USA x BR – Dois Patamares Diferentes de Mercado de BG
Com a chegada da GenCon, surgiu uma discussão envolvendo a venda antecipada do jogo nacional World Wonders, no evento. Esse é uma ótima oportunidade para discutir a respeito, e que ilustra muito bem as diferenças entre os mercados norte-americano e brasileiro.
O Brasil e os EUA têm algumas coisas em comum, como o fato de terem dimensões continentais, terem uma sociedade formada em parte por imigrantes, e também terem alcançado recentemente sua independência. Por outro lado, ambos os países também são muito diferentes, e bota diferentes nisso. Para início de conversa os EUA são um país rico e desenvolvido. Já o Brasil, no que pese seu imenso potencial, ainda é um país relativamente pobre e subdesenvolvido, ou em desenvolvimento, com alguns preferem dizer.
Além disso, se os tamanhos dos dois países são equivalentes o mesmo não se pode dizer de suas populações. A população brasileira é de cerca de 215 milhões de habitantes, enquanto que os EUA possuem quase 340 milhões. Em outras palavras a população americana é 63% maior que a população brasileira, mas é fundamental que esse percentual equivale a 73 milhões de pessoas. Isso é muita gente.
Outra diferença absurda entre os dois países é o PIB de cada um. Segundo o Banco Mundial o PIB atual dos EUA é da ordem de 25,5 trilhões de dólares, enquanto o do Brasil é de apenas 1,9 trilhões. Além disso, a remuneração média de um norte americano é de 6.200 USD (Bureau of Labor Statistics) e o do brasileiro é de apenas 517 USD (valor IBGE de R$ 2.540,00 e cotação do dólar de 4,91).
Imagem Infomoney – Salário em Dólar x Salário em Real
É importante destacar que essa é a remuneração média e não o salário mínimo, e que no caso do Brasil o valor varia conforme a cotação o dólar. Mas mesmo variando, e sem considerar o custo de vida, impostos e etc, esses números dão uma ideia da distância econômica entre norte-americanos e brasileiros. Com isso, 100 USD, que equivale ao preço de alguns jogos mais caros, representa 1,6% da remuneração média de um norte-americano. Mas esse valor representa 19% da remuneração média de um brasileiro. Mais uma vez, esses cálculos não são uma representação precisa da realidade econômica norte-americana e brasileira, mas servem apenas para por em perspectiva a disparidade das duas situações.
Além dessa questão da disparidade econômica entre os dois países, é preciso considerar também, as diferenças culturais desses dois povos. O basquete é o esporte mais praticado nos EUA. O futebol americano gera mais dinheiro e é mais popular, porém demanda uma estrutura muitíssimo maior que o basquete para ser praticado. Por isso, considerando uma prática desportiva aproximada do ideal, o basquete é sem dúvida o jogo que o americano mais joga. No Brasil, assim como no resto do mundo, não há nenhuma dúvida de que o esporte mais praticado é o futebol tradicional.
Há ainda outro detalhe que demonstra essa diferença cultural entre Brasil e USA. No Brasil, o futebol é um esporte quase que totalmente masculino, e o futebol feminino ainda engatinha. A eliminação precoce da seleção brasileira feminina de futebol, na Copa do Mundo de 2023 não deixa nenhuma margem para discussão, apesar de toda lacração e militância envolvida. Por outro lado, nos EUA futebol tradicional, ou soccer, como eles o chamam, é um esporte eminentemente feminino (os meninos jogam futebol americano) e o país é uma potência nessa categoria.
Imagem Ludopedia – NJ Girls-Only Soccer Camp
Essa diferença cultural também é gritante no caso dos jogos de tabuleiro. Os board games fazem parte de cultura norte-americana pelo menos desde o séc. XIX. No Brasil, apesar do Banco imobiliário ter sido lançado em 1944, esse hábito só se desenvolveu realmente, a partir da década de 1970, com o lançamento do WAR e do Detetive. Nos anos 80 surgiram o Interpol, o Scotland Yard, o Master, o Jogo da Vida, o Imagem & Ação, e o Perfil.
Esses jogos que representam o nosso conceito de board games, na verdade são americanos, ou foram as versões “Made in USA” que chegaram até nós. Por outro lado, nos EUA, além de todos esses, existe mais uma miríade de jogos tradicionalíssimos que nunca chegaram aqui (Candyland, Scrabble, Yahtzee, Operation, etc). Por isso, o hábito de jogar board games é muitíssimo mais difundido nos EUA do que no Brasil.
Outra consideração a se fazer é que jogar board games é um hobby da família norte-americana, o que inclui papai, mamãe e avós. No Brasil, as pessoas sempre consideraram os board games coisa de criança, um preconceito que existe até hoje. Nos anos 70/80 ninguém jogava WAR ou Banco Imobiliário com os pais, mas sim com os amigos da mesma idade. Claro que existiam raríssimas exceções, que são apenas isso, exceções, e portanto, não devem ser consideradas, quando se fala em termos gerais.
Esse preconceito inclusive prejudica o desenvolvimento dos board games modernos no Brasil. Isso porque os pais não conseguem relacionar o alto preço dos jogos modernos, com maior durabilidade e sofisticação de regras. Para eles, jogo de tabuleiro é o Detetive, que custa muito menos, e, por isso, se perder alguma carta ou estragar algum componente é só comprar outro.
Imagem Google – Família Norte-Americana Jogando BGs nos Anos 50
O problema é que fazer isso com jogos que custam 400/500/600 reais é uma história muito diferente. Isso para não falar que Detetive e WAR são jogos mais fáceis de aprender, portanto o adulto não precisa se dar ao trabalho de ensinar aos filhos. Evidentemente isso depende da idade da criança quando começa a jogar. No geral crianças mais novas ainda precisam da ajuda dos pais para aprenderem as regras, porém as mais velhas acabam aprendendo sozinhas ou na Internet.
Outro dado que faz toda a diferença é que as principais empresas, não apenas de jogos, mas de qualquer setor, ainda operam ou estão baseadas nos EUA, apesar da migração de algumas para a Ásia. Alguns setores, principalmente produção e atendimento, até podem ter migrado para a China, mas a diretoria e as sedes das empresas continuaram em solo norte-americano. Assim sendo, a quantidade de títulos lançados anualmente nos EUA é um absurdo de grande, e boa parte deles jamais chega aqui. Mesmo que o mercado brasileiro tenha crescido bastante desde 2014, quando as coisas realmente começaram por aqui, nossa centena e meia de jogos anuais, parece uma gota, perto do oceano que é o mercado norte-americano de jogos.
Todos esses fatores, economia muito mais forte, maior remuneração, maior tradição em jogos, maior penetração dos board games entre as famílias e localização das empresas do setor, fazem com que o mercado de jogos norte-americano seja absurdamente mais robusto e mais desenvolvido que o mercado brasileiro. Esse tamanho monstruoso do mercado norte-americano implica em tiragens gigantescas de jogos. Por sua vez, uma tiragem gigantesca permite vender o jogo mais barato, e ganha mais dinheiro, por conta do maior volume de vendas, mesmo vendendo mais barato.
Imagem Ludopedia – Jogos Clássicos
Outro dado a se considerar é que, por razões óbvias, essas encomendas muito maiores são prioritárias, em relação a produções menores. É uma questão de lógica. Se um cliente vai te dar um lucro na casa de milhões ele terá prioridade em relação a outro cliente que representa um lucro de apenas um ou dois milhares de dólares. Dessa maneira, se um único container com lote brasileiro de jogos está aguardando ser despachado em um porto chinês, e de repente chega um lote de centenas de containers com destino aos EUA, esse será despachado primeiro do que aquele, sem nenhuma cerimônia.
Retornando à polêmica do início do texto, nesse início de agosto de 2023, o jogo Wonder Wonders foi vendido antecipadamente na GENCON 2023, nos EUA. O resultado disso é que um brasileiro que tenha comparecido ao evento, acabou tendo a oportunidade de comprar e receber o jogo antes daqueles que participaram da sua pré-venda. O World Wonders é um jogo brasileiro, que despertou o interesse de editoras americanas e europeias, que resolveram lançar o jogo. Foi aberta uma pré-venda através da plataforma da MeepleBR, que se iniciou em 07/07 às 07:00 horas, aproveitando o temas das maravilhas. A entrega está prevista para setembro/2023. E é ai que entra o problema.
Mas antes de falar disso é preciso esclarecer a situação das pré-vendas e financiamentos coletivos de jogos de tabuleiro modernos no Brasil. A pré-venda é uma ferramenta através do qual, a empresa antecipa a venda do jogo, portanto o comprador não financia nada. A empresa já produziu o jogo com seus próprios recursos, de modo que ele já está em vias de chegar às lojas.
Imagem Google – Catarse plataforma de crowdfunding
Isso é bom para o comprador que já reserva a sua cópia, além de eventualmente receber brindes e descontos atraentes e até isenção de frete. Isso também é bom para a editora porque otimiza o processo de distribuição. Com a pré-venda, a empresa distribuidora visualiza em que “praças” o jogo terá maior procura, e para onde deve enviar mais cópias.
O financiamento coletivo é uma ferramenta diferente. Ele surgiu originalmente para viabilizar o acesso a recursos financeiros, em condições muito melhores para empresas de pequeno porte. Isso é feito através de plataformas de crowdfunding, dentre as quais as mais comuns são Catarse e Kickstarter. Nesse caso, a empresa apresenta o projeto, e os interessados apoiam esse projeto colocando dinheiro nele através da plataforma.
Isso é bom para as pessoas, porque elas podem comprar o jogo mais barato, e ter acesso a material extra, que nem sempre vem com a versão normal do jogo, sem pagar mais por isso. E isso é bom para as editoras porque desse modo elas conseguem levantar recursos sem ter de pagar juros exorbitantes a um banco por exemplo. Assim sendo, originalmente o financiamento coletivo era coisa de empresas independentes, que não teriam condições de lançar seus produtos de outra maneira.
Com o tempo, as empresas maiores perceberam que é muito melhor fazer um financiamento coletivo do que pegar dinheiro emprestado a juros, ou empatar o seu próprio capital. Isso fez com que os jogos passassem a ser viabilizados economicamente através de financiamento coletivo, que é o modelo adotado atualmente. Infelizmente, no Brasil aconteceu uma certa deturpação dessas ferramentas no mercado de jogos. São diversos casos relatados de financiamento que atrasam à vezes meses, às vezes anos, como aconteceu com o High Frontier e muitos outros.
Imagem Ludopedia – High Frontier
Isso meio que diminuiu bastante a reputação do sistema. Com isso, boa parte da comunidade board gamer passou a preferir esperar e só comprar em pré-vendas, quando jogo já estivesse quase saindo do forno. A resposta de algumas editoras foi a pior possível. Ao invés de melhorar seus projetos, para que o financiamento coletivo ficasse mais atraente, elas começaram a fazer pré-vendas que na verdade eram financiamentos coletivos disfarçados. Uma pré-venda é algo para um ou dois meses no máximo, mas quando esse prazo se estende para seis meses ou um ano, fica claro que o jogo ainda não estava pronto quando a pré-venda foi aberta.
Com isso a editora continua se capitalizando, para rodar o jogo, sem o desgaste de lançar um financiamento coletivo, que pode ou não dar certo. Quando o lançamento atrasa, basta dar as desculpas mais estapafúrdias possíveis. Quem quiser saber mais, basta dar uma pesquisada em um jogo chamado Tsukiji, para ver a que nível as desculpas de uma editora nacional de board pode chegar.
No caso do World Wonders, o que foi feito foi sem dúvida uma pré-venda de verdade, porque o processo de produzir um jogo de tabuleiro demora muito mais que dois meses, principalmente quando isso envolve editoras estrangeiras. Além disso, resta claro que o jogo já foi produzido e está em processo de transporte, caso contrário ele não estaria disponível para a GenCon 2023. Independente disso, muitas pessoas se revoltaram, porque afinal de contas o jogo é brasileiro, e os americanos vão comprar e jogar antes dos “brasucas” que embarcaram na pré-venda. Muita gente reclamou porque teria financiado o jogo e receberia sua cópia depois, só que não foi isso que aconteceu. Ninguém financiou nada, mas apenas comprou antecipadamente.
Imagem Google – Gencon
É importante entender que a editora não vendeu a tiragem total dos jogos americanos, na GenCon, mas apenas uma amostra, algo em torno de 500 cópias. Alguns dizem que a editora pagou o frete aéreo dessas cópias, outros dizem que não foi bem assim porque isso implicaria vender o jogo com prejuízo, ao que os primeiros respondem que a divulgação na GenCon compensa o prejuízo e por aí vai.
Por um lado, resta evidente que utilizar uma das maiores feiras de jogos do mundo, para divulgar um board game, é fundamental para o seu sucesso. Os projetos de jogos internacionais são programados levando em conta esse eventos mundiais, do porte da GenCon e Essen. Por outro lado, bancar um frete aéreo, ainda mais considerando a urgência envolvida, caso contrário esse providência não seria necessário, é realmente muito caro. A venda do jogo terá tanto tanto prejuízo, que faz mais sentido considerar essa perda financeira, não como prejuízo, mas sim como verba de marketing.
E nesse sentido, se for esse o caso, a estratégia deu muito certo, porque o jogo foi uma sensação na feira, recebeu a chancela do Tom Vasel, e bombou no BGG. Desse modo, eu entendo perfeitamente o desconforto do sujeito que comprou em pré-venda, e viu o amigo que foi a Essen receber o jogo antes. Mas é preciso considerar também que essa estratégia resultou em uma exposição ímpar de um jogo nacional. Isso é muito, mais muito difícil de conseguir, ainda mais uma exposição e divulgação dessa magnitude. Isso é fundamental para mostrar às editoras do mundo todo, que mesmo não tendo muita tradição nos board games, ainda assim os brasileiros conseguem criar jogos excelentes.
Imagem Ludopedia – Tom Vasel com o World Wonders na GenCon
Esse sucesso do World Wonders, enquanto produto “genuinamente verde e amarelo” é bem mais do que se conseguiu com o Masmorra: Dungeons of Arcadia e o Sheriff of Nottingham. Mesmo esses jogos sendo originalmente brasileiros (Masmorra dos Dados e Jogo da Fronteira respectivamente), muita gente lá fora não sabe disso. Tem gente daqui mesmo que desconhece a origem tupiniquim desses jogos, então quem dirá os gringos.
Possivelmente esse sucesso do World Wonders abrirá muitas portas internacionais para os designers brasileiros, e isso sem dúvida contribui muito para o mercado nacional. Com isso, apesar de todo o respeito devido a quem se sentiu lesado, por pagar e ver o amiguinho furar a fila, pelo menos nesse caso é preciso olhar para o quadro geral. Ver um board game brasileiro chegar tão alto, mais do que compensa, o sacrifício de esperar mais um mês pelo jogo.
Além disso, antes de esbravejar contra a MeepleBR, é preciso considerar que não havia nada que se pudesse fazer a respeito. Quando uma editora gringa resolve levar algumas unidades do jogo, pagando o seu peso em ouro, só para tê-lo a tempo da GencCon, não faz o menor sentido reclamar da MeepleBr. Ninguém pode esperar seriamente que a MeepleBR vai chegar para a editora norte-americana e dizer: “Olha vocês estão proibidos de gastar o dinheiro de vocês, para trazer o jogo de avião para GenCOn, porque ele é de um designer brasileiro”.
Se essa exigência surgisse durante as tratativas do contrato de licenciamento, o mais provável é que a editora gringa, agradeceria, mas procuraria outro jogo para lançar, que não envolvesse tanta burocracia. Com isso, ao invés do brasileiro World Wonders, quem estaria fazendo sucesso e ganhado cada vez mais espaço seria um jogo de outro país. Não se ganharia nada com isso.
Imagem BGG – Primo Rico e Primo Pobre
Há que se considerar também que, qualquer crítica válida necessita de fundamento e solidez, caso contrário vira apenas mi-mi-mi, fazendo mais mal do que bem. Não há nenhuma dúvida de que as editoras nacionais “erram muito, e erram rude”, mas isso não acontece sempre. Considerando a quantidade de jogos lançados por ano, dá para dizer tranquilamente que as editoras nacionais mais acertam do que erram. O problema é que alguns desses erros são realmente absurdos. E o que é mais absurdo ainda é a postura de algumas editoras que sequer reconhecem os erros, e muito menos se prontificam a consertá-los. Os recorrentes e recentes exemplos de jogos lacrados e mofados, não deixam qualquer margem para discussão. Mas ainda assim, elas mais acertam do que erram, mesmo que isso não as absolva, em absoluto, dos graves problemas que acontecem eventualmente.
O que realmente importa nessa história, é que, pelo menos nesse caso do World Wonders, aparentemente, a MeppeBR não parece ter nenhuma culpa. Nesse caso é preciso dizer aparentemente, porque com editoras nacionais de jogos nunca se sabe. Se o jogo realmente chegar aqui em setembro, que, ao que tudo indica é o que vai acontecer, realmente a editora terá honrado seu compromisso. Se em setembro e ao invés do jogo, chegar uma desculpa, aí a história será outra.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio
P.S. Para saber mais, acessar o canal iuribuscacio, do Ludopedia
Iuri Buscácio
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por mais que seja compreensivel essa questao, nao deixa de ser muito injusto e questionavel vc receber depois um jogo daqui, feito aqui
Caro Pavani
Sei que isso pode parecer injusto, mas só para esclarecer, apenas o designer do jogo é brasileiro, mas a produção não é brasileira, me sim foi um projeto mundial, rodado na China, em que a MeepleBR era apenas mais uma das editoras envolvidas.
Assim sendo, eu concordo consigo de que não dá para lutar contra o poder econômico e realisticamente esperar vencer. E mesmo que o poder econômico dos USA encontre um adversário em potencial na China, o mesmo não se pode dizer do poder econômico do cidadão americano médio em contraste ao poder econômico do cidadão chines médio, nem de nenhum outro país do planeta.
Além disso, é preciso olhar a questão tanto do ponte e vista de quem embarcou na pré-venda, quanto da própria editora nacional. Isso implica que mesmo que fosse possível, o que frise-se não é, a MeepleBR fazer alguma coisa contra a estratégia da Arcane Wonders, de levar o jogo para a GenCon, dificilmente ela faria isso.
Ao vender apenas 500 cópias do World Wonders na GenCon, a Arcane Wonders gerou uma expectativa e um burburinho ao redor do jogo absurdo de grande. Quem foi ao evento não pôde deixar de notar a fila enorme para comprar o jogo, e ficou ainda mais interessado por se tratar de um board game brasileiro, que os estrangeiros ainda enxergam como uma coisa muito exótica e diferente, nesse setor. Para sacramentar o hype gerado de vez, ainda aparece o vídeo e a foto do Tom Vesel, jogando com o designer e levando sua cópia para casa.
Isso fez com que o jogo se torna-se um sucesso antes mesmo dos meros mortais que não têm bala na agulha para ir à GenCon, receberem suas cópias compradas na pré-venda. O pessoal da MeepleBR, que sem dúvida não tem nem culpa nem responsabilidade pelo ocorrido, sem dúvida deve estar rindo à toa, e agradecendo todo dia, pelo que a Arcane Wonders fez com o World Wonders, na GenCon.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio
realmente nao é culpa da editora… e a MeepleBR é uma das 3 melhores do país junto com a Galaápagos e a Conclave