Resenha: O Quarto Cavaleiro – a autobiografia de um psicopata inveterado

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Livro: O Quarto Cavaleiro: a autobiografia de um psicopata inveterado

Autor: Samuel Cardeal

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Editora: Independente

Ano: 2015

Páginas: 346

Em tempos de fervor político, vemos em nosso querido Facebook uma vasta gama de pessoas com o desejo de acender um coquetel molotov e lança-lo em alguma instituição política. É um nível muito alto de sacanagem per capita; isso há de se concordar.

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Este livro é sobre um psicopata. Na imagem: Anthony Perkins (Norman Bates) em Psycho (1960).
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Capa do livro “O Quarto Cavaleiro”.

Tal situação me traz a esta resenha; fez-me lembrar deste ótimo livro para pessoas que possuem desejos sádicos para com nossos queridos políticos: O Quarto Cavaleiro: a autobiografia de um psicopata inveterado. Na onda de Dexter (quem lembra?), o livro retrata a história de um psicopata que resolve fazer um bem para o mundo de alguma forma… dando uma coça nos políticos.

Samuel Cardeal nos presenteia com um livro engraçado, polêmico e corajoso, escrito em primeira pessoa por um psicopata em ascensão.

De Minas Gerais aos clãs do Norte, o livro nos traz boas risadas e muita violência.

Enfim, O Quarto Cavaleiro conta a saga de Leonel, uma mente peculiar nascida em meio a uma estressante cidade pequena (apenas aqueles que já viveram em uma cidade pequena sabem quão caótica esta pode se tornar).

Antes que a juventude o beije, o jovem descobre seu desejo por sangue e inicia seu caminho rumo seus secretos crimes – não sem um certo parâmetro de escolhas, uma forma de tentar compensar o mal com o bem (amém).

O narrador-personagem, Leonel, apesar de vangloriar o quão independente e sem sentimentos é, mostra-se preocupado com as pessoas que gosta e sente-se até mesmo abalado perante algumas situações. Amigos, família e um amor para eriçar os pelos, talvez seja muito romântico imaginar que toda e qualquer pessoa se sinta – intimamente – ligado a estas coisas, mas é como penso, e sinto que também seja como o autor pensa.

O fato do romance estar escrito em primeira pessoa torna o leitor bastante próximo do personagem, criando um laço e uma necessidade de saber o que acontece em seguida – o que é sempre bom.

Com uma acidez política e um discurso no mínimo polêmico sobre a elite burguesa e política brasileira o personagem termina de te conquistar.

O dossiê é fantástico e hilário.

No mais, meu caro, é um livro bom para você ler se já está cansado dessa merda toda que esta corja nos faz engolir dia-a-dia.

Talvez falte alguns nomes para a lista… enfim. Não insinuando nada, é claro.

Aproveite!

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Matheus Mundim

Economista por formação e escritor por insistência. Acreditava que devíamos nos envolver com a ficção, pois as verdades da vida nos levariam à loucura. Enlouqueceu acreditando nisso.

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