Análise: Westworld – Onde Ninguém tem Alma (1973)

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A série Westworld (2016) do canal a cabo HBO é um grande sucesso de público. A segunda temporada estrou agora em abril prometendo mais ação, drama e muita aventura sobre o “parque de diversões” futurista que emula o velho-oeste “selvagem” dos Estados Unidos, onde os personagens são substituídos por robôs que convivem com os hóspedes humanos, quando algo começa a dar errado…

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O seriado é uma adaptação, de certa maneira, de um filme de sucesso de 1973, Westworld – Onde Ninguém tem Alma, escrito e dirigido pelo posteriormente aclamado escritor literário, Michael Crichton (1942-2008), autor de obras que inspiraram filmes como Esfera e Jurassic Park.

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Crichton tinha como gênero literário a ficção-científica descrita como “thriller tecnológico”, que é, geralmente, a união de ação e de detalhes técnicos. Seus romances muitas vezes exploram a tecnologia e as falhas da interação humana com ela, quase sempre resultando em catástrofes com biotecnologia. Muitas das suas novelas têm termos médicos ou científicos, refletindo a formação do escritor – Crichton era formado em medicina pela Harvard Medical School. Seus livros já venderam mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo e muitos foram adaptados em filmes. Em 1994, Crichton tornou-se o único artista criativo a ter obras simultâneas no topo da televisão (ER – Plantão Médico), cinema (Jurassic Park) e vendas de livros (Disclosure) dos Estados Unidos.

Enredo:

Em um futuro não muito distante (no filme seria em 1983), dois amigos Peter Martin (Richard Benjamin) e John Blane (James Brolin, pai do ator Josh Brolin), estão indo passar as férias no Westworld, um parque de diversões administrado pela empresa Delos, que simula três ambientes – Roma Antiga, Idade Média e o Velho Oeste dos Estados Unidos (de onde vem o título do filme) – em que os personagens secundários são androides. Tudo parecia bem para os dois amigos, quando um dos androides (Yul Brynner) ao ser reprogramado após um combate, se volta totalmente contra qualquer forma humana. O filme passa a ser então uma caçada mortal onde a única opção é se manter vivo, enquanto toda estrutura do parque entra em colapso.

Origem:

Segundo uma entrevista que o escritor Michael Crichton realizou para a Turner Classic Movies antes de falecer em 2008, ele revelou a origem da ideia do filme: “Eu visitei o Kennedy Space Center e vi como os astronautas estavam sendo treinados – e percebi que eles eram realmente máquinas. Esses caras estavam trabalhando muito duro para fazer suas responsabilidades, e até mesmo os seus batimentos cardíacos eram monitorados, tão parecidos com máquinas e previsíveis quanto possível. No outro extremo, podemos ir à Disneylândia e ver Abraham Lincoln em pé a cada 15 minutos para entregar o discurso de Gettysburg. Esse é o caso de uma máquina que foi feita para olhar, falar e agir como uma pessoa. Eu acho que foi esse tipo de noção que comecei a pensar no filme”.

Crichton não queria começar sua estreia na direção de um filme com uma ficção-cientifica, mas segundo ele, “Essa é a única maneira que eu poderia fazer o estúdio me deixar dirigir. As pessoas pensam que eu sou bom nisso, eu acho.”

Ele foi apresentado ao produtor de cinema Paul N. Lazarus III, e após acertarem um acordo, o escritor apresentou a Lazarus um roteiro em agosto de 1972. O produtor perguntou a Crichton por que ele não contou a história como um livro; Crichton disse que achava que a história era visual e não funcionaria realmente como um livro. O problema era agora achar um estúdio que pudesse aceitar fazer o filme… e a maioria deles rejeitou a ideia, exceto a Metro-Goldwyn-Mayer, então sob chefia de produção de Dan Melnick e tendo como presidente James T. Aubrey. O grande problema da MGM é que o estúdio se intrometia nas produções de seus filmes, trocando artistas, mudando roteiros, alterando a equipe de filmagem, um verdadeiro pesadelo para diretores como Robert Altman, Blake Edwards, Stanley Kubrick, Fred Zinneman e Sam Peckinpah, que se queixaram amargamente do tratamento que tiveram lá. Após promessas de Dan Melnick garantido que a produção de Westworld não seria  submetido ao tratamento usual da MGM, foi dado o sinal verde para  a produção.

Produção:

Crichton disse que a pré-produção foi difícil. A MGM exigiu mudanças do script desde o primeiro dia de filmagem e os protagonistas não foram escolhidos até 48 horas antes de filmar. Ele não tinha controle sobre o elenco e a MGM originalmente só faria o filme por menos de um milhão de dólares, mas depois aumentou esse valor em US $ 250.000. Crichton disse que U$ 250.000,00 do orçamento foram pagos ao elenco, U$ 400.000 para a equipe e o restante para todo o resto (incluindo U$ 75.000 para os cenários). O “Pistoleiro Mau” foi baseado no personagem Chris Adams, do filme Sete Homens e um Destino (1960) interpretado por Yul Brynner. Os trajes dos dois personagens são quase idênticos. De acordo com Lazarus, Yul Brynner concordou em fazer o papel por apenas US $ 75.000 porque precisava do dinheiro.

O filme foi filmado no Deserto de Mojave, na Califórnia, nos jardins da mansão Harold Lloyd Estate e nos estúdios da MGM. Crichton descreveu mais tarde que “a maioria das situações no filme são clichês; são incidentes de centenas de filmes antigos” que as cenas “deveriam ser filmadas como clichês. Isso ditava um tratamento convencional na escolha das lentes e na encenação“.

O filme foi inteiramente filmado em trinta dias. A fim de economizar tempo, Crichton tentou filmar apenas o que era necessário. O roteiro original e o final original do filme terminaram em uma briga entre Martin e o pistoleiro, que resultou na destruição do pistoleiro por uma prateleira. Crichton disse que “gostou da ideia de uma máquina complexa sendo destruída por uma máquina simples“, mas ao tentar isso, “parecia imensa e tola“, então a ideia foi abandonada. Ele também queria abrir o filme com uma filmagem de um hovercraft viajando pelo deserto, mas foi incapaz de obter o efeito desejado, então isto também foi descartado.

Na pós-produção, Michael Crichton ficou insatisfeito e deprimido com o tamanho longo do filme  que deixava o mesmo muito arrastado e várias cenas foram cortadas na mesa de edição pelo diretor. Entre estas cenas estão: um assalto a banco e sequências de sala de vendas dos hospedes antes de entrarem no parque; uma abertura com um hovercraft voando acima do deserto; cenas de diálogo adicionais e mais longas; mais cenas com robôs atacando e matando convidados, incluindo uma cena em que um convidado é amarrado a um rack e é morto quando seus braços são puxados para fora; uma cena de perseguição mais longa com o pistoleiro mau perseguindo Peter; e uma onde o pistoleiro limpa o rosto com água depois que Peter joga ácido nele. O corte de montagem de Crichton incluiu um final diferente que incluiu uma luta entre o pistoleiro e Peter, e uma cena de morte alternativa na qual o pistoleiro foi morto com uma prateleira. Uma biografia de Yul Brynner menciona que 10 minutos de “material adulto” foram cortados por causa dos censores (provavelmente para classificação PG), mas nenhum detalhe sobre as imagens que foram cortadas para problemas de classificação foi mencionado na biografia de Brynner ou em qualquer outro lugar.

Finalmente quando o filme foi concluído, a MGM autorizou a filmagem de algumas cenas extras. Um comercial de TV para abrir o filme foi adicionado e como houve uma greve dos roteiristas em Hollywood na época, isso foi escrito por Steven Frankfurt, um executivo de publicidade de Nova York, já que Crichton estava impossibilitado pela greve.

Efeitos Especiais:

Westworld foi o primeiro longa-metragem a usar o processamento digital de imagens. Crichton originalmente tentou contactar o Jet Propulsion Laboratory, da NASA, em Pasadena, mas depois de saber que dois minutos de animação levariam nove meses e custariam US$ 200.000, ele contatou John Whitney Sr., que por sua vez recomendou seu filho John Whitney Jr., Inc., onde eles poderiam trabalhar à noite e completar a animação, tanto mais rápido quanto mais barato. Ele conseguiu processar digitalmente a fotografia cinematográfica na Information International, Inc. para aparecer pixelizada a fim de retratar o ponto de vista do androide-pistoleiro (Brynner).

Lançamento e recepção:

O filme foi lançado nos EUA em 21 de novembro de 1973, e conseguiu uma boa bilheteria, custando U$ 1,25 milhões e conseguindo arrecadar mais de 10 vezes o seu valor, isto apenas na bilheteria doméstica, sendo que também fez sucesso no exterior, duplicando a mesma, sendo o maior sucesso da MGM no ano. Com o tempo o filme também ganhou um status de cult levando à produção de uma continuação e séries de TV.

Versão para a TV:

A versão para a TV, exibida pela primeira vez nos EUA em 28 de fevereiro de 1976, com versão ligeiramente mais longa do filme do que a exibida nos cinemas ou posteriormente lançada em home vídeo. Algumas das cenas extras que foram adicionadas para a versão da TV dos EUA estão:

– Breve cenas do exterior do hovercraft apenas alguns metros acima do chão do deserto. Na versão de cinema, todas as cenas envolvendo o hovercraft eram apenas cenas internas.

– As cenas com os cientistas tendo uma reunião no complexo subterrâneo foram muito mais longas, dando mais informações sobre o problema do “vírus de computador” nos robôs.

– Uma cena dos técnicos da Delos conversando no vestiário sobre a carga de trabalho de cada mundo robótico.

– Houve uma discussão mais longa entre Peter e o xerife após sua prisão quando ele atirou no pistoleiro.

– Uma cena no Mundo Medieval em que um convidado é torturado no rack foi restaurada, que aparece na versão de cinema apenas como uma imagem estática.

– A perseguição de Peter pelo pistoleiro pelos mundos também foi ampliada.

E Além…

Futureworld (Ano 2003: Operação Terra), a sequência de Westworld foi produzida em 1976. Desenvolvida pelo estúdio MGM após o sucesso do primeiro filme, acabou não encontrando apoio de Michael Crichton que não queria se envolver em uma sequência, então eles se aproximaram do produtor original Paul Lazarus III. O produtor desenvolveu uma ideia sobre um mundo sucessor de Westworld, onde robôs clonam líderes mundiais. Lazarus convidou o roteirista Mayo Simon que junto com George Schenck, desenvolveu um roteiro que foi apresentado à MGM, só que o estúdio perdeu interesse no filme, pois apostou todas as fichas em outra ficção-científica na época, Logan’s Run (Fuga do Século XXIII). Assim, Lazarus ficou com um grande problema na mão e tentou levar o projeto rejeitado a outros estúdios, sendo depois abordado pelo ex-presidente da MGM, James T. Aubrey, que disse que poderia fazer o filme. Ele conseguiu financiamento da American International Pictures, de Samuel Z. Arkoff.

Com baixo orçamento, contrataram o diretor desconhecido Richard T. Heffron e o elenco teve como estrela principal o ator Peter Fonda e a atriz Blythe Danner. O ator Yul Brynner retorna como o pistoleiro solitário, em uma rápida cena de sonho. O filme acabou sendo um fracasso de bilheterias. Mas se tornou o primeiro filme a ser exibido comercialmente na China.

Após o fracasso do parque de diversões Delos, que abalou a credibilidade da corporação responsável e causou prejuízos enormes, um bilhão e quinhentos milhões de dólares foram investidos para refazer todo o centro. Chuck Browning (Peter Fonda), um repórter pouco lido, e Tracy Ballard (Blythe Danner), uma entrevistadora de enorme popularidade, são convidados a fazerem uma reportagem para que atestem que tudo agora é seguro. Porém logo os dois jornalistas desconfiam que há algo muito estranho e descobrem que há um plano para substituir os principais líderes do mundo por androides perfeitos. Inclusive existem cópias deles mesmos, com os robôs sendo programados para jamais criticarem o parque DELOS e acatarem todas as ordens que de lá venham.

Beyond Westworld – Em 1980, a emissora CBS investiu em uma série de TV que continua o conceito dos dois filmes lançados. Na história, a série apresentava Jim McMullan como o Chefe de Segurança John Moore da Delos Corporation. A história girava em torno de John Moore ter que parar o cientista mal, Quaid, que planejava usar os robôs em Delos para tentar dominar o mundo. A baixa audiência fez com que a série fosse cancelada prematuramente após a exibição do terceiro episódio (de 5 que foram produzidos e posteriormente lançados em home-vídeo).

Tentativas de reboot e a nova série da HBO:

Por volta do começo de 2002, a Variety  indicou que o ator Arnold Schwarzenegger tinha assinado contrato para produzir e atuar no remake de Westworld para a Warner. O ator interpretaria o “Pistoleiro Mau”, papel originalmente de Yul Brynner. O projeto foi cancelado após o ator se eleger Governador da Califórnia. Até 2005, o produtor Jerry Weintraub ainda tentou convencer Schwarzenegger para o papel, mas ele declinou. O diretor Tarsem Singh (A Cela), estava cotado para a direção deste projeto e os roteirista de Terminator 3, Michael Ferris e John Bracanto, também estariam envolvidos.

Em janeiro de 2011, a Warner anunciou que os planos de se fazer um remake ainda estavam ativos. Quentin Tarantino chegou a ser convidado mas acabou declinando do projeto. O produtor Jerry Weintraub, que tentou por anos fazer o remake, conseguiu levar para o canal a cabo HBO. Com o sucesso do filme, ele levou à emissora o projeto do remake de Westworld, e convidaram o casal Jonathan Nolan e Lisa Joy para se juntar ao projeto com a chance de se tudo tornar o “novo Game of Thrones” da emissora. O mega produtor J. J. Abrams e seu parceiro Bryan Burk se dispuseram a produzir uma nova série, pela sua produtora Bad Robot, assim em agosto de 2013, um piloto foi anunciado, com a produção começando em Los Angeles no verão de 2014. A HBO, acabou tendo que adiar de 2015 para outubro de 2016 o lançamento da primeira temporada de 10 episódios, pois achou o material muito interessante e investiu milhares de dólares na produção e em uma redação do roteiro. Atores consagrados de Hollywood como Anthony Hopkins, Ed Harris, Evan Rachel Wood, Thandie Newton e até o brasileiro Rodrigo Santoro entraram no projeto. Após a estreia, uma das maiores audiências da HBO, uma nova temporada foi confirmada e o projeto segue como um dos principais da HBO. Público e crítica adoraram a série!

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Ricardo Melo

Profissional de TI com mais de 10 anos de vivência em informática. Tem como hobby assistir seriados de TV, ir ao cinema e namorar!!! Fã de rock'n'roll, música eletrônica setentista, ficção-científica e estudos relacionados a astronáutica. Quis ser astronauta, mas moro no Brasil... Os anos 80 foram meu playground!

13 thoughts on “Análise: Westworld – Onde Ninguém tem Alma (1973)

  1. Divertido… e só. Nao leve a serio, esqueça as atuações meio esquisitas, os cenarios e figurinos, e deixe o tempo passar vendo algo bobinho e legalzinho.

  2. recomendo! assista esquecendo do visual, curta apenas a historia e vc vai se divertir bastante… nao fique se apegando a bobagens como ah mas os cenarios, ah mas os efeitos especiais!

    1. Perfeitamente Santa Rita. Não dá pra comparar com estes filmes atuais cheio de efeitos de ponta, mas fracos no roteiro.

  3. Vocês não percebem que esse filme foi feito pelos ILUMINATS ? Saiu uma reportagem esse ano que os humanos poderão transar com robôs; Como os caras sabiam disso em 1973, ano do filme ? O filme em algum momento fala sobre a TELEMETRIA. Quem criou essa tecnologia foi a ISA ( Sociedade Internacional de Automação); Que atua na tecnologia de roboôs. Repare que em uma das cenas apararecem várias pirâmides na tela do computador. As pirâmidess são símbolos dos ILUMINATSS Outra coisa, a empresa tem o nome de DELOS, que é uma ilha grega mitológica. Pesquise na internet, vocês vão ver que os ILUMINATTS saíram do Egito, foram para a Grécia, Inglaterra e por último para os EUA; Esse filme demoníaco mostra o que irá acontecer no futuro. Repito, como esses caras sabiam que essa tecnologia seria possível em 2016 ??? Acordem. Aceitem a JESUS enquanto existe tempo!! Todo site que falam desse filme eu alerto as pessoas… ESTA NA HORA DE ACORDAR!

    1. Ate onde eu sei os Illuminatti são o Dr. Fantástico, Dr. Estranho, T’Challa, Namor, Raio Negro e Tony Stark, da Marvel, e sua missão é proteger o mundo dos Krees e Skrulls.

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    3. Sr. Almeida, pensei a mesma coisa: afinal de q outra forma, poderiam em 1973 ‘prever transumanismo’?

  4. Bom filme, se desconsideradas a idade e a parte técnica sofrível. Os cenários que mostram o futuro envelheceram muito mal… ficaram totalmente datados – curiosamente, a recriação do passado envelheceu menos, o que dá ao filme uma sensação engraçada onde o passado parece mais vivo do que o futuro. A direção de arte e cenários ainda se garante, mesmo com os cenários de plásticos e isopor visíveis. Dos atores, nenhum se sobressai – mas a direção consegue criar momentos interessantes com o vilão, o pistoleiro de olhos brilhantes fixos e frios que anda de forma rija e implacável, do mesmo modo que outro robô faria anos mais tarde, em Terminator, de James Cameron (que inclusive se inspirou no Pistoleiro para fazer o exterminador). A sequência em que ele, com a visão danificada, não consegue ver corretamente e temos seu ponto de vista, quando ele só é capaz de enxergar as chamas das tochas, é muito bem executada.

    1. E pode se dizer que Jurassic Park é um Westword mais moderno, só tirando os androides e acrescentando os Dinos no lugar. 🙂

    2. Há outros poréns, que jogam contra o filme. A trilha sonora é deslocada. O final é um tiro no pé, vazio e solto, como se deixasse algo pendente de conclusão ou como se não recompensasse o espectador. Crichton dirige o filme com bastante segurança, embora falhe em uma ou outra cena de ação – a mais notável delas, na cena de briga do bar que se estende além do necessário.

  5. É claro, estamos falando de um filme produzido a mais de 40 anos, antes das revoluções que o primeiro Star Wars (77) trouxe ao mundo do cinema. Uma época, em que as produções de ficção-científica eram tratadas como filmes classe “B”. Então, obviamente, o ritmo de narração é muito diferente dos filmes de hoje…mas havia roteiros bem escritos, personagens bem delineados. Não é apenas tiro e explosão…era uma época em que as pessoas tinham que pensar nos filmes !

    1. sim, a parte tecnologica sem duvida nao poderia ser outra, mas me refiro tb ao roteiro… por nao terem dinheiro pra fazer robos, usam atores que sao “robos perfeitos” pra economizar verba (a serie, mesmo hj em dia, tb eh assim)

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