Crítica: Indiana Jones e a Relíquia do Destino (Indiana Jones and the Dial of Destiny)
Direção: James Mangold
Elenco: Harrison Ford, Phoebe Waller-Bridge, Toby Jones, Boyd Holbrook , Mads Mikkelsen , Thomas Kretschmann, Shaunette Renée Wilson, John Rhys-Davies , Antonio Banderas e Karen Allen
* Tentei evitar spoliers, mas como há detalhes inevitáveis da trama segue o aviso!
Quando lançado em 2008, a até então última aventura do famoso arqueólogo (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal), foi recebida de maneira morna pela direção automática de Spielberg (não desgosto do primeiro terço do filme) que não conseguiu segurar atenção do público com sua história, sequências com um CGI dispensável e ainda com um casting que, mesmo trazendo a figura de Karen Allen de volta, não forneciam uma dinâmica a altura, vista por exemplo, em Indiana Jones e A Última Cruzada com Sean Connery ; dinâmica esta prejudicada principalmente pela figura aborrecida e equivocada de Shia LaBeouf. Fora o excesso de reverência ao personagem principal o que tirava certa vulnerabilidade característica.
Não sendo à toa que o diretor James Mangold tenha sido responsável por essa nova aventura, pois, assim como visto em Logan (2017), o diretor parece saber explorar dramaticamente tais personagens em um estágio final de carreira. Todavia, evidente também que Mangold faz de Indiana Jones e a Relíquia do Destino uma reparação pelo último filme e ainda assim trabalhando as referências para os anteriores durante as sequências; entretanto, trazendo um clima novo que um capítulo pede ao colocar Indiana Jones em ambientes incomuns – e bota incomum nisso – devido ao tempo em se passa determinado momento da história.
Claro que tudo isso é uma boa noticia para os fãs, mesmo ficando evidente que algumas das sequências de ação sejam quase uma re-imaginação de sequências vistas nos filmes anteriores. O que reafirmo não ter problema algum sendo bem feitas e trazendo elementos novos . Sejam cavernas com criaturas peçonhentas , “cobras” espantadas com fogo , uma cena que remeta à um “duelo” com um adversário maior ou mencionar uma cidade histórica importante que foi dita em outro filme etc. Cenas essas que não provem um absurdo na descrença do público dentro do possível e conseguimos identificar os elementos de ação (sim, acredito mais na sequência a cavalo que ele caindo em três cascatas seguidas).
Com um roteiro que tenta justificar (somente tenta, mas sem problema algum em falhar, pois devemos lembrar que o personagem já se encontrou com um cavaleiro das cruzadas com quase mil anos de idade) de maneira mais mundana as motivações sobre o artefato em questão (sai o místico religioso e entra a matemática), Indiana Jones e a Relíquia do Destino não procura dar muitas explicações, inclusive acaba até mesmo preso nos clichês de paradoxos temporais. Mas mesmo assim não prejudica o desenvolvimento da trama, pois acertam por estarem sempre trazendo para o centro do enredo as ações internas do protagonista, ao contrário, por exemplo, do Reino da Caveira de Cristal que o a história não tinha muito que fazer a não ser dizer que os alienígenas “não eram extraterrestres, mas sim de outra dimensão”. Enfim…
Ações essas que faz Indiana Jones perdido em seu tempo como uma das centenas de relíquias que um dia caçou. Vivendo solitariamente e ignorado pelo mundo em um pequeno apartamento e as portas de sua aposentadoria, o então atos do mais famoso arqueólogo são apenas lembranças armazenada em caixas empoeiradas. E se antes sua aulas eram concorridas pelos alunos – principalmente alunas -, hoje o tédio despertado é mais um síntese do seu tempo, cujo interesse da sociedade do final dos anos 60 e início dos anos 70 volta-se para corrida espacial e a nova maneira de pensar dos jovens. Mas o surgimento de Helena (Waller-Bridge), filha de seu amigo (interpretado por Toby Jones) na busca de um poderoso artefato que pode mudar os rumos da história, acaba trazendo o velho professor à ativa; obviamente tendo nazistas em seus encalços em sequências de ação eficazes.
Interessante que expectativas são quebradas de maneira positiva logo no primeiro ato do filme quando achamos que a busca do objeto do filme seja algo mais voltado para o visto em Caçadores da Arca Perdida e Indiana Jones e A Ultima Cruzada e não ser algo exatamente, digamos, autêntica. Aliás, é elogiável que a edição flui muito bem impedindo de sentirmos um mínimo de artificialidade nos movimentos e nos cortes das cenas com Harrison Ford mesmo no auge de seus 80 anos! Contudo, nem tudo sai tão bem, uma vez que é visível o CGI destoando em algumas partes ; como a cena do desfile. O que me fez sentir necessidade de uma direção “clássica” do Spielberg para trazer essas cenas para algo mais “realista” na sua execução e planos mais longos nas cenas; mas lembro das formigas digitais do longa de 2008 e prefiro abstrair para não sair do filme totalmente.
Fotografado com cores mais amareladas durante parte do filme por Phedon Papamichal como algo soando envelhecido, o diretor acerta em focar, por vários momentos, Indiana Jones com uma luz ao fundo como cedesse uma homenagem espiritual de um homem que encontrou tesouros inimagináveis, mas encontra-se preso em sua dor. Mesmo que claramente seu trabalho seja prejudicado inicialmente por manter um filtro escuro em demasia durante uma cena de ação específica; talvez por causa da maquiagem digital não ficar tão evidente durante a ação? Aliás, seria até contraditório, pois é curioso que tal elemento tecnológico me parece cada vez mais deixar os diretores tão seguros em seu realismo que não hesitam em usar planos fechados e closes no rosto dos personagens com uma luz direta sobre eles.
Sem dúvida um grande acerto do filme é a presença de Phoebe Waller-Bridge como Helena. Demonstrando carisma e uma excelente dinâmica com Ford, a eterna Fleabag traz um rejuvenescimento e uma inesperada e imponente presença física para as cenas de ação que a trazem praticamente para o centro do filme se não fosse à presença de Ford; e não apenas para criar uma personagem para o protagonista salvar, mas onde ocorre justamente o contrário. Dona de um senso de humor debochado e irônico a altura de Jones, Helena surge como um contraponto a Indiana ao usar suas habilidades para enriquecimento próprio (“Roubei sim, isso se chama capitalismo”). Uma pena, portanto, que a participação de Sallah (Rhys-Davies, ausente no filme anterior por questões financeiras), soe apenas como memória afetiva sem grandes funções para história.
Mas o tempo é findável até mesmo para as figuras atemporais na cultura popular a mais de quatro décadas. E como Indiana Jones não pode ser diferente. Todavia, nada como o cinema – e sua capacidade de manipular o tempo – para tentar corrigir as coisas, não? Assim, Indiana Jones e a Relíquia do Destino surge quase de maneira metafórica o fato da necessidade de lutarmos (no caso Indy) contra o tempo que urge contra nossa existência e erros do passado. A obra entrega tudo àquilo que o publico deseja (pista, mapas e tesouros dentro de ações embaladas pela trilha de John Williams). E assim, como dito anteriormente sobre a vulnerabilidade do protagonista, Indiana Jones e a Relíquia do Destino acerta em demonstrar isso através das perdas de Indy no desabafo desmontando como Harrison Ford compreende toda a trajetória de vida do personagem que interpreta durante décadas. Em poucas palavras, sua resignação é autêntica e ciente que não se pode mudar o passado; nem que tenha chance para isso! E na sua visão, a última alternativa que o consolaria seria ser simbologicamente apagado definitivamente da história.
Todavia, seguir em frente com seu corpo marcado pelo tempo e cercado pelo amor de quem o quer é o único caminho viável. E para um homem que já achou a Arca da Aliança e o Santo Graal esse é o tesouro definitivo que Indiana Jones não deseja perder. Para enfim pendurar seu chapéu…
Últimas considerações (Spoilers)
Na sequência de abertura o uso da maquiagem digital (perfeita por sinal) recriando Harrison Ford mais novo como o filme se passasse na época dos acontecimentos posteriores a Última Cruzada (por volta de 1938), levanta novamente a questão moral do uso da tecnologia; algo que sempre uso como exemplo o spin-off de Star Wars , Rogue One. Nesse caso, obviamente, o ator autorizou em vida e foi usado sob sua interpretação como base (como feito também em O Irlandês do Scorsese com De Niro , Al Pacino e Joe Pesci), mas o que será o futuro caso se torne algo comum? Harrison Ford já disse em entrevistas que o personagem morre junto com ele. A menos que ele tenha colocado em contrato (ou testamento) impedindo a recriação futura, não sou muito otimista e não consigo deixa de imaginar que, daqui a poucos anos, tenhamos franquias continuadas recriando atores já falecidos.
Mas já que o assunto é prolongar ou não a franquia de Indiana Jones, é evidente que um novo filme em que o personagem atue de forma ativa não seja possível (sério que alguém imagina o ator com 90 anos – ou mais, se ainda vivo – pulando pra lá e para cá). Mas como Hollywood vive de franquias, não seria surpresa se Phoebe Waller-Bridge continuasse o legado do arqueólogo em outros filmes; até porque o filme deixa claro que indiretamente isso não é apenas uma percepção.
Rodrigo Rodrigues
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Bom filme. Visivelmente feito com boas intenções mas encaixaram duas lacracoezinhas. O diálogo “eu te roubei e vc me roubou, isso é capitalismo” e o “porque sou linda e autosufiociente”? Quer dizer q capitalismo é roubar? Kkk ridículo… Se dissesse explorar, pagar mal, gerar extremos, etc, blz. Mas “roubar”??? E o lance dela responder o comentário desapontado do Indy com um “ain só tá me criticando pq sou mulher autosufiociente e não preciso ser salva” kkk típico tropo lacrate. Não, moça, ele criticava vc ser ladra e contrabandista.
esses dois dialogos foram paia mesmo rs mas o filme ´e bem legal
hj em dia tudo tem que ter pelo menos uma lacraçãozinha… por isso o Spielberg elogiou o Tom Cruise ne… nao que o cinema nao deva ter pautas sociais, mas a lacração em si é que dói, lembrando que lacrar NAO é abordar questoes sociais pertinentes e de forma pertinente, lacrar é só lacrar mesmo, é militancia vazia, é o equivalente da esquerda para os preconceitos da direita
Lembrando que o Caveira de Cristal, quando Indy pergunta ao amigo Mac, porque ele tinha traído para os comunas soviéticos, Mac disse que “Eu sou capitalista…estou falido… e eles pagam…” Já havia uma crítica ali no meio, mas ninguém notou…
Ricardo, todo mundo notou, mas ali sim é algo pertinente ao capitalismo. Capitalismo é isso, vc paga, eu faço o serviço. Ponto. Não é “roubar”. O roubo não é um instituto do capitalismo, vc pode roubar no comunismo, pode roubar numa aldeia indigena isolada no meio do pacífico e que nao tem sistema de governo… já pagar pra alguém mudar de lado, de ideologia, de ideia, etc, isso sim é um instituto do capitalismo. A crítica ali da Lavinia foi nesse sentido. No Caveira de Cristal tudo relativo a isso foi coerente. Na Roda do Destino não tem nada a ver, ai fica com essa pecha de lacração, de militância gratuita, de idiot*ce mesmo.
o movimento woke (lacrate) gerou uma guerra com a extrema direita e agora tudo é motivo pra reclamacao… a baixa bilheteria veio de um lado da direita que ficou com medinho de ter lacração no filme e do outro da lacrosfera que acha esse um filme “de macho alfa”, parece que a humanidade regrediu 100 anos que coisa ridicula
Quem perde são eles….panfletários do caos…e ganhamos um filme legal.
Independente de tudo…o filme tá feito…e a estória foi fechada…vê quem quer…
Ridley Scott por exemplo, não irá conseguir fechar a estória que iniciou com Prometheus, depois do péssimo Convenant…ainda tinha mais um ou dois filmes…farão outros nada a ver…
filme a altura da franquia!
me diverti muito assistindo o filme, nao vejo motivo nenhum pra reclamação, é muito superior ao Caveira de Cristal
Existe uma boa teoria, que um dos motivos da baixa audiência, foi que as pessoas confiaram que o quarto filme seria legal e não foi, teve ótima bilheteria, mas não agradou …então mais um filme, já seria visto como outra bomba vindo por ai…
lamentável o que a lacrolandia fez com o mundo! fez pessoas deixarem de ver esse filmaço! so por isso a lacrosfera ja merece tudo de mal no mundo
Deveria deixar de assistir tudo de Indiana Jones:
Namorada do heroi de passado dúbio, já chega e senta um soco na cara dele, sem que ele faça nada e aceita isto na maior naturalidade…
Menino asiático, trombadinha de Hong Kong, virei herói da noite pro dia pra ajudar o Indiana Jones…
Dançarina de cabaret e amante de gangster assassino chinês dando uma de mocinha bobinha, pra tirar umas vantagens de um professor universitário bem sucedido.
O próprio herói, que ganhou seu estimado chapéu…de um bandido e se inspirou nele pra ser o que é…um ladrão de relíquias popular…
ex namorada que dá o golpe da barriga no heroi e ele aceita de bom grado…
eta filminhos wokes, este tal de Indiana Jones…
aos poucos as boas criticas vao superando as dos nerdolas que temiam lacração e a bilheteria vai aumentando… curtam em paz
Queria ser bem otimista como você Cheberly, mas não é bem assim…ele mau conseguiu chegar aos U$ 300 milhões no mundo tudo, tem agora três lançamentos grandes que tem que enfrentar MI:7, Oppenheimer e Barbie, então chegar aos U$ 400 milhões pode ser uma corrida muito longa…agora…pra pagar todos os custos de produção (U$ 320 milhões) + Marketing, e lucrar realmente…teria que ser …U$ 800 milhões…acho que não veremos isto.
nao consigo acreditar que Indiana Jones, o ultimo com Ford, nao consiga passar de 500 milhoes, uma das franquias mais famosas do cinema, o maior heroi de ação, como que pode???
Critico da revista Bula:
O conjunto é tão desagradável que o acúmulo desses defeitos apenas serve para irritar. Para se indignar, exige-se algo mais, algo visceral. Requer um desrespeito ao espírito e ao legado da saga. O fato lamentável é que “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” transformou um grande herói em um homem medíocre.
A culpa não foi de Harrison Ford. O ator se esforçou desta vez. Se o personagem que ele apresentou sem muito esforço em “Star Wars: O Despertar da Força” não é Han Solo e o indivíduo artificial que apareceu afirmando ser Ricky Deckard em “Blade Runner 2049” apenas finge ser o Caçador de Androides original, desta vez o legítimo Dr. Henry Walter Jones Júnior apareceu na tela com todo seu carisma, porém sem qualquer pompa e circunstância. O que aconteceu? Como foi possível errarem tanto? Incompetência? Má fé? Sabotagem?
Parece haver um plano orquestrado para desvalorizar nossos heróis. A mesma Disney que transformou Luke Skywalker de um mestre Jedi em um velhinho que bebe leite azul, repetiu o ato com Indiana Jones. O mais inusitado é que dentro do próprio filme apresentaram a opção dele se tornar um personagem da História, tema que sempre o motivou. Seria um destino inverossímil, mas seria um destino digno. Optaram pela pior solução. “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, dirigido pelo próprio Spielberg, também foi ruim, mas não foi desrespeitoso em sua premissa. Salvam-se duas ou três cenas. Aqui, nada se salva, considerando que a trilha de John Williams foi reciclada. Conseguiram humilhar até mesmo seu fiel companheiro Sallah, reduzido de um respeitado escavador no Egito para um proletário nos Estados Unidos. Por que Sallah não voltou para casa após a guerra? Prefere dirigir táxis a escavar sítios arqueológicos? Duvido que saibam explicar. Assim como não saberão explicar o desperdício do personagem potencialmente interessante de Antonio Banderas. Ou mesmo o que gerou a necessidade do tapa-olho que vemos na série “As Aventuras de Indiana Jones”.
o cara nao curtiu, parece um nerdola, reclama do que ele esperava e nao aconteceu
Caro Rodrigo
Mais uma boa crítica para o currículo, sem tietagem, nem intenção de agradar a audiência. Aliás, esse é um problema real daquilo que se produz na internet, especialmente hoje em dia. Obviamente grandes estúdios começaram a modificar seus filmes para atender a uma minoria, que mesmo pequena é faz muito barulho, ou seja, o time da lacração. Só que, me parece que a reação é tão errada e exagerada quanto.
Assisti ao filme e sinceramente não vi problema algum, que em um filme do Indiana Jones houvesse uma personagem feminina, com bastante tempo de tela, e executando algumas proezas. O absurdo seria o contrário, porque em toda a franquia sempre houve uma personagem feminina fazendo contraponto ao herói.
Até parece que as pessoas esqueceram Karen Allen, bebendo mais que os homens no primeiro filme. Tudo bem que Kate Capshaw fez mais o papel de donzela em perigo, em Templo da Perdição, mas Alison Doody foi uma presença forte, e com uma agenda própria, em Última Cruzada e Cate Blanchett é uma personagem forte ao ponto de ser a antagonista de A Caveira de Cristal. Por isso não dá para entender a implicância dos lacradores com a personagem de Phoebe Waller-Bridge.
Quanto a questão de passar o bastão, sinceramente não tenho a menor preocupação, porque nem o Shia Lebouffe, nem a própria Phoebe Waller-Bridge terminam com o icônico chapéu, em seus respectivos filmes.
Assim sendo, é uma infelicidade que Relíquia do Destino, um bom filme e ótimo desfecho para a série, seja mais uma vítima tanto de uma minoria woke que transformou a representatividade em uma religião, e a exige mesmo quando não é aplicável (Cleópatra da Netflix, Idris Elba como deidade nórdica, “Joanna Constantine”, entre outros exemplos), e ao mesmo tempo de outra minoria que enxerga lacração em absolutamente tudo que é produzido atualmente, mesmo quando não é esse o caso. Infelizmente ambos os lados, mesmo sendo minorias fazem muito barulho e acabam influenciando negativamente, boa parte das pessoas.
Por fim, ache o filme muito bom, fiquei muito satisfeito com o resultado, muito mais do que com A Caveira de Cristal, e tenho certeza que os fãs da série, não vão se arrepender de conferir no cinema, como um dos maiores heróis do cinema e da cultura pop merecem.
Um abraço.
Iuri Buscácio
Grande Iuri, parabéns pelos comentário, é isto mesmo que vc falou. Infelizmente hoje no mundo polarizado que vivemos , não existe até espaço para ficar em cima do muro, todos tem que tomar partido, e da forma mais radical possível. Antes, eram todos amigos, tomando cerveja na mesma mesa, no mesmo bar, um tirando sarro do outro…hoje são dois guetos separados, pois se encontrarem…bom, nem quero estar perto.
E como diz o Sallah : “Vai pra cima deles, Indiana Jones…”
Caro Ricardo
Tentei te responder diretamente, mas não consegui, então vai por aqui mesmo.
Você tem toda a razão. Certo mesmo estava o Umberto Eco que disse que “a Internet promoveu o bobo da aldeia a portador da verdade”. Assim sendo, a Internet e principalmente as redes sociais, democratizaram muita coisa, mas isso teve o lado ruim de retirar o filtros, que separavam o joio do trigo.
Antigamente, para o sujeito escrever sobre cinema, era preciso conhecer do assunto, porque isso era publicado em jornais e revistas sérias, com todo o rigor jornalístico. Aí veio a Internet e em pouquíssimo tempo, qualquer um passou a escrever sobre os mais variados assuntos, mesmo sem entender patavinas. Esse democratismo dá a falsa impressão de que todas as opiniões tem o mesmo peso, só porque todo mundo tem direito a dar a sua opinião. As duas coisas não são a mesma coisa em hipótese alguma.
Só para ficar em um exemplo, eu tenho tanto direito de opinar sobre cinema quanto a Isabela Boscov, mas nem em sonho, a minha opinião terá o mesmo peso da opinião dela, pelo simples fato dela entender muito mais de cinema do que eu. Só que aí, o que é que eu faço, já que não dá para competir de forma limpa. Eu vou lá no meu canal e acuso a Isabela Boscov de ser racista e reacionária, só porque ela não gostou da Pequena Sereia.
Aí aparece um sujeito de outro canal me descendo o sarrafo, não porque eu tive que apelar, porque não tinha condições de debater cinema com a Isabela Boscov, mas sim porque eu defendi a agenda woke, e sou do time da lacração.
Como, infelizmente esse tipo de discussão rasteira é o que mais dá ibope na internet, fica o time lacração de um lado e o time anti-lacração do outro, trocando farpas e insultos, e o mais importante que é a crítica da Isabela Boscov, bem feita e muito bem embasada sobre o filme a Pequena Sereia acaba ficando em segundo plano.
Isso para não falar nos “gênios do cinema”, que tem a explicar corretíssima porque um filme não deu certo ou flopou, ou que querem ensinar coo se deve fazer um filme, só aos caras da Disney, que realmente começaram ontem, e não sabem nada de cinema.
Por fim, claro que cada um tem o direito à sua opinião. Se você gostou do Relíquia do Destino tudo bem. Se você não gostou, tudo bem também, é a sua opinião. Mas é bem diferente dizer, eu não gostei de dizer o filme não é bom, porque aí é preciso ter um mínimo de conhecimento, e saber defender o ponto de vista. Caso contrário a pessoa fica apena naquele “não gostei porque não gostei e pronto”, que não diz nada com nada.
A julgar pelos comentários rasos e de baixíssimo nível que eu vi por aí, boa parte das pessoas disse que não gostou do filme, sem nem mesmo ter ido assistir o filme, só porque leu ou melhor viu algum vídeo dizendo que o filme era do time da lacração.
Realmente, vivemos em tempos muito sombrios…
Um abraço.
Iuri Buscácio
ver o Indiana no cinema foi incrivel! sonho realizado!
o Nerdovski la que ultimamente tem odiado de tudo, foi ver o filme duas vezes de tanto que gostou
tb vi duas vezes, é muito bom!
realmente, por nazistas como antagonistas no mundo de hj nao surte mais efeito nenhum… parem o mundo que eu quero descer
um final digno pro Jones!
Filme bom, que agrada fãs e não fãs. Mas especialmente fãs. Não é o melhor nem o pior da franquia. Pode assistir sem medo.
ate qd NAO tem lacração, a lacrosfera causa problema… no caso aqui, o medo de lacração derrubou a bilheteria desse filmaço, que mundo é esse em que vivemos hj em dia… de um lado os ignobeis que precisam lacrar, do outro os nerdolas que tem medo da lacracao e sequer vao conferir o filme… ridiculo
Concordo com tudo que tem na critica, mas discordo da conclusao: eu achei o filme sensacional e emocionante!!! Melhor que Templo da Perdição! Mesmo nivel do Ultima Cruzada!
Nao sei se tanto, mas é bom sim
bom texto, na medida e sem estrelismo, assim que é bom
gente, assistam! é um bom filme! não tem lacração, era tudo boato espalhado pelos haters, nerdolas e outros… assistam!
Esta propaganda negativa propagada por extremistas ao longo de dois anos, está fazendo muita gente não ir aos cinemas , a Helena é uma personagem muito bem construída, ela não é o monstro que pintam, ela tem personalidade dúbia que o próprio Indy ajuda a mudar ao longo do filme, e ela ajuda ele de forma normal. Não será ela que irá substituir o Indiana Jones…vão ver o filme e saibam a verdade !!! Parem de acreditar em fake news…o motivo é claro, tem nazista e neo-nazista, então esta gente é que está espalhando boatos falsos por se sentem ameaçados pelo filme. Assistam…
É, meus amigos, maio e junho de 2023 foram os meses das decepções e fracassos. Velozes e Furiosos 10, A Pequena Sereia, Elementos, Transformers: O Despertar das Feras, The Flash, Indiana Jones e a Relíquia do Destino e Ruby Marinho todos são filmes que sairão dos cinemas sem conseguir cobrir todos seus custos, dependendo de outros meios para se pagar. Tudo bem que da Sereia já esperávamos, pois a lacrosfera sozinha não dá muita bilheteria, mas de resto eram filmes da qual se esperava mais publico!
Maio e junho de 2023 foram os meses das decepções e fracassos. Velozes e Furiosos 10, A Pequena Sereia, Elementos, Transformers: O Despertar das Feras, The Flash, Indiana Jones e a Relíquia do Destino e Ruby Marinho todos são filmes que sairão dos cinemas sem conseguir cobrir todos seus custos, dependendo de outros meios para se pagar.
e o fracasso das bilheterias heim? que coisa… flop total! prejuizo! nao queria isso pro ultimo filme dele… pode ser o “quem lacra nao lucra” que as vezes funciona, pode ser outra coisa…
Digamos que houve uma campanha desenfreada de fake news nos últimos dois anos contra o filme, contra a Disney etc. O diretor James Mangold teve que ir nas redes sociais várias vezes para desmentir boatos. A insistência foi muita. Infelizmente..parece que colocar nazistas como vilão já não funciona mais, onde o mundo está voltando a adora-los novamente … se flopar, flopou…pelo menos Indy foi mais uma vez digno para combater o mau e a intolerância nas mentes das pessoas…E como diz o Sallah…”Acabe com eles…Indiana Jones !”
Verei o filme hoje e estou mais ansioso que qd fui ver Episodio 7 de Star Wars!!! Pq sei que será o último de fato! Espero que seja bom…
bom texto, da uma ideia legal sem fanatismo de nenhum tipo
criticas mistas em geral, ou seja, o filme é mais um caça niquel mediano?
Assista e tire suas próprias conclusões…