Resenha: Vampirella – Grandes Mestres
Lançado em 2015, o título Vampirella – Grandes Mestres reúne histórias dos autores Grant Morrison e Mark Millar. Ambos, juntos, em Mal Ascendente e Guerra Santa, e Morrison individualmente em Jogo Sangrento. Já Millar assina sozinho Um Dia no Inferno.
Na história principal, escrita pela dupla, a vampira ressurge para realizar o que foi ordenado por sua mãe, Lillith: dizimar os vampiros da Terra. Pra isso ela conta com vários aparatos, como as clássicas, água benta e a estaca de madeira. Mas também tem muita tecnologia em balas com a cruz grava, granada de água benta, entre tantas outras.
A história envolve algo além de vampiros e nisso entram os vilões, que fazem parte da máfia italiana e o Antivaticano (que nada mais é que a ordem religiosa às avessas) e o líder da máfia, Von Kreist, um imortal que lidera um enorme grupo de vampiros que tentam dar trabalho para a Vampirella.
Von Kreist pretende implantar as idéias do Antivaticano nos Estados Unidos e dominar o país, e aqui a trama apresenta mais uma personagem, Dixie, filha do antigo líder da máfia, morto por ela própria, sendo coagida pelo imortal e sua irmã Pixie a se torna uma vampira, depois de morta pelo pai, também enquanto era coagido…
Apesar de Vampirella não ser afetadas pelos “defeitos vampíricos”, o vilão ainda consegue retardá-la, e pensa ter vencido a vampira por duas vezes, o que a deixa ainda mais nervosa. Mas ela não termina o serviço sozinha, contando com a ajuda de uma ordem religiosa de freiras caçadoras de vampiros. Estas, também possuem muita tecnologia para o combate aos mortos-vivos e é um detalhe muito importante dessa ordem que deixa a história mais interessante, inclusive para o desfecho.
Destaco aqui, além de todo o poder da personagem, que os roteiristas fazem questão de colocar algo mais do que porradaria. Tem muita estratégia envolvida nas lutas e nas buscas por soluções práticas para a resolução dos problemas.
A personagem tem uma conotação sensual muito presente nas histórias, muitas páginas – e parte do enredo – são baseadas nisso, e até mesmo os desenhos da artista Amanda Conner deixam isso explícito. E apesar da edição da Mythos não vir com nenhum tipo de censura, imagino que não seja o tipo de leitura ideal para uma criança.
Essa é a minha dica da semana. Continuem acompanhando! Um feliz Natal a todos os maxileitores!
Jean Bonjorno
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Vam pirella sempre me irritou. É um daqueles casos de s e x ualidade extremada de um personagem, mas que nao se traduz em historias ou momentos s e x ies, muito menos de p o r n ografia. E isso me incomoda. Fica no me engana que eu gosto. Só insinuações. Ao contrario de Druuna que entrega o que promete, a Vampirella só fisga mesmo, mas depois a gente ve que nao tem nada ali que justifique o hype. Ai vem uma obra desse quilate, por esses artistas e a gente fica esperançoso de que agora o conteudo sera pela primeira vez decente no sentido de uma historia boa e sem se ancorar nas curvas e na expectativa de s e x o com a protagonista. Vou comprar! Boa dica!
Ainda acho que tenha bastante coisa mais apelativa, digamos assim, por ser a Vampirella, mas acho que é mais do que simplesmente só exploração das curvas e sensualidade dela…
Sendo sincero, é a primeira HQ dela que leio.
Espero que goste… Hehe