Crítica: Liga da Justiça
Direção: Zack Snyder
Elenco: Ben Affleck, Gal Gadot, Ezra Miller, Jason Momoa, Ray Fisher, Jeremy Irons, Ciaran Hinds, Amy Adams, Diana Lane, J.K Simmons, Connie Nielsen, Jesse Heisenberg e Henry Cavillo
Nota 3/5
* O texto pode conter Spoiler!
Desde que assumiu a direção deste Liga da Justiça, depois do abandono de Zach Snyder devido a uma terrível tragédia familiar, é notório que houve uma mudança narrativa com Joss Whedon na direção – ainda sim, em seus créditos se assume como um filme de Zack Snyder e não dirigido por Zack Snyder. E mesmo cabendo uma discussão moral e profissional sobre o fato de terem refilmado ou não parte do material de Snyder, é preciso focar nos elementos desta obra servindo como pontapé inicial da união do grupo de super-heróis depois dos acontecimentos vistos em Batman Vs Superman – A Origem da Justiça. Elemento estes que, mesmo com vários problemas que vamos discutir mais a frente, ainda conseguem divertir através da interação entre os seus personagens principais, pautados na leveza e no humor, sem abrir mão das características dos mesmos – ademais, de qualquer maneira, evita também o excessos narrativos em abundância e os problemas de ritmo e maneirismos vistos na direção de Snyder e que prejudicaram tanto BvS. Não que tais maneirismos não estejam presentes (câmera lenta, planos em nome da soberba visual…), pois estão, mas sem grandes exageros desta vez.
O roteiro de Whedon não arrisca em apresentar algo minimamente de original com relação à história, dependendo exclusivamente da dinâmica funcional do grupo, e ainda por vezes com diálogos – pela necessidade de leveza – que nem sempre funcionam e soam incômodos e desnecessários, como “Esperança é como chave do carro: você sempre perde, mas acaba achando”, “Como está se sentindo? Com coceira.“. Ou até mesmo vacilos em alguns momentos chaves somente para atender às convenções do próprio roteiro, como o fato de serem descuidados com um dos poderosos artefatos da história, mesmo sabendo que o vilão está em seu encalço. Ou como explicar dentro daquele universo o surgimento de dois personagens importantes ao mesmo tempo (claro que muitos já saibam quem sejam estes “dois” personagens, mas por questões éticas para quem ainda não viu o filme, eu não direi). Assim como poderia soar gratuito, o fato dos heróis criarem um conflito com um destes personagens (mesmo sabendo que não poderiam derrotá-lo), mas tendo a solução para o conflito através da “arma pesada” acessível e só usada no último caso.
Depois da morte do Superman (Cavill) e do surgimento de três caixas/artefatos com poderes destruidores para o planeta (já não vimos isso antes?), Bruce Wayne/Batman (Affleck) decide reunir uma equipe e, com ajuda de Diana/Mulher Maravilha (Gadot), se juntam a Barry Allen/Flash (Miller), Artur Curry/Aquaman (Momoa) e Victor Stone/Cyborg (Fisher) para combater o vilão Steppenwolf (Hinds) e seu exército de demônios alados. Bem, pela descrição deu para notar que tal enredo não é algo de novo, e visto inclusive, no filmes dos Vingadores (e admito uma pequena dificuldade em me lembrar exatamente qual, devido a profusão de filmes do gênero tratando o mesmo assunto). Fora que o próprio vilão (e seu exército) soa algo genérico e esquecível, ainda pautado numa máscara digital na voz do Ciarán Hinds, cuja temática nos remete a uma espécie de Sauron de Senhor dos Anéis, cujos artefatos foram divididos entre humanos e seres místicos – saem os Elfos e Anões, entram as Amazonas e o povo de Atlântida. E não fica somente nisso, também é visível (devido ao próprio controle de Whedon) que o longa se assemelha em sua estrutura com o que vimos no segundo filme dos Vingadores (Era de Ultron) – incluindo, além da própria dinâmica do grupo com humor e o objeto místico, o fato do clímax se passar numa cidade estrangeira, cuja ação é vista através do olhar de uma família local simbolizando (ou tentando amenizar o impacto) a perda de inocentes depois de uma destruição em massa.
Para apresentar tais personagens, é fundamental a presença de Bruce Wayne e o carisma do herói (não do ator) como elo funcional para união do grupo. Personagens estes, como Cyborg e Flash que dentro de seus mundos também ainda conseguem apresentar algum interesse nos seus arcos e conflitos paternos, mesmo que superficialmente, como visto no personagem Barry Allen convivendo com a pressão de um pai preso por homicídio criando um contraste por ser tão veloz mas não conseguir “ser rápido o suficiente” para expor seus sentimentos. Inclusive, Batman e Mulher Maravilha, avançam mais um pouco dentro de suas perdas e dilemas pessoais, a ponto de gerarem um leve conflito ideológico e pessoal, principalmente pelo reconhecimento por parte dele da importância simbólica do filho de Krypton como “farol da humanidade” e de como jamais poderia ter uma vida além do uniforme.
Assim, Ben Affleck se mostra um pouco mais a vontade no papel e ainda permite que Batman seja visto um pouco menos fechado e consiga expor um pouco de seus sentimentos, como visto na cena em que sentimos a voz embargada ao falar com um importante personagem e o que ele representa. Entretanto, Aquaman surge como uma espécie de cowboy e se faz pouco usual na trama servindo apenas para Jason Momoa olhar de baixo para cima e servir como escada para o humor (fora que a montagem ainda não é tão eficiente com relação ao personagem, por inserir uma cena que faria mais sentido na apresentação do mesmo e não no meio do filme). Mas é Miller, um ator sempre admirável, e dono das melhores tiradas (a referência a Cemitério Maldito é impagável), cuja irreverência e falante presença se sobressai ante os demais, e trazendo um tom jovialidade e identificação ao grupo – inclusive com uma cena parecida ao visto em “X-men: Dias de um Futuro Esquecido.
Narrativamente falando, se em BvS a mesma se apresentava mais histérica e bagunçada, com seus movimentos de câmeras frenéticos e cortes rápidos em demasia, aqui a direção parece tem aprendido com o filme anterior e realiza um trabalho, se não exemplar, mas bem menos incômodo – isso não quer dizer que não seja problemática em determinados momentos. Se, por exemplo, no filme de 2016, as sequências em que surgia o Batmóvel eram impossíveis de se acompanhar a dinâmica espacial das cenas, aqui em Liga da Justiça a maioria é mais clara e acessível para o entendimento, como no clímax em que o veículo atua com a ajuda de Aquaman – mas, ainda sim, o uso do CGI em excesso nas cenas pode soar pouco atraente e artificial. Inserção digital que me incomodou em um determinado personagem, mas que admito, não saber exatamente o que estava acontecendo – e somente descobri depois que determinado ator não poderia refilmar as cenas devido ao compromisso com outro filme, o que acaba denunciando a produção problemática que este Liga da Justiça foi. E o 3D (caso seja possível fugir, faça!) não tem muita serventia (como sempre), principalmente nas cenas iniciais ocorridas em Gotham City onde é visível que o fato da tecnologia – que já escurece naturalmente um filme – apenas piora uma cena já escura (somente um plano se passando num milharal foi ajudado realmente pela tecnologia, mas é muito pouco). Fora que em vários momentos é visível que o filme não foi pensado para tal (óbvio), devido as planos sem grandes profundidades e servindo apenas para saltar alguns objetos diante do público como visto logo no início quando um personagem chuta uma barraca de frutas.
Mas é o figurino em que podemos tirar alguns simbolismos mais sutis com relação ao estado psicológico de alguns personagens, como o fato da roupa do Superman denunciar o tom abordado do filme. Se nos filme solo do herói a roupa assumia um tonalidade mais escura (alegoria para um personagem mais realista e sombria), aqui os tons mais claros rimam com o humor e leveza dado ao personagem, remetendo mais as suas origens (algo como visto no clássico de 1978 com Christopher Reeves) – figurino que podemos notar uma lógica, inclusive em Lois Lane, surgindo no filme com uma blusa azul como um luto pela morte do amado no filme anterior e a Marta Kent (uma pouca aproveitada Diana Lane) com um casaco vermelho com alegoria a capa do uniforme do filho. Ademais, é visível que a narrativa é expositiva também através da trilha sonora que pouco arrisca (algo comum no gênero), pois em alguns momentos é melhor valorizar o próprio silêncio, tornando a cena mais eficaz que uma trilha em si dizendo o que devemos sentir como visto na sequência inicial em que o filme mostra cenas simbolizando a falta que faz uma liderança como a do Superman.
Abusando um pouco mais de clichês e certo sentimentalismo além da conta em seu final atropelada ao tentar posicionar os heróis como liderança moral , Liga da Justiça não tenta ser grandiosa (algo que não poderíamos dizer, caso a direção estivesse a cargo de Snyder), e mesmo com seus problemas ainda consegue manter um interesse de algo novo – além, claro, de atender aos fãs e plantar uma plataforma (e brecha) a ser preenchida futuramente por outros personagens.
Rodrigo Rodrigues
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Snydercut vai merecer uma critica nova desse filme heim! Se a versao horrorosa do Whedon te agradou, a do Snyder deve agradar ainda mais
Olá
Vamos aguardar, me desagrada muito essa discussão sobre versão do diretor “consertando” o que foi feito. Isso , para mim, já é admitir que o filme tem problemas.
Não acredito muito que essa “nova versão” irá mudar muita coisa, pois alguns problemas narrativos de LJ não vão mudar, como roteiro, fotografia, o jeito de Snyder filmar etc… Inclusive a própria montagem, algo horrível pode piorar estendendo o filme.
Lembrando que a versão do Whedon não que tenha me agradado tanto (tem vários problemas), mas comparando com BVS, consegue ser menos pior.
Mas, se houver uma melhora em algum sentido nessa nova versão de LJ, eu me comprometo elogiar sim.
Obrigado pelo comentário, seja sempre bem vindo.
Muitos odiavam Ben por ser escolhido como o novo Batman, mas eu sinto que ele desempenhou um bom papel como um super-herói que já se aposentou. Somado a isso, a jovialidade dos outros personagens consegue equilibrar seu jeito de ser tão “chato”. O melhor, eu acho, é Mulher Maravilha Gal Gadot esta impecável. Ela sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Ela sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Além, acho que a sua participação neste Fdc comics filme realmente ajudou ao desenvolvimento da história.
boa critica, rodrigo… nao eh exagerada como as outras que eu li… a maioria foi extremista, ou o filme é lindo maravilhoso bla bla bla ou eh uma porcaria, terrivel, nada presta… vc apontou as qualidades e os defeitos com maestria e lucidez, sem se deixar levar por “seria melhor assim” ou “eu queria assado”… eu gostei do filme, mesmo com os problemas
Fabio Machado
Bem vindo
Obrigado pelo elogio e por ter lido nosso texto.
Procuro sempre pautar minhas críticas numa análise que engrandeça o debate e que possa despertar no leitor um sentido mais apurado ao ver um filme. Infelizmente, como você apontou, muitos sites se deixam levar por uma analise pouco aprofundada – e que acaba viciando os leitores. Um filme tem que ser analisado ”como ele é” e não sobre o que ele é .
Abraço e espero que continue a ler os textos no site (compartilhe e curta a página por favor..rs)
Vou ver amanha… quero gostar mas vou com o peh atras
Lili
Bem vinda
Jamais crie expectativa com um filme, deixe ele te convencer sem pre-julgamentos. Pra isso é importante que vá assistir sem grandes conhecimentos ou detalhes.
Abraços e espero que goste
Rodrigo, me explica qual o problema do Snyder? Nao entendo nada de cinema, achei Batman versus Superman legal.
Karen Eliza
Bem vinda
Antes de mais nada, sua opinião sempre será válida. Se você gostou ou não de um filme somente você poderá dizer. Contudo, você precisaria saber porque quais são estes motivos que a levaram a gostar de um filme. Claro que tais motivos depende somente de você e não do critico ou diretor. Não existe uma resposta certa, mas um processo correto.
Entretanto, existem alguns regras da linguagem cinematográfica que alguns filmes não sabem executar bem e acabam influenciando. E nesta caso , alguém com mais experiencia no assunto, poderá te ajudar a despertar esta visão sobre um filme e refinar sua maneira de ver filmes.
O diretor Zack Snyder , por exemplo, me agradou em filmes como “Watchmen” e “Madrugada dos Mortos”.
Todavia, ao assumir, BvS ele se entregou ao exagero na narrativa do filme. Ele abusa, por exemplo, de planos que apenas remetem aos fãs de quadrinhos, abusa da câmera lenta, as cenas são confusas devido aos cortes muitos rápidos que fazem o espectador não ter a noção do que acontece…
Inclusive, publicamos um texto sobre esta discussão porque os críticos não gostaram muito do filme : http://maxiverso.com.br/blog/2016/04/13/porque-os-criticos-nao-gostaram-de-batman-vs-superman/
Espero que possa ajudar ainda mais
Obrigado pelo comentário
Abraços
Parabens pela crítica, Rodrigo. O CGI da boca do Superman, para mim, ficou pior que o do Lobo, Quer dizer, nao pior, mas incomodou mais. A Warner devia ter pago a multa rescisoria do contrato do Cavill e feito ele raspar. Lamentável vc ver um filme e TODA vez que surge o Superman vc olha pra ele e algo te incomoda e tira do filme, prejudica demais a experiência.
Adriano
Bem vindo e obrigado pelo comentário e elogio.
Realmente o efeito digital (ou correção) ficou incomodo. Parabéns que você tenha tido a sensibilidade de notar , pois tal atenção é importante na analise de um filme também.
Abraços
A critica ta melhor q o filme rsrsrs
Sol
Bem Vindo
Achou? Fico agradecido que tenha dispensado um pouco do seu tampo para ler o texto.
Obrigado mesmo
Abraços
O filme foi bom como o Rodrigo disse. Ponto. O vilão foi uma das piores coisas dos filmes de herois de todos os tempos. Ponto. Da pra se divertir? Sim. E muito. Se vc curte super herois, principalmente os da DC, mais ainda. E se vc curte o ideal, o conceito inerente ao Superman, vc vai se divertir ainda mais. Assista!
Bem isso que vc falou!
Como eh bom cair num site com critico lucido e q conhece cinema e nao cai em guerrinha de fanboys. Prabens.
Lilian
Bem vinda
Realmente estas discussão de fanboys empobrece o debate. Mas farei o possível para passar o máximo que sei sobre Cinema em meus textos.
Obrigado pelo elogios e fica o convite para conhecer o site e outros textos.
Abraços
achei o Affleck pessimo de novo… ja tinha sido pessimo em BvS, mas ali o Batman é tão duro, amargo e frio que o cara mal pôde estragar as coisas, ja que nao tinnha muito o que atuar, mas agora, pelamor, como preciso virar um bonachão, se saiu muitooo mal… e o Aqua, o que é aquilo??? Canastrão no ultimo, Zero postura de monarca, ficou f o d a? Sim. Mas ficou bom? Nao.
Leo
Bem vindo
Achou tão ruim assim? Juro, apesar do receio, Ben Aflleck conseguiu seguras as pontas apesar de suas limitações como ator. Acredito que o contexto apresentado (mais velho e niilista) tenha ajudado. Concordo que ver um Batman frio e sombrio passar para um contexto mais leve assusta. Mas acho que neste caso foi bem equilibrado, mesmo com deslizes como você bem mencionou.
O resto me agradou, tanto a MM quanto o Flash. O Aquaman é que ficou um pouco jogado de lado, virou uma espécie de andarilho. rs
Abraços e obrigado por ler o texto
Sem má vontade… o filme é legal, vá galera… é tipo um episodio legal da animação da Liga. Longe de ser maravilhoso, entretem e diverte na medida. Mas tem cara de filme remendado, como Esquadrao Suicida, ou seja, que foi mexido depois de pronto. Aguardemos a versao ultimate, do diretor, sei la kkkkkkkkk
Pedro
Bem vindo
Obrigado pelo comentário
Concordamos com você: O filme é legal sim . rs
Tem alguns problemas crônicos do gênero, mas ainda sim infinitamente melhor que ES. O que virá na versão do diretor?
Abraços
Concordo com vc, crítico. É um filme divertido sim, gostei dele, mas é só isso. E é isso “apesar” de alguns problemas. O Lobo da Estepe ficou HORRIVEL, sinceramente nao sei como aprovaram o CGI dele, nao da pra entender, falha monumental, pior que akelas intros de videogame… melhor coisa do filme pra mim foi o resgate do Superman como valor de esperança, como modelo de liderança, essas coisas…
Esse é o Superman que todos queremos ver!
o grande público e os fãs dczetes vão amar… vão dizer que é o “melhor filme do ano” da última semana, aquelas baboseiras todas de sempre… os marvetes vão dizer que é porcaria, que Vingadores é melhor, que a nota do Rotten isso e aquilo, aquelas baboseiras de sempre… e segue a vida
Renato
Bem vindo
Então, com isso tudo que mencionou te garanto que debater o filme, através de aspectos cinematográficos , sempre é a melhor saída.
Abraços
Parabens pela critica. Imparcial, sem escolher um lado entre Marvel e DC (uma pena que sites como o Omelete e criticos como os do UOL não façam isso, que é algo elementar e fundamental). Além disso, é tecnicamente de alto nível sua crítica. Parabens novamente. Pode tirar o “inexperiente” na sua ficha de autor, pq vc tem muita experiência com a linguagem cinematografica.
Jassa
Bem vindo
Obrigado pelo elogio e dispor de seu tempo para ler meu texto.
Realmente não compactuo com esta “disputa” entre editoras e escolher um lado. Não agrega em nada a discussão sobre Cinema. E concordo que alguns sites deixaram de focar na crítica do filme em si e o que isso representa. Assim procuro sempre aprender, ler sobre o assunto e espalhar um pouco do que aprendo para os leitores – e assim “formar” um público mais atento e sensível ao filme.
Obrigado mesmo.
Abraços
Bom filme. Achei a critica meio pesada.
Jonas
Bem vindo
Se gostou muito do filme, ótimo. Não quero mudar sua opinião rs
Se achou que peguei pesado, pode discordar sem problemas.
Abraços
se o filme tem problemas o critico tem que falar ué
Entao os figurinos sao mais alegrinhos e coloridos e isso pelo jeito é bom. Por que? Um dos trunfos dos filmes do Nolan era justamente o tom real e “escuro”, que fugia da estereotipagem dos heróis como algo juvenil e imaturo. Agora esse colorido é comemorado. Não entendo… fora isso, acho chato ter tudo “igual” à Marvel, era interessante cada universo cinematografico de herois ter seu proprio tom.
concordo… acho que essa preferencia, mesmo inconsciente, pelo colorido se remete justamente ao filme Superman de 1978, que o proprio Rodrigo citou… nao sei pq mas minha tese é que o critico assistiu Superman “o classico” qd mais jovem e para ele a memoria afetiva nubla diversas falhas que o filme de 78 tem, mas sem se dar conta disso, ele – e a maioria dos criticos – acaba tendo aquilo como um padrao a ser seguido. Nao estou falando mal dele, apenas levantando uma hipotese do pq se querer tanto o colorido, o alegre, o “classico”. Alias, tentei rever o filme de 78 (que eu amavA) semana passada e fala serio, é ridiculo hj em dia, risivel, parece feito pra criança, é infantil e ingenuo ao extremo pros padroes de hj, so fica bem mesmo na memoria.
Silvio
Bem vindo
Eu revi o filme de 78 várias vezes na minha vida adulta. Não elogiei a obra por questões de memoria afetiva (mesmo que tal elemento seja importante).
O filme de 78 tem vários aspectos técnicos (a direção de Richard Dooner, os movimentos de câmeras, efeitos até hoje convincentes, atuação do Reeves, o roteiro de Mario Puzzo…)
Quanto ao colorido , devemos lembra que todo filme dever ser contextualizado, principalmente na época em que filmes de heróis não existiam. Concordo que há uma ingenuidade vista nos dias de hoje, mas infantilizar a obra jamais. Pode achar final, por exemplo, niilista ou onírico demais, mas mesmo assim inesquecível – algo que hoje me dia poucos ou quase nenhum consegue ser.
Mas enfim, sua opinião é sempre bem vida
Abraços
Julie
Bem vinda
Cada abordagem funciona diferente nos filmes. Não é porque algo deu certo num filme que dará certo em outro. No caso do filme do Nolan não fazia sentido algum tipo de “cor” devido a temática da obra e a abordagem dos personagens. Fora que não me importo se um filme é sombrio ou alegra por causa do estúdio , pois devemos levar em consideração todos os elementos em conjunto e analisar um filme “como ele é , e não sobre o que ele é”.
Abraços e obrigado por engrandecer o debate
Até de sua resposta vou discordar, Rodrigo, hahahaha não leve a mal. Acho que o filme de 78 só é inesquecível para vc porque só tinha ele na época. Antes dele não tinha nada (não estou falando de filmes B), e depois só foi surgir o Batman do Burton em 89. Aí fica mais fácil ser marcante, e tals. Hoje em dia, com 10 filmes de heróis por ano, complica, é filme demais, “banalizou” (no bom sentido). Se vc pega os dois Homem de Ferro e leva pros anos 80, ou o primeiro Vingadores, ou até mesmo o da Mulher Maravilha, a visão seria outra. A cena das trincheiras da Mulher Maravilha seria chamada de épica, incrivel, inesquecivel… qt ao filme do Super de 78, no meu entender, na minha forma de ver as coisas, me parece – nos padroes de hj – infantil. Uma “sessão da tarde” (no mau sentido). Nada ali é crível (a nao ser o Superman voando), as situações são estapafúrdias, chegam a ser cômicas mesmo qd não é a intenção. Não entendo de técnica de cinema pra falar de câmera, edição, ângulo, planos e sei la o que mais, então não duvido que nesse sentido seja ótimo, mas esse é UM aspecto. O filme como um todo, no meu entender, ficou datadíssimo.
Vou ver hj a noite… espero gostar. Seria muito bom ter uma alternativa aos filmes da Marvel, que sao muito bons, mas eu quero ver bons filmes da DC e da Fox tb.
Senpai
Bem vindo
Espero que goste e possa retornar para discutir a obra.
Abraços
discordo da parte relativa ao Snyder, ele entrega vários “mini-atos” que entretêm, têm bons momentos de diversão e colocam os super-heróis para fazerem aquilo para o que nasceram mesmo: chutar quem é do mal e salvar o mundo. E para a DC e Warner, o mais importante: queremos ver mais filmes desses heróis, ou seja, acho que o melhor do filme foi justamente as sequencias do Snyder
Fernando
Bem vindo e obrigado pelo comentário
Quando eu critiquei negativamente o diretor não foi por “mini-atos” ou por deixar de “chutar quem é do mal e salvar o mundo”. Eu critiquei por outros elementos cinematográficos como movimentos de câmera, cortes rápidos e sem sentido, falta de mise-en-scene etc..
Mas sua opinião é válida
Abraços
“inclusive com uma cena parecida ao visto em “X-men: Dias de um Futuro Esquecido.” ah nao, vai me dizer que alem do filme ter saido um “Vingadores Genérico”, ainda plagiaram a cena do mercurio????????????????
Mariane Lime
Bem vinda
Então, seu comentário é pertinente
Não posso falar muito mais que isso! rs
Abraços
vc nao axa que o sentimentalismo no filnal foi um mea culpa pelo filme todo nao ter nenhuma ancora sentimental, a nao ser talvez a volta do Superman?
Linda Carter
Bem vinda
Até concordo com a sua visão, é interessante. Mas isso não redime a direção de fazer esta possível “correção” da maneira que foi feita. Devemos avaliar o filme “como ele é , e não sobre o que ele é”
Abraços
O Lobo da Estepe é uma vergonha, tanto em sua criação digitalque faz do personagem uma mistura de boneco de massa com o inimigo em algum vídeo game quanto em sua personalidade robótica basicamente uma máquina de proferir frases de efeito e destruir tudo em seu caminho. Mas tudo bem, isso não tira muito do brilho do filme, este é apenas mais um vilão genérico . Como uma produção dessas passa com um personagem tão mal criado por CGI tao vagabunda???
Mario
Bem vindo
Realmente a construção do vilão foi um incomodo. Os fatores para isso são vários, como a falta de tempo, verba ou até mesmo a competência dos realizadores. Importante que notou.
Abraços
tem uns probleminhas mesmo mas eu gostei muito achei muito divertido, alem disso a galera toda animada, aplaudindo as aparições foi show de bola, fora os fantasiados hahaha, pena que durante o filme os caras levantavam pra sair fazendo palhaçadas pela sala ai atrapalhou mas eu curti o filme sim
Nobles
Bem vindo
Sua sessão foi animada, desde que esta animação não atrapalhe os outros. Eu particularmente fujo de sessões assim rs
Abraços
Bom filme. Esquecível como a maioria dos filmes de heróis, tirando um ou outro como Capitao America 2 Soldado Invernal e o da Mulher Maravilha. Mas vale a ida ao cinema.
Cynthia
Bem vinda e obrigado pelo comentário
Concordo quando diz que a maioria dos filmes baseados em HQ são pouco lembrados apos assistirmos. Infelizmente.
Mas todo o filme vale a pena ir no cinema ver (mesmo que seja para servir como um contra-exemplo) ,pois é neste local que temos a visão imaginada pelo diretor. Cinema sempre. rs
Abraços
Vou ser sincero. O filme É bem divertido e é o melhor filme da DC, melhor que WW. Vale muito por ver os heróis juntos lutando em cenas bacanas. Sou fã de HQ (isso inclui Marvel, DC, Vertigo, Mangás, etc) curto desenhos animados e séries, e posso dizer que a Liga merecia um filme bem melhor. Contudo, eu acho que as pessoas devem ir ao cinema sim, pois apesar de não ser excelente, o filme é bom e vale muito ser visto.
a saída do Snyder realmente prejudicou o filme. A visão do Zack para o universo DC( uma linha mais madura e adulta, nao essa infantilidade da Marvel para o cinema para agradar esse mundo gay) na minha opiniao sempre foi melhor que a Marvel. MoS, BvS e a trilogia do Nolan para mim uns dos melhores filmes de herois. o filme é bom, mas poderia ser bem melhor se o filme tivesse seguido a linha de pensamento de BvS. ver o super usando seus poderes, mulher maravilha show, batman é o batman, nao pode ser bonzinho, querer agradar, porra os pais foram assasinados, ele é psicopata, nao pode ser diferente, ele é o morcego de gotham. ciborgue ótimo, aquaman bom, mas ele na versao novos52 é bem melhor e o flash é um personagem que foi prejudicado pela ausencia do diretor visivelmente é só compra-lo em BvS, prefiro o Barry do seriado. nota 6,5 pra 7,0.
A visão do Snyder é boa, mas ela é mal executada e exagerada em muitos pontos. Esse é o maior problema dele. Ele é leitor de hq dos anos 90. Qd ele usou bem suas ferramentas como em 300 ou Watchmen, nao foi tratado como defeito mas sim como estilo, o problema é que ele talvez tenha perdido um pouco a mao e começado a fazer isso só pelo visual, ai complica. Eu ate prefiro um filme DC mais dark pq senao fica tudo pasteurizado estilo Marvel (que tb curto), pena que pela grana forçaram o Whedon e o estilo marvel, agora fica tudo meio igual, perdem todos, menos a Warner que deve lucrar mais rs
Robert
Obrigado pelo comentário.
Quanto ao Snyder eu concordo que a visão dele é boa , mas mal executada em alguns casos (gosto bastante de Watchmen).
Assim como concordo que ele tem mais apelado para o aspecto visual que propriamente em outros elementos.
Abraços
Respeito a crítica, mais Achei o filme até muito bom, temos muitas surpresas no filme , e bons embates, claro que o filme pra mim poderia ser mais sério, pelo menos gosto de filmes com uma pegada mais séria e um ou outro alivio cômico , filme de comédia e comédia, cada filme tem seu próprio gênero, agora Liga da Justiça tem por obrigação de ser um filme épico, más apesar de todos os problemas e troca de diretores eu daria uma nota de 3,5 para este filme, agora o vilão realmente foi um dos pontos fracos do filme ,poderia ter sido melhor trabalhado, o Super nossa foi show sua volta, e as cenas pós créditos maravilhosas.
Elizeu
Bem vindo e obrigado pelo comentário.
Se você gostou do filme, isso é ótimo. O importante é que você consiga expor , através de elementos visto no filme. E sua opinião não é menos válido que a minha. O objetivo da crítica (no caso, a boa critica) é ajudar o leitor a apurar cada vez mais seu sentindo cinematográfico
Inclusive concordamos que o vilão não foi um elemento interessante.
Abraços e obrigado
A Warner esta embargando o Rotten até os ultimos limites tentando evitar o invitavel, daqui a pouco o filme vai sair de cartaz e ainda não liberaram o Rotten, mesmo assim é possível “prever” o que vai acontecer pois a nota do Metacritic já saiu e é 51 sendo que BvS terminou com 44, Mulher maravilha 76, Homem de Aço 55, Thor Ragnarok 73, TDKR 78 e TDK 82. Então , pelo Metacritc “Liga da Justiça” já é um fracasso de crítica sendo que a nota do Rotten custuma acompanhar a do Metacritic então a nota vai ser por volta de 50 já o Tomatometer (aprovações acima de 6) vai ficar entre 40 a 65% que é médio para baixo vindo a cair cada vez mais, daí o embargo total.
Agora, de quem vai ser a culpa ? Do snyder de novo? Isso seria covardia pois esse filme não foi dele, tiveram várias regravações feitas pelo Joss Whedon , o tom mudou, a edição e corte final foi do Whedon junto da produção da Warner e a culpa cai no Snyder de novo ? Aliais , esse é o primeiro fracasso da carreira do Joss Whedon que achou que DC é igual Marvel, Buffy, Toy Story …na DC a expectativa do público e crítica é sempre maior: o crítico já vem cobrando algo marcante e antológico, a tentativa de criar um filme estilo Marvel falhou miseravelmente e ficou provado que a culpa não era o tom de BvS pois o tom mudou e os problemas continuam.
Rick
Bem vindo e obrigado pelo comentário.
Quanto ao seu primeiro parágrafo sobre as “notas” não costuma aprovar muito este tipo de “crítica”. Tais site dizem sobre aprovação, não especificando e sendo até reducionistas ao extremo com um filme e até mesmo com a expressão artística. Ate´ porque uma obra de arte (no caso um filme) não deve ser “notificado” e sim discutido.
Assim , o ideal para analisar uma obra é através de um texto elaborado, pensado e escrito através da linguagem cinematográfica. Não importando se tal estúdio faz filmes alegres ou sombrios.
Assim, como um problema de um filme não necessariamente é o mesmo em outro. São vários fatores. Em BVS por exemplo, eu critiquei os maneirismo do Snyder que foram excessivos. Em Liga da Justiça isso não aparece com frequência, mas o filme possui outros elementos que o prejudicam.
Abraços