun Li, tem contas para acertar com Bison, que assassinou seu melhor amigo; E. Honda, lutador de sumô disposto a provar que sua arte marcial é a melhor do mundo; Dhalsim, lutador indiano que utiliza técnicas incendiárias para vencer seus oponentes; Zangief, pugilista originário de União Soviética, e Blanka, monstro criado nas selvas brasileiras.
Cada personagem possui uma história e, após encerrar o jogo com um deles, é possível assistir a conclusão de sua trama. Esse estilo de jogo tornou-se extremamente popular na época, e diversos outros títulos de luta começaram a ser lançados por outras produtoras, como Mortal Kombat, Fatal Fury, Samurai Shodown, Art of Fighting e o primeiro jogo da série Tekken.
Logo, a Capcom soltou Super Street Fighter II, que trazia a mesma história do jogo anterior, com a adição de outros quatro personagens: Cammy, membro das forças especiais inglesas com um passado obscuro relacionado a Bison; Fei Long, clara homenagem a Bruce Lee, por ser um lutador que também é astro de cinema; T. Hawk, índio mexicano que teve suas terras roubadas pela Shadaloo; e Dee Jay, músico jamaicano que busca no torneio uma inspiração para sua próxima música.
Como mensurar o impacto do segundo título da série Street Fighter e suas atualizações? Bem, ele é considerado um dos jogos mais influentes de todos os tempos e gerou para a Capcom mais de 14 milhões de dólares. E lembre-se que, naquela época, videogame era considerado “coisa de criança”, muito mais do que é hoje! Logo, arrecadar essa quantia de dinheiro é um grande feito.
Como continuação direta do segundo Street Fighter, temos em 1997 o lançamento de Street Fighter III: New Generation, e suas atualizações, 2nd Impact e 3rd Strike. Nesse jogo, lançado para arcade e consoles com base em CD, todos os personagens originais são descartados, com exceção de Ryu e Ken. Até mesmo M. Bison deixa seu posto de final boss, cedendo espaço para Gill, um estranho guerreiro com pele azul e vermelha e líder de uma organização chamada Illuminati, que deseja restaurar o equilíbrio no mundo por meios nem um pouco aceitáveis.
Dividindo o protagonismo com Ryu e Ken, temos Alex, guerreiro com um estilo de luta semelhante ao de Zangief, que deseja vingar seu amigo Tom, morto por Gill. Além de Alex, conhecemos várias caras novas: Dudley, que quer recuperar um carro que foi roubado (isso mesmo, roubado!) por Gill; Elena, princesa-capoeirista africana que procura por novos amigos no torneiro; Ibuki, ninja que vê no torneio seu teste final para graduar-se; Necro, russo raptado pela organização Illuminati e modificado geneticamente; Oro, exímio lutador que busca por um adversário digno de enfrentá-lo; Sean Matsuda, brasileiro que está sendo treinado por Ken; e os irmãos gêmeos Yang Lee e Yun Lee, mestres do Kung Fu. Nas atualizações do terceiro título da série, temos a adição de Chun Li; Urien, irmão de Gill; Hugo Andora, pugilista que procura por um parceiro; Makoto, jovem que perdeu seu pai e procura um Ryu uma forma de restaurar seu dojo; Q, um personagem misterioso que esconde seu rosto com uma máscara; Remy, um francês que esconde uma mágoa para com todos os lutadores por causa do desaparecimento de seu pai e da morte de sua irmã; Twelve, soldado geneticamente modificado pela Illuminati; e Akuma, que dispensa comentários (ou melhor, requer mais comentários do que o espaço que tenho aqui permite, então falarei dele posteriormente).
Não sei vocês, mas eu particularmente não sou muito fã do terceiro jogo da série. Por mais que a Capcom tenha trabalhado numa melhora da mecânica dos personagens e da jogabilidade, não temos nem de longe uma história tão sólida quanto a de Street Fighter II… Tanto que me considero fanático por essa franquia e nem sequer lembro dos personagens do terceiro Street Fighter.
Seguindo em frente, temos Street Fighter IV, lançado onze anos depois de Street Fighter III, para Playstation 3, Xbox 360 e PC. O jogo mescla personagens dos primeiros títulos com os de Street Fighter III. O novo vilão é Seth, também conhecido como Puppet Master. Ele é líder da S.I.N., divisão de armamentos da Shadaloo. Assim como outros personagens da série, teve seu corpo modificado geneticamente, logo suas habilidades são superiores a de um humano comum. Além de Seth, temos quatro personagens novos: Abel, um homem que sofre de amnésia e deseja matar todos os membros da Shadaloo que encontrar; C. Viper, agente americana; Rufus, lutador que deseja enfrentar Ken e provar que é superior; e El Fuerte, um lutador mexicano e chefe de cozinha.
Acompanhei de perto o lançamento do quarto game da franquia e tenho minhas ressalvas quanto a ele. É um bom jogo para se jogar online ou contra um amigo, mas, assim como o terceiro Street Fighter, vemos nesse jogo um certo descaso com a história dos personagens, que possuem pequenos vídeos introdutórios antes e depois de campanha. Acredito que o jogo poderia ser melhor desenvolvido nesse quesito, e nem mesmo com as atualizações Arcade Edition e Ultra Street Fighter IV, a Capcom conseguiu reparar isso. O filme The Ties That Bind, cuja imagem coloquei ali em cima, tenta focar mais na história, mas o excesso de personagens impede um bom desenvolvimento da mesma.
Entretanto, a Capcom prometeu uma história mais sólida com o novo título da saga, Street Fighter V. O lançamento mundial do jogo está previsto para 16 de fevereiro no Brasil e será exclusivo para Playstation 4 e PC. Não sabemos muitos detalhes sobre Street Fighter V, fora os personagens jogáveis e um trailer animal lançado no último dia 08. Dá uma conferida!
Animados? Pois é… Eu também!
Outros títulos da série:
Muitos leram até aqui e pensaram “esse cara não sabe de nada, vários jogos foram lançados entre esses aí que ele citou”. Pois é, foram mesmo! E vale a pena falar um pouco mais sobre cada um deles.
Como se esquecer de Street Fighter Alpha (ou Zero, no Japão)? Me lembro de jogar o primeiro jogo da série no Playstation e pensar: ué, por que o cabelo do Ken tá tão grande? Cadê o Vega? Por que o Bison não é o final boss de todos os personagens? Pois é, na minha opinião, a série Alpha inovou muito mais do que Street Fighter III ou IV, a começar pela proposta do jogo: mostrar o passado dos personagens. Lembra-se que eu escrevi lá em cima que logo falaria melhor sobre o Akuma? Pois bem, é chegada a hora!
Ryu e Ken estão no final de seu treinamento. O primeiro se especializa na técnica conhecida por Hadouken, enquanto seu amigo desenvolve melhor o Shoryuken. Prestes a saírem pelo mundo para desafiar novos oponentes e se estabelecerem como os melhores lutadores do mundo, Ryu e Ken são surpreedidos por Akuma (Gouki no Japão), um guerreiro extremamente poderoso que domina com maestria todas as técnicas ensinadas pelo mestre de Ryu e Ken, Gouken. E não é pra menos… Akuma é irmão de Gouken! O mestre de Ryu e Ken é assassinado por Akuma, e o enredo de Street Fighter gira em torno dos pupilos buscando vingança por seu mestre. O problema é que Ryu, decidido a ficar mais forte, desenvolve o lado negro da técnica ensinada por seu mestre, aquela que jamais deveria utilizar, o Satsui no Hado. Entretanto, se Ryu não apelar para o Satsui no Hado, jamais ficará tão forte quanto Akuma. O que Ryu fará para vencer seu pior adversário? Como é que Ken ajudará o amigo nessa missão?
A série Alpha foi lançada em 95 para Playstation, Playstation 2, Sega Saturno, Gameboy Color e PC e conta com três jogos, sendo o terceiro o meu favorito de toda a franquia (isso mesmo, incluindo os jogos tradicionais!). Por quê? Cada personagem possui técnicas definidas, combos bem construídos, histórias desenvolvidas e final bosses específicos. M. Bison não é o último a ser enfretando em todos os casos. Se você escolher Ryu, por exemplo, enfrentará Akuma. Se escolher Ken, enfrentará Ryu. Tudo é muito bem explicado pelo enredo caprichado de Street Fighter Alpha, e os jogos dessa série em específico são obrigatórios para qualquer fã de jogos de luta!
Street Fighter possui outros jogos? Sim! Aliás, a saga foi uma das precursoras do esquema ‘versus’. Street Fighter x X-men foi o primeiro. Depois tivemos Street Fighter x Marvel, Street Fighter x SNK, Street Fighter x Tekken… São tantos crossovers que fica até difícil de falar sobre eles… Mas, acho que, resumidamente, são jogos divertidos para se jogar com os amigos, com uma trilha sonora fantástica, gráficos similares aos de Street Fighter Alpha (com exceção do crossover com Tekken, que segue a base de Street Fighter IV) e história ok (sim, ok apenas, nada muito bem desenvolvido). Vale a experiência? Sim, vale! Faça combos que ultrapassam 30 hits, salte até as alturas, troque de personagens no meio da luta e enfrente final bosses gigantes (alô, Apocalipse?!).
Outras mídias
Quem se lembra do filme com o Van Damme? Hoje em dia, muita gente fala mal, mas foi impagável ver os personagens do game ali, na telona. Na época, eu gostava muito do Vega, e não curti muito o que fizeram com o personagem no filme. Como a produção é hollywoodiana, óbvio que o americano é o principal, fazendo com que Guile seja o fio condutor da história. Ryu e Ken não passam de trambiqueiros que querem se dar bem sem ter trabalho nenhum. Bison, o saudoso Raul Julia, é um senhor excêntrico com ares de ditador. A luta final entre Guile e Bison é bem interessante, já que a produção do filme se preocupa em explicar de onde Bison conseguiu aqueles poderes “estranhos” – pra quem não se lembra, Guile joga Bison contra um painel eletrônico, e o vilão é eletrocutado. Ao invés de morrer, porém, ele ganha poderes!
Outra produção americana que não é lá aquelas coisas é o desenho animado Street Fighter: The Game. O traço lembra muito os cartoons da década de 90, e o enredo é um pouco mais fiel ao game. A história, porém, não é lá aquelas coisas. Só para vocês terem uma ideia, Guile lidera uma equipe de segurança formada por Chun Li, Ryu, Ken, Cammy e Blanka. Não é algo ruim, mas não é meio… Preguiçoso? Pois é…
Nada é tão podre, entretanto, quanto o fiasco “A Lenda de Chun Li”, protagonizado pela Lana Lang – quer dizer, pela Kristin Kreuk. Aqui, temos um Bison loiro com pouco cabelo, o cara do Black Eyed Peas como Vega (sempre maltratados nos filmes, hein?) e uma Chun Li numa TPM eterna. Não recomendo esse filme e, por isso, nem vou falar muito sobre ele. É melhor usar o pouco espaço que me resta pra falar de coisa boa…
… e é lógico que vou terminar essa publicação falando sobre as animações japonesas de Street Fighter. Temos Street Fighter II: Victory, um anime com 29 episódios muito bem produzido, com algumas diferenças para com a história do game, mas ainda assim bem interessante. Ryu não usa sua tradicional faixa vermelha na cabeça, por exemplo. Analisando o anime por si só, não tem como criticar negativamente… é muito bom, e vale a pena assistir! O mesmo para a animação lançada no cinema, Street Fighter II. Nela, temos a clássica cena da Chun Li tomando banho (cortada nos cinemas brasileiros, mas eu vou deixar uma foto aqui do lado só pra despertar sua curiosidade) e uma batalha VIOLENTA entre Ryu e Ken. Obrigatório para qualquer um que gosta da história de Street Fighter e sente falta dela nos jogos novos. Essa animação é tão boa que, inclusive, gerou até um jogo que saiu só no Japão, chamado Street Fighter: Interactive Movie. Você já ouviu falar dele?
That’s all, folks! Compartilhem aí suas experiências com Street Fighter, e se eu me esqueci de algum fato importante sobre a franquia, deem um alô na seção de comentários!
Marcus Colz
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Parabéns ao autor, muito bom o texto!!! Sinceramente, SF sempre esteve entre meus favoritos, desde moleque, e agora lendo isso percebo como tive sorte em fazer parte da geração embalada pelos golpes de SF!
manooo lendo esse texto bateu uma puta vontade de jogar os SF antigos…
E onde q a historia/enredo faz alguma diferenca no jogo em si? Pelo menos nesses jogos antigos…
E aí Double Dragon, tudo bem?
Penso que uma história bem construída faz toda a diferença na experiência que o jogador tem com um jogo. Sou fã de Metal Gear, por exemplo, e o que me prende a série ate hoje é a história. Foi algo que teve seu valor desde o primeiro jogo da série até o Phantom Pain.
O mesmo com Street Fighter. É muito mais interessante pra mim jogar com um personagem cuja história eu acho interessante, do que pegar um bonequinho estilizado e sair dando uns socos no arcade. Capiche? 😉
Obrigado pelo comentário!
Muito bom! Isso que eu chamo de artigo com toque internacional. É difícil ver uma escrita com tanto trabalho, pelo menos aqui no Brasil é escasso. Street Fighter eu acompanho desde 1991, quando joguei pela 1ª vez em um SuperNes de locadora. Tudo que você escreveu sobre Street Fighter está exemplar. Estou no aguardo do SFV. Os filmes, os jogos acompanhei todos, sempre me divertem muito.
Agora sobre alguns lances do texto nas partes iniciais só para ressaltar… teve uma hora que vossa autoria disse: “numa época em que enredo dos jogos não era lá muito valorizado”.
– Se SF fosse lançado antes de 1985, era capaz um jogo ter uma história não seria nbada de mais, e ter uma história seria algo totalmente inovador, mas em 87? Em 84 já existia Dragon Slayer que ensinava o quanto um jogo pode ter um enredo e não apenas jogar para fazer pontos, como acontecia nos jogos do Atari. Ninguém mais queria jogar por jogar sem rumo, a grande maioria de jogos de plataforma e luta ainda mais os RPGs que estavam aparecendo na época já tinham enredo, alguns mais fortes outros mais fracos. Mas isso lá fora já era levado em grande consideração principalmente pelas Revistas de Games internacionais. Tudo dependia da experiência dos escritores das softhouses que faziam parte da equipe. Há quem ache que Ardy Light Foot (não sei por qual motivo este me veio a cabeça) do Snes tem uma história tosca. Nessas horas não tem nem o que falar para estas pessoas né.
“E lembre-se que, naquela época, videogame era considerado “coisa de criança”, muito mais do que é hoje!”
– É verdade em termos, o videogame só foi considerado objeto infantil aqui no Brasil, porque quem distribuía eram fabricantes de brinquedos ou relacionadas a brinquedos. Quando a gente fala em videogame temos que pensar em todos os produtos… Máquinas Arcade, Portáteis e os próprios consoles, e a indústria nunca pensou inicialmente em crianças para vender seus jogos. O lance era um objeto que servia para a família ter o que fazer enquanto ficava com medinho de uma bomba explodir a qualquer momento, durante a Guerra Fria. Depois as máquinas de Arcade no Japão, um lugar tipicamente para adultos, é só lembrar que em cada máquina Arcade tinha um cinzeiro parafusado rsrs, depois de um tempo as empresas viram que quem toma a decisão de compra são os jovens, porém, existem muitos adultos que jogam games, seja em videogame ou computador, até porque jogava Atari/Master System/NES, hoje está jogando PS4/Xbox One/PC. Existem pesquisas que mostram que atualmente a maior parte de jogadores tem 30 anos ou seja, as pessoas cresceram.
Na última pesquisa de 2015, apenas 29% dos gamers são menores de 18 anos. Em compensação, cadê os jogos para 18 anos? Categoria Mature. Quase não temos mais, e no caso do autor lembrar da época de 1997 com Carmageddon e, posteriormente Manhunt, o que foram eles, sabe do que eu estou falando. Desde 1994 que existe a categoria acima de 17 anos a famosa Mature, e a complicada AO, pelo órgão ESRB.
O problema é, veja só, em 2014 apenas 14% dos jogos receberam categoria Mature… ou seja, temos mais adultos jogando porém, os jogos estão cheios de temática para agradar a família, já que a maior parte dos jogos receberam tudo categoria E da famosa “para todas as idades”.
O chato de tudo isso é que infelizmente não existe uma pesquisa em âmbito Brasil. Normalmente os números são voltados para Estados Unidos, Reino Unido, Ásia. Enquanto isso, nós nunca iremos descobrir oficialmente quem joga mais, o que jogamos mais, etc aqui no Brasil. A mentalidade continuará parada lá nos anos 90 com pessoas por aí achando que videogame “é coisa de criança”.
Mas enfim, eu considero o videogame (Console) como um aparelho do tipo um BluRay, DVD Player ou até um Video-Cassete, só que muito mais, Sistema de Entretenimento e Interação, porque eu controlo o que se passa na tela. Pena que por aqui em nosso país, a tradução sempre acaba por tentar diminuir o valor do produto diante do público. Quem sabe isso um dia mude!
E se o autor desejar descobrir maiores números da pesquisa, recomendo este link da ESA: http://goo.gl/pptsm2
Novamente, parabéns pela publicação sobre Street Fighter! Flw.
E aí Marvox, tudo bem?
Primeiramente, obrigado pelo comentário e pelos elogios! Essa publicação realmente deu um pouco de trabalho pra fazer, mas é o mínimo que uma saga como Street Fighter merece, né? 😛
Bem, quanto aos pontos que você levantou, concordo que alguns jogos já priorizavam a história, mas repare que você citou apenas jogos de RPG – e esses jogos precisam ter uma história bem desenvolvida, senão a experiência do jogador com esses jogos em específico é prejudicada. Fora os jogos de RPG e alguns títulos fora desse segmento, como Metal Gear, pouquíssimos eram os jogos que tinham uma história mais trabalhada. Ainda mais com um jogo de luta como é o caso de Street Fighter, as chances de prestarem atenção na história era quase zero.
Referente ao “videogame é coisa de criança”, me referi justamente a isso que você falou. Era algo que os pais compravam para os filhos para poderem jogar juntos. Era diferente dos dias de hoje, onde temos alguns jogos PEG 18. Sendo assim, acredito que as vendas eram prejudicadas, pois o nicho de publico que os consoles atingiam era menor do que atingem hoje. Por isso que os números de Street Fighter impressionam. Quis deixar isso claro porque poderia aparecer alguém falando que esse resultado não significa nada se comparar com GTA V, por exemplo, que vendeu sozinho mais de um bilhão de dólares. São realidades diferentes e por isso os números não podem ser comparados de maneira tão crua, entende?
Por favor, continue participando do site pelos comentários! Os dados que você trouxe são muito interessantes!
Abraço!
Parabéns pela pesquisa. Street Fighter sempre estará nos nossos corações.
hehehee
E aí Rafael, tudo bem?
Street Fighter é um dos melhores jogos já lançados, sem sombra de dúvida! Permanece sempre em nossos corações mesmo haha!
Obrigado pelo comentário e volte sempre! 😉
Abraço!