Antes de Stanley Kubrick filmar sua obra-prima 2001: Uma Odisséia no Espaço, em 1968, a ficção científica já tinha um grande clássico imortal no gênero – que inclusive influenciou e inspirou Kubrick e outros grandes diretores.

Planeta Proibido (Forbidden Planet – EUA – 1956), aliás, inspirou não só 2001, mas basicamente tudo o que surgiu de ficção científica nas décadas seguintes, e não só no cinema, mas também nas séries, como a revolucionária Star Trek, por exemplo, que segundo seu criador Gene Roddenberry, lhe serviu para incorporar conceitos filosóficos na série, bem como o teletransporte, cujo visual foi mostrado de forma idêntica – e primeiro – no filme.

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Além de inspirar, podemos dizer também que Planeta Proibido viabilizou tudo o que surgiu depois nesse gênero, que não fosse filme “B”, pois teve uma superprodução para a época, um investimento nunca antes feito em uma obra de ficção científica, e o sucesso comercial do filme acabou com o temor de Hollywood em investir em sci-fi. Sem o sucesso de crítica e público de Planeta Proibido, dificilmente teríamos grandes projetos aprovados pelos executivos nos anos seguintes, que levaram a Star Trek, Perdidos no Espaço, 2001, Star Wars e outros marcos do gênero.


PlanetaProibidoCartaz Análise: o clássico Planeta ProibidoA história:

Inspirado no conto Planeta Fatal, de Irving Block e Allen Adler, que por sua vez foi inspirado na peça A Tempestade, de ninguém menos que William Shakespeare, o filme conta a história da nave United Planets Cruiser C-57D que no ano 2208 chega ao planeta Altair IV para tentar descobrir o que houve com a nave Belerofonte, enviada ao mesmo local vinte anos antes, e do qual jamais se teve notícias.

Chegando ao planeta, a tripulação do Comandante J. J. Adams (um ainda jovem Leslie Nielsen) encontra o único sobrevivente da Belerofonte, o Dr. Edward Morbius (Walter Pidgeon), que informa que na época da chegada de sua nave, vinte anos atrás, uma “força maléfica invisível” assassinou todos seus colegas, restando apenas ele e sua esposa (que morrera de causas naturais anos mais tarde), e, posteriormente, sua filha Altaira (Anne Francis).

Estranhando as explicações de Morbius para os fatos que acometeram a Belerofonte, bem como seus avisos insistentes para que a C-57D não pousasse e, depois, partisse o quanto antes de Altair IV, Adams resolve investigar melhor os fatos, de modo que o Dr. Morbius começa a lhe mostrar o resultado de suas pesquisas no planeta nas últimas duas décadas, acerca da poderosa raça que lá vivia há muito tempo atrás, os Krell.

Enquanto Adams começa a conhecer o passado do planeta em que estão, a mesma força mortal começa a atacar sua tripulação, e ele passa a ter que correr contra o tempo para desvendar o mistério da tragédia da Belerofonte, e como ele estava afetando o presente, ameaçando as vidas de todos em Altair IV.

Com a ajuda do Tenente Dr. Ostrow (Warren Stevens), Adams consegue descobrir qual a fonte da ameaça monstruosa que existe no planeta e que foi a causa também da extinção dos Krell (e ela foge de todos os clichês usualmente utilizados em ficção científica, até os dias atuais), podendo então, pensar em uma maneira de parar os ataques e salvar sua tripulação.


TempestadeShakespeare-300x300 Análise: o clássico Planeta ProibidoDramaturgia:

Última peça de William Shakespeare, maior dramaturgo inglês de todos os tempos, A Tempestade foi escrita entre 1610 e 1611 e publicada em 1623. Ancorada no romance clássico, na tragicomédia e na mascarada das cortes, com enfoque no poder e suas conseqüências, A Tempestade narra as manipulações de Próspero, mago e ex-Duque de Milão, para recuperar sua posição (usurpada por seu irmão Antônio), e propiciar a ascensão social de sua filha Miranda. Os planos de Próspero dão certo, Antônio é revelado à corte como alguém vil e maléfico, de modo que seu título é retirado, e Miranda casa-se com Ferdinando, o filho do Rei Alonso.

Na peça, Próspero e Miranda, em conseqüência das conspirações de Antônio, são exilados em uma ilha, tendo como companhia apenas o “selvagem” Caliban, que lhe serve quase como escravo, e o “espírito” Ariel, que também lhe atende os desígnios. Para levar seus planos a cabo, Próspero invoca “a Tempestade” (entidade), causando um naufrágio que leva Antônio, Alonso e Ferndinando (e boa parte de sua corte) à ilha, onde ele pode então desfazer as maquinações que seu irmão tinha elaborado e que resultaram na perda do seu ducado.

Além da similaridade de Próspero e Miranda isolados em uma ilha “paradisíaca” com Morbius e sua filha Altaira sozinhos em um planeta que é um “paraíso tecnológico”, a peça ainda guarda outros paralelos com o filme, pois trata-se de uma narrativa de vingança, de “resgate” (em todos os sentidos que essa palavra pode ter), amor e conspiração, e principalmente, que trata de como o homem pode ter aspirações íntimas maléficas, instintivas, primais… “animalescas”, que ele não consegue controlar.

Segundo os estudiosos de Shakespeare e de dramaturgia de um modo geral, a tempestade do título é uma metáfora para as forças que operam grandes transformações nas vidas das pessoas. Outros aspectos da história também têm altas doses metafóricas com elementos como força interior, personalidade, desejos íntimos, ego, caráter, etc.

Com base nas obras “A Ilha do Poder”, de Miguel Chaia, e “A Varinha de Próspero”, de Jan Kott, podemos ver como os personagens de A Tempestade foram emulados no filme Planeta Proibido. Porém, mesmo apenas na base da comparação é possível identificar os arquétipos usados em ambos os casos – a peça e o filme – e identificar os personagens e seus arcos narrativos:

Próspero (Morbius): Governante da ilha (planeta), onde mora sozinho com sua filha e faz valer sua vontade e suas ordens. Por meio de sua sabedoria, aprende tudo sobre os moradores da ilha (os Krell); os “vence” (aprende e usa sua tecnologia); “domestica” Caliban (constrói Robby) para este servi-lo; tem seus “desejos” atendidos por Ariel (faz valer a vontade de seu inconsciente) por meio da tempestade (ataque aos que considera “ameaça”) e interfere no relacionamento de sua filha com Ferdinando (Adams).

Miranda (Altaira): Filha de Próspero (Morbius), foi pequena para a ilha (nasceu no planeta), onde foi educada e cresceu tendo apenas o pai e Caliban (Robby) como companhia. Até a tempestade (chegada da nave de Adams), não conhecia outros homens, de modo que não sabia lidar com eles e com os sentimentos que lhe causam. É “inocente”, mas forte e de personalidade própria.

Caliban (Robby): “Selvagem” – ou “nativo” – domesticado por Próspero (robô construído por Morbius) com o objetivo de servi-lo, é dotado de grande força e capacidade de trabalho. O escravo (robô-ajudante) é fruto de um relacionamento entre uma bruxa e o diabo (resultado do estudo e da pesquisa de Morbius sobre a tecnologia poderosa – e com potencial destrutivo e/ou maligno – dos Krell).

Ariel (força destruidora): “Espírito” ou “anjo” que podia se metamorfosear em ar, fogo e água (força primal etérea que incorpora os desejos do subconsciente), realizava as ordens de Próspero (cumpria no plano físico os desejos inconscientes de Morbius). É o “carrasco” executor das ordens de seu mestre, e vigia e guarda da ilha (protetor do status quo em que Morbius se sentia confortável).

Ilha (planeta): Refúgio de Próspero e Miranda (Morbius e Altaira), onde eles acabam chegando após serem jogados ao mar (planeta onde Morbius e a filha vivem após sobreviverem à tragédia da Belerofonte). No local, Próspero “doma os selvagens”, combate e vence a “bruxa” e passa a “reinar” com base na sua sabedoria e conhecimento, usando Caliban para construir tudo o que precisa (Morbius estuda os Krell, domina a tecnologia deles e constrói Robby, que lhe fornece tudo o que precisa, de alimentos a construções).


PlanetaProibidoMonstro-300x300 Análise: o clássico Planeta ProibidoPsicologia e filosofia:

Como se não bastassem os elementos de dramaturgia colocados em Planeta Proibido, o que por si só já diferenciou (na época e até hoje) esse filme de todas as demais obras de ficção científica já feitas, o roteirista Cyril Hume ainda deixou tudo mais denso ainda, acrescentando psicologia e filosofia em doses jamais vistas no cinema mainstream até então (e até hoje é difícil algo chegar no mesmo nível).

Aliás isso mostra como a produção foi ousada para a época. Colocar tanto dinheiro em uma ficção científica séria, inspirada em dramaturgia e com doses cavalares de elementos psicológicos – incluindo o clímax do filme – em plenos anos 50, na qual o gênero era visto como “inferior”, e tendo como público alvo pessoas acostumadas a verem ETs verdes de borracha que no máximo eram metáfora comunista, ou insetos atômicos gigantes, foi, de fato, surpreendente.

Um fator que, claro, ajudou a aceitação da obra é que na época era mais comum vermos filmes onde utilizavam-se rimas conceituais e debates existenciais, com longas explanações e pouca ação, de modo que nesse sentido as plateias tinham menos resistência ao formato e conteúdo de Planeta Proibido.

Nos dias atuais, inclusive, poucos aguentariam assistir o filme, por causa não só da ênfase na profundidade conceitual, mas pelo ritmo que a edição característica dos ano 50 deixou. Vide os filmes novos de Star Trek, que privilegiam a ação em detrimento daquilo que sempre caracterizou a série: os debates filosóficos que as missões da Enterprise sempre cumpria.

Voltando ao Planeta Proibido, vemos que Hume incluiu em seu enredo muitos aspectos acerca da mente humana, funcionamento do cérebro, teorias e conceitos freudianos, a natureza destrutiva da psiquê humana (pelo menos no contexto subconsciente), vontades que conscientemente rejeitamos mas inconscientemente desejamos desesperadamente, conflitos entre personalidades (incluindo relações entre familiares), a velha dualidade razão/emoção, e etc. (e bota etc. nisso…).

O nome da nave da missão original, por exemplo, já inaugura as premissas metafóricas do filme. Belerofonte, segundo a mitologia grega, foi um herói que passou por provações duríssimas (incluindo matar a Quimera) quando partia em missões “suicida” a mando de Ióbates (Rei da Lícia), que queria matá-lo, de modo que lhe incumbia de tarefas que, teoricamente, Belerofonte não conseguiria cumprir e morreria tentando.

Por seus feitos, Belerofonte era considerado um herói e um guerreiro imbatível, portador de bravura nunca antes vista, de modo que alguns até achavam que tinha origem divina. Assim, algo que eventualmente o derrotasse seria considerado, provavelmente, ainda mais incrível, talvez até invencível. Algo capaz de derrotar o Belerofonte seria, portanto, uma ameaça impossível de ser vencida por quem a desafiasse.

O que Hume nos diz com isso? Ele nos diz que o que quer que tenha destruído a nave Belerofonte em Altair IV vinte anos antes da chegada do Comandante Adams é uma adversidade intransponível, um oponente imbatível, que não pode ser vencido. Uma ameaça terrível, mortal e impossível de ser superada, portanto. E essa ameaça se colocava como algoz da tripulação da nave C57D no planeta.

Depois, ficamos sabendo que a tal força destruidora que dizimou os tripulantes da Belerofonte e agora partia à caça dos tripulantes (melhor dizendo, de Adams e, depois, Altaira) era na verdade uma manifestação física (ainda que invisível) dos desejos do subconsciente de Morbius.

Ou seja, sempre que se via ameaçado de alguma forma, Morbius – inconscientemente – enviava seu arauto da punição para apaziguar sua ira ou acabar com sua insegurança. Havia sido assim com a Belerofonte, e estava acontecendo novamente agora, quando ele, sem perceber, desejava punir sua filha Altaira por ela lhe desobedecer e não só se envolver com Adams como ainda por cima manifestar o desejo de voltar com ele, abandonando o pai em Altair IV.

Como a força destruidora em Morbius é resultado do uso de uma máquina Krell que amplia a capacidade mental de quem a utiliza, descobrimos que a tecnologicamente avançadíssima civilização original do planeta foi dizimada pelo mesmo mal, de modo que – ora veja só como são as coisas – suas mentes foram a causa de sua ruína, quando os subconscientes de todos os habitantes do planeta começaram a assassiná-los, até que a raça inteira fosse aniquilada.

Segundo Freud, nossa mente poderia ser dividida em três “partes”, o Id, o Ego e o Superego. O Ego seria a parte responsável pela consciência, e as outras duas pela inconsciência – ou seja, as duas compunham o subconsciente humano. Ainda segundo o pai da psicanálise, o Id seria o responsável pelos processos mais primitivos (e ancestrais) do nosso pensamento, como o desejo sexual, o sentido de autopreservação e o medo da morte. Por conta disso, acaba sendo também responsável pelos desejos primais mais perversos, egoístas e mesquinhos que temos (justamente os que nos fazem, inconscientemente, querer apaziguar os medos e satisfazer as vontades).

Como podemos ver, os conceitos freudianos explicam a extinção dos Krell. Quando o tenente Dr. Ostrow usa a máquina de ampliação mental, ele entende o que ocorre em Altair IV e conta ao Comandante Adams o que dizimou os habitantes do planeta e a Belerofonte: “Monstros do Id”. Sem saber do que se tratava a última frase de Ostrow (que morre em seguida por conta de “ferimentos” causados pela máquina), Adams questiona Morbius, que lhe informa que “Id é uma antiga denominação usada para se referir a uma parte do subconsciente”.

Adams então liga os pontos e entende o terror da situação e a origem da ameaça às suas vidas. Quando conta a Morbius que ele, na verdade, é o responsável pelo “monstro” que quer matar sua filha, o único sobrevivente da Belerofonte a princípio resiste em aceitar o fato, mas depois sacrifica-se para salvar Altaira.


PlanetaProibidoRobby-300x300 Análise: o clássico Planeta ProibidoAs virtudes e a influências de Planeta Proibido:

Como já dito, o filme foi um marco no gênero ficção científica. Foi a maior produção de cinema sci-fi em valores, projeto e ambição da História, até então.

– Formato diferenciado:

Além de ser a primeira obra a utilizar trilha sonora totalmente feita por sintetizadores eletrônicos (o que causou revolta do sindicato dos músicos na época), o filme ainda é o responsável por introduzir os elementos de suspense e terror sério no sci-fi, já que até então tudo relacionado a isso havia resultado nos terrir e ficções científicas assumidamente “B”.

Depois de apresentado o enredo, o sci-fi puro dá lugar a uma trama de horror, com a exposição do antagonista, uma “criatura” alienígena animalescamente mortal, que primeiro surge totalmente invisível, deixando apenas pegadas em seu caminho para despedaçar um tripulante e danificar a nave de Adams. Mais tarde, já com a equipe esperando novo ataque e estando com armamento pesado a postos, o confronto é explícito e brutal.

No terceiro ato, no entanto, a “ação” dá lugar à psicologia e a filosofia e os conceitos que levarão ao clímax começam a ser debatidos pelos protagonistas.

– Influência:

A influência de Planeta Proibido no cinema em geral (principalmente na ficção científica), na televisão, na literatura e até no formato mercadológico do “negócio” cinema – não nos esqueçamos de como Robby “inaugurou” o licenciamento de produtos ligados à sétima arte – é consenso entre os historiadores.

Robby, projetado por Robert Kinoshita, foi uma revolução para a época (o custo de 125 mil dólares tornou-o o mais caro adereço da História do cinema até então), e virou um fenômeno pop, tendo aparecido em filmes (O Homem Invisível, Gremlins, etc.) e séries (Perdidos no Espaço – na qual o robô B9 se inspirou, Quinta Dimensão, Columbo e outras), e foi vendido como brinquedo e teve a imagem ligada a produtos diversos em uma época em que isso nunca havia ocorrido.

Gene Roddenberry, muitos lembram, tirou dali vários conceitos e até copiou a máquina mostrada na nave, transformando ela em um transporte de tripulantes para locais remotos (aka “teletransporte”) que viraria cult em Star Trek. Ridley Scott inspirou-se na idéia de missões de resgate em planetas inóspitos e até no fato de dar às espaçonaves nomes que tivessem simbologia conceitual. Perdidos no Espaço também usou conceitos, design e, claro, o visual do robô, para virar um fenômeno de audiência na época.

Por fim, o sucesso comercial de Planeta Proibido criou um novo nicho cinematográfico, o da ficção científica de alto orçamento (em contrapartida aos filmes “B” do gênero, que não eram levados a sério nem pelos estúdios e nem pelo público e crítica). O faturamento do filme abriu caminho para todo o sci-fi “moderno” que surgiu depois, como já citamos.


PlanetaProibidoKrell-300x300 Análise: o clássico Planeta ProibidoConclusão:

Para as plateias atuais, Planeta Proibido – com sua produção dos anos 50 – soa datado no visual e no formato. Os efeitos especiais, no entanto, apesar de primitivos, não são ruins, assim como a fotografia, os cenários e o figurino, o que mostra que mesmo tendo quase setenta anos, o filme continua digno nesse sentido.

Para quem se permite apreciar uma obra pela sua narrativa, portanto, sem se deixar influenciar de forma negativa pelo visual antiquado, encontra em Planeta Proibido uma das melhores obras de ficção científica de todos os tempos, com um roteiro sensacional, que foge do lugar comum e entrega de forma sublime tudo aquilo que – originalmente – fez do sci-fi o gênero mais “filosófico” da sétima arte.

Não é uma obra-prima, mas está muito acima da média.

Outros detalhes e curiosidades sobre o filme podem ser encontrados aqui.

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Ralph Luiz Solera

Escritor e quadrinhista, pai de uma linda padawan, aprecia tanto Marvel quanto DC, tanto Star Wars quanto Star Trek, tanto o Coyote quanto o Papaléguas. Tem fé na escrita, pois a considera a maior invenção do Homem... depois do hot roll e do Van Halen, claro.

9 thoughts on “Análise: o clássico Planeta Proibido

  1. fantástico esse artigo! parabens! me serviu de referência aqui sobre o filme, até favoritei ele!

  2. adorei o post… assisti com meu pai esse filme e ele praticamente me introduziu na ficcao cientifica… fiquei ate emocionado, nunca tinha me dado conta de nada do que vc colocou no post, so tinha achado o filme legal.. vou reassistir… obrigado!

    1. mas a descricao dele diz “fã tanto de Star Wars quanto de Star Trek” kkk seu burro ele não criticou os filmes

    2. Puxa Matuidi (Visca el Barça!) escrevi tanta coisa sobre esse clássico sci-fi e a única que vc reparou foi que eu citei Star Trek? E ainda reparou errado? 🙁

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