Resenha: O Homem que Caiu na Terra
Título: The Man Who Fell to Earth (no Brasil: O Homem que Caiu na Terra)
Autor: Walter Tevis
Editora: Darkside
Ano: 1963 (no Brasil: 2016)
Páginas: 224
Quando vi o livro, dada a morte de David Bowie no começo no ano, pensei que fosse uma biografia do estimado cantor. Não conhecia o filme. Foram várias páginas até notar que ele não apareceria no livro. Aí tomei conhecimento do filme.
O Homem que Caiu na Terra é uma ficção científica que representa bem o tempo em que ela fora escrita. Talvez hoje, principalmente para as pessoas mais novas, seja absurdo pensar em alienígenas vindos de Marte ou de Vênus. Contudo essa era uma crença grande entre os menos céticos da sociedade. Marcianos e venusianos ao invés de vidas existentes em outras galáxias a milhares e milhares de anos luz.
Assim, quando Nathan Bryce, um químico, nota o rápido desenvolvimento da tecnologia no último ano, ele logo infere: um marciano veio pra Terra.
E ele não está tão errado.
O senhor Newton (interpretado no filme pelo David Bowie), dono da World Enterprises Corporations, que vem desenvolvendo as novas tecnologias, é, de fato, um ser de fora da Terra. De Anthea, mais precisamente. Um planeta que está morrendo e enviou sua última salvação para a Terra, um planeta com tudo muito abundante.
O plot principal, ao meu ver, é a imersão de um ser externo a humanidade na própria. A afeição crescente e a empatia improvável. Com o tempo na Terra, Newton torna-se cada vez mais humano.
Por outro lado, outras coisas são interessantes e relevantes (no tocante à época na qual o livro foi escrito): o receio de uma guerra que acabaria com o mundo, o ambiente da Guerra Fria e grandes especulações envolvendo o governo.
É um clássico da ficção científica, tido por muitos como um filme cult; logo, um livro cult também, curto e que vale a pena ler. É divertido e instigante.
Por fim, seria maldade não destacar o papel gráfico que a Darkside entrega. Um livro maravilhoso de capa dura com cores fortes e até com as folhas pintadas de laranja nas dobras. É muito bonito! Para colecionar mesmo!
Matheus Mundim
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A premissa é bem legal e, realmente, abre espaço para falar de temas bem diversos. Não prestei muita atenção nesse livro quando a Darkside anunciou o lançamento, mas agora está na lista!
o livro é melhor que o filme, que ficou lento demais, tomadas longas e inertes, pouco conteúdo narrativo e muitas cenas desnecessárias, constando lá apenas para composição temática visual… apesar do Bowie – que com seu jeito andrógino e meio blazé ficou perfeito no papel – o filme não consegue ser bom, é cult apenas pela temática.