Metal Gear – Top 5 com os melhores jogos da série
Metal Gear dispensa apresentações. A franquia não só inovou seu próprio segmento, como o mundo dos games como um todo. Além de apresentar uma história sólida (quem sacou o trocadilho?), Metal Gear oferece uma premissa diferente dos demais jogos de ação: ao invés de entrar na base inimiga destruindo tudo e todos, o jogador deve infiltrá-la sem ser percebido. Quanto maior for seu stealth, maior será seu ranking no final de cada jogo. Até hoje, chama a atenção por ser o primeiro jogo a dar ênfase em progredir sem ser detectado ou matar inimigos e também por sua longevidade. O primeiro jogo da série foi lançado em 1987 pela Konami para a plataforma MSX, ou seja… Já são quase trinta anos!
Um breve histórico.
Desenvolvido por Hideo Kojima, uma das grandes referências no mundo dos games, Metal Gear apresenta Solid Snake, soldado da equipe de elite FOXHOUND. Ele deve se infiltrar na base Outer Heaven e destruir uma máquina de última geração capaz de lançar mísseis nucleares – o temido Metal Gear.
Se você mora debaixo de uma pedra e ainda não sabe quem é Hideo Kojima, aí vai um breve resumo: além de designer de games, também é produtor e é considerado “diretor autoral”, ou seja, direciona o desenvolvimento de um determinado produto de acordo com sua visão pessoal, sem a intervenção de terceiros. Começou trabalhando na Konami do Japão na segunda metade da década de 80 e, hoje em dia, possui seu próprio estúdio, a Kojima Productions. Produziu diversos jogos além de Metal Gear, como Zone of the Enders e Policenauts.
O primeiro título da série já apresenta alguns elementos que tornaram-se marcas registradas de Metal Gear, como o codec e a caixa de papelão para se esconder dos inimigos. Completamente desarmado, Solid Snake deve encontrar ferramentas na própria base guiado por seu contato e líder, Big Boss.
Com diálogos profundos, cheios de filosofia, questionamentos acerca da condição humana e da corrida armamentista, Metal Gear logo se destacou diante dos demais jogos. A jogabilidade, apesar de não apresentar grandes inovações, funcionava muito bem para a proposta do jogo e a história teve uma construção apropriada, mesclando a simplicidade dos jogos oitentistas com a complexidade que Kojima sempre atrela à suas produções.
Uma continuação foi lançada em 1990, Metal Gear 2: Solid Snake. O jogo possuía a mesma premissa, porém apresentou melhorias na jogabilidade, na trilha sonora, na inteligência artificial dos inimigos e na construção dos cenários, cada vez mais complicados.
A saga atingiu seu ápice em 1998, com o título Metal Gear Solid, lançado originalmente para Playstation. Os gráficos 3D do console permitiram uma verdadeira revolução em Metal Gear – que, por sua vez, revolucionou novamente a cena dos jogos eletrônicos. Solid Snake entra em ação uma vez mais, para a felicidade dos jogadores.
Não darei muitos detalhes sobre a história agora. Por quê? Ora, vamos deixá-la para o já famigerado TOP 5 do Maxiverso de melhores games! Se você perdeu o da semana passada, onde falamos sobre a franquia Final Fantasy, clica aqui para conferir. Se já viu, segue em frente comigo para descobrir quais são os melhores jogos da série Metal Gear, na opinião do Maxiverso!
Pronto?! Lembrando que, daqui pra frente, teremos alguns SPOILERS. Continue apenas se não se importar em saber detalhes importantes da história da franquia.
TOP 5 – Os melhores!
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Na quinta posição, temos o jogo mais atual da série, Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Apresentando o sistema de mundo aberto pela primeira vez, o game permite que o jogador tome as mais variadas decisões que, por sua vez, acarretarão nas devidas consequências. Por mais que exista uma linearidade, não é necessário se prender unicamente a ela. Foi lançado em 2015 para Playstation 3, Playstation 4, Xbox 360 e Xbox One, sendo o segundo jogo da franquia para a nova geração de consoles.
O enredo de The Phantom Pain baseia-se na história de Big Boss no ano de 1984 – ou seja, os eventos desse jogo se dão antes mesmo do primeiro game da franquia, cuja história se passa em 1995. Depois de perder sua base e permanecer em coma por nove anos, Big Boss deve se reerguer e caçar Skull Face, terrorista responsável por sua queda. No caminho, faz diversos aliados, como a sniper Quiet e o mascote D-Dog, bem como alguns inimigos – estamos falando de você, Eli!
Além de representar um avanço na própria temática de Metal Gear, The Phantom Pain também mostra seu potencial quando comparado a outros jogos de ação da atualidade. Sua jogabilidade proporciona horas de diversão ininterrupta, já que há muito mais além das missões que se passam no Afeganistão e na África. Você deve gerir a Mother Base de Big Boss, construir seu exército, recrutar novos soldados e extrair objetos de valor para utilizar em sua própria base. Devemos lembrar também do modo online, onde as bases construídas pelos jogadores podem ser invadidas, agregando dinamismo ao jogo.
Por se tratar do último jogo da franquia com a participação de Hideo Kojima, Metal Gear Solid V teve a missão de dar um fim a história de Big Boss e ligá-la aos outros jogos, que se passam anos depois. Logo, já adianto que o final do game é chocante, apesar de algumas pessoas já terem desconfiado dele antes mesmo de seu lançamento. É obrigatório para qualquer um que gosta da história da saga Metal Gear e deseja vê-la concluída.
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O primeiro Metal Gear também está no Top 5 – o que já deixa evidente o quão relevante é apesar dos mais de vinte e oito anos de seu lançamento. E por que um jogo com jogabilidade e gráficos limitados estaria aqui, na quarta posição, sendo que tantos outros games foram lançados depois? Simples… O propósito de Metal Gear é divertir e, ao mesmo tempo, contar uma boa história. Ambas tarefas são realizadas com sucesso. Solid Snake é o típico herói durão que possui um lado ora cômico, ora sentimental. Isso é mostrado com muita naturalidade durante toda a história. Big Boss, inclusive, faz parte dela, sendo o principal contato de Solid Snake durante a missão de Outer Heaven.
Além da equipe de apoio em seu codec, Solid Snake tem vários aliados presos na base inimiga, como o lendário soldado Grey Fox, que fora enviado para a mesma missão dias antes e acabou sendo capturado pelo inimigo. Ao libertar cada novo personagem e descobrir uma nova frequência no codec, um pouco da história de Solid Snake é contada. Diversas informações sobre armamentos e a industria da guerra são compartilhadas, mostrando que, apesar do estigma de “coisa de criança” que os videogames possuíam na década de 80, Metal Gear já apresentava uma história complexa e séria.
Aliás, já que falamos do tal “inimigo” no parágrafo acima, quem é ele? Vemos apenas soldados espalhados pela base, sabemos que precisamos destruir o Metal Gear, mas em momento nenhum somos apresentados ao líder terrorista que controla Outer Heaven. Quer saber quem é? Mesmo?! Ok, então lá vai… O grande vilão do primeiro Metal Gear é o próprio Big Boss. Através de sua visão deturpada de certo e errado (que talvez se justifique por todas as tragédias que ocorreram em The Phantom Pain), Big Boss deseja revolucionar o mundo e, para isso, deve ter em suas mãos algo poderoso o suficiente para ameaçar as outras nações do planeta. O interessante é que, enquanto essa descoberta nos é apresentada, Big Boss tenta guiar Solid Snake por caminhos errados, evitando que ele chegue até o local onde o Metal Gear está. Como todas as orientações dadas até este momento estavam corretas, é impossível não confiar nele. O jogo te manipula para que você, jogador, também fique com raiva de Big Boss.
Tudo isso num “joguinho” para MSX, na década de 80. Acho que dá pra deixar ele pelo menos na quarta posição, não é?
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O terceiro lugar de nosso Top 5 pertence a um jogo que se passa antes do primeiro Metal Gear e de The Phantom Pain – mais precisamente, no ano de 1974. Nele, acompanhamos novamente a construção do império de Big Boss – que é destruído anos depois em The Phantom Pain. Foi esse jogo que deu origem ao esquema que fora aperfeiçoado em The Phantom Pain: a construção a Mother Base e administração de seus recursos. Os veículos enfrentados durante as missões, como tanques e helicópteros, podem ser capturados e utilizados como parte de seu próprio exército. Diferente dos outros Metal Gear, Peace Walker possui uma divisão por missões, e cada uma possui, em média, quatro cenários diferentes.
Big Boss segue até a Costa Rica, juntamente de seu exército mercenário, Militares Sans Frontieres (Militares Sem Fronteiras), para combater uma força militar desconhecida que ameaça o mundo com mísseis nucleares. O senso de justiça de Big Boss é bem forte nesse ponto da história, e seu exército ajuda as nações que não possuem forças armadas para se defenderem em conflitos. Toda e qualquer afiliação que um dia possuiu com os Estados Unidos deixou de existir, e muitos querem a cabeça de Big Boss por isso.
Nesse jogo, conhecemos melhor o lado mais humano de Big Boss, que encontra-se num misto de esperança e determinação na construção de sua base e exército, mas traumatizado pela traição e posterior morte de sua mentora, The Boss. Durante as missões na Costa Rica, Big Boss conhece a estudante Paz Ortega e o professor Ramon Gálvez Mena (que, estranhamente, conhece o passado de Snake e apresenta, ainda no início do jogo, uma gravação contendo a voz da mentora de Big Boss… ela não estava morta?), que revelam-se no final do jogo membros de um misterioso grupo militar chamado Cipher. Skull Face, que destruiu a base de Big Boss em Metal Gear Solid V, é um dos comandantes desse grupo, cujo principal líder é Zero. Mas… Quem é Zero? Continue lendo e descubra!
Peace Walker possui uma jogabilidade excelente, uma grande variedade de armas e itens (que vão ficando cada vez mais eficazes a medida em que a base se desenvolve) e uma história envolvente com personagens bem construídos. Elementos obrigatórios de qualquer jogo de ação que se preze!
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Antes de falar sobre nosso segundo lugar, peço que veja essa abertura. Viu? Ok, vamos continuar…
Fiquei em dúvida se esse jogo merecia ficar em segundo ou primeiro lugar. Foi uma das melhores experiências que já tive com um game; uma história muito bem construída, envolvendo a Segunda Guerra Mundial, com os já tradicionais personagens de Metal Gear. Em Snake Eater, estamos em 1964 e presenciamos a primeira grande missão de Big Boss, que na época utilizava o codinome Naked Snake. Após deixar a CIA, ele é enviado para a União Soviética para resgatar um cientista chamado Sokolov. Ao chegar no local, encontra sua antiga mentora, The Boss.
Confuso, Snake tenta entender o que ela faz ali, e logo tudo fica claro: The Boss havia traído os Estados Unidos, deserdando para a União Soviética. Estava ao lado de Volgin, um Coronel da GRU que também recruta membros da Cobra Unit, cuja liderança natural encontra-se em The Boss.
Depois da descoberta, Snake volta aos Estados Unidos para, em seguida, ser enviado uma vez mais para a União Soviética por Major Zero, agora seu principal contato e, futuramente, um de seus maiores inimigos. Sua nova missão é eliminar a antiga mentora antes que a notícia da traição vaze e se transforme num escândalo internacional. A maior parte do jogo é ambientada numa floresta tropical fictícia, e todas as batalhas contra os chefes – cada um com sua particularidade, como um velho sniper chamado The End cujo confronto dura, em média, meia hora – são travadas nessa área.
A medida em que o jogo se desenvolve, vamos conhecendo melhor a trama de Volgin, ao passo em que descobrimos a real intenção por trás da traição de The Boss. Não ouso contar com detalhes essa parte da história – é tipo a primeira regra do Clube da Luta… você jamais fala sobre o Clube da Luta – pois prefiro que os jogadores tenham a experiência de jogar esse jogo e descobrir por si próprios a verdadeira obra-prima criada pelo gênio Hideo Kojima. Ele sempre se destacou nas criação dos jogos da série Metal Gear, mas vejo seu ápice criativo em Snake Eater. Fatos reais se misturam com a fantasia de Kojima, e temos como resultado um enredo digno de uma grande obra cinematográfica. Na ordem cronológica dos acontecimentos, trata-se do primeiro jogo da série, logo pode ser uma boa ideia começar a jogar Metal Gear a partir de Snake Eater.
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Considerada por muitos a obra máxima de Hideo Kojima, Metal Gear Solid não poderia deixar de figurar o primeiro lugar em nosso Top 5. Neste jogo, que se passa em 2005, vemos Solid Snake voltando a ativa após alguns anos afastado das forças armadas e do campo de batalha. Seus serviços são solicitados pelo coronel Roy Campbell, e seu mais novo objetivo é se infiltrar numa ilha remota do Alasca onde armamentos nucleares são despejados. A base instalada no local, chamada Shadow Moses, foi tomada por uma força terrorista geneticamente modificada chamada… adivinhem? Foxhound! Sim, o mesmo grupo que Solid Snake fizera parte no passado. No comando do grupo, está o irmão do nosso protagonista, Liquid Snake. Ele revela que ambos são clones de Big Boss, que fora morto por Solid Snake há seis anos, durante os eventos de Metal Gear 2. Os restos mortais do lendário soldado e mercenário, porém, estão nas mãos dos Estados Unidos, e Liquid Snake deseja obtê-los a todo custo. Para ameaçar a nação americana, o vilão se apropria do Metal Gear REX, projeto que estava sendo desenvolvido em segredo pelos Estados Unidos.
Snake deve, além de enfrentar o próprio irmão, descobrir quem é realmente. Essa viagem por sua própria consciência e história é uma das principais temáticas de Metal Gear Solid, que também marcou pela revolucionária jogabilidade e pelo sistema stealth bem definido.
Podemos responsabilizar o sucesso da franquia a este jogo em específico, que fora lançado em 1998 para Playstation. A partir dela, Metal Gear tornou-se não apenas uma excelente série de jogos, mas um ícone da cultura pop e referência para diversos outros games que saíram em seguida.
Quem já jogou, provavelmente deve se lembrar da derradeira batalha final entre Solid Snake e Liquid Snake. Épico, não?
Pensa que acabou?
NOT YET. IT’S NOT OVER YET!
Se você ainda não conseguiu se convencer da qualidade inegável de Metal Gear, assista ao vídeo abaixo. Trata-se de um trailer de divulgação de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, com algumas cenas que contextualizam também os outros jogos da série – tudo embalado pelo belíssimo tema da personagem Quiet, cantado pela modelo e atriz Stefanie Joosten.
E aí, concordou com a nossa lista? Seu jogo preferido da franquia Metal Gear ficou de fora? Não deixe de participar através da seção de comentários!
Marcus Colz
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muito bom esse ranking, eu colocaria outra ordem e meu vencedor tb seria outro, mas ranking é tudo pessoal ne
O primeiro é insuperável. Claro que está velho e defasado mas ele tem que ser analisado com base em qd foi lançado e nao hj em dia, e por isso eu repito: ele é insuperável. Mesmo o MG Solid não causou um impacto tao grande no seu lançamento e nem influenciou tudo que veio depois como o primeiro. Imortal!
que tal um post atualizado desse ranking?
meu Deus onde estava esse post qd eu precisei dele anos atras kkkkkkkkkkkkk excelente, parabens!!! digitando com os pés pq com as mãos eu bato as devidas palmas