Análise: a quase obra-prima Assassinato por Morte (Murder by Death)

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Se hoje em dia as comédias que parodiam filmes e gêneros encavalam um lançamento de Todo Mundo em Pânico (Scary Movie – primeiro em 2000 – EUA) com Inatividade Paranormal (A Haunted House – primeiro em 2013 – EUA) regularmente, tudo isso se deve ao longa Assassinato por Morte (Murder by Death – 1976 – EUA), de Robert Moore.

AssassinatoporMorte1-300x300 Análise: a quase obra-prima Assassinato por Morte (Murder by Death)As paródias escrachadas no cinema explodiram em popularidade após Apertem os Cintos… o Piloto Sumiu! (Airplane! – primeiro em 1980 – EUA). O novo subgênero de comédia passou a ser abordado por diversas obras, que parodiavam um filme – ou vários – ou até mesmo um gênero inteiro.

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Nos anos seguintes ao lançamento de Apertem os Cintos…, entre um filme sensacional e outro do Monty Python (que parodiava não só filmes mas também religião, história e outros aspectos da humanidade), Leslie Nielsen estrelava a “franquia” das paródias dos disaster-movies com aviões, e também a série do policial Frank Drebin – seu papel mais icônico – no sucesso estrondoso de Corra que a Polícia Vem Aí (The Naked Gun: From the Files of Police Squad! – primeiro em 1988 – EUA), enquanto obras como Top Secret! (1984 – EUA) parodiavam os filmes de espionagem e S.O.S. – Tem um Louco Solto no Espaço (Spaceballs – 1987 – EUA) destruía a reputação de Star Wars, no bom sentido, claro.

Após Scary Movie, de 2000, diversos “movie” específicos foram lançados, como a paródia das paródias Não é Mais um Besteirol Americano (Not Another Teen Movie – 2001 – EUA), além de Epic Movie (2007 – EUA), Disaster Movie (2008 – EUA) e Superhero Movie (2008 – EUA), dentre outros. Tudo isso alternado com as franquias Todo Mundo em Pânico e Inatividade Paranormal, já citadas.

O surgimento das paródias

Esse subgênero começou, nesse formato, em 1970, quando MASH foi lançada nos EUA parodiando filmes de guerra. Apesar de razoavelmente bem aceito pela crítica, a resposta do público foi bastante tímida, tendo em vista inclusive que praticamente se iniciava um gênero com aquele filme.

Seis anos depois, em 1976, Assassinato Por Morte abordou novamente a paródia, tirando sarro dos filmes e séries de detetive, e seu sucesso de crítica e público é que viabilizou Apertem os Cintos… e todo o subgênero de comédia de paródias que existe até hoje e teve todos os sucessos acima elencados.

AssassinatoporMorte2-300x300 Análise: a quase obra-prima Assassinato por Morte (Murder by Death)Uma produção sem precedentes

Com altas pretensões, a Columbia incumbiu Robert Moore, oriundo do teatro e da televisão, de dirigir uma espécie de manifesto em tom de paródia contra os livros e filmes whodunit*. Mas a grande estrela da equipe técnica era o roteirista Neil Simon (inclusive creditado junto ao título da obra), também originário do teatro, vencedor de diversos prêmios Emmy, Tony, Writers Guild of America, Globo de Ouro e até Pulitzer, cuja maioria das obras encenadas na Broadway estão entre os maiores sucessos da história da dramaturgia americana.

Simon não decepcionou e entregou um roteiro maravilhoso, que foi engrandecido pela capacidade dos atores, cujos (muitos) improvisos nos diálogos não desviaram a trama e seu contexto do material criado pelo autor.

Aliás, para ter o estofo artístico necessário para tal empreendimento, e ainda por cima contar com a própria caracterização dos atores – muitos dos quais encarnavam detetives em filmes e séries da época – a Columbia reuniu um elenco fantástico, de altíssimo nível, como nunca havia ocorrido antes na história do cinema, composto dos astros David Niven, Peter Falk e Peter Sellers, os grandes atores Nacy Walker, Maggie Smith e James Coco, o escritor e dramaturgo Truman Capote e o magistral Sir Alec Guinness. Completavam o elenco Elsa Lanchester, Eileen Brennan, James Cromwell, Richard Narita e Estelle Winwood.

Por fim cabem comentários sobre a maravilhosa trilha sonora de Dave Grusin, que permeia a obra complementando-a de forma maravilhosa, com arranjos leves e espirituosos – muitas vezes cômicos – sem deixar de ser séria nos momentos propícios. Em várias sequências, o suspense da situação, desanuviado pelo tom de paródia da obra, se manteve puramente pela música de fundo, que também embalou brilhantemente os créditos iniciais e finais, em sequências marcantes para a época.

A trama

No filme, o excêntrico bilionário Lionel Twain convida para um jantar “e um assassinato” em sua mansão os cinco maiores detetives do mundo. Quando os convidados e seus acompanhantes se reúnem, Twain explica que durante o jantar, à meia-noite, um dos presentes será assassinado, e quem resolver o caso vai ganhar um milhão de dólares em dinheiro (uma quantia inacreditável para a época). Pouco depois, grades aprisionam todos dentro da mansão, eventos bizarros se sucedem, os detetives tentam descobrir quem será a vítima e, quando o próprio Twain é morto, eles tentam encontrar o culpado. No final, cada um apresenta sua teoria – que é impiedosamente destruída pelo “anfitrião” – e, como ninguém “desvendou o caso”, todos são liberados da mansão e ninguém leva o cobiçado prêmio. Na última cena o caso é desvendado em um plot twist típico dos whodunit que o filme parodiou.

AssassinatoporMorte4-300x300 Análise: a quase obra-prima Assassinato por Morte (Murder by Death)Os personagens

O objetivo original da obra era reunir os maiores detetives fictícios já inventados, mas por questões de direitos autorais que não se acertaram, os personagens acabaram sendo “apenas” homenagens àqueles que serviram de inspiração. Assim, ao invés de Hercule Poirot, o filme apresentou Milo Perrier, com uma caracterização idêntica ao detetive mais famoso de Agatha Christie. Ao que consta, chegaram a ser rodadas até cenas com Sherlock Holmes e James Watson, mas, pelos problemas citados, elas acabaram descartadas.

Assim, o rol de convidados de Lionel Twain (Truman Capote em seu único papel no cinema, pelo qual foi indicado ao Globo de Ouro, em um personagem cujo nome homenageia Mark Twain) foi formado com os seguintes personagens:

Sidney Wang e seu filho Willie Wang (interpretados por Peter Sellers e Richard Narita): sendo o pai uma paródia de Charlie Chan, criado por Earl Derr Biggers nos anos 20, e encarnado em diversos filmes de Hollywood nas décadas de 1930 e 1940. Hoje desconhecido, o personagem foi uma verdadeira febre na época, o que justificou a homenagem em Assassinato por Morte. Sellers foi um comediante e uma estrela de primeira grandeza do cinema na época, tendo ficado marcado pelo papel icônico de Inspetor Clouseau, da franquia original da Pantera Cor-de-Rosa (onde, coincidentemente, contracenou com David Niven). Em Assassinato por Morte, Wang é um detetive sagaz, de raciocínio rápido, com dificuldades em lidar com a cultura e a língua anglo-saxônica.

Sam Diamond e Tess Skeffington (interpretados por Peter Falk e Eileen Brennan): paródia de ‘Sam’ Spade e Richard ‘Diamond’, ambos de Dashiell Hammett. Sam Spade é o detetive particular noir clássico norte-americano, também oriundo de um livro, transportado para as telonas na adaptação Relíquia Macabra (The Maltese Falcon – 1941 – EUA), sendo iconicamente interpretado na época pelo astro Humphrey Bogart. Sua acompanhante é a típica “mulher fatal” dos filmes noir antigos. Outra homenagem de Sam Diamond refere-se ao Inspetor Columbo, da série de TV homônima cujo protagonista era interpretado pelo próprio Falk, de modo que o “combo” do personagem se tornou o mais célebre do filme, onde Sam tenta ser viril, sedutor, e – claro – é o único presente a portar uma arma e querer resolver as coisas de modo mais violento.

Dick Charleston e Dora Charleston (interpretados por David Niven e Maggie Smith): paródias de Nick Charles e Nora Charles, personagens do livro The Thin Man, também de Dashiell Hammett, que depois protagonizaram seis filmes nos anos 1930 e 1940. Niven era uma estrela na época, tendo sido cotado para interpretar James Bond, personagem que, de certa forma, também é homenageado na caracterização de Dick Charleston (Niven chegou a interpretar Bond em um filme não oficial da franquia, Casino Royale, de 1967). Já a bela Smith, para quem não sabe, é a velhinha de hoje em dia que brilhou nos filmes de Harry Potter e ainda desfila seu talento na série Downton Abbey. Um verdadeiro gentleman, Dick é o investigador refinado, sutil e de classe, culto e inteligente, capaz de usar conhecimentos extra-caso para melhorar sua investigação.

Milo Perrier e Marcel Cassete (interpretados por James Coco e James Cromwell): paródia de Hercule Poirot, personagem mais icônico de Agatha Christie, caracterizado pela Dama do Crime como uma espécie de “Anti-Sherlock Holmes”, por ter uma metodologia de investigação oposta à do detetive britânico de Conan Doyle (chegando, em determinado livro, a citar expressamente a impossibilidade de “tirar da cartola” soluções “a la Holmes”). Coco dá a Perrier o mesmo ar afetado e gourmet de Poirot. Seu motorista, Marcel, é o primeiro papel de James Cromwell no cinema, onde ele se transformaria em um respeitado e conhecido ator, porém sem grandes papéis na carreira. Seu personagem mais famoso deve ser o de Phillip Bauer, pai de Jack Bauer, na série 24 Horas. Perrier é o “típico” Poirot, capaz de desvendar mistérios através de uma boa conversa, na qual pesca detalhes que passam despercebidos a todos, além de usar muito bem os sentidos – principalmente o olfato – para chegar em suas conclusões.

Jessica Marbles e Miss Withers (interpretadas por Elsa Lanchester e Estelle Winwood): paródia de Miss Jane Marple, também de Agatha Christie. Em uma inversão de papéis irônica, no filme é Jessica quem cuida de sua enfermeira Withers, de saúde já bastante debilitada e em uma cadeira de rodas. Miss Winters é uma homenagem à própria Agatha Christie, tendo sido fielmente bem caracterizada fisicamente por Winwood, uma premiada e aclamada atriz de teatro. Única detetive mulher no jantar, intempestiva, espirituosa e destemida, Jessica não fica atrás de seus colegas masculinos e se coloca no mesmo patamar de inteligência e capacidade dedutiva deles.

E como não citar:

Jamesir Bensonmum (interpretado pelo gênio Sir Alec Guinness): O mordomo cego de Lionel Twain, cujo nome significa algo como “James-senhor Benson-madame”, um trocadilho que em inglês soa muito melhor e que resulta até em um diálogo hilário do mordomo com Dick Charleston a respeito do nome e da árvore genealógica dos Bensonmum. Interpretado brilhantemente por um ainda grandíssimo Guinness, o mordomo entrega as melhores gags do filme, principalmente em sua relação com a cozinheira e, impossível esquecer, nas cenas finais, na qual dá um show de atuação, mudando a postura corporal, entonação vocal e trejeitos “conforme o personagem que interpreta”, de acordo com cada exposição de teoria dos detetives acerca do culpado pelo assassinato. E o que dizer de sua hesitação em entregar o prêmio a cada investigador, já esperando que o próximo apareça para conclamar o dinheiro? Sensacional.

Yetta (interpretada por Nancy Walker): A criada surda-muda, analfabeta e atrapalhada, contratada para trabalhar apenas na noite da recepção aos detetives, é um dos melhores personagens do longa e da carreira da atriz, consagrada no teatro e notória coadjuvante em dezenas de filmes e séries nas décadas seguintes, além de guardar uma surpresa interessante na última cena, a da reviravolta. Yetta acaba sendo uma peça-chave no quebra-cabeças, e o final do filme entrega que, ao contrário do desfecho “oficial” do caso, um dos detetives acertou sim ao apontar o culpado pelo assassinato cometido no jantar.

AssassinatoporMorte3-300x300 Análise: a quase obra-prima Assassinato por Morte (Murder by Death)O roteiro

O script de Neil Simon é fenomenal. Brilhante. Tratando-se de uma paródia quase nonsense, consegue manter uma aura “séria” que não deixa tudo descambar para um besteirol. Ficou no ponto exato.

Entretanto, há momentos que, ou estão acima de nosso entendimento, ou possuem algum tipo de exagero, como quando Sam Diamond afirma que se chama J. J. Lumes e é um ator contratado para interpretar Sam Diamond e, mais tarde, diz que na verdade ele “deve” ser, de fato, Sam Diamond. Sim, é confuso mesmo. Ou quando, no início do filme, a cozinheira se porta “normalmente” diante do mordomo, mesmo sabendo que ele não vê o que ela faz, o que não condiz com a realidade dos personagens mostrada na cena final. A rodada de acusações entre os detetives, logo após o assassinato, também soa estranha, visto que, se eles tinham conhecimento daqueles fatos antes do jantar, por que “encenam” uma ignorância a respeito? E o que dizer do manequim apresentado como sendo a cozinheira? O nonsense do filme não chega ao ponto de indicar uma aceitação daquilo, por parte dos personagens.

Ainda assim, o filme nada tem de confuso. A trama é linear e direta, facilitando o entendimento. As situações pelos quais passam os protagonistas são bizarras e excêntricas, mas nada intrincadas ou confusas. Ninguém fica “perdido”.

A bem da verdade, o prato principal do filme não é o caso, nem a investigação, mas sim acompanhar a o desenrolar das cenas e sequências nas quais os atores interagem entre si, uma hora desfilando suas capacidades de raciocínio e dedução para se gabarem perante os colegas, outra para atuarem em conjunto em busca da solução.

Conclusão

Assassinato por Morte é uma deliciosa comédia que parodia os livros e filmes de detetive. Para os padrões atuais seria considerada lenta e parada demais (nenhuma cena de ação, nenhum tiroteio… onde já se viu?!). Para quem aprecia a sétima arte pelo seu conteúdo e não pela quantidade de cenas de ação, é um prato cheio, técnica e artisticamente. Atores e atuações de primeira, diálogos maravilhosos e uma trama interessante do início ao fim, além de engraçada (novamente, para os padrões atuais deve ser considerada “sem graça”, por não ser apelativa ou besteirol). Quase uma obra-prima.


*Whodunit, em inglês coloquial, é o termo que identifica a técnica narrativa – ou o estilo de narrativa – muito usado nas antigas histórias de detetive e assassinato, sobretudo nos livros. A palavra é uma contração da frase “Who has done it?”, ou seja, “Quem fez?, cuja expressão em português mais correlata seria “Quem foi?” ou “Quem é o culpado?”, pois sua principal característica é apresentar ao leitor (ou espectador) um crime inicial e, após, o desenrolar das intrincadas investigações acerca do mesmo, em busca do culpado, normalmente tendo um policial ou detetive como protagonista para resolver o quebra-cabeças quase aparentemente insolúvel. O estilo como o conhecemos surgiu com o mestre Edgar Allan Poe no conto Assassinatos na Rua Morgue (The Murders in the Rue Morgue – 1841 – EUA), e se popularizou mundialmente com outro mestre, Sir Arthur Conan Doyle e seus livros do detetive Sherlock Holmes (de 1887 a 1928). O ápice comercial do estilo se deu com Agatha Christie e sua série de livros estrelados por Hercule Poirot e Miss Marple (1920 a 1975). A crítica que se faz ao whodunit é que, muitas vezes, os autores enchem as obras de pistas falsas que induzem a um falso culpado, para só no final apresentar o verdadeiro criminoso, normalmente em uma reviravolta “quase impossível”. Um dos diálogos de Assassinato por Morte fala explicitamente sobre isso, quando Lionel Twain diz aos detetives que “Vocês torturaram seus leitores com finais surpresa que não faziam sentido. Introduziram personagens no fim, que antes não estavam no livro. Esconderam pistas e informação que nos tornaram impossível advinhar ‘quem foi’. Mas agora as coisas mudaram. Milhões de zangados leitores de livros de mistério terão agora a sua vingança.”.

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Ralph Luiz Solera

Escritor e quadrinhista, pai de uma linda padawan, aprecia tanto Marvel quanto DC, tanto Star Wars quanto Star Trek, tanto o Coyote quanto o Papaléguas. Tem fé na escrita, pois a considera a maior invenção do Homem... depois do hot roll e do Van Halen, claro.

21 thoughts on “Análise: a quase obra-prima Assassinato por Morte (Murder by Death)

  1. Estou lendo anos depois da publicação e gostei muito da sua análise. Mas ainda queria contribuir com uma figura que considero fundamental, que não apareceu no texto. O Mel Brooks.

    Bem antes de MASH, nos anos 1960 o Mel já tinha criado o “Agente 86”, que nada mais era que uma paródia aos filmes de espiões que ganharam força na Guerra Fria. E desde então ele construiu uma cinematografia imensa de paródias de todos os tipos, começando ainda em 1967 com o The Producers, ou Primavera pra Hitler, que faz paródia com a produção de musicais da Brodway.

    Pra ficar na sua melhor época de paródias, entre os anos 1970 e 1980, teve a dos filmes de monstro, com o “Jovem Frankenstein” de 1974, teve o “Silent Movie” de 1976, meta-paródia que, além de ser um filme mudo, é um filme que mostra produtores tentando fazer um filme mudo nos anos 1970. Depois teve a paródia de Hitchcock com o “Alta ansiedade” de 1977, teve o “História do Mundo parte 1” de 1981, que faz paródia dos grandes épicos e ainda o “Spaceballs” de 1987, que era paródia do Star Wars. E mais por fim de carreira, já sem a mesma qualidade, ele ainda fez a paródia do Drácula, em 1995, com o Leslie Nielsen, citado no artigo, fazendo o papel do vampiro.

    Entre altos e baixos, tem momentos geniais na obra do Mel Brooks. Recomendo

    1. Que bacana, Gustavo! Engrandeceu o artigo, trazendo mais informações bacanas! Obrigado!

  2. Um dos meus filmes favoritos! Quando o estresse bate, não tem coisa melhor do que assistir esse filme e esquecer dos problemas. Já perdi a conta de quantas vezes eu já vi. Acho que quase decorei os diálogos…rs!

  3. Parabéns pela analise, assisti esse filme quando criança, hoje tenho em dvd e assisto pelo menos uma vez ao ano. p.s. a atuação de Peter Falk é demais, aquela cara de doido dele é “impagável”. Abs.

  4. Ótima crítica! Assisti o filme pela primeira vez quando criança. Hoje, com 50 anos de idade, ainda revejo de vez em quando. De fato não é o enredo que prende o espectador, é o clima que emana do filme e as belíssimas atuações do elenco.

    1. Disponível no canal MAX UP, dublado ou no original com legendas.

  5. Caro Ralph; nao existe tal coisa como “quase um classico! Assassinato por morte é um CLASSICO por si mesmo. Nao fazendo uso de escatologia barata ou lugares comuns como comedias de hoje em dia e nem se baseando rigidamente em efeitos especias o filme é 100% assistivel ate hoje. A pergunta que fica é: sera que ainda se faz comedia cinematografica hoje em dia?

    1. Tampinha, as vezes uma obra é sensacional, mas falta uma coisinha, um detalhe, para subir ao último patamar, de obra-prima. Assassinato por Morte é um clássico, como vc disse. E é quase uma obra-prima!

  6. Quase uma obra prima mesmo! Não envelheceu muito bem, o que tira uns pontos, e um ou outro errinho de roteiro que não impedem que se classifique como obra prima tb contam contra. Faltou mencionar o fato de que o Sellers tinha sido cotado pra interpretar o personagem que acabou sendo do Niven.

    1. oi Wandertania… gosto de bons filmes (ou não… tb gosto de filmes não tão bons, mas que me agradam mesmo assim rs), independente de quando foram feitos. 🙂

    2. Primeira vez que vejo um crítico dizer que tb gosta de filme ruim kkk

    3. hahaha Madeleine, a questão é justamente essa: vc é livre para gostar do que quiser, até do que não é tecnicamente bom. O ponto é que, tendo consciência disso, ou seja, sabendo reconhecer se um filme é bom ou não, vc não cai na falácia de “Ah, eu gostei, então pra mim é bom!”. O que torna um filme bom são seus aspectos técnicos. O que faz vc gostar de um filme, nem sempre são os aspectos técnicos, então vc pode gostar mesmo do que não é muito bom, ou o contrário: pode não gostar de algo que é muito bom.

    1. Que legal, James. Bom divertimento! Vale a pena re-assistir várias vezes esse clássico!

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