Resenha: Zumbi vs Robôs – A série esnobada pelo Eisner
Ganância, soberba e sede por poder fizeram os humanos quererem tudo, isso não é de hoje. É justamente deste ponto que Zumbis vs Robôs parte. A história escrita por Chris Ryall e desenhada por Ashley Wood conta como o planeta chegou nas condições onde a existência humana estaria completamente ameaçada, a ponto de precisar de robôs lutarem pela nossa sobrevivência.
Três cientistas fizeram uma máquina capaz de viagens transdimensionais, o que poderia trazer muitos benefícios à humanidade, e aos bolsos de algumas corporações também. Um erro poderia causar o corte de verba do governo para a pesquisa. Mas enfim, o fato é que o portal dá errado e os três cientistas acabam morrendo, restando apenas robôs com Inteligência Artificial, criados por um deles, e a missão de cuidar do último bebê humano para uma posterior clonagem.
E nessa parte é onde entram os zumbis, infectados por um tipo de vírus que não é capaz de matar um ser humano, mas também não os deixa vivos. Os robôs precisam cuidar da criança até ela ter uma idade onde seja possível a clonagem e assim repovoar o mundo com humanos. Mas as coias não correm como planejado. E os robôs são obrigados a tomar uma atitude drástica.
Em uma determinada altura da história surgem amazonas, e a partir daí os robôs passam a contar com a ajuda delas contra os zumbis e ainda assim não é tarefa fácil.
A narrativa conta com um senso de humor peculiar, principalmente os robôs, dando leveza à história, que é bastante violenta, por conta das mortes (que não podem faltar numa história de zumbis). Chris Ryall conduz muito bem o roteiro, tornando a leitura fácil. Além de tudo, é um quadrinho bem visual, com a arte peculiar de Ashley Wood, sendo a maior parte em óleo sobre tela, inclusive, a capa tem uma textura diferente e convidativa.
O quadrinho é distribuído pela Mythos e traz na contra capa a seguinte chamada “A Série esnobada pelo Prêmio Eisner”; eu sinceramente não vi história pra tanto, apesar de não ser nenhum crítico de quadrinhos para saber os quesitos necessários para um indicação, que pelo jeito não veio.
O roteiro é de uma ótima qualidade, a arte também, fora dos padrões dos quadrinhos de maior alcance mundial, mas daí ao Prêmio Eisner não sei dizer se é para tanto, mas vale a leitura, e pelo final parece que tem uma segunda parte “encaminhada”. Aconselho a leitura e tirem suas conclusões… merecia um Eisner ou não?
PS: Em 2011 e 2016 notícias deram conta de que a produtora de Michael Bay iria adaptar essa HQ para os cinemas, mas por motivos ainda desconhecidos o projeto não foi adiante.
Jean Bonjorno
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o lance do Eisner foi mais marketing mesmo hahaha mas é bem legal viu
muito legais as resenhas que vc tem postado Jean tenho acompanhado sempre parabens
Muito bom receber comentários assim, anima ainda mais a escrever, muito obrigado pelo feedback. Espero manter sempre o nível. hehe
E continue nos acompanhando!
Obrigado!
qd vi a manchete pensei ah nao outro quadrinho de zumbi nao aguento mais, depois lendo a sinopse vi que finalmente temos aqui uma inovação, fugiu do cliche do genero legal heim acho que vou conferir
Legal!!! Também tive essa má impressão… E comprei depois de umas quatro idas na banca haha mas gostei da leitura. Espero que goste de leitura, dá um toque caso leia. E obrigado pelo comentário!