Análise: Além da Imaginação (The Twilight Zone) – Parte 1

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Clássico da TV (1959 -1964)

Abertura:

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“Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição; e se encontra entre o abismo dos temores do homem e o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região Além da Imaginação”.

Premissa:

O seriado Além da Imaginação (The Twilight Zone), foi uma série norte-americana de histórias antológicas de ficção-científica, fantásticas, de fantasia, suspense e até terror, que eram apresentadas semanalmente através de episódios curtos a cada exibição, sendo que nenhuma delas eram ligadas as outras, ou seja, eram independentes. Apresentadas sempre pelo criador do programa, o “mitológico” Rod Serling (1924-1965), a série tinha na maioria dos episódios abordagens de histórias com elementos sobrenaturais e inexplicáveis tais como viagens no tempo, mundos paralelos, viagens espaciais, alienígenas, fantasmas, vampiros e outras situações fantásticas, ambientadas em um tempo/local denominado Twilight Zone (literalmente “Zona do Crepúsculo”, que originalmente dava título à série), que se fundia ao mundo real a partir de determinado momento do episódio, criando uma sensação única de estranhamento em relação ao cotidiano comum dos humanos.

Origem:

O roteirista Rodman Edward “Rod” Serling (1924-1975) nasceu em Syracuse, Nova Iorque. Desde criança era muito fã de programas de rádio e fazia encenação em um palco improvisado montado pelo pai no fundo de sua garagem. Geralmente estas encenações eram baseadas em diálogos de revistas populares ou de filmes que assistia. Começou a escrever logo após retornar de combate no Pacífico, com o fim da II Guerra Mundial (onde chegou a ser ferido por estilhaços de granada). Estudou literatura e ganhou seu diploma de bacharel em Artes em 1950. Como parte de seus estudos, Serling tornou-se ativo na estação de rádio do campus, uma experiência que se mostrou útil em sua carreira futura. Ele escreveu, dirigiu e atuou em muitos programas de rádio no campus da Universidade Antioch College em Yellow Spring, Ohio. Posteriormente, sua experiência o levou a trabalhar em várias estações de rádio nos estados de Ohio e Nova Iorque. Seu roteiros começaram a ser elogiados, e logo ele conseguiu passar em um concurso para criação de roteiro do programa Dr. Christian. Isto lhe rendeu prêmio em dinheiro e certo prestígio, de modo que a partir daí ele conseguiu vender vários roteiros para rádio e TV pelos EUA.

Vendo que o futuro do rádio não era mais promissor como antigamente, Serling partiu para criar apenas para a televisão. Esta mudança fez com que ele se tornasse escritor da WKRC-TV em Cincinnati. Seus deveres incluíam a escrita de anúncios de propagandas de remédios médicos duvidosos e roteiros para uma dupla de comédia. Após abandonar Cincinnati, mudou-se para Nova Iorque com a família para trabalhar totalmente como freelancer. Um dos seus primeiros trabalhos foi o episódio Patterns da Kraft Television Theatre. Ele recebeu elogios da mídia especializada como o The New York Times e do Saturday Review. Imediatamente após a transmissão original de Patterns, Serling foi inundado com ofertas de empregos permanentes, parabéns e pedidos de romances, peças de teatro e scripts de televisão ou rádio. Assim, pouco tempo depois, Serling mudava com sua família para… Hollywood.

Mas Hollywood no final dos anos 50, no período conhecido como macarthismo, trazia vários problemas referentes a censura. Muitos materiais que os roteiristas escreviam tinham que ser reescritos por causa dos censores e patrocinadores. Frustrado ao ver seus roteiros desprovidos de declarações políticas e identidades étnicas – já que muitos deles tratavam sobre racismo e política – constantemente censurados por patrocinadores e executivos de estúdios, Serling decidiu que a única maneira de evitar tal interferência artística era criar seu próprio espetáculo. Neste período já acumulava vários Emmys e outros prêmios importantes da TV americana.

Em 1958, a CBS comprou um roteiro para TV de Serling chamado The Time Element que Alfred Hitchcock esperava produzir como o piloto de uma série semanal, isto marcou sua primeira investida no campo da ficção científica. Na trama do episódio, um homem vai parar inexplicavelmente em Honolulu no ano de 1941, um dia antes do ataque à baía de Pearl Harbor. Desesperado, ele tenta avisar os militares sobre o ataque, mas é constantemente desacreditado por uma sociedade conformada e racionalista. Ao final do episódio ele descobre uma triste verdade, em uma espécie de plot twist incomum na época. O roteiro, porém, foi rejeitado pela CBS e arquivado por um ano até o produtor Bert Granet da Desilu Productions o descobrir e o produzir como um episódio do seriado Desilu Playhouse em 1958. O episódio foi ao ar em 24 de Novembro de 1958 e se tornou um grande sucesso. Assim, a CBS deu autorização para Serling produzir The Twilight Zone (Além da Imaginação) como um seriado semanal.

1ª Temporada  (1959–1960):

Para desenvolver sua série nos mesmos moldes do episódio de Desilu, Serling teve a ajuda na produção de Buck Houghton e do diretor de fotografia George T. Clemens. Ele apresentou previamente três roteiros para piloto da nova série, sendo que dois foram rejeitados pela CBS, mas o terceiro, inspirado em uma matéria da revista Time sobre experiências com isolamento feitas com astronautas, foi aprovado para produção. Filmado em nove dias nos estúdios da Universal, Onde Estão Todos? (Where is Everybody?) custou US$ 75 mil, uma fortuna para meia hora de TV em 1959. Com elenco e cenários enxutos, a história de um homem desmemoriado que encontra uma cidade deserta e se desespera na busca por explicações foi bem sucedida em conseguir a aprovação da série. O piloto também estabeleceu a identidade de Além da Imaginação como uma antologia de histórias independentes que varia entre fantasia, suspense, terror e ficção científica, muitas vezes misturando elementos dos três gêneros além de drama e eventualmente comédia, com uma reviravolta no final que se tornaria a marca registrada da série. Faltava ao piloto apenas a narração de abertura de Rod Serling. Para a narração ainda feita em off, o escolhido foi Westbrook Van Voorhis, narrador de documentários como Crusade in the Pacific, mas o resultado foi considerado pomposo e condescendente. Rod Serling assumiu então esta função, no formato que o deixaria muito famoso junto ao público, já que quase ninguém prestava atenção nos criadores ou roteiristas de filmes e séries na época. O episódio piloto que abriu a primeira temporada foi exibido em 2 de outubro de 1959, recebendo críticas positivas como “…Twilight Zone é o único show que está no ar que eu realmente estou ansioso para ver. É a série que eu vou deixar interferir com outros planos”- Chicago Daily News. Outros concordaram, o Daily Variety o classificou como “o melhor que já foi realizado em meia hora de TV” e o New York Herald Tribune sugeriu que seria “certamente uma das melhores e mais originais séries de antologias do ano“.

Em sua maior parte, os episódios tinham roteiros de Rod Serling, mas houve outros roteiristas de grosso calibre especialmente contratados que escreviam esporadicamente. Para esta temporada inicial os convidados foram Charles Beaumont e Richard Matheson.

Apesar da popularidade junto aos críticos de televisão, a série se esforçou para alcançar a receptividade do público. A CBS contava com 21 ou 22 pontos na classificação de Nielsen, mas os números iniciais eram muito pobres. O futuro da série foi posto em jogo quando o seu terceiro episódio, Mr. Denton on Doomsday, pontuou 16.3. O espetáculo atraiu um público grande o suficiente para sobreviver até novembro, e finalmente superou a sua concorrência na American Broadcasting Company e NBC, e convenceu seus patrocinadores (General Foods Corporation e Kimberly-Clark) a manter seu patrocínio até o final da temporada.

Esta primeira season teve um total de 36 episódios, todos de 30 minutos. Dentre os episódios de destaque desta temporada podemos citar: Time Enough at Last, The Monsters Are Due on Maple Street, Walking Distance e The After Hours.

A primeira temporada foi responsável pela aquisição de vários prêmios para Serling, entre eles quatro Emmys por literatura dramática, um Producers Guild Award para o parceiro de Serling, Buck Houghton, e um Hugo Award (considerado o “Oscar da ficção-científica”) pela melhor apresentação dramática.

2ª Temporada (1960–1961):

A segunda temporada estreou em 30 de setembro de 1960, com King Nine Will Not Return, uma retomada do episódio piloto de Serling, Where Is Everybody?. A familiaridade com esta primeira história contrastava com a novidade da nova embalagem do show: a imponência do tema original de Bernard Herrmann desapareceu, e o tema de Marius Constant, mais chocante e inovador, foi ouvido durante os créditos de abertura e de encerramento. Também a paisagem surrealista à la Salvador Dalí da abertura original foi substituída por uma introdução ainda mais surreal, inspirada na narração de Serling “That’s the signpost up ahead”, e Serling surgiu em frente às câmeras para apresentar sua narrativa de abertura, no lugar da voz da primeira temporada, tornando-se ainda mais popular junto ao público.

Para esta segunda temporada, a série ganhou um novo produtor, James T. Aubrey, Jr., “Jim Aubrey foi um problema muito difícil para o show“, disse o produtor associado Del Reisman. “Ele foi particularmente duro com The Twilight Zone, porque era um show de meia hora particularmente caro…. Aubrey foi muito duro sobre o orçamento da série, mesmo quando era um pequeno número de dólares”. Em um esforço para manter as despesas controladas, Aubrey ordenou que fossem produzidos sete episódios a menos do que na primeira temporada, e que seis dos que estavam sendo produzidos fossem filmados em video-tape, atitude que foi criticada por Serling, que se irritou bastante com Aubrey Jr.

Nessa season, um novo roteirista se juntou ao time do seriado: George Clayton Johnson.

Com 29 episódios nesta temporada, os destaques foram: The Eye of the Beholder, Nervous Man in a Four Dollar Room, Back There e The Invaders.

Os prêmios continuaram nesta temporada: Serling conseguiu seu 5º Emmy pela reescrita dramática e para o diretor de fotografia George T. Clemens e, pelo segundo ano seguido, venceu o Hugo Award pela melhor representação dramática. A série também venceu o Unity Award por “Contribuição Relevante para Melhores Relações Inter-raciais” e uma indicação ao Emmy por “Excelência na Realização de Programa no Campo da Drama”.

3ª Temporada (1961 – 1962):

Na terceira temporada o produtor executivo, narrador e escritor de The Twilight Zone, Rod Serling, começava a sentir cansaço: “Eu nunca me senti tão esgotado mentalmente como estou neste momento”, disse isto aos 37 anos. Nas duas primeiras temporadas ele escrevera 48 roteiros, isto é, 73% do total de episódios. Na terceira temporada, contribuiu “apenas” com 56%. Richard Matheson e Beaumont, sairam fora do programa, e dois novos roteiristas foram contratados, Montgomery Pittman e Earl Hamner Jr. O escritor George Clayton Johnson escreveu três roteiros sobre temas complexos. A série chegava a mais de 100 episódios produzidos.

Destaques desta temporada foram os episódios It’s a Good Life, To Serve Man e Five Characters in Search of an Exit.

Mais uma vez, houve indicações e prêmios para a série: duas indicações para o Emmy (cinematografia e desenho de arte), mas não ganhou nenhum. Recebeu novamente o Hugo Award pela “Melhor Representação Dramática”, um feito só alcançado pelo seriado britânico Doctor Who quase 50 anos depois.

Em meados de 1962, houve um atraso na busca de patrocinadores para o seriado, que foi substituído pela CBS por uma comédia de costumes (sitcom), Fair Exchange. Devido a confusão que houve neste período e o risco quase certo de cancelamento, o produtor Buck Houghton abandonou o barco e Serling, pela indefinição, acabou assumindo o cargo de professor em uma universidade. Mas ao final de tudo, ela foi renovada para nova temporada, com Serling se desinteressando cada vez mais na produção…

4ª Temporada (1963):

Em novembro de 1962 a CBS lançou Twilight Zone (agora sem o “The”) em minitemporada dentro do cronograma de Fair Exchange, o show que a substituíra em setembro de 1962. Os episódios então passaram a ter 1 hora de duração, o que não condizia com a equipe de produção. Herbert Hirschman foi contratado para substituir o velho produtor Buck Houghton, e uma das primeiras decisões de Hirschman foi uma nova sequência de abertura, desta vez ilustrando uma porta, olhos, janela e outros objetos suspensos, à semelhança do estilo de René Magritte, no espaço. Sua segunda tarefa foi encontrar e produzir roteiros de qualidade.

Nessa temporada, novamente o trio Serling, Matheson e Beaumont voltou a escrever os roteiros. No entanto, a entrada de Serling era limitada nesta temporada, ele ainda escrevia a maior parte dos roteiros, mas sua parte como produtor executivo era praticamente inexistente e, como anfitrião, suas narrações tiveram de ser colocadas back-to-back contra um fundo cinza durante as suas viagens para Los Angeles. Devido às complicações de uma doença cerebral em desenvolvimento. O trabalho de Beaumont também começou a diminuir significativamente, e roteiros adicionais foram encomendados para Earl Hamner, Jr. e Reginald Rose, preenchendo as lacunas.

Com cinco episódios já produzidos, o produtor Hirschman recebeu uma oferta para trabalhar com a NBC em uma nova série. Foi substituído por Bert Granet, que previamente havia produzido o episódio The Time Element. Uma das primeiras atribuições de Granet foi o episódio On Thursday We Leave for Home, que Serling considerava o episódio mais efetivo da temporada.

Esta temporada finalizou apenas com 18 episódios, uma indicação para o Emmy pela cinematografia, e uma indicação ao Hugo Award, mas não levou nenhum destes prêmios.

5ª Temporada (1963 – 1964):

Ao final da quarta temporada, a CBS voltou atrás, e retornou ao formato de meia hora por episódio. Como novos patrocinadores, a série ganhou a renovação para sua quinta e última temporada. Rod Serling chegou a dizer: “Eu estava escrevendo muito, eu senti que tinha começado a perder a minha perspectiva sobre o que era bom e o que era ruim”.

Beaumont estava agora fora do meio artístico, contribuindo apenas através de scripts dos escritores-fantasmas Jerry Sohl e João Tomerlin, e depois de produzir apenas treze episódios, Bert Granet deixou a série e foi substituído por William Froug, com quem Serling trabalhara em Playhouse 90.

Froug fizera uma série de decisões impopulares, primeiro por manter arquivados vários roteiros adquiridos de Granet (incluindo The Doll, de Richard Matheson, que foi nomeado para o Prêmio Writer’s Guild e só foi produzido em 1986, no seriado Amazing Stories). Em segundo lugar, Froug alienou George Clayton Johnson, quando ele contratou Richard Deroy para reescrever o roteiro de Johnson para Tick of Time, eventualmente produzido como Ninety Years Without Slumbering.

Apesar dos problemas, tivemos ótimas pérolas nesta temporada, dentre os destaques: Nightmare at 20,000 Feet, A Kind of a Stopwatch e Living Doll.

Apesar de nessa temporada a série não receber nenhum Emmy, o episódio 142, An Occurrence at Owl Creek Bridge – um curta de produção francesa – recebeu o Oscar de melhor curta-metragem, fazendo de Twilight Zone uma das únicas duas séries de TV na história (a outra foi o documentário canadense The Fifth Estate) a receber tanto o Emmy quanto o Oscar.

Em janeiro de 1964, a CBS anunciou o cancelamento da série. Por uma razão ou outra, Jim Aubrey decidiu que estava farto do show… alegou que estava muito acima do orçamento e que as notas de audiência não eram boas o suficiente. Serling rebateu, dizendo ao Daily Variety que ele tinha “decidido rompercom a rede“. A ABC mostrou interesse em trazer o show para a sua rede sob um novo nome, Witches, Warlocks and Werewolves, mas Serling não ficou impressionado. Assim, após 156 episódios, o seriado foi cancelado… mas a lenda já tinha nascido.

O Legado:

famosos Análise: Além da Imaginação (The Twilight Zone) - Parte 1
Atores que depois ficariam famosos fizeram Além da Imaginação

Desde a sua estreia em outubro de 1959, até seu último episódio, em junho de 1964, muita coisa havia mudado no mundo e na TV. Os Estados Unidos entraram de cabeça na Era Espacial, havia naves tripuladas no espaço, o programa lunar havia sido anunciado pelo Presidente Kennedy, assassinado pouco tempo depois em 1963. E os programas e seriados de TV começaram a explorar cada vez mais os temas apresentados originalmente por Além da Imaginação. Filmes e séries de TV de ficção-científica eram raridades ou voltadas apenas para produções baratas ou classe B. Isto já começaria a ser mudado em meados dos anos 60, após Além de Imaginação. Seriados como Perdidos no Espaço (1965-1968), Batman (1966-1968), Jornada nas Estrelas (1966-1969), O Prisioneiro (1967-1968), mostravam que a fantasia e a ficção-científica estavam virando o jogo, ganhando cada vez mais espaço na TV.

No cinema, Hollywood estava preparando uma retomada do sci-fi após ser “surpreendido” com o resultado do clássico Planeta Proibido (1956), que mudou a maneira como os filmes de ficção científica eram vistos pelas produtoras.

É bom lembrar também que Além da Imaginação deu oportunidade para vários artistas começarem a brilhar, não só o time de roteiristas como o próprio Serling (que foi convidado mais tarde para escrever a adaptação do livro Planeta dos Macacos para o cinema e vários outros projetos), como também Richard Matheson (Star Trek, Eu sou a Lenda, O Incrível Homem que Encolheu), George Clayton Johnson (11 Homens e um Segredo, Logan’s Run) entre outros. A série também foi a oportunidade para futuros novos astros que depois fariam sucesso em outros seriados e filmes como William Shatner, Leonard Nimoy, George Takey (os três fariam Star Trek depois), Charles Bronson (Desejo de Matar), Elizabeth Montgomery (A Feiticeira), Billy Mumy e Jonathan Harris (ambos de Perdidos no Espaço), Lee Marvin (Os 12 Condenados), Robert Redford (But Cassidy e Sundance Kid), Burt Reynolds, entre outros.

Não podemos deixar de mencionar a nova geração de cineastas que mudou Hollywood e a cultura ocidental pra sempre nos anos 70, como Steven Spielberg, George Lucas, George Miller e James Cameron, que nunca esconderam o quanto esta série os influenciaram.

Quanto a Serling, pouco depois do fim do seriado ele vendeu sua participação de 40% em The Twilight Zone à CBS, deixando o show e todos os projetos envolvendo o sobrenatural até 1969, quando Night Gallery estreou outra série que futuramente comentaremos aqui. Nos anos 70 diminuiu o interesse pela escrita, pois estava passando por um forte estresse e os vários anos de fumo ocasionaram vários problemas cardíacos. Faleceu em 1975, vítima de complicações em razão de uma operação de ponte de safena. Ele tinha apenas 50 anos de idade!


Veja aqui um artigo interessante com uma lista de 20 episódios da série que recomendam o fã assistir!


Clique aqui e veja a 2ª Parte do nosso especial Além da Imaginação.

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Ricardo Melo

Profissional de TI com mais de 10 anos de vivência em informática. Tem como hobby assistir seriados de TV, ir ao cinema e namorar!!! Fã de rock'n'roll, música eletrônica setentista, ficção-científica e estudos relacionados a astronáutica. Quis ser astronauta, mas moro no Brasil... Os anos 80 foram meu playground!

14 thoughts on “Análise: Além da Imaginação (The Twilight Zone) – Parte 1

  1. excelente texto parabens amei ele, sempre esperei alguem dissecar alem da imaginacao como vc fez parabens de novo

    1. Obrigado Fábio, sempre as ordens. Vc poderá continuar a acompanhar nosso portal de notícias , pois sempre gostamos de dar destaques a TZ e séries derivadas.

  2. pensar que uma serie underground dessas com esses temas loucos pra epoca ainda teve audiencia boa e 5 temporadas chega a ser inacreditavel…

    1. A série praticamente abriu o horário nobre para futuras séries como Perdidos no Espaço, Tunel do Tempo, Star Trek, Batman…E posteriormente para a explosão de filmes de cinema fantástico e ficção-científica, uma década depois.

  3. vcs podiam fazer um guia de episodios heim, com uma pequena sinopse… ia ser ALEM DA IMAGINACAO de tao bom 🙂 🙂 🙂

  4. Serling é considerado um pequeno gênio que foi engolido pela rotina de trabalho e pela saúde debilitada. Era um visionário. Alguém que viu 50 anos no futuro. Seus trabalhos seriam algo adequado aos tempos dos anos 2000, pelos temas e formatos de seus episódios. Se fosse hoje em dia, ele migraria da TV para Hollywood e seria um Spielberg, um Ridley Scott, um Cronemberg (sem bizarrices kkkkkkkk).

    1. ou o William Gibson que é o “Serling da Literatura” uhauhauhauhauahuah

  5. o Episodio do William Shatner é bem legal hehehe, um dos melhores da 1a temporada, é angustiante!

    1. É muito bom mesmo, depois ele ainda participaria de outro episódio épico, que acabou sendo refilmado no filme “No Limite da Realidade”.

  6. provavelmente o melhor texto sobre Além da Imaginação que existe na Internet brasileira, parabens!!! fantástico (como a série hehehe)!!!

    1. Agradecemos todos os comentários sobre o texto, Obrigado.
      Serão 3 partes, a primeira falando da série original, o segundo texto, sobre o filme dos anos 80 produzido pelo Spielberg, e a terceira parte sobre as séries dos anos 80,90 e 2000.

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