Resenha: Surfista Prateado – Parábola (nossa homenagem a Stan Lee)

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Párabola – no dicionário os dois principais significados são os seguintes: uma comparação desenvolvida em uma curta história, que tem como elementos fatos da vida cotidiana das pessoas, tendo como objetivo mostrar uma verdade moral ou espiritual, como os vários exemplos encontrados na Bíblia Sagrada. O outro significado se refere à matemática, onde parábola  é uma figura geométrica plana formada pelo conjunto de todos os pontos, cuja distância até um determinado ponto é igual à distância até uma reta.

Trocando em miúdos, tanto na matemática quanto no português, parábola é um modo sutil, mais elaborado, de chegar em um mesmo ponto, e é disso que este quadrinho trata.

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Surfista Prateado – Parábola conta a história de uma Nova York, dos anos 80, que é invadida por um ser supremo chamado Galactus, conhecido como o Devorador de Mundos, que chega à Terra para fazer o que sabe de melhor. Mas, tendo feito uma promessa ao seu antigo Arauto (Surfista Prateado) de não destruir a população Terra; ele, simplesmente, coloca uns contra os outros para a população se destruir e ele saciar a fome.

Quando Galactus chega à Terra, muitos têm medo dele, outros o consideram um deus, que deve ser servido, assim um ser mais oportunista se valendo da fé e do medo da população se auto declara o porta voz de Galactus, tentando ter fama e poder.

E quem pode encerrar essa loucura? Surfista Prateado! E ele tenta de todas sd maneiras abrir os olhos do povo para o perigo que correm.

Moebius, um grande artista francês, é quem desenha esta história, com seus traços únicos, dando um ar também único para o roteiro de ninguém menos que nosso saudoso Stan Lee, que traz uma história humanista e de alerta para a população, que ninguém pode ser de fato um deus e a população não pode se deixar cegar por qualquer um que tente deixar transparecer isso.stan-lee-300x300 Resenha: Surfista Prateado - Parábola (nossa homenagem a Stan Lee)

Stan Lee faleceu no dia 12 de novembro de 2018, mas ele deixou muito mais que heróis ficcionais; ele nos mostrou que todos nós podemos ser heróis de verdade, que podemos enfrentar qualquer coisa.

Superficialmente falando, nos ensina com os X-Men que as diferenças nos torna únicos e que não devemos mudar isso; com o Homem Aranha, que “grandes poderes, trazem grandes responsabilidades“; com o Homem de Ferro, que o dinheiro não compra tudo. Já da personalidade do Gigante Esmeralda, podemos aprender a controlar nossa raiva. E com o Quarteto Fantástico, que a amizade e a cumplicidade são mais importantes, e isso mantém a união.

Tudo que foi falado nós podemos alcançar. Podemos ser heróis, não se trata de poder, nunca se tratou de poderes, pelo menos não esse poder exterior dos quadrinhos. Mas sim do que está dentro de nós. Todos nós conhecemos um Peter Parker, um Tony Stark, um Bruce Banner, um Reed Richards, uma Tempestade, uma Jean Grey… E é isso que Stan Lee levou e vai continuar levando com seus personagens.

Excelsior!

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Jean Bonjorno

Formado em jornalismo, leitor de quadrinhos, costumava escrever alguns poemas quando adolescente. São Paulino, antes de entrar pro mundo dos quadrinhos, colecionava camisas de futebol (hoje não é possível manter as duas coleções =/). Baixista e roqueiro, por que tudo na vida tem que ter uma trilha sonora... e que seja uma boa trilha sonora!

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