Resenha: Homem Aranha – Azul de Jeph Loeb e Tim Sale
Peter Parker nunca foi conhecido pela sua sorte quanto aos relacionamentos pessoais; até por isso ele esconde sua identidade do mundo, para que ninguém sofra por seus atos. Mas nem sempre isso é possível, vide Tio Ben e Gwen Stacy. E é dela que Homem Aranha – Azul trata: a “sorte”.
Na história, Peter Parker grava uma fita cassete relembrando de como ele e Gwen se conheceram e tudo o que passaram juntos, os valentões da escola, os problemas no trabalho, etc.. Sem contar nos vilões que apareciam para estragar os encontros entre os dois. Tudo narrado por um Peter Parker saudoso durante o dia dos namorados.
Além de como se conheceram, é também narrado as poucas e boas que o Aranha passa e a vasta galeria de vilões do aracnídeo. Todos atrapalhando o namoro de Peter e da loirinha Stacy. E também é mostrado a amizade de Gwen e MJ (então amiga de Peter). E tudo isso com um desfecho que nos traz uma reflexão sobre a vida. O quão curta ela é, como não nos damos tempo para o luto, para o lamento… apesar de ficar gravado na memória, é preciso seguir em frente.
A obra da dupla Jeph Loeb e Tim Sale tornou-se um clássico entre as publicações da Marvel, pela carga emocional e por trazer a tona algo tão delicado na história do personagem mais querido da Casa das Idéias, que foi a morte de Gwen Stacy.
Jeph Loeb trabalha muito bem o sentimento de Peter por Gwen. Loeb também trabalhou com temas parecidos na DC, refazendo a dupla com Sale em títulos igualmente icônicos como Batman: Dia das Bruxas, Longo Dia das Bruxas e Vitória Sombria, Superman: As Quatro Estações, Mulher Gato: Cidade Eterna. Os traços de Tim Sale são inconfundíveis e a forma que ele dá a Gwen e a MJ são de uma elegância ímpar.
Esta obra faz parte do que chamam de A Trilogia das Cores, composta também de Demolidor – Amarelo e Hulk – Cinza. Todas remetendo aos heróis relembrando eventos passados que envolviam suas namoradas; E as cores, além de remeter aos primeiros uniformes de cada um, também remetiam a um sentimento; No caso do Homem Aranha, o azul é relacionado à tristeza.
Altamente recomendável!
Jean Bonjorno
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bem legal essa historia, bons tempos do Loeb qd ele era bom
A ultima que li dele, não sei se foi a mais recente foi uma do Batman… Inimigos Públicos… achei OK… mas me chamou a atenção a história final, que era desenhada pelo Sale… não sei… Mas acho que eles funcionam bem demais como dupla… Não acompanho muito ele atualmente… só sei que está envolvido nas séries da Marvel… só…
Loeb escreve historias ludicas, meio fora do comum. Acho que o estilo dele cabe mais em algo como Sandman ou Hellblazer… com super herois de primeira linha fica meio “boboquinha”, apesar de bonito e emocionante, as vezes. Medio.
Essa trilogia era pra ter sido um monte de minis “coloridas”… parece que as vendas decepcionaram e acabaram ficando apenas as tres mesmo
Vi que foi lançado recentemente, ou estava pra ser lançado, o Capitão América: Branco, eu acharia interessante ter essa vertente de outros personagens, como eu disse, o lado mais humano deles, não só meter porrada em vilão, sabe?
o Superestimado Jeph Loeb…
Eu, particularmente gosto bastante das obras dele, principalmente quando faz essa dupla com Tim Sale, acho as histórias bem reflexivas, mais humanas do que super heróicas…