Top 7 robôs mais importantes da ficção
Ficção – principalmente a científica – sempre fascinou seu público por conta, dentre outros motivos, dos robôs apresentados, ainda mais quando eles ainda não existiam no mundo real. Desde os primeiros anos do Século XX que vemos robôs, ciborgues, andróides e outros tipos de autômatos que nos chamaram a atenção e se tornaram personagens icônicos não só do gênero, mas das artes como um todo, englobando todos os formatos.
Vejamos aqui os 7 mais importantes robôs da ficção:
Gort (andróide do filme O Dia em que a Terra Parou – 1951):
O robô humanóide do clássico sci-fi do cinema (mal remodelado no remake de 2009, ainda que sua funcionalidade tenha sido melhor explorada), foi inspirado no livro de Harry Bates. Com um visual que hoje beira um cosplay caseiro, espantou o mundo na época, auxiliado pela qualidade geral do filme e pela trilha sonora impressionante de Bernard Hermann. Gort chega à Terra juntamente com o alien Klaatu, em um disco voador, trazendo uma mensagem (aviso? ameaça?) à humanidade, para que pare a corrida armamentista, senão outras raças extraterrestres “fariam isso” por nós. O andróide é uma espécie de policial planetário, e veio protejer Klaatu em sua missão. Sua concepção é a de que foi construído a partir de uma única peça de metal maleável, não tendo portanto nenhuma emenda ou divisão em seu corpo. Foi a primeira vez que o cinema trouxe aos seus espectadores um andróide factível, que, de fato, passasse a impressão de ser um robô e não um ator ou um animatrônico. Claro que hoje em dia chega a ser risível, mas nos anos 50, foi um fenômeno e marcou a História do cinema.
Hal 9000 (computador sapiente do filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço – 1968):
O computador (ou a Inteligência Artificial) Hal, apesar de constar nos livros da saga Odisséia Espacial de Artur C. Clarke, entrou para a História de forma definitiva depois do filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço, do mestre Stanley Kubrick. Ali, pela primeira vez de forma crível e plausível, a humanidade temeu de verdade o dia em que uma inteligência artificial poderia se rebelar contra seus criadores, e, desde então e para sempre, o medo de que uma insurreição de computadores possa vir a ocorrer de verdade passou a fazer parte do imaginário coletivo do mundo todo, principalmente quando se projetam cenários futuristas e a evolução das máquinas em nossa sociedade. No filme, Hal é o responsável pelo funcionamento da nave Discovery e pelos seus tripulantes. Após reportar equivocadamente um defeito em um equipamento, Hal, demonstrando emoções e sentimentos “humanos” como medo e culpa, opta por matar a tripulação para esconder seu erro. Imaginado em uma época em que sequer existiam computadores pessoais, essa A.I., com sua interface vermelha marcante, mostrou-se visionária.
Optimus Prime (robô das animações originais Transformers – 1984):
O “Líder Optimus”, como era chamado no Brasil nas animações originais da Hasbro/Cartoon Network dos anos 80 (TV Globo), é o robô que solidificou a imagem e o conceito do personagem icônico Optimus Prime, que também teve versões em quadrinhos, em outras animações e em filmes recentes (a franquia de qualidade duvidosa de Michael Bay). Prime é o líder dos Autobots, uma das duas facções de robôs do planeta Cybertron, que acaba chegando à Terra, onde continua sua guerra milenar contra os Decepticons. Os sensores do computador Teletraan-1 da nave Arca fizeram uma varredura em máquinas terráqueas (acreditando serem elas as formas de vida predominantes no planeta) e implantaram suas formas nos Autobots para que eles pudessem aqui circular livremente. Assim, Optimus Prime tem a forma veicular de um caminhão, e quando volta à forma de “robô”, este é o mais imponente de todos os Tranformers. Sua personalidade no entanto, é o que o tornou icônico: Prime é estereótipo clássico de líder, um estrategista nato e a personificação de caráter, ética e inspiração em valores do bem, sempre justo e misericordioso. Marcou toda uma geração e uma época.
R2-D2 (dróide astromecânico da saga Star Wars – 1977):
Quando Star Wars mudou o mundo, alguns itens da saga tornaram-se ícones da cultura pop planetária, como os sabres de luz, os Stormtroopers, a “Força”, etc. Um desses ícones é o robozinho simpático da série R2 que foi comprado por Luke Skywalker e seu tio no Episódio IV – Uma Nova Esperança, e a partir de então participou de batalhas épicas ao lado da Aliança Rebelde (salvando a vida de vários personagens importantes ao longo da trilogia original e dos posteriores filmes das prequências). Dotado de uma bravura incomum para sua “espécie” e se vendo em momentos cruciais da história galáctica de Star Wars, R2-D2 virou símbolo não só da saga, mas de tudo o que é nerd, geek e cool em termos culturais. Podíamos vê-lo em camisetas, fantasias, canecas, mousepads, pins, pôsteres e etc. antes mesmo que esse tipo de fenômeno ocorresse com freqüência com personagens de filmes, como vemos nos dias atuais. Apesar de relativamente pequeno e sendo basicamente um mecânico, R2-D2 tem alguns instrumentos que pode usar como arma e nunca “afinou” ante um perigo iminente.
Robby (robô do filme Planeta Proibido – 1956):
O maior clássico da ficção científica “de antigamente”, abaixo apenas de 2001 – Uma Odisséia no Espaço (que transcende gêneros), Planeta Proibido marcou época por vários motivos, dentre os quais o robô Robby. De tão marcante, Robby serviu de inspiração para B9, de Perdidos no Espaço, apareceu em outras séries, foi citado em filmes, revistas e ilustrações sci-fi e até em uma propaganda recente da AT&T. Construído pelo Dr. Morbius com uso de inteligência e tecnologia krell, no planeta Altair IV, Robby é extremamente forte e poderoso, podendo facilmente retirar uma casa de suas fundações e até inutilizar armas energéticas, porém tem algumas diretrizes básicas (inspiradas no livro Eu, Robô, de Isaac Asimov) que o impedem de atacar ou machucar os seres humanos. Versátil, Robby realiza toda a administração e manutenção da “base” humana em Altair IV. Apesar de não desempenhar um papel de suma importância no filme, Robby foi elevado à categoria de ícone pop nos anos 50 e 60, tendo sido portanto um dos primeiros robôs “celebridade” do cinema.
Roy Batty (replicante do filme Blade Runner – 1982):
Como Frank Deckard só teve sua “verdade robótica” exposta décadas depois do lançamento do filme, o robô mais famoso do clássico cult Blade Runner acabou sendo o replicante Roy Batty. Andróide geneticamente modificado (engenharia genética, algo impensável nos anos 80, já havia sido prevista no livro e no filme), Roy liderou o insurgimento, a rebelião e a fuga dos replicantes do seu status de “escravos”, com o objetivo de encontrar uma maneira de prolongar a curta vida dos seus semelhantes, e, por isso, passou a ser perseguido por Deckard. Em um filme com tanta profundidade psicológica e filosófica, não espanta o fato de ser de Roy o momento mais sublime da obra, ao proferir a frase mais marcante do filme (e uma das mais marcantes da História da ficção científica, quiçá do cinema) que foi escrita pelo próprio ator Rutger Hauer, quando substituiu a versão original do roteiro pela reflexão acerca de sua vida breve, ainda que recheada de momentos únicos e memoráveis que Roy, tristemente, constatava que se perderiam “como lágrimas na chuva”. Fantástico.
T-800 (andróide exterminador da franquia O Exterminador do Futuro – 1984):
O filme original da franquia, de 1984, marcou a ficção científica pelo mote apresentado, até então bastante incomum. Fora isso, não tem nada de mais, além do andróide T-800, muito bem personificado pelo ator Arnold Schwarzenegger (que com sua péssima habilidade para interpretar e até mesmo falar inglês, “tornou-se” um excelente robô). O auge do icônico exterminador se deu, no entanto, na continuação O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final, de 1991, quando o filme teve uma superprodução e explodiu a popularidade da franquia em todo o mundo. T-800 é um modelo de máquina criada pela rede Skynet com o objetivo de exterminar os humanos. Com tecidos orgânicos cobrindo um hyperalloy endosqueleto, o T-800 foi o primeiro exterminador a ter aparência humana, o que facilita seu trabalho, já que pode se infiltrar entre os inimigos. No segundo filme da franquia, atuando ao lado de Sarah e John Connor, profere alguns dos mais famosos jargões da ficção científica, como “Hasta la vista, baby” e “I’ll be back” (esse, um dos 30 mais populares do cinema, segundo a revista americana Premiere).
Na sua opinião, faltou algum importante robô em nossa lista? Calma! Veja se ele não está na segunda parte do artigo, a Top 7 Robôs Mais Importantes da Ficção II!
Ralph Luiz Solera
Latest posts by Ralph Luiz Solera (see all)
- Análise: a obra máxima do terror é The Thing? - 12/07/2022
- Na mesa: jogo de tabuleiro The Thing: The Boardgame - 11/07/2022
- Série do Obi-Wan expõe o verdadeiro problema dos SW da Disney - 02/06/2022
- Resenha: o box completo de Bone - 17/11/2021
- Piores Filmes do Mundo: Serpente Mortal (Silent Venom) - 06/11/2021
entre robôs e androides, acho qeu faltaram alguns ou se puder considerar os “avatares” também, como a andromeda ascendant, o homem bicentenário, data (star trek)… e na parte “das antigas havia o engraçado robo gigante rsrsrs!
oi Alexandre, legal seu comentário… infelizmente nem todos puderam ser incluídos, mas Data e Robô Gigante entraram na menção honrosa da parte 2 do artigo!
Bem coerente a lista, se considerados tb os robôs da segunda parte… talvez eu mudasse alguns da parte 2 pra 1, por gosto pessoal, mas de forma geral ficou bem coerente, parabéns.
Obrigado, Nemo!!!