De Volta para o Futuro – 40 anos de um clássico de aventura temporal

Os anos 80, foram uma década cheia de surpresas e aventuras nas telas dos cinemas…desde a década anterior quando diretores como Steven Spielberg (Tubarão e Contatos Imediatos do 3º Grau) e George Lucas (Saga Star Wars), praticamente inventaram os blockbusters, ou o conceito de filmes de entretenimento para o público jovem, as salas de cinema recebiam milhares de pessoas atrás de novas novidades, aventuras, emoção ou simplesmente para esquecer a correria do dia da dia do período. O ano de 1985, foi bastante disputado, como os anos anteriores. Muitos aguardavam a próxima novidade do cineasta Steven Spielberg, que com sua produtora Amblin Entertainment, lançava todos os anos, um ou mais campeões de bilheterias. Naquele ano, o diretor e cineasta, estava mais envolvido com um filme sério e adulto chamado “A Cor Púrpura”, que tinha um tema forte sobre história e racismo e fugia bastante do padrão de entretenimento de sua produtora, mas ele desenvolveu três novos projetos com outros diretores importantes, para lançar no período, a aventura histórica sobre a infância de Sherlock Holmes com O Enigma da Pirâmide (The Young Sherlock Holmes), dirigido por Barry Levinson, outra aventura juvenil atual sobre um grupo de crianças que caçava um tesouro pirata, Os Goonies (Goonies) e…um projeto sobre viagem no tempo de um rapaz que conhece seus pais na juventude…De Volta para o Futuro (Back to the Future), que no final acabou sendo o maior campeão de bilheterias daquele ano e entrou para história como um dos filmes mais amados por gerações ao longo dos anos gerando uma trilogia intocável nos anos seguintes.
A ideia original do filme, começou com o roteirista Bob Gale, ele foi graduado em Cinema pela Universidade do Sul da Califórnia em 1973. Lá ele conheceu um parceiro de toda a vida e grande amigo, o futuro diretor Robert Zemeckis. Como os dois eram roteiristas e fizeram muitas parcerias, eram conhecidos como “The Bobs” entre outros diretores e produtores de cinema. Juntos, começaram uma colaboração com um novo diretor que estava despontando em Hollywood como novo midas, Steven Spielberg, que havia sido aclamado com os filme Tubarão (1975) e Contatos Imediatos do 3° (1977). Gale e Zemeckis, tiveram ideia de criar um filme sobre a beatlemania nos Estados Unidos nos anos 60, ambos escreveram e Zemeckis iria fazer seu debut na direção. O jovem diretor Spielberg, concordou em produzi-lo, sendo este considerado o primeiro filme que não dirigiu, que ele produziu. Assim foi lançado o filme Febre de Juventude(I Wanna Hold Your Hand) em 1978, apesar das prévias positivas e da resposta crítica, o filme não foi um sucesso financeiro e foi considerado um fracasso, incapaz de recuperar seu modesto orçamento de US$ 2,8 milhões.
Apesar do fracasso de Febre de Juventude, Spielberg convidou os Bobs, para escrever sua primeira comédia, 1941 – Uma Guerra Muito Louca (1979), e apesar dos mega sucessos anteriores em sua carreira, desta vez, Spielberg conheceu seu primeiro fracasso. O filme hoje é cult. Logo a dupla escreveria outro filme Carros Usados (Used Cars), novamente com Zemeckis dirigindo com Spielberg e John Milius produzindo. Desta vez, eles tiveram um bom retorno financeiro, recuperando o dinheiro investido.
O roteiro
O roteirista Bob Gale concebeu a ideia para De Volta para o Futuro, depois de visitar seus pais em St. Louis, Missouri, após a estreia de Carros Usados. Revirando seu porão, Gale encontrou o anuário da época de colégio de seu pai, descobrindo que ele foi presidente de classe no seu ano de formatura. Gale pensou no presidente de sua própria classe de formatura, que era uma pessoa que nada tinha a ver com ele. Gale se perguntou se ele teria sido amigo de seu pai se os dois tivessem estudado juntos. Quando ele retornou para a Califórnia, ele contou a Robert Zemeckis sobre seu novo conceito. Zemeckis subsequentemente pensou sobre uma mãe afirmando que nunca havia beijado um menino na escola, quando na verdade ela era muito promíscua.Os dois levaram o projeto até a Columbia Pictures, e fizeram um acordo de desenvolvimento para um roteiro em setembro de 1980
Zemeckis e Gale colocaram a história em 1955 porque, eles afirmaram, matematicamente, um jovem de 17 anos viajando para encontrar seus pais na mesma idade significaria viajar para aquela década. A época também marcou a ascensão dos adolescentes como um importante elemento cultural, o nascimento do rock n’ roll e a expansão dos subúrbios, que dariam um sabor a história. Originalmente Marty seria um pirata de vídeo, a máquina do tempo seria uma geladeira, e ele precisaria usar a energia de uma explosão nuclear na Área de Testes de Nevada para voltar até sua própria época. Zemeckis ficou “preocupado que crianças intencionalmente iriam se trancar dentro de geladeiras”, e o clímax original foi considerado muito caro. A máquina do tempo na forma de um carro DeLorean foi escolhida porque seu desenho tornou crível a piada sobre a família de fazendeiros a confundindo por um disco voador. Os roteiristas acharam difícil criar uma amizade crível entre Marty e o Dr. Brown antes de criarem o amplificador gigante, e apenas resolveram o Complexo de Édipo com sua mãe ao escreverem a fala “É como se eu estivesse beijando o meu irmão”. Biff Tannen foi nomeado por causa do executivo da Universal Pictures Ned Tannen, que se comportou de forma agressiva com Zemeckis e Gale durante uma reunião de roteiro para Febre de Juventude.
O primeiro rascunho de De Volta pra o Futuro, foi finalizado em fevereiro de 1981. A Columbia colocou o filme em uma virada. “Eles acharam que era um filme muito bom, fofo e emotivo, mas não muito sexual”, disse Gale. “Eles sugeriram levá-lo até a Disney, porém decidimos ver se algum outro grande estúdio queria um pedaço de nós”. Todos os grandes estúdios rejeitaram o roteiro nos quatro anos seguintes, enquanto a estória teve que passar por mais dois rascunhos. Durante o início da década de 1980, comédias adolescentes populares (como Fast Times at Ridgemont High e Porky’s) eram picantes e com temas adultos, então o roteiro foi comumente rejeitado por ser muito leve. Zemeckis e Gale finalmente decidiram mostrar o projeto a Disney. “Eles nos disseram que uma mãe se apaixonando por seu filho não era apropriado para um filme família sob o estandarte da Disney”, disse Gale.
Os dois ficaram tentados a se aliarem com Steven Spielberg, que produziu Febre de Juventude e Carros Usados, ambos fracassos. Spielberg inicialmente estava ausente do projeto porque Zemeckis achou que se ele produzisse outro fracasso com ele na direção, ele nunca mais iria conseguir fazer outro filme. Gale disse, “tínhamos medo de adquirir a reputação de ser dois caras que só conseguiam arranjar um trabalho porque éramos amigos de Steven Spielberg”. Um produtor se interessou, porém mudou de ideia quando descobriu que Spielberg não estava envolvido. Zemeckis então decidiu dirigir Tudo por uma Esmeralada (Romancing the Stone), que foi um sucesso de bilheteria. Agora um diretor de alto nível, Zemeckis mostrou o projeto a Spielberg, e o filme foi estabelecido na Universal Pictures.
O executivo Sidney Sheinberg fez algumas sugestões no roteiro, como mudar o nome da mãe de Marty de Meg para Lorraine (o nome de sua esposa, a atriz Lorraine Gary) e de substituir o chimpanzé de estimação de Brown por um cachorro. Sheinberg também queria que o título fosse alterado para Spaceman from Pluto, convencido de que nenhum filme de sucesso tinha a palavra “futuro” no título. Ele sugeriu que Marty se apresentasse como “Darth Vader do planeta Plutão” enquanto se dirigia ao seu pai para convencê-lo a convidar sua mãe para o baile (ao invés de “…do planeta Vulcano”), e que o quadrinho do filho do fazendeiro tivesse o título de Spaceman from Pluto ao invés de Space Zombies from Pluto. Spielberg ditou um memorando de volta para Sheinberg, onde ele o convenceu que todos acharam o título uma piada, assim o envergonhando e o fazendo desistir da ideia.
Escolha do Elenco
Michael J. Fox era a primeira escolha para interpretar Marty McFly, porém ele estava comprometido com a série de televisão Laços de Família(Family Ties).As duas próximas escolhas de Zemeckis eram C. Thomas Howell e Eric Stoltz, o último impressionou tanto os produtores com sua interpretação de Roy L. Dennis no filme Mask — que ainda não havia sido lançado — que eles o selecionaram para fazer Marty McFly. Devido ao difícil processo de seleção de elenco, a data de lançamento foi adiada duas vezes.
Christopher Lloyd foi escolhido como o Dr. Emmett Brown depois da primeira escolha, John Lithgow, ter ficado indisponível. Tendo trabalhado com Lloyd em The Adventures of Buckaroo Banzai Across the 8th Dimension, o produtor Neil Canton o sugeriu para o papel. Lloyd originalmente recusou o papel, porém mudou de ideia depois de ler o roteiro e de sua esposa ter persistido para ele aceitar o trabalho.
Crispin Glover interpretou George McFly. Zemeckis disse que Glover improvisou muitos dos maneirismos nerds de George, como suas mãos tremulas. O diretor brincou que ele “estava o tempo todo jogando uma rede sobre Crispin porque ele estava completamente fora por volta de cinquenta por cento em sua interpretação do personagem”.
Lea Thompson foi escalada como Lorraine Baines McFly porque ela havia atuado com Stoltz em The Wild Life. Sua maquiagem prostética para as cenas do início do filme, em 1985, levavam três horas e meia para serem aplicadas.
Thomas F. Wilson foi selecionado para interpretar Biff Tannen porque a escolha original, J. J. Cohen, não foi considerado convincente na hora de atormentar Stoltz. Cohen foi reescalado como um dos membros da gangue de Biff. Se Fox tivesse sido escalado desde o início da produção, Cohen provavelmente teria ficado com o papel por ser muito mais alto que Fox.
O elenco ainda acrescentava Claudia Wells como a namorada de Marty, Jennifer Parker; Marc McClure e Wendie Jo Sperber como os irmãos de Marty, Dave McFly e Linda McFly. Elsa Raven interpreta a senhora que tenta arrecadar fundos para salvar a Torre do Relógio. O cantor Huey Lewis (responsável pela música tema do filme) tem uma participação especial como um dos juízes do concurso da batalha de bandas em que Marty participa no começo do filme.
Produção

As filmagens começaram atrasadas, mas após 4 semanas, o diretor Zemeckis determinou que a escolha de Stoltz havia sido um erro. Apesar dele e Spielberg terem percebido que refilmar o filme adicionaria mais US$ 3 milhões ao orçamento de US$ 14 milhões, eles decidiram reescalar o papel. Spielberg explicou que Zemeckis achou que Stoltz não era muito engraçado e que ele havia feito uma “incrível interpretação dramática”. Gale foi além e explicou que, para ele, Stoltz estava simplesmente representando, enquanto Fox tinha uma personalidade como a de Marty McFly. Ele achou que Stoltz estava desconfortável ao andar de skate, enquanto Fox não. Stoltz confessou ao diretor Peter Bogdanovich durante um telefonema, duas semanas após o início das filmagens, que ele estava inseguro sobre a direção de Zemeckis e Gale, e concluiu que ele era a pessoa errada para o papel. Assim, Michael J. Fox, foi novamente convidado e escolhido para o papel principal, tendo que negociar com a emissora de TV, na qual Fox estava sob contrato para o seriado Family Ties.
Depois da saída de Stoltz, a agenda de Fox durante os dias de semana consistia nas gravações de Family Ties durante o dia, e as filmagens De Volta para o Futuro das 18:30 até às 2:30. Ele tinha uma média de cinco horas de sono durante cada dia. Nas sextas-feiras, ele filmava das 22:00 até às 6:00 ou 7:00, e depois ia gravar as cenas exteriores durante o fim de semana, já que esse era o único momento em que ele estava disponível durante o dia. Fox achou que tudo foi exaustivo, porém “era meu sonho estar tanto na televisão quanto no cinema, apesar de eu não saber que estaria nos dois simultaneamente. Era essa estranha aventura que eu embarquei”.

As cenas da praça central de Hill Valley foram filmadas na Praça da Corte Judicial, localizada nos estúdios da Universal. Gale explicou que seria impossível filmar em locação “porque nenhuma cidade iria deixar uma equipe de cinema remodelar sua praça para ficar igual aos anos 1950”. Os cineastas decidiram “filmar tudo dos anos 50 primeiro, e fazer a cidade ficar muito bonita e maravilhosa. Então nos iriamos bagunçá-la e fazê-la bem sem vida e feia para as cenas dos anos 1980”.
As tomadas exteriores do Twin Pines Mall, posteriormente Lone Pine Mall, foram filmadas no estacionamento do Puente Hills Mall, em Industry, Califórnia. As tomadas exteriores e algumas das interiores da Hill Valley High School foram gravadas na Whittier High School, em Whittier, Califórnia, enquanto os testes para as bandas e o baile do “Encanto Submarino” foram filmados no ginásio da Hollywood United Methodist Church. As cenas do lado de fora da casa dos Baines na década de 1950 foram filmadas na Bushnell Avenue, South Pasadena, Califórnia.
As filmagens se encerraram depois de 100 dias, em 20 de abril de 1985, e o filme foi adiado de maio para agosto. Porém depois de uma exibição teste altamente positiva (“Eu nunca havia visto uma pré-estreia como aquela”, disse o produtor executivo Frank Marshall, “o público foi até o teto”), Sheinberg decidiu mudar a data de lançamento para 3 de julho. Para garantir que o filme alcançasse sua nova data de estreia, dois editores, Arthur Schmidt e Harry Keramidas, foram contratados para trabalharem no filme, com muitos editores de som trabalhando em turnos de 24 horas.
Pós-Produção
Oito minutos de imagens foram cortadas, incluindo Marty vendo sua mãe colar em uma prova, George ficando preso em uma cabine telefônica antes de resgatar Lorraine, como também muito de Marty fingindo ser “Darth Vader do planeta Vulcano”. Zemeckis quase cortou a sequência de “Johnny B. Goode”, já que ele achava que ela não avançava a história, porém os públicos teste amaram a cena, então ele a deixou. A Industrial Light & Magic criou as 32 tomadas de efeitos do filme, que não satisfizeram Zemeckis e Gale até uma semana antes da data de finalização do filme.

Alan Silvestri havia colaborado com Zemeckis em Tudo por uma Esmeralda, porém Spielberg ficou insatisfeito com sua trilha inicial para Back to the Future. Zemeckis aconselhou que Silvestri fizesse com que suas composições fossem grandes e épicas, apesar da pequena escala do filme, para impressionar Spielberg. Silvestri começou a retrabalhar sua trilha duas semanas antes da primeira pré-estreia. Ele também sugeriu que Huey Lewis and the News criasse uma canção tema. A primeira tentativa da banda foi rejeitada pela Universal, antes deles gravarem “The Power of Love”. O estúdio adorou a canção final, porém ficou desapontado que a letra não tinha o título do filme, então eles enviaram memorandos para as estações de rádio sempre mencionarem a associação com Back to the Future. No final, a faixa “Back in Time” apareceu no filme, tocada quando Marty acorda depois de retornar de 1955, e mais tarde durante os créditos finais. Huey Lewis faz uma ponta no filme como o professor escolar que rejeita a banda de Marty por tocarem muito alto.
O orçamento final do filme, foi de U$ 19 milhões.
Lançamento
O filme estreou no dia 3 de julho de 1985 em 1.200 salas na América do Norte. Zemeckis estava preocupado que o filme seria um fracasso por Michael J. Fox estar gravando um especial de Family Ties em Londres e não estava disponível para promover o filme. Gale também estava insatisfeito com a tagline criada pela Universal: “Você está me dizendo que minha mãe tem tesão por mim?”. Mesmo assim, De Volta para o Futuro, passou 11 semanas como número um nas bilheterias. Gale lembra “Nossa segunda semana foi melhor que a primeira, o que indica um excelente boca a boca. National Lampoon’s European Vacation veio em agosto e nos tirou da primeira posição por uma semana e depois nós voltamos para o número um”. Para aproveitar a época de Natal, o filme estreou no Brasil no dia 25 de dezembro de 1985 e se tornou um campeão de bilheterias por aqui também. Por fim, o filme acabou arrecadando US$ 210.609.762 na América do Norte e US$ 170.500.000 em outros territórios, acumulando um total mundial de US$ 381.109.762. O filme teve o quarto melhor fim de semana de estreia de 1985, e foi o filme de maior arrecadação do ano. O filme recebeu um relançamento especial de 25 anos nos Estados Unidos e no Reino Unido em outubro de 2010 para coincidir com o lançamento em Blu-ray e DVD de 25 anos da Universal Studios Home Video.Para o relançamento, Back to the Future foi restaurado e remasterizado.

Entre as premiações, indicado a quatro Oscars, venceu o de Melhor Edição de Som, para Charles Campbell e Robert Rutledge, enquanto “The Power of Love” foi indicada para Melhor Canção Original, Zemeckis e Gale para Melhor Roteiro Original e Bill Varney, B. Tennyson Sebastian II, Robert Thirlwell e William B. Kaplan para Melhor Mixagem de Som. Além disto, O filme venceu o Hugo Award de Melhor Apresentação Dramática e o Saturn Award de Melhor Filme de Ficção Científica.
O Presidente Norte-americano, Ronald Reagan, um fã do filme, se referiu a ele em seu Discurso sobre o Estado da União de 1986, dizendo “Nunca houve um período mais excitante para se viver, um período de maravilhas estimulantes e realizações heroicas. Como eles dizem no filme De Volta para o Futuro, ‘Para onde vamos, não precisamos de estradas'”. Quando ele viu pela primeira vez a piada sobre ele ser o Presidente dos Estados Unidos, Reagan fez o projecionista do cinema parar o filme, rebobiná-lo, e exibir a cena novamente
Continuações
O sucesso inesperado do filme, fez com que a Universal Studios abrisse os olhos para futuras continuações…foi até inesperado, já que o roteiro do filme ficou anos batendo de estúdio em estúdio até que alguém concordasse em produzi-lo. O diretor Robert Zemeckis e Bob Gale disseram que, inicialmente, uma sequência não foi planejada para o primeiro filme, apesar do final em aberto com Doc, Marty e Jennifer voando no DeLorean sugeriu que suas aventuras continuariam fora da tela voando para o futuro.Eles também estavam preocupados que uma sequência ruim pudesse alienar a base de fãs apaixonados de De Volta para o Futuro e minar a dupla após seu primeiro grande sucesso conjunto. Em 1987, eles concordaram em fazer uma sequência, pois a Universal ameaçou faze-la sem o envolvimento deles. Eles desenvolveram uma ideia na qual a estória se passaria no futuro, na época atual mas alternativo e diatópico, novamente nos anos 50 e finalmente no velho oeste. Como o roteiro era enorme, dividiram o filme em duas partes, De Volta para o Futuro Parte II (1989) e De Volta para o Futuro Parte III (1990), lançados com um ano de diferença. Fechando assim uma trilogia iniciada com o primeiro filme.
Ao longo dos anos, apesar do apelo dos estúdios e fãs, Gale e Zemeckis, são contra totalmente qualquer sequência após a trilogia. Mas posteriormente, uma série animada foi ao ar na CBS entre 1991 e 1992. Ela segue as aventuras de Doc e Marty por vários períodos históricos, intercaladas com segmentos de ação ao vivo apresentando Doc (Lloyd), realizando experimentos científicos ao lado de Bill Nye . Uma série de histórias em quadrinhos foi autorizada por Gale, tentando preencher lacunas dentro da trilogia. E uma produção de teatro musical , De Volta para o Futuro , estreou em fevereiro de 2020 na Manchester Opera House , Inglaterra, com críticas positivas. O musical foi escrito por Gale e Zemeckis, com música escrita por Silvestri e Glen Ballard . Posteriormente ela também chegou a Broadway.
Legado
O filme está na 28ª posição da lista da Entertainment Weekly dos “50 Melhores Filmes Colegiais”. Em 2008, o filme foi votado como o 23º melhor filme da história pelos leitores da Empire. Ele também foi colocado em uma lista similar pelo The New York Times, uma lista de 1000 filmes. Em janeiro de 2010, a Total Film incluiu o filme em sua lista dos “100 Melhores Filmes de Todos os Tempos”.Em 27 de dezembro de 2007, foi selecionado para preservação no National Film Registry da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, sendo considerado “culturalmente, historicamente ou esteticamente significante”. Em 2006, o roteiro original do filme foi selecionado pelo Writers Guild of America como o 56º melhor roteiro da história…nada mau para um filme que ninguém queria produzir…
Convenções, exibições e festas temáticas ainda ocorre no mundo inteiro. O carro DeLorean, se tornou um símbolo dos anos 80 e hoje é um dos itens mais caros de colecionador.
Mas um fato agravante foi para o ator Michael J. Fox. começou a apresentar sintomas da doença de Parkinson precoce em 1991, durante as filmagens do filme Doc Hollywood, recebendo o diagnóstico logo depois. Embora seus sintomas iniciais fossem apenas um dedo mindinho tremendo e um ombro dolorido, os médicos disseram a ele que dentro de alguns anos ele ficaria incapacitado de trabalhar. As causas da doença de Parkinson não são bem compreendidas e podem incluir fatores genéticos e ambientais. Após seu diagnóstico, Fox começou a beber muito e entrou em depressão. Em 1992, ele procurou ajuda profissional e parou de beber completamente. Em 1998, Fox tornou pública sua doença, tornando-se um forte defensor da pesquisa sobre a doença de Parkinson. Em seu primeiro livro, uma autobiografia, intitulada Lucky Man (“Homem de Sorte”), Fox relatou como, após sete anos de negação da doença, ele criou a Fundação Michael J. Fox, parou de beber e se tornou um defensor das pessoas que vivem com a doença de Parkinson. Mesmo a doença tendo agravado nos últimos anos, ele continua a aparecer publicamente junto com o resto do elenco em eventos e convenções.
De Volta para o Futuro, continua até hoje como uma deliciosa comédia sobre viagens no tempo, trazendo alegria para diferentes gerações de fãs e tornando parte da cultura Pop/Geek.

Ricardo Melo

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