Top 5 – Melhores jogos da série Final Fantasy
No dia 30 de março, a SQUARE ENIX planejou um evento para divulgar a data de lançamento de Final Fantasy XV, novo título da famosa franquia de RPG. O desafio é se recuperar da fraca aceitação do último jogo da série, Final Fantasy XIV Online, que teve sua estrutura modificada para atender as demandas de um MMORPG (massive multiplayer online role playing game), e recuperar a identidade perdida em Final Fantasy XIII que, apesar do bom desempenho e das vendagens satisfatórias, causou um certo estranhamento na comunidade de gamers que acompanha a série a algum tempo.
Já tive a oportunidade de jogar diversos títulos da saga Final Fantasy, e admito não ser muito fã do XIII e muito menos de seu sucessor. Pelo menos para mim, Final Fantasy possui uma certa familiaridade que se perdeu com as inovações do jogo que apresenta a protagonista Lightning. Não se trata de um jogo ruim, muito pelo contrário. O sistema de batalhas é bem interessante, a trilha sonora não faz feio e os gráficos praticamente te engolem de tão fidedignos. Entretanto, não é um Final Fantasy, na minha opinião.
Com o início da divulgação de Final Fantasy XV (que era para ser outro derivado de Final Fantasy XIII, chamado Versus), tive a mesma impressão: um jogo bom, porém descaracterizado. “Vamos ver o One Direction matando monstros?”, pensei. Com o último trailer, porém, minhas esperanças foram renovadas. Talvez, a SQUARE ENIX tenha conseguido encontrar o equilíbrio entre tradição e inovação.
Para compreender melhor, vamos dar uma olhada no último teaser de divulgação de Final Fantasy XV, chamado Reclaim Your Throne?
Minhas primeira impressões se resumem em:
- mundo aberto (o que é muito bem vindo e contraria a linearidade de Final Fantasy XIII).
- personagem nova e misteriosa que lembra a Schala de Chrono Cross (o que eu considero bem bacana).
- sistema de batalhas modificado e interessante, numa limitada primeira análise.
- história bem desenvolvida, com base na hereditariedade dos protagonistas com outros personagens ainda não revelados.
- a belíssima versão de Stand By Me do grupo Florence + The Machine, que me arrepiou até o último fio de cabelo e casou muito bem com a ideia do trailer!
Lembrando que a SQUARE ENIX lançou também uma demo de aproximadamente trinta e cinco minutos de gameplay. Se quiser assisti-la, basta clicar aqui (todos os direitos reservados ao canal Rajnam Gaming HD).
Top 5 – Os melhores jogos da série Final Fantasy na opinião do Maxiverso.
Para comemorar o lançamento do trailer, da demo e o anúncio da data de lançamento de Final Fantasy XV – que, aliás, é dia 30 de setembro – faremos uma lista com aqueles que consideramos os melhores jogos da franquia. Salientamos que trata-se da opinião do Maxiverso, ou seja, se você discorda da nossa escolha, sinta-se livre para expor seu ponto de vista nos comentários!
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Muito preconceito acerca desse jogo, afinal o estilo de batalha foi todo modificado e até mesmo no título não vemos nenhuma numeração, ou seja, parece um game alternativo à franquia. Entretanto, esse jogo me proporcionou horas de muita diversão e estratégia. Ao invés de desbravar cidades, florestas, cavernas e castelos, temos que viajar pelo world map e nos preparar para a batalha quando ela for acontecer – e aí que está o diferencial. Similar a um jogo de xadrez, Final Fantasy Tatics apresenta um estilo de batalha completamente diferente. Primeiramente, tudo dependerá de onde você posiciona seus personagens e o alcance de cada um, seja para ataque ou defesa. Segundo, o resultado da batalha varia de acordo com as classes que seus personagens possuem, e o quão avançados eles estão. Você pode ter um chemist que sabe apenas usar Potions. Logo, como fazer para ressuscitar um personagem de seu grupo que morreu, sendo que o chemist ainda não aprendeu a usar Phoenix Down? E quanto aos ataques, você pode variar tendo um guerreiro e um arqueiro, por exemplo. Dessa maneira, você pode atingir o adversário de várias maneiras. O charme desse jogo -e a razão pela qual ele figura a quinta posição do nosso top 5 – é a variedade e as inúmeras opções que o jogador tem em mãos. Para ajudar, se você gosta de uma boa história medieval, com tramas políticas e conspirações, vai adorar Final Fantasy Tactics. Jamais vi uma história medieval tão bem estruturada em qualquer outro Final Fantasy, nem mesmo no que se encontra no próximo lugar da lista.
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O quarto lugar no nosso top 5 pertence ao último Final Fantasy lançado para Playstation. Produzido entre os anos de 1998 e 1999, Final Fantasy IX conta a história de Zidane, um protagonista daqueles meio atrapalhados e cômicos. O game explora sua relação com Garnet, uma princesa que se rebela contra seu destino inevitável e foge rumo a uma jornada cheia de aventuras. O enredo é relativamente clichê, mas sabe como dizem… Quando o clichê é um clichê bem feito, fica bom. E é o caso de Final Fantasy IX. O jogo aparece na lista devido as particularidades dos personagens no quesito habilidades. Cada personagem possui um desenvolvimento diferente e único. Garnet, por exemplo, aprende apenas magia branca e conjuração de entidades, enquanto o mago Vivi usa magia negra para atacar. Em qualquer outro Final Fantasy, é comum os personagens conseguirem aprender qualquer habilidade, basta selecioná-la e ganhar a experiência necessária para aprendê-la. Em Final Fantasy IX, isso não acontece. Zidane jamais aprenderá magia negra, por exemplo. O jogo possui quatro CDs, ou seja, temos uma história muito bem desenvolvida e relativamente longa – mas em momento nenhum massante. Aliás, ouso dizer que é um game obrigatório para qualquer fã do RPG medieval clássico.
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Meu caso com Final Fantasy VI é curioso. Joguei depois da época de ouro do SNES (onde o jogo era o Final Fantasy III), mas a experiência com o mesmo foi memorável. Terra é uma protagonista que é constantemente levada pela trama. Ora ela está nas mãos do inimigo, ora encontra forças para lutar por algum ideal que acredita. Penso que, assim como no caso de Final Fantasy VII (que logo será mencionado), um dos pontos a favor é o antagonista, um homem excêntrico chamado Kefka. Outro fator interessante é a trama, cheia de mistérios. Nela, máquinas são utilizadas pelos humanos e o uso de magia foi abolido. Terra, entretanto, é capaz de usar magia e, por isso, é utilizada de início como uma arma pelo Império, que representa a força a ser combatida no jogo. Mas como a personagem tem essa habilidade? Nem ela mesma se lembra! Junto com Terra, o jogador deve descobrir esse mistério enquanto ultrapassa os desafios do jogo. Quase uma quebra da quarta parede, se formos parar para pensar. A trilha sonora possui uma qualidade única para época, e o sistema de batalha não inova tanto se compararmos com os outros jogos da série. Ainda assim, é um jogo fabuloso!
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Não apenas um dos melhores Final Fantasy, como também um dos melhores jogos que tive a oportunidade de jogar. Considero o título máximo da empresa (que era Squaresoft na época), devido aos tantos derivados (animação, filme) e ao fato de ser o primeiro título da franquia a ganhar um remake para a nova geração de consoles. Cloud Strife é o protagonista da história, o típico niilista. Não se apega a nada, nada faz sentido, nada vale a pena o bastante para lutar. Não existe ideal, apenas dinheiro. Além de mercenário, o personagem já pertenceu ao grupo de super soldados da grande corporação SHINRA, empresa que domina o mundo de Final Fantasy VII e o inimigo a ser combatido.
Os coadjuvantes foram muito bem construídos, de Tifa Lockheart a Aerith Gainsborough, de Barret Wallace a Vincent Valentine (que ganhou seu jogo solo para PS2 –Dirge of Cerberus). O esquema de batalhas teve uma modificação considerável se compararmos com os jogos anteriores: através de um item chamado Materia, o personagem pode equipar uma determinada habilidade e utilizá-la durante a batalha. Entretanto, o grande trunfo de Final Fantasy VII está em seu antagonista, Sephiroth. Soldado criado pela SHINRA e ex-parceiro de Cloud, Sephiroth se volta contra a humanidade e decide destruir o planeta. A profundidade por trás do personagem, entretanto, torna tal objetivo totalmente plausível. Acredito que este seja o primeiro inimigo da série Final Fantasy que tem torcida dos jogadores para se dar bem. Vamos ouvir One Winged Angel em homenagem ao nosso adorado vilão?
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Primeiramente, gostaria de admitir uma coisa: eu não considero esse o melhor jogo da saga Final Fantasy. Ainda assim, é meu favorito. Os personagens possuem um carisma muito grande e você torce por cada um deles. A história é muito bem desenvolvida e, da geração PSX, é o jogo cujo gráfico e trilha sonora destacam-se na minha opinião (quem se lembra de Liberi Fatali e Eyes On Me?). O sistema de batalhas é um pouco diferente de qualquer outro jogo da série, pois você deve equipar magias para desenvolver seus atributos, e quanto maior a quantidade de magias (sim, existe um número de Fire, outro de Fira e outro de Firaga, por exemplo, que o jogador coleta a partir de inimigos com a habilidade Draw), maior é o valor do atributo. Logo, basta equipar 100 Ultimas no atributo força, e você consegue danos próximos de 9999. Muitos consideram o jogo complicado devido ao sistema de batalha e desenvolvimento de personagens, mas é algo que qualquer jogador com alguma experiência consegue se acostumar. A história, por sua vez, é o ponto forte. Lembram-se que eu disse que a SQUARE ENIX precisa encontrar o equilíbrio entre tradição e inovação? Pois bem, considero Final Fantasy VIII o maior exemplo disso.
Na pele de Squall Lionheart, você deve se tornar membro da SeeD, um esquadrão de soldados mercenários que viajam o mundo contratados por corporações e pessoas, e possui como objetivo final derrotar a Feiticeira, uma mulher aparentemente aleatória que nasce de geração em geração e geralmente perde a sanidade depois de conseguir seus poderes. A Feiticeira da época é Edea, uma mulher que ficou louca após ganhar poderes mágicos e decide dominar o mundo. Em meio a essa trama toda, temos o relacionamento entre Squall e Rinoa Heartilly, uma garota que faz parte de um movimento de resistência e contrata os serviços da SeeD para ajudá-la numa missão. Poderia usar todas as linhas que me restam para falar porque Final Fantasy VIII é fantástico, mas prefiro deixar que vocês descubram por conta própria. Lançando inicialmente para Playstation, o jogo pode ser comprado atualmente numa versão digital pela Steam. Corre lá, e tenha um bom jogo!
E, com isso, finalizamos o nosso TOP 5 Final Fantasy. O que achou? Tem algum jogo faltando aí? Como é que Final Fantasy X não está na lista? Admito que me fiz a mesma pergunta, mas não teve como. Fica de menção honrosa, para finalizar a publicação de hoje. 😉
Se você chegou até aqui, muito obrigado! Dê um salve para a gente nos comentários!
Marcus Colz
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ae Maxiverso solta a braba atualizada ae kkk
A lista considero boa, bem fundamentada. Mas eu colocaria final fantasy xii em primeiro lugar, não só em um top 5 de final fantasy como em qualquer top 5. Acho a melhor história, melhor jogabilidade, melhor design tanto de personagens como de cenário. O extra game e complexo e divertido, e muito complicado, como as hunts. A trilha sonora e linda. Os únicos pontos fracos dele e o protagonista e o vilão, mas pelo fato de termos balthier, Fran, Ashe e bash compensa. Coloque-o em sua próxima lista.
Abraços
Ficou quase igual ao meu top 5
1 – Final Fantasy VIII
2 – Final Fantasy VII
3 – Final Fantasy X
4 – Final Fantasy IX
5 – Final Fantasy VI
Marcus, estou horrorizado com o que você disse no primeiro paragrafo sobre FFXIV! Com o lançamento de A Realm Reborn e a nova Expansão Heavensward ele atingiu mais de 5 milhões de jogadores, se tornou um dos melhores MMORPG disponíveis no mercado. Para mim muito mais divertido que WOW, ja roubou um ano da minha e espero que roube ainda mais. Por favor!
Eu tive a oportunidade de jogar e explorar bem as duas demos de FFXV. Você vê os milhões da Square Enix em cada cenário e ja da pra ver de longe que os fãs de longa data vão odiar até o fim de suas vidas. Pelos menos com as ferramentas liberadas na demo o jogo é um action-RPG com um sistema de combate de KH melhorado. Vai dar treta.
E não vou nem comentar sobre essa sua lista de FFs. A lista depende muito do gosto de cada um portante torço para que perca a memória e seus gostos.
E aí Julio, tudo bem?
Hahaha, não fique horrorizado! Eu não tiro em momento nenhum o mérito do jogo, mas se tratando de Final Fantasy, considero o XIV completamente descaracterizado. Na minha opinião, a franquia não combina com o estilo MMORPG. Acaba se transformando apenas num monte de players dividindo o mesmo cenário com gráficos que nos relacionam quase que automaticamente à saga.
Quanto ao XV, mantenho minhas esperanças de “fã de longa data”!
Hahaha, a lista tá aí exprimindo meu gosto mesmo! Na sua opinião, quais são os melhores?
Abraços!
Acredito que fazer uma lista dos jogos da série é uma tarefa complicada e exige coragem. Dependendo do que colocar, pode evocar o pior em um fã da série.
Não discordo da lista, por mais que ache o FF7 superestimado. Contudo, não há como retirar o fator pessoal. Eu comecei a jogar no 9 e ele me encantou. Joguei novamente e pretendo jogar mais algumas vezes, pois a história de Zidane não me cansa. O sétimo deve ter o mesmo efeito em muitas pessoas, considerando que foi um marco para a história do Playstation.
Penso que a Square está tentando se ajeitar em um mercado que foi inundado por consumidores com perfis muito diferentes dos antigos. Não vemos mais RPGs com turnos, cujas batalhas exigiam mais raciocínio do que habilidade com os comandos. Precisávamos ter um sentimento de imersão para que o tédio, causado pelos turnos, não acabasse com a diversão. Para tal, a história era o grande ponto. As músicas, as cenas, os acontecimentos. Todos esses colaboravam para que nós pudéssemos mergulhar nos mundos e viver aquelas histórias. Hoje é muito diferente.
Estamos na geração do Gears of War, The Last of Us e que foi constituída pelo God of War, GTA e Call of Duty. Pragmáticos, os jogadores não querem ficar parados lendo a história. O jogo precisa ser repensado para apresentar o conteúdo em conjunto com o gameplay. A Square está procurando encaixar isso na série FF.
Eu tenho medo do Final Fantasy 15. Tive uma relação complicada com o 13, sendo que nem cheguei a jogar o Lightining Return. No entanto, o 14 me proporcionou, depois que foi refeito, ótimos momentos. Um MMO que tem crescido e oferece conteúdos fantásticos. A história começou a amadurecer há pouco tempo, mas tem potencial.
Não sei o que esperar do 15. Não sei se investir mais de duzentos reais nele será uma boa aposta. Contudo, no fundo do coração, existe um calor ao lembrar dos bons momentos que já tive jogando Final Fantasy e será esse sentimento que, com certeza, fará com que eu compre o jogo e aposte na série mais uma vez.
Btw: Realmente, como raios não colocou o X na lista? COMO?! LOL
Faaala Paulo! Tudo tranquilo?
Realmente, é uma responsabilidade das grandes. Mas tem como eu explicar porque cada um dos jogos está na posição em que está, então de boa. E espero mesmo que apareça alguém discordando. A série possui tantos jogos interessantes e bem feitos que é normal haver essa divergência.
Então, eu peguei a época do FF 7. Foi o jogo que marcou a franquia, tornou a Square o que era na época e ainda ajudou a alavancar as vendas do PSX. Foi um marco não apenas no RPG, mas no mundo dos games como um todo. E ainda faz por onde. Considero a história muito boa (o início é bem na linha cyberpunk que a gente tanto gosta hehe) e um sistema de batalhas que inovou muito. Hoje em dia, podemos até ver essas evoluções e considerar que não foram muita coisa, mas pra época foi um marco. E a Square reconhece isso, tanto que o jogo vai ter um remake pra nova geração, né?
Então, meu problema com Final Fantasy X está justamente no motivo pelo qual você não curtiu o XII e o XIII. Pra mim (PRA MIM, hein), Final Fantasy começou a deixar de ser Final Fantasy a partir do X. Considero um bom jogo, mas alguma coisa se perdeu nele e a Square não conseguiu recuperar até hoje. Pra piorar, eu não vou com a cara do Tidus, considero ele um personagem bem irritante (ainda que bem interessante, por ser um fragmento de sonho e aquela história toda), simplesmente não consigo torcer por ele. Os outros personagens, eu já considero meio sem sal. A única que vale a pena dentre eles acaba sendo a Yuna (que foi completamente descaracterizada no X-2).
Então, no fim das contas, o X é um bom jogo, mas tem uma falha aqui e ali que fez ele ficar fora do TOP 5. Se fosse um TOP 6, ele apareceria!
Quanto ao Final Fantasy XV, só digo uma coisa: veremos! 😉
Abraços e valeu pelo comentário!