Crítica: It – Capítulo Dois (It: Chapter Two)
Direção: Andy Muschietti
Elenco: James McAvoy, Jessica Chastain, Bill Hader, Isaiah Mustafa, Jay Ryan, James Ransone, Andy Bean, Jaeden Martell, Wyatt Oleff, Jack Dylan Grazer, Finn Wolfhard, Sophia Lillis, Chosen Jacobs, Jeremy Ray Taylor, Teach Grant e Bill Skarsgård
Nota 3/5
Durante dois momentos desta continuação de It – A Coisa (2017), através de duas participações especiais, vem à tona o fato que os livros de Stephen King (no caso os romances do personagem de James McAvoy, fazendo o alter ego do escritor) não agradaram devido ao seu final. E isso acabou sendo a tônica metalinguística deste It – Capítulo Dois do diretor Andy Muschietti, que infelizmente não suporta o peso do primeiro capítulo ao apostar mais no grotesco do que necessariamente no terror em si, ou seja, esta continuação acaba ficando aquém de seu predecessor de 2017 dentro de suas desnecessárias quase três horas. Não sendo coincidência que justamente os melhores momentos do longa são aqueles que apelam para os flashbacks do filme anterior, quando visualizamos os Loosers ainda adolescentes.
Contudo, inicialmente, o roteiro de Gary Dauberman (baseado na obra de King) estabelece até que satisfatoriamente os estados dos personagens principais e como se encontram 27 anos depois do primeiro encontro com o “palhaço” Pennywise (Skarsgård) na pequena cidade de Derry (cidade essa que, mesmo com um surto de desaparecimentos ou surgimento de corpos de crianças, não parece tão preocupada com estas tragédias, onde a rotina da população parece resumida a idas ao parque de diversões). Todavia, tais conflitos dos personagens pouco são aproveitados no decorrer na trama e pouco tem impacto no futuro dos personagens, o que acaba por ser irrelevante mesmo tendo uma carga dramática que poderiam render mais, como a da própria personagem de Jessica Chastain envolvendo violência doméstica.
Ademais, ao percebermos que o filme irá mostrar a redenção individual de Beverly (Chastain), Bill (McAvoy), Richie Tozier (Hader), Mike Hanlon (Mustafa), Ben Hanscom (Ryan), Eddie Kaspbrak (Ransone) antes do confronto final com a criatura, acabamos por antecipar sua estrutura completa, ainda mais inchada com subtramas entre os personagens e seus relacionamentos amorosos (inclusive, soa quase também um desperdício que o jovem preso no filme anterior e que possuía um forte arco dramático devido ao relacionamento conturbado com o pai, aqui, já adulto, sirva apenas para duas cenas sem qualquer serventia para a trama).
Méritos, no entanto, para a montagem, que ainda consegue manter certa fluidez entre as transições das cenas do passado e futuro de maneira eficiente e delicada; inclusive alguns momentos narrativos se tornam especialmente atraentes justamente por isso, como aquele em que uma fachada de um prédio acaba se transformando em um quebra cabeça com uma peça faltando, cuja cena termina de maneira trágica e – obviamente – em uma aparição do palhaço, quando ele se encontra perto de uma vítima infantil – mas ainda assim, levando em contas a duração do filme, este breve bom momento acaba por se diluir dentro da história. Entretanto, elogios novamente, para Bill Skarsgård que encarna novamente o vilão com sua expressão e voz (obviamente que optar pela dublagem irá perder) sempre assustadoras.
Mas o humor acaba se tornando algo mais incômodo do que necessariamente algo que traz leveza para a trama (que já não tinha nada de leve, principalmente na presença de Ben); inclusive vemos uma sequência que resume bem o filme quando, ao se encontrarem em um restaurante, a cena transite pelo drama e boa dinâmica do elenco para terminar de maneira que causa mais repulsa, com mais risos que qualquer outra coisa (sendo que a intenção era dar medo). Ademais, mesmo que inclua pequenas homenagens aos filmes baseados nas obras de Stephen King, como Carrie e O Iluminado, nada é comparável ao contexto de Conta Comigo visto no capítulo anterior, que contextualizava toda a trama. Isso sem mencionar o vício das várias inserções digitais que insistem em sabotar o clima de tensão e suspense, como a cena em que Beverly visita sua antiga residência e é recebida por uma idosa (o que me levou à teoria de que o diretor poderia estar rendendo uma espécie de homenagem a… Sam Raimi, que trabalhava melhor este aspecto de loucura/humor com terror, como visto nos clássicos cults de A Morte do Demônio/Uma Noite Alucinante... enfim, percebe-se claramente o problema do resultado final do filme).
Misturando gêneros como sci-fi em seu final monstruoso mais do que genérico (um problema visto também na primeira filmagem do livro, o também mediano It – Uma Obra Prima do Medo (1990), este Capítulo Dois não sustenta sua promessa e, mesmo superando seus medos interiores na personificação da criatura, ainda assim, acho melhor ficarmos com as lembranças daqueles jovens que enfrentaram seus temores na primeira parte da trama, em 2017. Até porque o maior medo que vimos nesses dois filmes não é exatamente aquele personificado em um palhaço e sim o medo de como deixamos de reagir as certas ameaças.
Rodrigo Rodrigues
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fala serio que filme ruim esse que frustração, fui assistir ele tendo baixado com muito hype e no fim achei uma porcaria total nao recomendo fujam desse filme
afinal é bom ou nao
livro mais ou menos, nunca vou entender o que de tao fo da acham nele… filmess de medios pra porcarias como esse, porcariona total, super fraco
se esse era o film q ia salvar o terror bom entao o terror morreu
a critica ta melhor que o filme k k k que filminho ruim ce ta maluco se era pra dar medo falhou 100% pq deu foi vontade de rir algumas horas
uma baita decepção esse filme, o primeiro ja tinha sido fraco esse foi uma decepção total
eu gostei muito achei excelente