Crítica: Star Wars – Episódio IX: A Ascensão Skywalker

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Direção: J. J. Abrams

Elenco: Daisy Ridley, Adam Driver, John Boyega, Oscar Isaac, Ian McDiarmid, Richard E. Grant, Kelly Marie Tuan, Domhnall Gleeson, Joonas Suotamo, Greg Grunberg, Naomi Ackie, Billie Lourd, Anthony Daniels, Harrison Ford, Billy Dee Williams, Lupita Nyong’o, Carrie Fisher e Mark Hamill.

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Nota 2/5

Com a nova trilogia, J. J. Abrams assumiu Star Wars com a responsabilidade de atualizar e renovar seu público com Star Wars – Episódio VII: O Despertar da Força, através de novos personagens; e se em parte apenas repetiu de certa maneira a estrutura de Uma Nova Esperança, o novo filme manteve o respeito e idolatria dos personagens clássicos e mostrou coragem ao tomar decisões nos desfechos de personagens icônicos. Assim, quando Rian Johnson dirigiu Star Wars – Episódio VII: Os Últimos Jedi (do controverso, como todos sabem, mas ainda assim elogiável), a série parecia definitivamente romper com a trilogia clássica e seguir com suas próprias motivações. Porém, com a chegada deste Star Wars – Episódio IX: A Ascensão Skywalker fui inocente em achar que uma mulher (Ridley), um negro (Boyega) e um latino (Isaac) – dentro de um contexto político opressor – pudessem levar adiante nos dias de hoje a maior saga cinematográfica sem sequelas devido ao pensamento ignóbil do estúdio e parte de seu público.

(Ratificando que, para mim, fãs de Star Wars e pessoas que vão ao cinema ver Star Wars se confundem, não tendo uma diferenciação de um grupo achar que gosta mais que o outro, até porque em ambos os casos deve haver um conhecimento prévio da saga para assistir, por exemplo, A Ascensão Skywalker).

Após as reclamações por parte destes “fãs” de Star Wars , devido ao destino de Luke Skywalker (Hamill) em Os Últimos Jedis (veja aqui detalhes e explicações sobre o Episódio VIII), em que os ditos fãs passaram a gritar cada vez mais “exigindo”, pasmem, que o filme de Johnson não fizesse parte do cânone da franquia ; tal elemento foi um porta de entrada para o ataque a outros itens como o próprio trio de protagonistas citados acima e a questão sociopolítica do episódio VIII, parece que a Disney decidiu “corrigir” os rumos da saga. Portanto, não chega a ser uma surpresa  que, durante o trailer do filme IX, pudéssemos constatar o retorno de Palpatine, que havia sido morto por Darth Vader no O Retorno de Jedi (veja aqui uma análise do capítulo final da trilogia clássica), como uma “reparação” pelo(s) filme(s) anterior(es). Contudo, ao trazer Palpatine (McDiarmid), como “uma voz ecoando pelo espaço buscando vingança” depois da derrota em Retorno de Jedi, A Ascensão Skywalker insere o personagem de maneira abrupta tentando logo de cara criar algum tipo de vínculo com o último filme da trilogia clássica sem necessidade.

Para piorar, o primeiro ato que introduz o personagem (assim como o estado atual dos heróis) de maneira absurdamente confusa (como todo o restante do filme), com uma edição acelerada (até mesmo para os padrões da saga) prejudica o longa de maneira ainda maior quando, auxiliado pelo roteiro desastroso, o espectador é jogado de um lado para outro sem sabermos exatamente o que está acontecendo.

Lembrando que a edição de um filme é fundamental para que possamos sentir algo dentro de uma obra e qualquer insensibilidade ou hesitação do diretor pode pôr tudo a perder. Isso fica claro, por exemplo, logo no início do filme em que saltamos grosseiramente do treinamento da Rey para Kylo (Driver) contemplando (mais uma vez!) o velho capacete do avô de maneira , sem que possamos entender o que estes importantes personagens estão sentindo e isso acontece por diversas vezes durante a projeção, onde alguma cenas que poderiam render planos memoráveis são simplesmente jogadas na tela sem qualquer cuidado (reparem, por exemplo, durante o clímax em que duas icônicas naves ficam estacionadas lado a lado. A cena não dura mais que três segundos jogando fora um belo plano do longa). Assim, tudo acaba aparentando uma bagunça barulhenta da trilha sonora sem pausa para respirar (no pior sentido da expressão) como se tentasse ocultar seus problemas junto ao espectador mais atento – o que acaba sendo um exercício inútil.

O desastroso roteiro do próprio J. J. com Chris Terrio (que foi responsável por… olha só que coincidência… os problemáticos Batman Vs Superman e Liga da Justiça) parece um recorte de ideias enviadas por e-mail que foram sendo encaixadas com o decorrer do tempo. Até porque a própria montagem é outro item problemático, que não colabora em trabalhar estas frentes e ao mesmo tempo joga uma sequência atrás da outra igualmente descuidada. Chega a ser tão inacreditável, que a direção sequer tenta, em uma hipotética falta de tempo , emular os atos básicos criados por George Lucas em Uma Nova Esperança e repetidos no ótimo O Despertar da Força. Não vou entrar em detalhes do roteiro, pois poderia entregar algum spoiler mais pesado, mas ao introduzir um artefato(s) que indicará a localização de um personagem que era uma das missões de Luke Skywalker antes do exílio, o longa acaba trazendo a sensação de algo genérico ou repetitivo; remetendo aos filmes da Marvel ou DC quando os Vingadores ou A Liga da Justiça vão atrás de uma objeto/cubo (e mesmo que seja coincidência – e não é – parece que Disney confundiu a saga e quando chegou ao meio do caminho lembrou que era Star Wars… isso na melhor das hipóteses!).

Parece que o estúdio pegou um monte daquelas fanfictions, fez uma eleição da melhor e tentou remendá-las do jeito que desse, como por exemplo, uma sequência envolvendo Luke e Leia em treinamento, ainda jovens. O que para os fãs raivosos, que tiveram suas “Infâncias destruídas” com o filme de Rian Johnson, deve ter sido uma prazer enorme. 

Mesmo que o fato de ter usado imagens inéditas de Carrie Fisher do O Despertar da Força para homenagear a falta irreparável da atriz  – e conseguir encaixá-las até de maneira satisfatória (mas é visível que não faz parte daquela narrativa) – possa ser usado como álibi para certo desarranjo do roteiro, nada justifica o mesmo sabotar por diversas vezes a história ao criar arcos dramáticos somente para na cena seguinte desfazer o que tinha apresentado minutos antes – isso é de uma desonestidade ímpar. Chega a causar vergonha alheia que o longa abuse destes recursos mais que novelescos (no pior sentido da palavra), principalmente sobre a origem de Rey, o ressurgimento do Imperador e o retorno de um personagem apenas para criar um artificial e previsível diálogo envolvendo Kylo Ren – isso sem contar uma sequencia envolvendo Chewbacca!

Fora que em certo momento do filme eu tive uma sensação de medo sobre o que poderia vir a seguir depois desta cenas; e vindo de uma filme que fecha – ou deveria – fechar a saga de maneira épica, acaba virando um trauma longevo para quem acompanha os filmes há décadas , sendo algo inimaginável em sentir ao ver um filme de Star Wars. É algo que soa tão problemático – e até mesmo grave – que acaba sabotando o próprio O Despertar da Força que o próprio J. J. dirigiu e principalmente o que foi visto em O Retorno de Jedi  (ao contrário de Rogue One que engrandece ainda mais os feitos dos rebeldes em Uma Nova Esperança, aqui pode ocorrer o contrário quando se rever O Retorno de Jedi).

Portanto, o maior temor com relação à nova obra se tornou realidade: Ascensão Skywalker quebra qualquer ligação temática e narrativa com Os Últimos Jedi e toda a construção política e social que Rian Johnson inseriu, e por mais que faço algumas ressalvas quanto ao tom em alguns momentos (como o humor principalmente) é duro ver que a obra dele foi praticamente descartada. É inegável que Johnson foi capaz de amadurecer a saga (coisas que parte dos fãs não fizeram) e criar uma dualidade em sua crítica e o conceito político tanto presente na saga de maneira própria e por mais que parte do público diga o contrário, como se tal assunto não fosse inerente ao cinema, Star Wars sempre teve a política como um dos seus alicerces – ou acham que Império Contra- Ataca é sobre o que? Ou, na trilogia prequela, com os episódios I, II e III,  quando Palpatine dominou o senado jurando trazer paz à galáxia através da opressão às minorias e impondo o medo através do poderio militar, onde “a democracia morre sob aplausos”…

J. J. Abrams parece descontrolado ao entregar-se aos desejos de parte do público, que se diz fã de SW, abdicando de qualquer preocupação em trazer sequências que possam, pelo menos, remeter ao melhores momentos da saga, mesmo emulando a trilogia antiga. Se uma perseguição em um deserto não empolga (contando com uma cena desnecessária envolvendo uma criatura somente para criar uma rima óbvia no final do filme), as lutas entre Rey e Kylo igualmente deixam a desejar por jamais criarmos algum tipo de preocupação com o que acontece antes (algo fundamental para o funcionamento das cenas de ação e que comparando com a espetacular  sequência final de Os Ultimo Jedi soa um covardia narrativa sem precedentes). De positivo, apenas o visual de um planeta com temática indiana com seus multicoloridos e os contornos nos destroços da antiga Estrela da Morte, assim como o visual do reduto de Palpatine com suas “criaturas”, sempre ocultando sua natureza.

Ademais, J. J. não tem qualquer consideração com alguns personagens importantes e qualquer tentativa de engrandecer algum arco é obviamente prejudicado com frases tipo “seja quem você é …”, “Ninguém me conhece, somente eu me reconheço…” ou “Não é uma armada, são pessoas” (oi?). Aliás, por exemplo, o próprio Poe, que anteriormente trazia uma intempestividade e responsabilidade como um dos principais pilotos da Resistência, aqui é transformado em uma espécie de Han Solo, mas obviamente sem o carisma de Harrison Ford. Inclusive, ao inserir uma pequena e rápida gag de cunho sexual – através da inserção de uma antigo relacionamento amoroso – acaba por confirmar  definitivamente a covardia dos realizadores: tal persona foi alterada para atender parte do público que se sentiu “ameaçada” ao mínimo sinal de que Poe pudesse ter algum tipo de sentimento por Finn; no mesmo sentido, a personagem Rose (Tran), que teve tanto espaço em conjunto com Finn no filme anterior, aqui é reduzida a poucas falas (lembrando que a atriz foi atacada nas redes pela sua ascendência oriental, algo que soa inacreditável e revoltante até). 

Se a presença de Billy Dee Williams como Lando é desperdiçada para apenas servir como uma função nostálgica – somente isso mesmo -, é no General Hux (Gleeson) que outro símbolo da quebra do filme anterior e da saga em si surge, pois mesmo considerando a perda de importância do personagem em Os Últimos Jedis, o arco do personagem soa absurdo pelo seu desfecho patético e por tudo que o personagem representou. Mas, se parte da origem desconhecida de Rey foi mantida, o que faz Abrams? Mexe nas origens paternas da jovem com ligações imperiais que nem em uma dezenas de filmes soariam críveis de tão rocambolescas que são, enfraquecendo qualquer coisa que veio antes, ou seja, o erro é o mesmo! Chega a ser imperdoável que o diretor permita transformarem o principal arco dramático do filme em algo tão desconexo, que achei que o filme fosse incapaz de se superar neste quesito. 

Mas ele consegue!

Ao destruir qualquer tensão que poderia haver entre Kylo e Rey, Abrams aposta no maior clichê dos clichês cinematográficos envolvendo casal de antagonistas, que tudo parece ter sido escrito por Stephenie Meyer (escritora dos livros adolescentes-vampirescos-novelescos de Crepúsculo), cujo clímax é de uma pobreza narrativa sem inspiração com raios apontando para o céu e batalhas espaciais sem um único momento memorável devido a mise-en-scene relaxada , como visto na sequência em que parte da batalha se dá com cavalos correndo em cima das naves que sinceramente nem fiz questão de entender devido a bagunça visual. Fora que ao abordar a questão da Díade isso acaba se juntando a uma explicação absurda para todos os acontecimentos dos oito episódios anteriores, o que parece uma auto sabotagem. Sério mesmo que, depois de décadas , o diretor achou  mesmo em nossa crença que todos os acontecimentos estavam planejados desde o início?

Iniciada em 1977, Star Wars foi uma visão artística e financeira do seu criador George Lucas. Uma marca que alcançou a cultura popular como raramente visto ao trazer conceitos sobre a dualidade de uma Força mística, ao mesmo tempo que sua marca rendia bilhões em produtos (algo absolutamente normal hoje em dia, por fazer parte do negócio, mas inovador na época). E ao ser vendida para a Disney, Star Wars trouxe todos os elementos que refletem nossa sociedade atual (assim como as trilogias anteriores), mas que infelizmente acabou justamente por atender uma minoria que há muito tempo sucumbiu ao lado obscuro da força, se é que me entendem! E não posso esconder minha decepção ao ver entre o letreiro amarelo com o hino de John Williams e o créditos azuis, tanta hipocrisia e covardia.

 

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Rodrigo Rodrigues

Eu gosto de Cinema e todas suas vertentes! Mas não aceito que tentem rescrever a historia ou acharem que cinema começou nos anos 2000. De resto ainda tentando descobrir o que estou fazendo aqui!

29 thoughts on “Crítica: Star Wars – Episódio IX: A Ascensão Skywalker

  1. ainda acho episodio I pior, muito pior… mas esse 9 realmente forçou a barra trazendo o Palpatine do nada e fazendo as coisas mirabolantes pra justificar isso… a Kennedy maldita realmente deu uma bela arranhada em Star Wars com suas decisoes estupidas que forçaram o JJ a ter que refazer o filme mil vezes so pra atender os fãs chiliquentos que reclamaram do episodio 8 (se bem que o 8 fez umas porcarias monstruosas com os personagens mesmo… mas ja que tava feito, paciencia, tinha que ter bancado, dona Kennedy maldita) se nao fosse Mandalorian, SW tava ladeira abaixo… Mandalorian deu um folego novo, e como é bom ver o Luke de Mandalorian chutando a bunda do Luke da Kennedy e do Ruim Johnson uahuhauahuahuahuah e pro critico: a lacração no 8 existiu sim, infelizmente, e foi isso que fez o Luke do 8 ser tão ruim, tudo pra Leia ser a heroina no ultimo filme, pena que ela morreu, que Deus a tenha, minha crush na juventude

    1. Ep 8 é lindo, e tecnicamente tem muitas virtudes, pena que a historia destroi o Luke, os Jedi, a Força e por ai vai… tudo realmente em nome do “Progressismo Cinematografico” que so consegue evoluir desconstruindo. Vamo preservar o canon estabelecido e criar novos rumos a partir daqui? Nao! Vamos aproveitar o UE e sei la introduzir a Mara Jade? Nao! Vamo fazer retcon de personagem e de conceitos pra dar uma chacoalhada nos fãs, gerar ibope com as reclamações, e atender as necessidades corporativas da atualidade. Sim! A protagonista tem que ser a mulher! Legal, mas a Rey é a protagonista, ta bom ne? Nao! Tem que ser a Leia tb! Mas e o Luke? Ah vamos transformar ele num idiota e mata-lo, assim a Leia “sempre” vai ter sido a protagonista! E o Palpatine? Trazemos ele de volta e que se dane o sacrificio do Anakin! Somos muito inteligentes mesmo! 🙁 que odio dessas coisas…

  2. o pior da nova trilogia… um pouco pior que o III, mas melhor que o I e II… e todos esses são melhores que o Esquadrao Suicida e o Aves de Rapina da Arlequina, pqp

    1. Bem vinda Renata
      Não somente o pior da trilogia como de toda a série!
      Obrigado pelo comentário.

  3. podia ser bem melhor, podia fechar a franquia com chavce de ouro mas nao a sra Cateherine Kennedy quis meter o bedelho e forçou o lance da volta do Palpamito e pronto, deu uma arranhada no lance da trilogia classica e tals so nao destruiu tudo pq o equilibrio a força que o Anakin trouxe nunca foi ddito que ia ser pra sempre e tals mas que arranhou é fato

    1. Malu
      Bem vinda

      Concordo com você , sem dúvidas !
      Abraço

  4. o ultio filme Last Jedi deu a falsa impressao que SW era cinema serio, pq o filme (mesmo com decisoes bisonhas de roteiro) era tecnicamente muto refinado, mas SW nao é isso é Guerra dos Clones, Unlimited Poweeeeer, Jar Jar, Padme Noooo, Luke I Am Your Father, ewoks, pew pew tiros de laser, viloes caricatos como Vader, Imperador e Snoke, hrois limpinhos e bonzinhos como Luke e Rey, mentores como Yoda, explosoes, cenas lindas, emocao, aventura… SW é isso, nao é Scorsese, Coppola, Welles… é Marvel, DC, Disney, LucasFilme breguissima, SW é filminho juvenil o proprio Lucas admite, a trilogia nova foi boa sim, o ultimo filme tem problemas mas ta na media da saga (Imprerio Conyta Ataca e Last Jedi sao excecoes)

  5. trago verdades pra todos, inclusive o critico:
    > SW é bacana, mas realmente nao tem la muita profundidade
    > Last Jedi é cheio de falhas, mas a critica curtiu mais que os fãs pq o filme quebrou paradigmas e os fãs nutella ficaram ofendidinhos
    > Ascesao Skywalker é cheio de falhas, mas ta longe de ser a ruindade que galerinha tem falado
    > No geral a saga é boa, a trilogia da Disney é boa, a trilogia classica é otima e a trilogia prequela é fraca

    1. Mello Cheirosa
      Bem vinda
      Obrigado pelas verdades. Ajudou o debate!
      Abraço

  6. Sério? The Last jedi apenas desconstrói os personagens, cria coisas desnecessárias para a trilogia. Rian deveria ter pego Luke, colocado ao lado do trio Poe, Rey e Finn e dado um final digno ao mesmo, ao invés de torna-lo um covarde. Lembre-se, Luke interrompe o seu treinamento quase metendo um ****-se para ir salvar os seus amigos e o que vemos no ep 8?? Um Luke deprimente que num ultimo instante apenas atrasa a primeira ordem… triste. Em outro momento, os rebeldes fogem numa sequencia desnecessária com uma general estupida que não consegue sequer manter a tripulação unida apenas por não querer revelar seu plano?? oi?? sério? um joguinho bobo custando a vida de um monte de gente? terrível. Phasma jogada no lixo… Aquela busca do Finn com a Rose foi outra coisa desnecessária. So servil de apelo anti capitalista. Tudo bem que a franquia tem suas alfinetadas nesses temas, porém desnecessário gastar tanto empo e produção apenas pra deixar isso em foque. Coisa que em A ameaça fantasma é muito mais profundo e atrelado a história principal. Por fim, matar snoke foi algo terrível com consequências desastrosas. O grande problema dessa trilogia foram todos os atos inconsequentes de Rian durante o filme 8. Tem boa fotografia, tem bons efeitos, tem um visual inovador? sim. Mas a história foi um fiasco.

    1. Luke nao foi covarde, foi o reflexo de si mesmo e outros Jedi que, diante de uma situação, optaram por nao lutar, por se resignar e deixar de partir pra luta. Em Imperio ele ainda era impulsivo, mas aprendeu que isso nao leva a nada. Em Retorno de Jedi ele joga o sabre fora e abdica de lutar qd ve que novamente estava se deixando levar pela raiva. Em Ultimos Jedi vimos que ele novamente se deixou levar pela raiva e depois disso novamente ele abdica de lutar. Nao tem nada de absurdo nisso. Depois ele muda de ideia de novo e ajuda os amigos. Qual o problema? A trama da Leia na perseguição das naves foi ruim mesmo, assim como a quest do Finn e da Rose. E dai? Todos SW tem essas coisinhas incongruentes… grande coisa. Phasma era tao coadjuvante qt o Bobba Fett em Retorno de Jedi. Matar Snoke foi uma decisao que nao é boa nem ruim, e inova por jogar o protagonismo pro “aprendiz”, Kylo, mas tecnicamente nao tem nada de mais. A historia nao foi um fiasco, ela so foi diferente do que vc queria. Ep 8 é tao bom ou tao SW qt a maioria dos SW, nao fica muito atras e nem muito a frente.

  7. vamos la: SW nunca foi muito serio nem profundo… Force Awakens é entretenimento puro, ai Rian Johnson quis um SW mais cerebral mas ao inves de evoluir, preferiu desconstruir, uma pena… ai JJ tinha que finalizar, voltou ao SW juvenil e ação pura, pena que tentou falar muito em um filme só mas ta valendo, legal, apesar dos problemas

    1. Blue M
      Bem vindo

      Acho que não seria questão de sério ou profundo, entretanto, isso não significa que , como elementos narrativos, que não possamos criticar falta de profundidade nos personagens ou história. Discordo ao dizer que Last Jedi não evoluiu, pelo contrário. O que você chama de desconstrução é justamente sua evolução em não ficar preso em elementos antigos para sempre e ainda amadurece e atualiza conceitos sociopoliticos que parte dos fãs cismam em negligenciar. Inclusive, ao meu ver, você chega a elogiar um filme (no caso despertar da força) por justamente ir contra ao que você falou (amadurecimento) e critica justamente o filme que faz isso.

      Mas suas observações são válidas e espero que possa sempre engrandecer o debate com suas opiniões.
      Abraço

    2. Despertar da Força mostra Han, Luke e Leia evoluidos, mostra a historia avançada e melhorada, so a estrutura é que emula episodio 4, inclusive Force Awakens mostra que é possível evoluir sem desconstruir… Ultimos Jedi podia ter evoluido sim, sem problema, mas pra isso nao precisava destruir tudo o que tinha sido estabelecido antes, existem outras maneiras de se fazer isso, acho uma muleta muito amarrada essa de dizer que so pode evoluir desconstruindo, pegaram pesado no Ultimos Jedi nesse sentido e o resultado foi a divisao que todos vimos, eu mesmo gosto do filme em si e abomino esses caminhos tomados pelo Rian

    3. Blue M
      Seu posicionamento é bem vindo. Realmente Despertar da Força é uma repetição do episodio 4; isso concordamos.
      Não acho Last Jedi destruiu o que havia sido feito. Até porque começa do jeito que o Despertar da força terminou. Mas se achou o contrário , sua opinião é bem válida como sempre.
      Somente discordo quanto a divisão que Last Jedi fez, porque tal divisão foi mais pelas abordagens politicas e sociais que propriamente do arco da saga em geral. Mas de qualquer maneira voce colocou bem seus argumentos, ao contrário de muitos fã
      Abraço e obrigado pelo seu comentário.

  8. o filme não é um primor, mas tirando 2 ou 3 SW, nenhum é… e estamos falando de 11 filmes! esse tem seus defeitos, mas encerra a saga com um nivel na media geral, nem acima nem abaixo…

    1. Cheetara
      Bem vinda
      Não sei , mesmo sendo 11 filmes acho que devemos ou podemos analisar individualmente também, até porque foram realizados em epocas completamente diferentes. Quanto a terminar media geral eu fico receoso , o filme é muito complicado e prejudica o nível da trilogia nova caso fosse feita uma analise geral com sugeriu.

      Abraço e obrigado pelo comentário.

  9. filme ruim mesmo, mas menos pior que o Last Jedi que destruiu o Luke, a Rebeliao e os Jedi tudo de uma vez e ainda teve a caçada espacial mais enfadonha da historia, mas teve uma fotografia linda na sal a vermelha e por isso galerinha curtiu e elogiou geral o filme

    1. Juliano
      Bem vindo

      Discordo um pouco se me permite, Rise Skywalker é infinitamente inferior ao last Jedi, tanto quanto temática quanto narrativamente falando. Não acho que acabou com luke e nem com a Rebelião (caso fosse assim Despertar da força tem um culpa maior)

      Este discurso acaba caindo na vala de parte dos fãs que dizem “acabaram com meu Star wars”; Last Jedi mostrou amadurecimento e coragem para romper de vez em vez como antigo em vez de ficar batendo na mesma tecla sempre (tanto que despertar da força foi critica por não apresentar algo novo). Quanto a batalha final não porque somente teve fotografia linda de sal vermelho, mas também (repetindo) por ousar em trazer novos elementos visuais a série – e não tem nada demais gostar de um filme por sua fotografia, até porque cinema é fotografia

      Abraço e obrigado pelo comentário.

  10. o filme tem seus problemas, como alias quase toda a saga SW tem… as lutas pifias de sabre de luz do ep 4, a estrela da morte vagando sozinha pelo espaço kkk no ep 5 o Luke treina dois dias com o Yoda e pronto, la vai ele enfrentar o Vader kkk em ep5 6 o Luke corta a mao do Vader e pronto, ele ja nao serve pra mais nada, a trilogia nova 1, 2 e 3 so bagaceira, a trilogia da Disney foi legal, e tem seus problemas parem de reclamar, foi a contento, tirando o lance do Palpatine e a morte forjada de vcs sabem quem nao tem muito problema nesse ep 9 nao da pra assistir e curtir sim

  11. Disney so maculou SW… Force Awakens é um remake do episodio 4… Last Jedi é lacração pura, visual indo mas só desconstruiu tudo que existia ha 30 anos pra empoderar a Leia e a Rey… Rise of Skywalker atendeu a choradeira dos fãs, improvisou muita coisa, teve que moldar o roteiro à Leia pq a atriz morreu (claro, tinha que empoderar mais, nao podia informar no letreiro que a general morreu em um ataque da Firts Order ne…) sem falar em ReyLo uma babaquice total

    1. o mimimi de sempre… os 3 filmes da Disney sao melhores que os 3 prequels, e olha que foram feitos pelo proprio GL

    2. Lele Cry
      Bem vindo
      Não acho que seja mimimi (abomino este termo).
      Dizer que os três da Disney são melhores é complicado. Last Jedi é um dos melhores da saga e melhor que os episódios I e II. Mas a trilogia filmada por GL tem ambição temático maior que a trilogia da Disney ( tirando o Last jedi que dependendo do ponto de vista pode ser considerado melhor que o III)

      Abraço e obrigado pelo comentário

    3. Camillinda
      Bem vinda
      Concordo em parte! Realmente Despertar da Força tem uma estrutura idêntica ao Uma Nova esperança, mas ainda assim conseguiu um respeito icônico ao personagens clássicos, mas qualquer crítica na falta de algo com sensação de novo é válida! Quanto ao Last Jedi discordo mais; alguns pontos eu até mencionei que houve um tom acima da média (humor principalmente), mas quanto a Lacração somente se sente incomodado quem é contra os temas abordados (empoderamento, como citou). De qualquer maneira, concordo que Rise Skywalker foi para atender os choro de parte dos fãs…

      Abraço e obrigado pelo comentário

    4. a lacração que se fala é o exagero… nada contra empoderar a Leia, ate pq tem mesmo que ter personagem feminino forte, nao pode ser so homem, mas a questao que a gente pega mal da lacração é que pra empoderar ela, mataram o Solo e transformaram o Luke num bocó, tudo isso pra fazer com que a Leia seja o grande nome da nova trilogia (so nao deu certo pq a atriz faleceu, infelizmente), isso nao precisava, ja tinha a Rey da nova geração protagonista, podia ter deixado o Luke ser o que sempre foi (o protagonista da trilogia classica), outro exemplo Rodrigo: pra lacrar, fizeram a Almirante Holdo ser importante, mas pra isso inventaram uma idiotice, a Leia e a Holdo nao contarem pro Poe a estrategia delas, qual o sentido disso? Nenhum. Digo, o sentido foi ter a personagem da Holdo no comando (lacração). So isso. Sacrificaram narrativa pra isso. Idem o Luke/Leia. Pegaram a Rose e pra ter representatividade, jogaram ela numa linha paralela sem a menor importancia, so pra ter um negro e uma asiatica sozinhos em varios minutos de filme. Isso é a lacração que a gente contesta. Entende? Nada contra empoderar ninguem. A representatividade ja tava garantida com o trio de novos protagonistas, a Leia ja era forte, a Holdo podia ter se sacrificado e ser heroina, e tudo isso seria legal sem a lacração.

    5. Rodrigo, se sente incomodado com a lacração quem tb acha que isso atrapalhou o filme… claro que os moleque virjao de hj nao querem mulheres protagonistas, negros, etc… azar deles, mas incomoda que vc paute a historia em cima disso, desvirtuando terceiros (outros personagens, como o Luke, transformado num ze mane amargurado so pra que a Leia fosse a protagonista no ep 9) ou seja ai entra a lacração condenavel, onde se quebra algo so pra empoderar alguem, nao precisava disso, o ep 7 fez o empoderamento da Rey e da Leia sem a lacração exagerada, saiu no tom correto

  12. concordo com tudo que vc disse ainda assim eu amei o filme foi o fim da saga maior do cinema e eu gostei do rumo dado as personagemns que acompanhamos durante toda a vida menos o Hux ele merecia mais destaque

    1. May
      Bem vindo
      Não há problema algum em gostar do filme e reconhecer seus erros. Somente devemos ficar atento para que tais erros que prejudicam a obra (como aqui) não passem despercebidos na avaliação do filme. Por isso tento passar um pouco do que sei…
      Abraço

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