Rogério Ceni é o maior goleiro da história do futebol

Rogério Ceni, o M1to, se aposentou. Agora, participará apenas da partida festiva de despedida com jogadores dos títulos mundiais tricolores. Vimos, portanto, o fim da carreira do maior goleiro que o futebol já teve, em todos os tempos.

Exagero? À primeira vista, pode parecer. Após uma análise criteriosa, porém, a alcunha mostra-se mais do que sensata. O renomado jornalista corintiano Juca Kfouri já havia chegado à conclusão semelhante em 2007 (veja aqui).

Vale ressaltar que não se está afirmando que Rogério é o melhor goleiro que o futebol já viu, e sim o maior, em questão de títulos, marcas, conquistas, prêmios, prestígio, reconhecimento mundial, etc.

M1to:

Rogério é, como disse o célebre jornal francês L’Équipe, o “homem de todos os récordes”, tendo como marcas mundiais as de ser o futebolista que mais jogou por uma equipe, mais vezes atuou como capitão, mais vezes venceu por um time e, claro, a de ser o goleiro mais artilheiro de todos os tempos.

Rogério conquistou praticamente todos os títulos que um futebolista profissional, no Brasil, pode conquistar. Venceu Paulista, Rio-São Paulo, Brasileiro, Euro-América, Conmebol, SuperCopa, Sul-Americana, ReCopa, Libertadores, e Mundial, fora outros torneios menores. Pela seleção, venceu a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.

Além dos troféus conquistados em campo, tem prêmios honorários que ajudam a qualificá-lo como o maior goleiro que futebol já teve. Além disso, dividiu a função de goleiro em “antes de Rogério e depois de Rogério” (veja a capa da Placar ao lado), já que agora todo goleiro moderno ideal precisa saber ser um líbero, um último homem na linha de defesa; que intercepta sem as mãos e fora da área, se preciso, os ataques adversários; que sabe jogar bem com os pés e faz até lançamentos e cruzamentos para os atacantes, dentre outras características que, se não foram implementadas na posição por Ceni, firmaram-se com ele.

Os do contra:

Rogério só não é unanimidade no Brasil por conta de torcedores de outros times que costumam menosprezá-lo. Quase sempre alegam que Marcos foi melhor. Seus detratores costumam apoiar suas críticas em dois pilares: Rogério foi banco de Marcão em 2002 e nunca se firmou na seleção brasileira.

Os fatos reais são que ele deixou de ser convocado por muito tempo quando se rebelou contra uma brincadeira de alguns jogadores na concentração durante a Copa das Confederações de 1997, e na Copa do Mundo de 2002 o próprio Felipão declarou que seus três goleiros – Marcos, Rogério e Dida – estavam no mesmo nível técnico e que Marcos era o titular por conta da confiança que o treinador nele tinha, após terem trabalhado juntos no Palmeiras.

Mal comparando, Yashin, Dasayev, Banks, Shilton, Cech, Van der Sar, Khan, Scheimeichel e outras lendas do gol nunca venceram uma Copa, e seus status não sofrem abalo por isso. Se sairmos de debaixo das traves e formos pra linha e pegarmos um exemplo atual, Messi já é considerado (eu discordo) por muitos o maior da História (maior até que o Rei Pelé) e também não conquistou uma Copa. Em 2010, inclusive, a Pulga teve rendimento bem fraco no mundial…

Enfim, a verdade é que por representar as grandes glórias do São Paulo e por ter personalidade forte, Rogério é propositalmente preterido no Brasil em relação a Marcos – que não representa uma grande e longeva fase de sucesso do Palmeiras, com exceção da Libertadores de 1999 – com os torcedores rivais optando por enaltecer o palmeirense para que o são-paulino não seja uma unanimidade. Vários jornalistas já verbalizaram essa tese, inclusive.

Mas no resto do mundo ninguém ousa comparar ambos… aliás, seria difícil, já que poucos fora do país conhecem Marcos, enquanto que Rogério é uma personalidade do futebol mundial.

Prepotente:

Muitos alegam que “não gostam” dele por considerarem-no “prepotente”, como se a personalidade de alguém diminuísse sua capacidade como goleiro. Ainda assim, trata-se de apenas um pretexto, um motivo para tentarem diminuir seus feitos.

Ocorre que é totalmente infundada essa fama, propositalmente propagada por torcedores rivais, sobretudo os paulistas. O famoso desafio de se encontrar uma entrevista com declaração prepotente ou soberba de Rogério jamais foi cumprida por ninguém… afinal, tal declaração não existe. Ceni sempre foi exemplo de correção, respeito e lucidez em suas entrevistas.

O que ocorre é que Rogério é mentalmente – até nisso – acima da média no meio futebolístico. O arqueiro é educado, articulado e politizado e suas declarações, além de fugir da mesmice modorrenta da maioria das entrevistas, não são vazias e imparciais. Rogério costuma colocar sua opinião de forma esclarecida e contundente e, quando necessário, confrontar as questões dos jornalistas, sem medo da repercussão. Dificilmente fica “em cima do muro” ou dá respostas padrão, e acaba criticado por isso.

É a velha máxima de que quem se posiciona, no Brasil, se passa por prepotente.

Pra piorar, a personalidade forte do são-paulino contrastava com o humor de Marcos nas entrevistas. O palmeirense inclusive as recheava com histórias e “causos” que atraíam a simpatia de muitos e, claro, faziam pender as comparações entre os dois. Um era o “legal” e o outro o “chato”.

Convenientemente, os ataques coléricos do palestrino em ocasiões em que o Palmeiras saía de campo derrotado, inclusive nas várias vezes em que ele criticava abertamente os companheiros de time – principalmente da defesa – são ignorados nesse sentido.

Com Dida, o outro grande goleiro da geração, a comparação também era cruel, já que o goleiro que brilhou por Cruzeiro, Corinthians e Milan era muito tímido e fechado e raramente se manifestava.

Um bom momento do “prepotente” Ceni foi quando campeão da Copa Sul-Americana de 2012, colocou a  tarja de capitão no meia atacante Lucas e o fez erguer a taça da competição, em homenagem à sua despedida do clube. Quantos já tiveram essa humildade? Quantos assumem quando erram e sofrem gols em falhas individuais, como mostra a imagem? Nem todos. Se forem prepotentes então… Outro momento que vale a pena ser citado foi quando Rogério parabenizou o goleiro Vítor pela defesa fantástica no pênalti contra o Tijuana na Libertadores vencida pelo Galo (veja aqui).

A título de comparação, imagine a repercussão que teria Rogério se declarar “o melhor goleiro do Brasil”… seria um ‘escândalo’, sem dúvida… mas quando outros fazem tal declaração, como Cássio, do Corinthians, não há rotulagem de prepotência (veja aqui). E imaginem a repercussão de uma eventual declaração de Ceni dizendo que “torceu para o São Paulo ser goleado” ao ficar de fora de uma partida em que o Tricolor foi derrotado, só para “que outro goleiro sofresse mais gols que ele no São Paulo”… seria, com certeza, motivo para a torcida excomungá-lo do Morumbi… mas quando outro faz tal declaração absurda, como Marcos (veja aqui) a mesma é tradada como algo apenas engraçado.

Rogério Ceni x Marcos:

Como a maioria dos anti-Ceni exalta Marcos para poder diminuir o M1to e não admitir que ele foi maior, cabe aqui uma comparação entre ambos.

O palestrino sem dúvida foi um excelente goleiro, isso não se discute. Mas fica difícil de aceitar que seja melhor se nem nos dois anos em que mais brilhou (1999 e 2002) ele conseguiu o reconhecimento dos pares, dos jornalistas e das entidades avaliadoras como a IFFHS e RSSSF como melhor do país.

Marcos teve quatro anos de excelente nível técnico (1999 a 2002), e, como titular, um grande título palestrino, o da Libertadores de 1999, de certa forma empobrecido meses depois com a falha bisonha na final do Mundial de Clubes diante do Manchester United. E o fato de que no jogo mais importante de sua carreira no Palmeiras ele falhou e foi o responsável pela derrota tem um peso enorme. Pela seleção brasileira, conquistou a Copa do Mundo em 2002.

Já o arqueiro tricolor teve doze anos de excelente nível técnico (2001 a 2012), e, como titular, cinco grandes títulos, sendo três Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial de Clubes, ocasião em que foi Bola de Ouro da competição e melhor jogador da final, com direito a uma “Defesa de Placa” (expressão inventada para ele pela defesa no chute de Gerrard, em alusão à conhecida referência “Gol de Placa”). Pela seleção brasileira, esteve na conquista da Copa do Mundo em 2002.

Como prêmios individuais, Marcos foi eleito melhor goleiro e jogador da Libertadores de 1999 e 4º melhor goleiro do mundo pela IFFHS em 2002.

Já Ceni foi eleito melhor goleiro e jogador da Libertadores e do Mundial de 2005; melhor goleiro da Sul-Americana de 2014;  melhor jogador dos Brasileiros de 2006 e 2007; Bola de Prata da Placar em 2000, 2003, 2004, 2006, 2007 e 2008 e Bola de Ouro da Placar em 2008; melhor goleiro da América do Sul pela IFFHS em 2005, 2006, 2007 e 2008; goleiro ideal da América do Sul pelo El País em 2005 e 2006; melhor goleiro e seleção ideal do Brasil de 2002, 2003, 2005 e 2006 pela RSSSF; 4º melhor goleiro do mundo da Ballon d’Or/France Football; 5º melhor goleiro do mundo pela IFFHS em 2007; 6º melhor goleiro do mundo pela IFFHS em 2006; 9º melhor goleiro do mundo pela IFFHS em 2005; 10º melhor jogador do mundo pela RSSSF em 2005; 28º melhor jogador do mundo da Ballon d’Or/France Football em 2007; melhor goleiro da América do Sul pela IFFHS em 2005, 2006, 2007 e 2008 e o principal, melhor goleiro do mundo pela RSSSF em 2005. Fora outros prêmios “menores”. Ufa!

(já rebatendo os haters, é impossível alguém receber todas essas premiações em votações que envolveram jogadores, técnicos e jornalistas do Brasil e do mundo todo, apenas por ser artilheiro… as premiações se deram pela virtuosidade técnica nos fundamentos de goleiro)

Não podemos nunca nos esquecer que nos jogos mais importantes dos dois pelos seus clubes, os resultados foram totalmente diferentes: enquanto Marcos falhou miseravelmente contra o Manchester United e foi o responsável pela perda do título mundial palestrino, Rogério fez contra o Liverpool seu maior jogo e sua maior defesa (muitos jornais do mundo consideraram aquela a maior defesa de todas as finais de mundiais de clubes) e foi o responsável pela conquista da taça. Essa comparação das finais de mundiais é emblemática.

O fim da carreira de ambos os goleiros também foi bem diferente. Enquanto Marcos passou a acumular atuações ruins e falhas bizarras, chegando a se aposentar por não ter mais nível técnico suficiente para se manter no gol do Palmeiras, Rogério seguiu sempre atuando em alto nível, tendo em 2014 conquistado mais um prêmio de melhor goleiro em competição internacional, sendo que em 2013, contra a Universidad Católica, no Chile, teve uma atuação histórica, comparada por muitos à final do Mundial contra o Liverpool (seu maior jogo). Os chilenos se referiram a ele como um ser de “outro planeta” (veja aqui).

Em 2015, ano de sua aposentadoria, foi considerado pelo jornal espanho Marca um “gênio” e uma “lenda viva”, além de “maior cobrador de faltas da América” (veja aqui). Também foi enaltecido de forma impressionante na Inglaterra, no mesmo ano, quando já estava “velho” (veja aqui). Nada mal para um quarentão!

Artilheiro:

Rogério Ceni tem 131 gols na carreira, sendo 61 de falta, um número quase inacreditável. Grandes cobradores de falta da nossa História, como Marcelinho Carioca (59) e Juninho Pernambucano (75) têm números muito próximos, mas eram jogadores de linha! O M1to marcou ainda 69 gols de pênalti, 1 gol de bola rolando e tem 7 assistências na carreira. Em 2005 marcou 21 gols no ano… número de atacante!

Chilavert, o paraguaio que, antes de Ceni, era o maior goleiro artilheiro do mundo, marcou 62 gols na carreira, sendo 15 de falta, 45 de pênalti e 2 de bola rolando. E ambos se aposentaram após 25 anos de carreira!

Em mais uma mostra de que nos momentos decisivos e importantes ele rendia mais, Rogério marcou seu centésimo gol contra o maior rival, o Corinthians, em feito que repercutiu em todo o mundo na época (veja aqui). Até a FIFA o parabenizou e, o mais importante, oficializou a marca que a princípio ela não reconheceu.

Reconhecimento:

O M1to tem admiração e reconhecimento internacional, inclusive da Europa, por conta de sua carreira incrível, mesmo só tendo atuado no Brasil.

Enquanto Marcos foi exaltado pelos sul-americanos em 1999 e prestigiado em outros continentes em 2002 pelo alcance da Copa do Mundo, Rogério é exaltado nos quatro cantos do planeta desde 2005 até recentemente, quando no Paulistão de 2015 tornou-se o jogador que mais vitórias tem por um clube de futebol em toda a História do esporte. Quando marcou seu centésimo gol, saiu na capa do site da FIFA, além de jornais de todo o planeta.

É comum ver jornais e sites de outros países se referirem ao goleiro artilheiro como “gênio”, “lenda”, “mito”, etc. Os links da matéria mostram diversos exemplos. A imprensa internacional exaltou seu récorde mundial mais recente (veja aqui e aqui também).

Em Setembro de 2015, quando completou um quarto de século no São Paulo, foi chamado – acredite – de “O Pelé do Gol” pela imprensa espanhola (veja aqui), e sua mais recente marca foi noticiada em todo o planeta, sempre com adjetivos superlativos a Rogério. Quando se aposentou, foi tema de matéria especial na imprensa italiana (veja aqui).

No fim de semana de sua aposentadoria, Rogério foi cumprimentado por grandes personalidades do futebol, dentre ex-companheiros e jogadores que declararam que gostariam de ter jogado ao seu lado. Ronaldinho Gaúcho foi um deles (veja aqui).

Muitos goleiros brasileiros declaram que têm em Ceni seu modelo de goleiro, reconhecendo não só o talento do M1to para as faltas e pênaltis mas também como arqueiro. E quem não se lembra de Nilmar, em um rachão do Corinthians/MSI, jogando no gol e gritando “Rogééééériooo!” ao fazer uma defesa?

Quando o São Paulo foi eliminado pelo Cruzeiro nos pênaltis da Libertadores de 2015, muitos sul-americanos floodaram as redes sociais dizendo que “A Libertadores é que se despediu de seu goleiro mais emblemático”.

Na cerimônia da Bola de Prata da Placar (a segunda maior premiação futebolística da América do Sul) no dia seguinte à sua aposentadoria, Rogério foi homenageado na cerimônia, por ser o maior vencedor da honraria máxima da modalidade no Brasil.

A Copa do Mundo de 2018 adicionou novos elementos ao tema, visto que diversos goleiros de outras seleções declararam serem fãs de Rogério Ceni, dentre os quais Ochoa, goleiro do México (veja aqui) – que inclusive contou que o M1to é referência até hoje para muitos goleiros mexicanos; e Muslera, goleiro do Uruguai (veja aqui). Convém lembrar que ainda em 2017, Ederson, goleiro da seleção brasileira, já havia dito que era fã de Ceni (veja aqui).

Seria possível todo esse reconhecimento, toda essa idolatria, inclusive de jogadores de outros países, se Rogério Ceni não tivesse sido, de fato, tudo o que aqui descrevemos?

Exemplo:

Ao contrário do propalado por outras torcidas, Rogério é visto em seu meio como um exemplo a ser seguido. Mesmo goleiros rivais como Fábio e o próprio Marcos (os que mais gols sofreram dele), e atualmente Cássio, sempre enalteceram o profissionalismo e o caráter de Ceni, além de elogiá-lo tecnicamente.

Jogadores que atuaram ao seu lado no São Paulo não se cansam de elogiar sua postura, seu amor ao clube e sua disposição em sempre “dar a cara a tapa” nos momentos ruins, sem nunca fugir de suas responsabilidades. (veja aqui matéria do jornal argentino Olé sobre o tema).

Claro que, assim como todo ser humano, Rogério tem defeitos e tem desafetos, mas o conceito de que eles são muito numerosos nunca se mostrou verdadeiro. É, de fato, falácia de torcida adversária. Puro clubismo. Recentemente, por exemplo, o goleiro corintiano Cássio rebateu várias dessas falácias em apenas uma entrevista, afirmando que “Não interessa o clube em que ele joga, a história que fez no futebol fica marcada para sempre. Eu tenho um respeito muito grande por ele, tem uma carreira impecável, ganhou todos os títulos. Acho que só não ganhou a Copa do Brasil, mas ele teve destaque em todas as conquistas. É um exemplo a ser seguido”. (veja aqui)

O único questionamento público com relação ao caráter do M1to foi aquele feito pela jornalista Milly Lacombe, em uma programa de TV, quando afirmou que Ceni havia “forjado uma proposta de contrato do Arsenal”. O caso foi parar na justiça e, claro, Milly perdeu, se arrependeu e pediu desculpas (veja aqui entrevista de Milly e veja aqui matéria explicando o fato).

Conclusão:

Em todas as comparações com Marcos, apontado como seu grande “rival” na geração, Rogério mostrou-se melhor. Seus recordes e feitos são, inclusive, incomparáveis com quaisquer outros arqueiros do mundo, neste e em outros tempos, pela quantidade de títulos importantes e honrarias recebidas e por ter mudado a função na qual atuou.

Portanto, gostando-se ou não dele, não há como se negar que nunca houve um goleiro como Rogério “M1to” Ceni, eleito melhor goleiro do mundo pela RSSSF em 2005 (mesmo jogando no Brasil, fato inédito) em um ano em que foi ainda Bola de Ouro do Mundial da FIFA. Em 2006 e 2007 foi o melhor jogador do Campeonato Brasileiro e em 2008 foi Bola de Ouro da Placar, fora outras dezenas de premiações individuais. O M1to ainda é o maior goleiro artilheiro da História e recordista mundial de jogos e vitórias por um mesmo time. Conquistou, como titular, três Campeonatos Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial de Clubes, fazendo na final (o jogo mais importante dele pelo São Paulo), o maior jogo de sua carreira, com sua maior e mais importante defesa.

Rogério Ceni é o mais vitorioso, premiado, recordista e emblemático goleiro de todos os tempos. Seus feitos provam.

Parabéns, M1to! O futebol lhe agradece por tudo o que você fez por ele!

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Ralph Luiz Solera

Escritor e quadrinhista, pai de uma linda padawan, aprecia tanto Marvel quanto DC, tanto Star Wars quanto Star Trek, tanto o Coyote quanto o Papaléguas. Tem fé na escrita, pois a considera a maior invenção do Homem... depois do hot roll e do Van Halen, claro.

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