Anime: ef: A Tale of Memories / Melodies
A história que leva o nome ef foi idealizada primeiramente pela produtora de visual novels japonesa Minori, que lançou ef: A Fairy Tale of the Two, em 2006. A versão animada, assim como a visual novel, possui duas partes: ef: A Tale of Memories e ef: a Tale of Melodies, lançadas em 2007 e 2008, respectivamente. O subtítulo diz muito sobre cada uma das histórias, e apesar de as duas terem uma grande ligação, a segunda não se trata exatamente de uma continuação, por isso, serão analisadas separadamente.
ef: A Tale of Memories
O primeiro anime possui duas subplots paralelas por contar a história de personagens que vivem em duas cidades diferentes. Tem como protagonistas alguns adolescentes e nos mostra como seus relacionamentos se desenvolvem, além das ligações entre os casais mostrados.
Hiro é um estudante que já trabalha como mangaká; Miyako, uma garota extrovertida que o conhece numa noite de Natal e posteriormente se transfere para sua escola; e Kei, amiga de infância de Hiro que fica ciumenta ao ver a aproximação do garoto com a outra menina.
Noutra cidade, vemos o envolvimento dos personagens Renji e Chihiro. Esta, irmã gêmea de Kei, é uma garota tímida e educada que o conhece numa estação de trem inativa. Os dois começam a conversar e dali surge uma amizade. No entanto, ela guarda um segredo que poderá abalar sua relação com Renji.
O anime se trata de um drama com romance adolescente e um pouco de tragédia. As histórias paralelas têm ligação e se ligam, também, ao outro arco que compõe ef. Os dramas pessoais deixam a personalidade de alguns dos personagens mais compreensível, já a de outros pode ser considerada irritante. Por outro lado, uma ótima trilha sonora acompanha o anime, que graças ao estúdio Shaft também possui uma bela animação até para os padrões atuais.
ef: A Tale of Melodies
Já no segundo anime, os protagonistas são em sua maioria adultos, apesar de a história conter muitos flashbacks que mantêm em certa medida o aspecto school life do anime anterior. A qualidade da trilha sonora e da animação se mantém. Seguindo a mesma linha, porém focando na historia por trás de alguns personagens brevemente apresentados em Memories, A Tale of Melodies tem personagens artistas, sendo um dos protagonistas um músico, daí o título.
O violinista Kuze, vizinho de Renji, é uma das figuras centrais dessa história, assim como o seu amigo desde os tempos de escola, Yuu, personagem que aparece no anime anterior e cuja história será finalmente revelada. Além dele, outra figura de relevância nesse arco é a misteriosa garota que no anterior aparecia esporadicamente pela cidade, Yuuko.
Se o drama de Memories era mais adolescente, em Melodies ele adquire um teor mais adulto, dada a idade dos personagens e a maior complexidade dos problemas com os quais têm de lidar. Com muitos flashbacks, interações improváveis e momentos de surpresa, a história como um todo vai tendo suas lacunas preenchidas, ao passo que eventuais dúvidas são sanadas, como a identidade da misteriosa garota do anime anterior e a ligação de Yuu com os demais personagens.
Se considerarmos os dois animes como uma única história de dois arcos, o segundo seria seu ponto alto, com um drama mais maduro e de emoções intensas. Morte e perda norteiam A Tale of Melodies, podendo levar os espectadores mais sensíveis às lágrimas em certos momentos.
Nota combinada: 7.5/10
Karina Moreira
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trama por si só é uma lição de vida, e deve continuar sendo nessa continuação, dada como certa, desde o anúncio do segundo jogo da franquia ef ~the latter tale~. No lugar dos três casais da primeira temporada, agora teremos Himura/Yuuko e Kuze/Mizuki. Com exceção de Mizuki, dessa vez a trama será contada sobre o ponto de vista dos três adultos da história. E quem achava o trio misterioso, sobretudo Yuuko, a SHAFT deve enfim contar os segredos deles. Isso tudo falando apenas do enredo, mas não há muito a dizer sobre a parte técnica.
Seria legal uma continuação, mas já faz um bom tempo e não fiquei sabendo de nada a respeito. Mas quem sabe, né? De vez em quando anunciam animes de histórias bem mais antigas que essa.
Se você não gosta de animes e procura um motivo para começar a assistir, Ef é um excelente ponto de partida.
É, acho que Ef pode agradar muita gente mesmo, até quem não está costumado a assistir animes.
Enquanto muitas animações tentam imitar efeitos do cinema, como planos fora de foco, Ef tira proveito do que só a animação pode proporcionar: efeitos surrealistas, trocas rápidas de enquadramento, cores vibrantes, efeitos luminosos e ângulos impossíveis. Tudo isso junto, claro, de um enredo que envolve escola, jovens, doenças incuráveis, órfãos, uma igreja cristã, etc.
A história fez sua parte colaborando com uma leve excentricidade, partindo vez ou outra para o sobrenatural e para elementos pouco comuns em animações do Japão (como a presença constante de uma igreja cristã) – elementos que de certa forma suavizam o impacto do caos permanente na tela. Se tudo é um pouco esquisito, o que poderia ser muito esquisito já não parece fora do lugar.
Realmente, o estúdio Shaft já vinha fazendo um bom trabalho desde essa época com as animações deles.