Top 10 obras fundamentais da ficção científica
Desta vez não foi possível condensar tanta coisa importante em um “Top 7”, como tradicionalmente fazemos no Maxiverso, por isso abrimos uma exceção nessa listagem Top 10 das principais obras da ficção científica como gênero, englobando todos os formatos. Ainda assim, várias obras que ficariam de fora da lista principal foram incluídas nas menções honrosas, tendo-se em vista a enorme quantidade de obras angulares nesse gênero.
Vamos à lista:
2001 – Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey – EUA/Inglaterra – 1968 – filme):
A obra máxima de Stanley Kubrick é apontada quase de forma unânime como o melhor filme de ficção científica de todos os tempos, sendo que muitos o consideram inclusive um dos melhores filmes já feitos, dentre todos os gêneros. A história épica da nave Discovery e do já mitológico computador HAL 9000 estabeleceu um marco de antes e depois no cinema sci-fi, e marcou de forma praticamente inalcançável o nível técnico e cinematográfico que uma obra de ficção científica pode ter, estabelecendo parâmetros em termos de qualidade e narrativa, que dificilmente serão igualados, principalmente no tocante à fidelidade científica. Foi filmado com base no roteiro e livro escrito por Arthur C. Clarke em conjunto com o próprio Kubrick. O final do filme também se tornou um marco em termos de psicodelia e apuro narrativo.
Amazing Stories (Amazing Stories – EUA – início em 1926 – revista):
A revista americana tocada pelo dono e editor Hugo Gernsback (alcunha do principal prêmio literário mundial de ficção científica) contribuiu de forma inestimável à ficção científica ao popularizar o sci-fi em outros segmentos – fora da literatura – no início do Século XX. Segundo os pesquisadores, trata-se da primeira revista dedicada exclusivamente ao gênero, ainda que o próprio conceito de ficção científica não estivesse sacramentado na época. Gernsback, inclusive, foi o próprio criador inicial da definição, ao usar a palavra scientification (“cientificação” em tradução literal) em um editorial da revista, ao descrever o gênero de suas histórias (que ele considerava da mesma linha dos livros de Mary Shelley, Júlio Verne e H. G. Wells). Mais tarde, em 1929, Gernsback mudou o termo para science fiction, e o mundo todo oficializou o novo gênero.
Da Terra à Lua (De la Terre à la Lune – França – 1865 – livro)
Se Frankenstein é apontado por muitos como a primeira obra sci-fi, então Da Terra à Lua, do gênio visionário Júlio Verne, é a primeira obra sci-fi a conter os elementos científicos tecnológicos e conceituais que, com o tempo, foram tornando-se marca registrada da ficção científica, ao serem adotados pelos autores posteriores (o livro tomou o lugar, nessa lista, de A Máquina do Tempo de H. G. Wells, que foi publicado “apenas” em 1895). Precursor de gênero e contendo uma então inacreditável narrativa sobre um então cientificamente impossível envio de três homens à Lua (com destaque para os acertos físicos célebres de Verne, confirmados quase um século depois), numa época em que sequer existiam automóveis de passeio. O livro inspirou a relização do primeiro filme de ficção científica.
Eu, Robô (I, Robot – EUA – 1950 – livro):
Escrito quase 70 anos atrás, ainda é, basicamente, a pedra fundamental da robótica na ficção. O mestre do sci-fi, Isaac Asimov, não foi o primeiro autor a focar-se nos robôs na ficção científica, mas foi, com certeza, aquele que praticamente sedimentou as bases (usadas até hoje) de quase tudo o que se escreveu ou filmou em termos de robótica desde então, definindo quase todas as linhas mestras inerentes à “mitologia” dos robôs no imaginário coletivo da humanidade. Asimov ainda contribuiu inestimavelmente com a ficção científica com dezenas de outros livros e contos (que também solidificaram conceitos e temáticas sci-fi), dentre os quais destaca-se a trilogia Fundação, tornando-se um dos principais autores – senão o principal – do gênero, pelo menos na literatura.
Frankenstein ou o Moderno Prometeu (Frankenstein: or the Modern Prometheus – Inglaterra – 1818 – livro):
Mary Shelley escreveu essa obra quase meio século antes de surgirem livros que se assemelhassem à sua temática (que mais tarde passou a se chamar ficção científica). Trata-se, portanto, muito provavelmente, da primeira obra sci-fi da História, em qualquer formato, ainda que com elementos fundamentais de horror gótico. Sem ter idéia de que seu livro, escrito por conta de uma “brincadeira” em uma reunião de amigos, daria início a um novo gênero literário, e que se firmaria sobremaneira no Século XX, Mary Shelley deu ali o primeiro passo reconhecidamente aceito como ficção científica e sequer tinha completado os dezoito anos de vida. Frankenstein (que na verdade, para quem ainda não sabe, era o nome do cientista e não da criatura) foi um grande sucesso na época, e acabou por influenciar os primeiros grandes autores sci-fi pós-Shelley, dentre os quais H. G. Wells.
Half-Life (Half-Life – EUA – 1998 – game)
Os games são o terceiro segmento de entretenimento mais popular e rentável do mundo, atrás apenas da literatura e do cinema, e o jogo criado pela Sierra no fim dos anos 90 é o que estabeleceu um “antes e depois” da ficção científica tanto nos consoles quanto nos computadores, sendo considerado costumeiramente um dos maiores games de todos os tempos. Evolução técnica e conceitual de Wolfenstein, Doom e Quake, seus predecessores, Half-Life mudou a História dos games, popularizando a níveis até então inimagináveis o gênero de tiro em primeira pessoa (FPS) e, posteriormente, a jogabilidade multiplayer (através de MODs como Counter-Strike), que redefiniram todos os pilares conceituais de se “jogar” um game eletrônico, até os dias atuais.
Saga Star Wars (Star Wars Saga – EUA – iniciada em 1977 – filmes):
A saga de George Lucas, que é uma ficção científica com elementos de fantasia, ajudou, junto com Tubarão, de Steven Spielberg, a fazer do cinema o que ele é hoje (por vários motivos, dentre os quais destacam-se o fato de ter propiciado o surgimento das franquias, do merchandising, dos licenciamentos de produtos e dos lançamentos em outras mídias), e inaugurou a era dos blockbusters do cinema. Além disso, Star Wars foi o maior responsável por popularizar o sci-fi no mundo todo, já que a ficção científica era vista como um gênero inferior, antes do surgimento da saga, e tinha audiência seletiva, ou seja, foi a saga que trouxe as mulheres e os jovens para as audiências sci-fi até então compostas basicamente de homens adultos. Além de todos esses fatores, a saga é dona da maior bilheteria da História do cinema, incluindo-se os valores atualizados das trilogias clássica e prequel.
Série Star Trek (Star Trek – EUA – iniciada em 1966 – série de televisão):
A série de televisão criada pelo gênio idealista Gene Roddenberry não foi muito bem recebida no lançamento (fora os percalços de Roddenberry para conseguir levar a série à exibição), mas depois de um relançamento calcado em pedidos sem precedentes de fãs e cultuadores do seriado, tornou-se cult e o maior marco de ficção científica na televisão, no mudo todo, em todos os tempos, alavancando o gênero e influenciando outras séries e até filmes (inclusive os da própria franquia), fora o fato de praticamente ter propiciado a criação dos spin-offs televisivos. Famosa pela temática até então pouco usual e pelos conceitos pacifistas e ideológicos de seu criador, Star Trek mudou para sempre a abordagem sci-fi na TV e, posteriormente, em outros formatos, mesmo se considerarmos séries mais recentes de enorme sucesso.
Viagem à Lua (Le Voyage Dans la Lune – França – 1902 – filme):
O filme mudo de Georges Méliès inspirado nos livros Da Terra à Lua, de Júlio Verne e Os Primeiros Homens na Lua, de H. G. Wells, é apontado como o primeiro filme de ficção científica da História do cinema, ou seja, o marco zero do gênero nas telonas, o que por si só define sua importância como obra sci-fi fundamental e de relevância inquestionável. Por ter mais de um século, o filme teve seus direitos autorais vencidos e pode ser encontrado na Internet para download livre, por agora ser de domínio público. O filme é mudo e sequer tem músicas que o acompanhem, pois na época havia orquestras nos cinemas para tocarem as trilhas sonoras. Criticado pelas noções ainda então rudimentares de narrativa cinematográfica, é um curta metragem de cerca de 15 minutos somente… mas são os primeiros 15 minutos da ficção científica no cinema!
Watchmen (Watchmen – EUA – iniciada em 1986 – história em quadrinhos):
Impossível definir Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons, em poucas linhas. Trata-se, provavelmente, da maior história em quadrinhos todos os tempos. A obra-prima (apelidada de “O Cidadão Kane da Nona Arte”) transcende análises e interpretações e mudou para sempre a visão que se tem da nona arte, que, antes dela, era vista como algo inferior à literatura. Aliás, o epíteto da mudança foi justamente o fato de Watchmen ser a primeira – e até hoje única – história em quadrinhos a vencer o principal prêmio literário de ficção científica do planeta, o Hugo Awards (fora da categoria específica dos quadrinhos), além de ser a única HQ a constar na lista de 100 maiores romances do Século XX da revista Time, fora diversos prêmios Kirby e Eisner. Nunca antes – e nem depois – uma graphic novell foi tão complexa e tão densa, abordando temas relativos a filosofia, Teoria do Caos, fractais, conspiração, espionagem, e dezenas de outros assuntos, fora todos os aspectos sci-fi presentes.
Resumindo então, temos na lista:
O primeiro livro sci-fi: Frankenstein
A primeira revista sci-fi: Amazing Stories
O primeiro filme sci-fi: Viagem à Lua
O maior filme sci-fi: 2001
A maior série sci-fi: Star Trek
O maior game sci-fi e redefinidor da indústria de games: Half-Life
O primeiro grande livro a conter os elementos “científicos” do sci-fi: Da Terra à Lua
O livro que definiu a robótica sci-fi até os dias atuais: Eu, Robô
A HQ sci-fi que mudou os quadrinhos e o status da nona arte: Watchmen
A saga que mudou o cinema e popularizou o sci-fi na cultura pop: Star Wars
*Obs: apenas para deixar claro, a listagem contém as obras que, historicamente, marcaram a ficção científica de modo mais profundo, ainda que haja outras de qualidade maior.
Menções honrosas:
Também contribuíram de forma fundamental para a ficção científica como gênero:
1984 (a obra prima de George Orwell – de 1948 – firma o gênero da distopia e junta-se a Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451 como o tripé fundamental dessa vertente sci-fi, a ficção distópica, que influenciou praticamente tudo o que surgiu no gênero desde então); Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas? (o conto de Phillip K. Dick – de 1968 – mudou para sempre os conceitos da ambientação da ficção científica e levou à filmagem do marcante Blade Runner – O Caçador de Andróides); Arquivo X (série de televisão – iniciada em 1993 – de Chris Carter que, ao lado de Lost, de J. J. Abrams, reuniu elementos sci-fi a outras temáticas, como o fantástico e o suspense, e mudou o formato das séries de TV, levando-o ao estado atual); Duna (a série de livros – iniciada em 1965 – de Frank Herbert, juntamente com a trilogia A Fundação, de Isaac Asimov, popularizou o subgênero space opera que influenciaria tanto séries de televisão como a saga Star Wars e é apontada como um dos pilares do sci-fi moderno); Guia do Mochileiro das Galáxias (a série de livros de Douglas Adams – iniciada em de 1979 – deu uma nova cara ao sci-fi literário, acrescentando humor e abrindo um novo subgênero); A Máquina do Tempo (o livro de H.G. Wells – de 1895 – praticamente inaugurou a era da imaginação “livre” da ficção científica, onde não havia mais limites para os temas propostos pelos autores, e só não está na lista principal porque foi publicada depois de Da Terra à Lua, de Júlio Verne); Matrix (a trilogia dos irmãos Wachowski – iniciada em 1999 – mudou os rumos da ficção científica no cinema, tanto em termos técnicos – com tecnologias inovadoras e inéditas de filmagem e edição – quanto conceituais, principalmente ao misturar ao sci-fi outros elementos culturais diversos); Metrópolis (a obra-prima de Fritz Lang – de 1927 – é o primeiro longa-metragem popular de ficção científica e um dos símbolos máximos do expressionismo alemão, e mesmo tão antigo, tem ritmo e edição aceitável até pelos padrões atuais); Neuromancer (este livro de William Gibson – de 1984 – é um raríssimo caso de premiação nos três principais prêmios literários de ficção científica do mundo, Hugo, Nebula e Phillip K. Dick, e praticamente inventou e firmou o cyberpunk e toda sua influência posterior na ficção científica, seja nas HQs, nos mangás, nos filmes, nos games, nos livros…); Planeta dos Macacos (a série literária de Pierre Boulle – iniciada em 1963 – introduziu temáticas filosóficas e existenciais que mudaram os rumos da ficção científica na literatura e no cinema, principalmente com o lançamento do filme homônimo); Planeta Proibido (o filme – de 1956 – de Fred M. Wilcox é o maior responsável pela viabilidade comercial da ficção científica fora da literatura, e, sem o sucesso desse longa, não teríamos tudo o que veio depois na televisão e no cinema); Saga Uma Odisséia no Espaço (os livros de Arthur C. Clarke – iniciados em 1968 – ajudaram a fazer do filme 2001 a obra cinematográfica máxima do gênero e marcaram época); V de Vingança (a graphic novel de Alan Moore – iniciada em 1982 – ajudou Watchmen a trazer para os quadrinhos temáticas sérias de ficção científica, ampliando a conceituação das HQs de uma forma geral).
Ralph Luiz Solera
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otima lista bem bacana meus parabens
otima lista parabens, curti muito, so obra top em cada categoria
Vlw, Remake!
Galerinha que criticou Half Life na lista, leiam isso e calem-se:
https://www.uol.com.br/start/ultimas-noticias/2019/11/27/half-life-legado-e-influencia-nos-jogos-e-na-minha-vida.htm
kkk adoro desbaratinar haters
UOL não é uma fonte confiável
muito legal esse artigo parabens muito bom mesmo
Half Life de fato é o game mais importante da História. Ele mudou tudo. Pegou conceitos de Wolfenstein, Doom e Quake, multiplicou por 1 trilhão e mudou a maneira como a industria dos games age, como os gamers agem, tudo por causa do mod Counter-Strike. O CS Go, o FIFA, Halo, e todos os games de sucesso de hj, com seus campeonatos mundiais, profissionalização, etc, tudo isso se deve ao sucesso do multiplayer do CS 1.3, e do Half Life claro. Ou seja, HL é o marco zero dos games como os conhecemos hoje. Sensacional o artigo.
Perry Rhodan
Cara que lista fenomenal… a gente sempre pensa em uma ou outra obra que podia estar na lista ou nas mençoes honrosas, mas pelos criterios estabelecidos eu diria que ficou perfeita! Parabens!
Obrigado, Marcos!
Gostei muito da lista, porém Blade Runner merecia menção honrosa !
Oi Michel, que bom que gostou! Eu coloquei Blade Runner de forma implícita, ao citar que a importância do Phillip K. Dick e seu conto “Ovelhas…” foi justamente propiciar a filmagem de Blade Runner! Só não dei mais destaque porque o filme, no lançamento, não foi bem recebido nem por crítica nem por público… com o tempo é que ele ganhou essa aura cult e hoje é um símbolo sci-fi. Abs.
Vc citou Fundação na menção honrosa e colocou Eu, Robô na lista… mas Fundação é uma obra muito melhor que os contos de Eu, Robô! Não era pra inverter então?
Gab, concordo que Fundação é melhor, como obra. Sem dúvida. Mas a lista faz referência ao que cada obra teve de especial na História da Ficção Científica, e nesse aspecto, Eu, Robô, leva vantagem porque foi um marco ao estabelecer as “leias da robótica” que foram seguidas por escritores, cineastas, roteiristas e praticamente todo mundo que alguma vez na vida lidou com sci-fi e robôs, desde então e até hoje. Ou seja, Eu, Robô, marcou de forma mais profunda o sci-fi do que Fundação, que apesar de ser melhor, não mudou o gênero, não estabeleceu parâmetros, não dividiu em “antes e depois” a Ficção Científica. Entende? Eu, Robô casa mais com o critério usado na elaboração da lista, mas não é melhor que Fundação. Abs.
Viu a celeuma que o cara fez no Face por conta de Duna não estar no Top10?
Oi Alexa, obrigado por estar sempre por aqui. Vi sim. O Sérgio é um fã confesso de Duna e acaba se deixando levar pelo rage quando vê sua obra favorito sendo (na visão dele) menosprezada, o que não foi o que ocorreu no artigo. Assim como Fundação, eu considero Duna uma das melhores coisas do sci-fi em todos os tempos, porém assim como Fundação, Duna também não preencheu os requisitos pra entrar na lista (veja a resposta ao Gab). Se fosse uma lista só de livros, Duna entraria. Ou então se a lista tivesse 12 e não 10 obras, Duna também entraria. Bjs.
Q lixo de texto… kd Blade Runner? Nao falou de Fundaçao………. colocou aquela tosqueira da Lua com cara de gente
Kekeo seu comentário só não foi apagado para ficar aqui como exemplo. Você pode discordar do que quiser, de forma educada e ‘normal’, sem desrespeitar ninguém nem ser ofensivo. Pode dizer que ‘não gostou do texto’ por exemplo. Quanto ao alegado, falei tanto de Blade Runner quanto de Fundação, basta ler o texto por inteiro.
Hahaha eu ia falar po kd o Heinlein… mas tb vi q pelos criterios da lista ele nao estaria mesmo…
Sim, Frederico, Heinlein é um grande autor e tem ótimos contos… mas nunca dividiu o sci-fi em antes ou depois, ou criou tendência, ou mudou conceitos do gênero. Não estar na lista é uma questão de relevância histórica pra ficção científica, e não uma desqualificação do trabalho dele.
Muito boa a lista! Faz todo sentido! Eu ia questionar a Maquina do Tempo ai vi q ela saiu bem depois do livro do Verne… mas eh isso, listas nao tem certo ou errado, tem criterio. E no seu criterio ficou muito coerente.
Obrigado, Roger! Se a lista tivesse 11 itens, A Máquina do Tempo estaria nela. Se tivesse 12, Duna entraria. E se tivesse 13, Neuromancer seria a 13ª. Infelizmente listas são assim: tem coisas que acaba ficando de fora, o que não diminui sua importância ou qualidade.