Resenha: Frankenstein – Entre o Céu e o Inferno

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Além do Drácula, de quem foi falado semana passada, outro monstro que está no imaginário de todos é o famoso Frankenstein. E em Entre o Céu e o Inferno, Mike Mignola traz um ser que de monstro só tem a aparência e as experiências passadas, mas é muito mais consciente e humano que muitos “homens” com os quais ele tem que lidar.

A HQ percorre várias épocas e lugares do mundo, mostrando tudo que o experimento do Dr. Victor Frankenstein vivencia e é envolta por uma aura mística também, envolvendo várias crenças e teorias a respeito de céu e inferno, ponto onde o nosso personagem transita.

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Sendo imposto pelos homens – a julgar por sua aparência que ele é um “monstro” – o nosso protagonista sempre viveu à margem da sociedade. E muitas vezes, fizeram proveito de seus atributos físicos em vantagem própria (como um de seus compradores, que o negociou após presenciar uma luta entre ele e Hellboy).Frankenstein-Underground-2-300x300 Resenha: Frankenstein - Entre o Céu e o Inferno

Mas o fato mais interessante é o heroísmo dele, onde mesmo sofrendo por conta da ganância humana, ainda consegue forças (de uma divindade, ora remetendo à Virgem Maria, ora a uma deusa egípcia) que o mantém centrado e não deixa ele cair nas ciladas pelas quais ele passa.

Ficha Técnica

Mike Mignola, consagrado escritor e desenhista, conhecido por criar Hellboy, faz uma adaptação muito interessante, além de incluir o famoso monstro nas histórias do grandalhão vermelho. Mignola dá um sentido para a vida do nosso personagem, mas sempre respeitando suas origens.

A arte fica por conta de Ben Stenbeck, que segue a risca o padrão Hellboy de ser, o que combina muito com a narrativa e deixa a história bem fluida e prende a atenção. As cores de Dave Stewart completam essa obra de arte, abusando de cores mortas e tons pastéis. Quando usa de cores vivas, ocorre um grande choque visual, e a dinâmica da história sai ganhando ainda mais.

Publicada em 2016 pela Mythos e Dark Horse Books, a revista tem capa dura, possui 148 páginas e não é aconselhável para menores de 13 anos.

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AvatarJean-150x150 Resenha: Frankenstein - Entre o Céu e o Inferno

Jean Bonjorno

Formado em jornalismo, leitor de quadrinhos, costumava escrever alguns poemas quando adolescente. São Paulino, antes de entrar pro mundo dos quadrinhos, colecionava camisas de futebol (hoje não é possível manter as duas coleções =/). Baixista e roqueiro, por que tudo na vida tem que ter uma trilha sonora... e que seja uma boa trilha sonora!

3 thoughts on “Resenha: Frankenstein – Entre o Céu e o Inferno

  1. parabens Maxiverso pelas excelentes resenhas… queria dizer que tenho usado vcs aqui como base para recomendações no meu grupo do facebook, mas o feedback do pessoal tem sido quase unanime que vcs sempre recomendam boas obras vlw mesmo

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