Top 7 robôs mais importantes da ficção II
Nesta continuação da listagem com os robôs mais importantes da ficção – estrategicamente publicada junto à primeira parte – complementamos nossa listagem com mais 7 icônicos robôs criados pela ficção:
Ash (andróide do filme Alien – O Oitavo Passageiro – 1978):
O clássico de ficção científica e terror de Ridley Scott apresentou ao mundo 3 personagens memoráveis: o alien (evidentemente), a tenente Ripley e do traiçoeiro robô Ash, inserido no meio da tripulação da Nostromo pela Weyland Corporation como se fosse um humano comum. Ash tinha uma missão secreta ordenada pela Weyland e, quando precisou se revelar, protagonizou uma das mais famosas cena do filme, tentando assassinar Ripley. A cena seguinte, em que, despedaçado, ele é “interrogado” pelos tripulantes da Nostromo, impressionou na época. O sucesso de Ash foi tão grande junto ao público que tornou-se norma na franquia haver sempre um andróide entre a tripulação, ainda que nas outras vezes isso não fosse mais segredo. A missão recebida, além de um alegado defeito do modelo (conforme explicado pelo andróide Bishop no filme Aliens – O Resgate) fizeram de Ash um problema grave na Nostromo, sem que Ripley, Dallas ou os outros desconfiassem, e ali criou-se o estereótipo de que os andróides da série Alien não eram confiáveis.
B9 (robô da série Perdidos no Espaço – 1965/1968):
Hoje praticamente esquecida, a série Perdidos no Espaço foi uma das pioneiras em ficção científica na televisão, tendo aberto o caminho para que Star Trek pudesse brilhar em seguida. Apesar da produção aparentemente barata (o visual dá essa idéia mas os custos eram altos para a época) e dos roteiros ingênuos e leves, a série conquistou uma audiência relevante e marcou época, e muito disso se deve ao robô B9 (fartamente inspirado em Robby, do clássico sci-fi Planeta Proibido). Além do visual futurista, B9 ficou conhecido pelo alerta de “Perigo! Perigo!” que até em narrações esportivas já foi usado. Reprogramado no início da viagem pelo Dr. Smith, com o objetivo de sabotar a missão da nave Júpiter 2, o robô B9 acaba se mostrando, depois, um elemento importante da tripulação no objetivo de manterem-se vivos e tentarem retornar à Terra. Seu protagonismo foi decisivo para a fixação do personagem entre os fãs da série e da ficção científica como um todo, de modo que hoje em dia vemos até fã clubes de Perdidos no Espaço e do B9.
Marvin (andróide depressivo dos livros Guia do Mochileiro das Galáxias – 1979):
Apesar de no Brasil a série do Mochileiro não ser tão popular, nos EUA e na Europa é um dos conteúdos mais consumidos em termos de ficção científica (mesmo com a reputação arranhada pelo filme ruim de 2005). O famoso “andróide paranóide” é conhecido por sua personalidade depressiva, rabugenta e reclamona (talvez resultado de uma espera de meio bilhão de anos por um resgate no planeta Magathrea). Marvin é um protótipo PGH (Personalidade Humana Genuína), que vive insatisfeito por ter uma capacidade mental de raciocínio e dedução bilhões de vezes superior à humana, porém da qual ele nunca consegue fazer uso, já que as tarefas que lhe são passadas raramente o fazem utilizar mais do que 1% de toda essa inteligência artificial. Essa insatisfação lhe causa depressão crônica, mau humor e desprezo pela vida. Apesar de ser apenas um coadjuvante nas aventuras descritas nos livros, Marvin acabou se tornando – provavelmente – o personagem mais famoso da série do Guia do Mochileiro das Galáxias.
Robocop (ciborgue policial da franquia Robocop – 1987):
O icônico policial do filme Robocop – O Policial do Futuro, marcou toda uma geração e, depois dos filmes da franquia, apareceu ainda em revistas em quadrinhos, animações, álbuns de figurinhas e outras mídias, além de ter sido citado diversas vezes em outros filmes, seja nominalmente ou visualmente. O Robocop na verdade é o ex-policial Alex Murphy, dado como “morto” em cumprimento do dever, quando na verdade foi levado para um laboratório da OCP (uma organização privada que comanda a polícia de Detroit) e, através de próteses e enxertos mecânicos, torna-se um ciborgue, em cumprimento a um projeto da corporação para mecanizar a polícia da cidade, já que os policiais humanos não estão conseguindo conter a alta – e violentíssima – criminalidade de então. De volta à ação, Robocop mostra-se rapidamente um excelente policial, já que conta com mira inteligente, acesso a banco de dados de criminosos, informações on line sobre ocorrências, etc. O visual de Murphy é considerado um dos melhores da História dos ciborgues no cinema.
Maria (andróide do filme Metrópolis – 1927):
Um dos maiores ícones do cinema, evocado sempre que se fala da obra-prima Metrópolis, uma das obras que mais influenciou a cultura pop em todos os tempos e até hoje em dia. A própria Maria é um personagem com recorde de citações, referências e influências no cinema, na moda, na música e em outros seguimentos da sociedade, incluindo o visual do andróide C-3PO de Star Wars, além de ser constantemente “homenageada” por cantores em videoclips, capas de álbuns e outros materiais promocionais (Beyonce chegou a vestir-se de forma idêntica ao andróide em uma apresentação). Criada por um cientista para manipular a classe trabalhadora que poderia “despertar” diante da exploração a que era submetida, Maria é enviada já com seu visual clonado de uma operária líder de movimentos classistas para juntar-se às massas e poder cumprir sua missão. Conceitos filosóficos e de transumanismo permeiam a concepção do “maschinenmensch” (máquina-humana, em tradução livre) que é chamado por vários nomes no filme: Parody, Última, Futura, Robotrix, Maria e Hel.
Sentinelas (gigantescos andróides da Marvel nas histórias dos X-Men):
A hoje combalida e preterida equipe de heróis mutantes X-Men já foi a principal superequipe de heróis da Marvel, nos “seus bons velhos tempos” (que terminaram no início desse século). Mas esqueça a descaracterizada – porém poderosa – versão cinematográfica mostrada no filme X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, pois os Sentinelas de verdade são os das HQs, que eram gigantes robôs programados para exterminar os mutantes, fossem eles “bons” ou “maus”. Com sua primeira aparição ocorrida na revista X-Men #14 de 1965, os Sentinelas rapidamente se tornaram um símbolo do universo mutante da Marvel e um ícone dos quadrinhos de heróis. Seu visual clássico impõe respeito e terror aos adversários e é a personificação do tema de desigualdade social tão presente nas páginas mutunas. Seu ápice se dá na série de HQs Dias de um Futuro Esquecido, de 1981. Depois dos quadrinhos, os Sentinelas ainda viveram momentos de glória nas animações dos X-Men que passaram na TV nos anos 90 e começo dos anos 2000.
Wall-E (robô lixeiro da animação Wall-E – 2008):
Muito por conta de seu protagonista, o longa Wall-E, da Pixar, virou um clássico moderno tanto em termos de animação quanto de ficção científica (apesar da abordagem ser para um público mais jovem), apontado como o “melhor filme da década” pela revista Time. O robozinho de 700 anos Wall-E é provavelmente o último ainda em funcionamento de uma força-tarefa deixada na Terra quando a humanidade precisou exilar-se no espaço, já que o planeta chegou ao limite da sua capacidade de sustentar vida (muito por conta da poluição). Wall-E cumpre sua função diária de compactar lixo e empilhar os “pacotes” em montanhas cada vez maiores. Depois de tanto tempo funcionando, ele acaba desenvolvendo uma personalidade, de modo que não apenas executa suas tarefas, mas também consegue ter curiosidade e discernimento para entender aspectos emocionais e artísticos da humanidade, chegando a assistir filmes e colecionar objetos. O visual de Wall-E contribuiu muito para angariar simpatia, com um design retrô e tristonho, que o deixou “fofo”.
Bender (robô da animação Futurama), Brainiac (inteligência artificial e as vezes robô nos quadrinhos da DC Comics), Robô Gigante (robô monumental do bizarro seriado japonês de mesmo nome), C-3PO (andróide de protocolo da saga Star Wars), Data (andróide da série Star Trek – Next Generation), Matrix (inteligência artificial da franquia Matrix), Maximilian (temível robô de design marcante do filme Buraco Negro), Mega Man (andróide da série de games Mega Man), Megazord (gigantesco robô formado pela combinação de equipamentos dos Power Rangers), Número Seis (andróide Cylon de Battlestar Galactica), Rosie (a robô-empregada das animações dos Jetsons), Sentinelas (robôs de combate da trilogia Matrix), Skynet (rede de inteligência artifical da franquia Exterminador do Futuro), Supermáquina (veículo dotado de A. I. na série homônima oitentista), T-1000 (andróide de metal líquido da franquia Exterminador do Futuro), TARS (robô de apoio do filme Interestellar), Ultron (andróide dos quadrinhos dos Vingadores), Visão (sintozóide dos quadrinhos dos Vingadores).
Ralph Luiz Solera
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cadê o megaman e o astroboy?
Ex-Machina??????????
uma androide que ninguem lembra o nome vc acha que é uma das maiores da HISTORIA DA FICCAO??????????????????????? kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Pq o TARS? Ele não marcou época… pelo menos não ainda.
TARS quebrou um paradigma secular a respeito do design de um robô… foi considerado pelo Scifiworld um marco por conta disso.