Oscar 2016: Previsões e críticas
Antes de tudo, como cinéfilo e fã de Tarantino, me decepcionei muito por conta de Os 8 Odiados não estar concorrendo nas principais categorias. Tarantino não merecia pelo menos a indicação? Sim, muito. Como sempre mereceu. Samuel L. Jackson não merecia concorrer como melhor ator? Sim merecia. A última vez que concorreu foi em 1994 com Pulp Ficition, como ator coadjuvante.
Outra grande decepção foi a não indicação do filme Carol tanto para melhor filme e quanto para melhor diretor. Uma injustiça contra um belo e delicado trabalho de Todd Haynes que retrata o romance entre entre Cate Blanchett e Rooney Mara.
Veja abaixo todas as críticas publicadas no site Maxiverso sobre os filmes candidatos ao Oscar na categoria principal:
1 – O Regresso
Filme que poderá finalmente (e merecidamente) premiar Leonardo DiCaprio com o Oscar, assim como aumentar consequentemente o ego do diretor Alejandro Iñàrritu. Concorre além de Melhor Ator e Diretor, também na categoria Melhor filme, Ator Coadjuvante (Tom Hardy), Figurino, Maquiagem e Penteado, Fotografia, Efeitos Especiais, Edição de Som, Mixagem, Direção de Artes e Edição.
2 – A Grande Aposta
Principal concorrente do O Regresso, A Grande Aposta expõe as entranhas de Wall Street durante a crise imobiliária de 2008 que abalou o mercado financeiro mundial. Belo trabalho do diretor Adam Mckay que consegue ser ao mesmo tempo verborrágico e claro com a proposta do filme. Concorre como Melhor Filme, Melhor diretor, Melhor ator Coadjuvante (Christian Bale), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição.
Um Spielberg corajoso ao humanizar um fato emblemático da guerra fria e seus envolvidos, ao mesmo tempo em que critica a posição preconceituosa da sociedade americana. Contudo ainda possui corriqueiros problemas do diretor ao abusar da necessidade de moldar os sentimentos do público. Mesmo concorrendo a cinco categorias, tem poucas chances. Melhor Ator Coadjuvante (Mark Rylance), Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora, Mixagem de Som, Direção de Artes.
4 – Brooklin
O insosso e novelesco filme do Diretor John Crowley estrelado pela inexpressiva Saoirse Ronam é o corpo estranho no Oscar de Melhor filme. Mesmo quando sabemos que as chances são nulas é difícil justificar sua presença como Melhor Filme quando ficaram de fora Os 8 odiados e Sicário. Concorre como Melhor Filme, Melhor Atiz (Saoirse Ronam) e Melhor Roteiro Adaptado.
A mais comemorada indicação para melhor filme. George Miller voltou com força total à franquia que o consagrou. Visualmente arrebatador e atual em seu conceito, o novo filme do guerreiro das estradas mostra como se faz um filme de ação sem medo do exagero. O ponto negativo foi a não inclusão de Charlize Theron com melhor atriz. Concorre como Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Penteado, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Edição de Som, Melhor Direção de Arte.
6 – Perdido em Marte
O diretor Ridley Scott parece estar voltando a acertar a mão depois de um longo período de insucessos e da trágica morte do irmão Tony Scott. Filme com bastante defensores, mas por vezes com excessos na narrativa, que comprometem em alguns momentos uma trama abordada de maneira leve. Concorre como Melhor filme, Melhor Ator (Matt Damon), Melhor Roteiro Adaptado, Efeitos Visuais, Melhor Edição de Som, Mixagem de Som, Direção de Arte.
Já é uma das melhores surpresas do ano. O melancólico e belo filme que retrata o convívio de mãe e filho num ambiente claustrofóbico, tendo que se adaptar a um novo mundo. Filme que vem como azarão, mas que merece pelo menos uma estatueta para, mesmo que não seja necessário, atrair merecidamente mais espectadores. Concorre como Melhor Filme, Diretor, Atriz (Brie Larson) e Roteiro Adaptado.
8- Spotlight – Segredos Revelados
Influenciado pelos grandes filmes sobre jornalismo, Spotlight é ratificador ao mostrar um grupo de jornalistas denunciando crimes sexuais cometidos por padres. Mesmo sendo uma historia conhecida há muito tempo, nunca é demais apontar tais atos repulsivos. Surge com aposta de risco nas principais categorias. Concorre como Melhor Filme, Diretor, Ator Coadjuvante (Ruffalo), Roteiro Original e Edição.
Segue abaixo a lista completa com nossas apostas e análises. Em negrito aparecem em apostamos que venceriam, caso sejam diferentes dos laureados. Os asteriscos indicam hipotéticos vencedores das quais não reclamaríamos:
• Melhor Atriz
Brie Larson – O Quarto De Jack
Cate Blanchett – Carol
Charlotte Rampling – 45 Anos
Jennifer Lawrence – Joy
Saoirse Ronan – Brooklyn
• Melhor Ator Coadjuvante
Christian Bale – A Grande Aposta *
Mark Ruffalo – Spotlight
Mark Rylance – Ponte Dos Espiões
Sylvester Stallone – Creed: Nascido Para Lutar
Tom Hardy – O Regresso
• Melhos Atriz Coadjuvante
Alicia Vikander – A Garota Dinamarquesa *
Jennifer Jason Leigh – Os 8 Odiados
Kate Winslet – Steve Jobs
Rooney Mara – Carol
Rachel McAdams – Spotlight – Segredos Revelados
• Melhor Roteiro Original
A História Do N.W.A. – Jonathan Herman e Andrea Berloff
Divertida Mente – Pete Docter, Meg LeFauve, Josh Cooley *
Ex Machina- Alex Garland Straight
Ponte Dos Espiões – Matt Charman e Irmãos Coen
Spotlight – Josh Singer e Tom McCarthy
• Melhor Roteiro Adaptado
A Grande Aposta – Charles Randolph e Adam McKay *
Brooklyn – Nick Hornby Carol – Phyllis Nagy
O Quarto De Jack – Emma Donoghue
Perdido Em Marte – Drew Goddard
• Melhor Filme Estrangeiro
A War (Dinamarca)
Cinco Graças (França)
O Filho De Saul (Hungria)
O Abraço Da Serpente (Colômbia)
O Lobo Do Deserto (Emirados Árabes)
• Melhor Animação
Anomalisa *
Divertida Mente
O Menino e o Mundo
Shaun: O Carneiro As Memórias De Marnie
• Melhor Documentário em Longa-metragem
Amy
Cartel Land
O Peso Do Silêncio
Winter On Fire
What Happened, Miss Simone?
• Melhor Documentário em Curta-metragem
A Girl In The River: The Price Of Forgiveness
Body Team 12
Chau Beyond The Lines
Last Day Of Freedom
Spectres of the Shoah
• Melhor Curta de Animação
História De Um Urso
Prologue
Os Heróis De Sanjay
We Can’t Live Without Cosmos
World Of Tomorrow
• Melhor Figurino
A Garota Dinamarquesa
Carol
Cinderela
Mad Max: Estrada Da Fúria
O Regresso
• Melhor Maquiagem e Penteado
O Centenário Que Fugiu Pela Janela e Desapareceu
Mad Max: Estrada Da Fúria
O Regresso
• Melhor Fotografia
Carol
Mad Max: Estrada Da Fúria *
Os 8 Odiados
O Regresso
Sicario: Terra De Ninguém
• Melhor Montagem (Edição)
A Grande Aposta
Mad Max: Estrada Da Fúria
O Regresso
Spotlight – Segredos Revelados
Star Wars: O Despertar Da Força
• Melhores Efeitos Visuais
Ex Machina
Mad Max: Estrada Da Fúria
Perdido Em Marte
O Regresso
Star Wars: O Despertar Da Força (quem encara?)
• Melhor Canção Original
Earned It , de Cinquenta Tons De Cinza (Abel Tesfaye, Ahmad Balshe, Jason Daheala e Stephan Moccio)
Manta Ray, A Corrida Contra A Extinção (J. Ralph e Antony Hegarty)
Simple Song 3 (David Lang)
Til It Happens To You, de The Hunting Ground – (Diane Warren e Lady Gaga)
Writing’s On The Wall, 007 Contra Spectre (Sam Smith)
• Melhor Trilha Sonora
Carol – Carter Burwell
Os 8 Odiados – Ennio Morricone (todas as homenagens ao mestre são insuficientes)
Ponte Dos Espiões – Thomas Newman
Sicario: Terra De Ninguém – Jóhann Jóhannsson * merece também!
Star Wars: O Despertar Da Força – John Williams
• Melhor Edição de Som
Mad Max: Estrada Da Fúria *
Perdido Em Marte
O Regresso
Sicario: Terra De Ninguém
Star Wars: O Despertar Da Força
• Mixagem de Som
Mad Max: Estrada Da Fúria
Perdido Em Marte
O Regresso
Ponte dos Espiões
Star Wars: O Despertar Da Força
• Produção de Arte
Mad Max: Estrada Da Fúria
O Regresso
Ponte Dos Espiões
A Garota Dinamarquesa
Perdido Em Marte
• Melhor Curta-metragem
Ave Maria
Day One
Everything Will Be Ok
Shok
Stutterer
• Melhor Ator
Leonardo DiCaprio – O Regresso (não pode ser outro)
Bryan Cranston – Trumbo
Matt Damon – Perdido Em Marte
Michael Fassbender – Steve Jobs
Eddie Redmayne – A Garota Dinamarquesa
• Melhor Diretor
Adam McKay – A Grande Aposta
George Miller – Mad Max: Estrada da Fúria *
Alejandro Iñárritu – O Regresso
Lenny Abrahamson – O Quarto De Jack *
Thomas McCarthy – Spotlight
• Melhor Filme
A Grande Aposta *
Brooklyn
Mad Max: Estrada Da Fúria
O Quarto De Jack
O Regresso
Perdido em Marte
Ponte dos Espiões
Spotlight – Segredos Revelados
Rodrigo Rodrigues
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Hmmm… acertou o obvio mas errou nas duas principais: diretor e filme.
Li suas criticas… muito boas. Voltarei sempre pra acompanhar cinema aqui. Queria saber pq Brooklin foi indicado, se eh tao fraco… como e possivel?
Marco
Muito Obrigado pelo elogio as criticas. Será sempre bem vindo sempre.
No caso de Brooklin é bem difícil acreditar como caiu nas graças da maioria dos votantes da academia.
Mas lembramos que o Oscar o merecimento é mero detalhe e o mais importante é que o filme tenha poucos detratores.
Os gastos com campanha dentro da academia é fundamental. No caso do Brooklin a FOX pagou quase 10 milhões de dólares pelos direitos do filme. Isso deve ser levado em conta também.
Abraço e bom Oscar.
Cara como explicar 8 Odiados e Tarantino fora das categorias principais?
Sandoval
Obrigado pelo comentário.
Infelizmente merecimento não é o forte do Oscar.
No caso de Os 8 odiados (e Tarantino) e questão pura e simplesmente de projetos de campanha, financiamento. E principalmente que Tarantino nunca foi um diretor bem visto dentro da academia (independente demais)
Abraço e bom Oscar.
Pq ele nao é bem visto pela Academia?!
Próximo domingo é dia de Óscar, pra quem gosta de acompanhar veja quais são os pontos fortes e pontos fracos dos oito que estão concorrendo a Melhor Filme (Claro que assisti todos)
O Regresso:
Pontos fortes: ótima fotografia; cenários lindos; cenas de angústia, a câmera faz o telespectador se sentir dentro daquele filme;ótima atuação de Leonardo Di Craprio; explora o antagonismo entre índios e não índios; muito bem contextualizado (década de 1820); roteiro consistente; e muito bem dirigido.
Pontos fracos: por ser uma história de sobrevivência, tem poucos diálogos. Por isso, algumas cenas geram sonolência pra quem assiste; é longo demais; por mais que Leonardo Di Craprio seja favorito ao oscar de melhor ator e realmente faz um bom trabalho, não é um dos seus personagens mais cativantes; O final do filme deixa muitos telespectadores falarem “oxe, acabou desse jeito? “.
Mad Max: Estrada da Fúria:
Pontos fortes: ótimo filme de ação, sendo provavelmente o melhor desde o Exterminador do Futuro 2 de 1991; ótimo figurino; áudio e efeitos sonoros perfeitos; atuações convincentes; cenas de ação sem câmera tremida; ótimo para ser assistido em 3D (talvez o melhor desde Avatar de 2009); bom roteiro; cenários impactantes; mulheres são protagonistas e quebram as regras históricas de filmes deste gênero; entretém o telespectador durante todo o filme.
Pontos fracos: por ser um filme de ação, não é voltado para um público universal; o filme não explora de forma consistente a importância das crianças perfeitas que gerou toda a perseguição, o que faz o telespectador apenas imaginar. Ou seja, tirar suas conclusões; Por mais que o filme de brechas para entender que haverá uma continuação, algumas perguntas ficam no ar como origem, as angústias do protagonista, religião, a importância da guerra e outros elementos relevantes de um cenário pós apocalíptico. Sendo assim, o perfeccionismo na ação camufla estas questões. O que dá a entender que é um filme perfeito. Talvez por isso, ganhou apenas prêmios técnicos em outros eventos como o Bafta e o Globo de Ouro. Isto porque os votantes são críticos de cinema e cineastas.
A Grande Aposta:
Pontos fortes: tema relevante; boa capacidade de entrenimento; sarcástico; ótima edição; boas interpretações; roteiro bem feito; seu estilo possibilita fazer que seja memorável para os telespectadores por mostrar as consequências da ambição, da crença cega no mercado imobiliário e os efeitos da desigualdade social.
Pontos fracos: É muito repetitivo quando tenta explicar um assunto; o excesso de momentos que um personagem olha pra câmera chega ser cansativo pra quem assiste, pois quebra o raciocínio de assunto abordado; o filme exige que o telespectador tenha um breve conhecimento prévio sobre ações, bolsas comerciais, seguros bancários e hipotecas. Ou seja, por mais relevante que seja, não é um filme para um público universal.
Ponte dos Espiões:
Pontos fortes: bom roteiro; cenários perfeitos de uma Berlim dividida no final da década de 1950, auge da Guerra Fria; ótimas atuações, principalmente de Tom Hanks e Mark Rylance (indicado ao oscar de melhor ator coadjuvante) que faz o espião russo; os diálogos deixam muito bem contextualizados o ambiente da Guerra Fria.
Pontos fracos: sonolento; não explora o processo de condenação do espião americano na União Soviética; transforma o personagem de Tom Hanks como um herói que agiu sozinho contra os “vilões” soviéticos; por tentar ser imparcial, o filme deixa a entender que a troca dos espiões foi um acordo de compadres sem grandes dramas ou exigências de impacto de ambos os lados (a história é real); e por mais que seja dirigido por Stiven Spielberg, realmente não é um dos seus grandes filmes.
Perdido em Marte:
Pontos fortes: ótimo entrenimento; boa direção; bons diálogos; a atuação do protagonista e o seu monólogo funciona para interagir com o telespectador para compreender o que está acontecendo; os momentos de tensão são muito bem feitos; mistura humor e drama de forma original; estimula a imaginação do telespectador; e não tem a preocupação de agradar um público universal e muito menos ganhar prêmios. O que faz a repercussão do sucesso do filme com certeza ter sido inesperado.
Pontos fracos: pelo fato do protagonista estar perdido em Marte, jogado a própria sorte, o sarcasmo do protagonista que é interpretado por Matt Damon faz pensar que aquilo que estava vivendo era natural; o momento que os tripulantes da nave ficam sabendo que seu colega estava vivo e perdido em Marte e só lamentam, ou então tem a opção de ir lá buscar ou não o astronauta que deixaram para trás chega ser irritante. Afinal, eles fizeram a burrada e deveriam ser obrigados a voltar; alguns críticos de sites de cinema compararam este filme com Naufrago de 2000, protagonizado por Tom Hanks. Pode lembrar, mas é bem inferior; A atuação de Matt Damon é legal. Porém, comparada a outras atuações de filmes de 2015, como de Michael B. Jordan em Creed, sua indicação ao Oscar de melhor ator foi exagerada; e finalmente, por ter ganhado prêmios em categorias de comédia, como no Globo de Ouro, quem não assistiu pode achar que é uma comédia e pode não levar a sério. Uma pena.
Spotlight:
Pontos fortes: tema relevante; interpretações convincentes; roteiro perfeito; a cada revelação durante o processo de investigação jornalística uma grande surpresa; não gera dúvidas ao telespectador. Ou seja, as explicações do assunto são bem entendidas; os diálogos são perfeitos; a forma como as vítimas contam as histórias vividas demonstram claramente o drama vivido por elas e o clima de investigação; e sem dúvida é um filme memorável, sobretudo, por ser baseado em uma história real.
Pontos fracos: É mais um clima de documentario do que entretenimento; a trilha sonora é muito chata; a personagem interpretada por Rachel McAdams não faz nada de grandioso, inovador ou impactante. Qualquer atriz em início de carreira faria esse papel. Não é a melhor atuação dela. Foi um talento desperdiçado no filme. Em “Intrigas de Estado” ela tem uma atuação mais convincente do que está. Por isso, acho um exagero a indicação dela como melhor atriz coadjuvante (Charlize Theron, a Furiosa de Mad Max, merecia a indicação); por se tratar de um tema relevante, o filme passa a idéia de ser espetacular. Porém, não é tudo isso. Um documentário no Netgeo ou Discovery Channel é mais impactante e entretém o telespectador com mais intensidade. Spotlight é bom, mas não dá vontade de assistir de novo.
Brooklyn:
Pontos fortes: uma história simples, mas muito bem contada; a atuação da protagonista convence e não é previsível; possibilita reflexões sobre o poder das escolhas na vida; a direção faz um bom trabalho; é um filme leve e interessante para casais ou até mesmo para assistir em família; valoriza as diferenças culturais; pra quem gosta do bom cinema, faz lembrar filmes românticos das décadas de 1920, 1930, 1940 e 1950.
Pontos fracos: É o mais simples dos oito indicados ao oscar e o mais questionável por ter sido indicado ( Carol e A Garota Dinamarquesa mereciam a indicação); por ser baseado num livro de romance, a história chega a beirar a utopia; não deve agradar um público universal, mas é melhor do que assistir a saga Crepúsculo ou Cinquenta Tons de Cinza; Não ocorrem dramas ou acontecimentos de impacto que desafiam a protagonista a superar seus limites; em alguns momentos sua atuação de mulher simples irrita. Por causa disso, sua indicação a melhor atriz foi exagerada. Porém, é uma boa atuação; É um filme que vangloria demais os Estados Unidos e indiretamente “subestima” os irlandeses. Se eu fosse irlandês ficaria indignado com este filme.
O Quarto de Jack:
Pontos fortes : Dialogos bem feitos; ótimas atuações. Brie Larson merece o Oscar de melhor atriz disparado, comparada com atuação de Maryl Streep em “A Escolha de Sophia” de 1982; A atuação do garoto Jack, interpretado por Jacob Tremblay, é a melhor atuação infantil de um personagem infantil desde “O Sexto Sentido” de 1999, e pode ser comparada a de Justin Henry que com 7 anos foi indicado ao oscar de melhor ator coadjuvante por “Kramer vs Kramer” de 1979. Sem dúvida merecia ser indicado e faria concorrência dura com Leonardo Di Craprio; o filme é baseado na história do homem austríaco que prendeu por vários anos uma garota e seus filhos no porão de sua casa; trilha sonora perfeita; cenas emocionantes; de todos os diretores que estão concorrendo, Lenny Abrahamson faz muito com menos orçamento. Ou seja, indicação merecida; o filme possibilita fazer pensar sobre representação e identidade na sociologia.
Pontos fracos: o momento do reencontro da protagonista com os pais deixa um pouco a desejar; o filme não demonstra o que aconteceu com o sequestrador, apenas menciona; alguns conflitos na segunda parte do filme não são explorados, deixando dúvidas; a campanha de marketing do filme é muito simples, reduzindo a imagem do filme a uma relação de amor entre mãe e filho. Porém, é muito mais do que isso.
Tragam um Oscar para esse comentario!!!
Você diz que o Regresso ganhou vários prêmios pré Oscar mas ele na verdade venceu o DGA de importante, logo faria mãos sentido apostar no Iñárritu vencendo como diretor já que o McKay não ganhou absolutamente NADA!!
Edson
Obrigado pelo comentário.
Realmente o O Regresso ganhou vários prêmios antes ( não mensurei a importância de cada).
Mas a aposta em Adam Mckay é arriscada e chegar a ser quase passional , mas ainda penso no fator de Inarritu ter ganho ano passado deve ser considerado.
Abraço e muito obrigado.
Como critico voce acha q Mad Max eh + filme que Big Short ou Revenant? Sei naum… eh mais explosivo, mais fodao… mexe mais com o espectador… mas acho q nao eh melhor filme…
Felipe
Os três filmes são diferentes entre si são muito bons e seria injusto dizer um é melhor que outro. Cada um tem seu ponto forte e narrativas bem distintas.
Principalmente Mad Max que é um Blockbuster com qualidade pouco vista no estilo. Claro que ainda vai demorar muito para filmes assim ganharem, mas so a lembrança já vale.
Obrigado pelo comentários.
Concordo, exceto melhor filme, acho que vai pro A Grande Aposta mesmo.
Wellington
Se ‘O Regresso’ ou ‘A Grande Aposta’ levarem ficarei satisfeito. Principalmente pelo segundo rs.
Mas ‘O Regresso’ leva vantagem por ter ganho varias premiações pre – Oscar.
Mas ‘A Grande Aposta’ não é carta fora do baralho não!
Abraço e Obrigado pelo leitura.
So eu acho que o Leo nao merece?
Luka
Quanto ao DiCaprio ainda não vi ninguém dizer que ele não merece. Os outros candidatos não ameaçam.
Talvez um pouco o Michael Fassbender com Steve Jobs.
Mas mesmo assim pouco.
Se DiCaprio não ganhar será uma das maiores surpresas da historia do Oscar.
Obrigado pelo comentário.
Abraço