Disney prepara séries baseadas em Rocketeer, 20.000 Léguas Submarinas, O Voo do Navegador e A Lenda do Tesouro Perdido

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Criado em novembro de 2019, o Disney + (Disney Plus) aumentou a concorrência de canais de stream vídeo entrando na disputa com a soberana Netflix e as concorrentes Amazon Prime e a Apple TV, principalmente, bem como outros canais novos como a Paramount +.

Disputa esta que dá à Disney a grande vantagem de décadas de produções cinematográficas e de TV, somando-se aí a aquisição da Twenty Century Fox (rebatizada apenas de Twenty Century Studio) no ano passado, e a criação de mais um canal para atender apenas as produções deste estúdio, o Star + (Star Plus).

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Mesmo com uma infinidade de produções ao longo de dois séculos, estes canais necessitam produzir coisas novas, e por ter direitos autorais de uma infinidade de personagens de seu cartel, a Disney está autorizando produções baseadas em vários personagens de filmes e séries antigos de sucesso, (os chamados I. P. – Propriedade Intelectual – que é patrimônio da corporação).

Assim, nos últimos meses, além de autorização para produzir material das produtoras Lucasfilm e Marvel (além da Fox), uma nova infinidade de séries Disney estão surgindo para serem lançadas nos próximos dois e três anos e manter o canal ainda mais ativo.

Alguns destes projetos em andamento:

 

The Return of the Rocketeer – Telefilme continuação de Rocketeer:rock Disney prepara séries baseadas em Rocketeer, 20.000 Léguas Submarinas, O Voo do Navegador e A Lenda do Tesouro Perdido

Rocketeer é um super-herói das histórias em quadrinhos, criado pelo roteirista e desenhista Dave Stevens. A primeira aparição do personagem foi em 1982, embora seja uma homenagem aos heróis das décadas de 1930 e 1940. A Walt Disney Pictures lançou um longa metragem nos cinemas em 1991, baseado neste quadrinhos: Rocketeer, com direção de Joe Johnston, tendo no elenco estrelas como Billy Campbell, Jennifer Connelly, Paul Sorvino e Timothy Dalton. Passado em 1938 em Los Angeles, Califórnia, Rocketeer conta a história do piloto acrobático Cliff Secord, que se depara com uma mochila a jato que ele usa para voar sem a necessidade de um avião. Seus feitos heroicos logo atraem a atenção de Howard Hughes e do FBI, que estão caçando a mochila a jato desaparecida, bem como os agentes nazistas que a roubaram de Hughes. Infelizmente, o filme rendeu muito abaixo do esperado, se transformando em um fracasso para o estúdio, mas ao longo dos anos, ganhou status de cult para muitos fãs.

A boa notícia é que segundo o site Deadline, em agosto de 2021, o canal Disney+ está interessado em uma continuação e ira produzir o longa The Return of the Rocketeer, na qual contratou David Oyelowo, ator conhecido por Selma, para produzir – e talvez estrelar – o novo filme, cujo roteiro será escrito por Ed Ricourt (Raising Dion). Segundo informações do site, nesta continuação, um piloto do esquadrão norte-americano Tuskegee da II Guerra Mundial irá assumir a mochila a jato do Rocketeer. Ainda não existe nenhum diretor associado ao filme e muito menos uma data de estreia, que ocorrerá direto no Disney + (sem passar pelos cinemas).

 

Nautilus – A série do Capitão Nemo de 20.000 Léguas Submarinas:

nemo Disney prepara séries baseadas em Rocketeer, 20.000 Léguas Submarinas, O Voo do Navegador e A Lenda do Tesouro PerdidoCapitão Nemo é um famoso personagem de um clássico da literatura, 20.000 Léguas Submarinas, escrito pelo gênio visionário Júlio Verne (1828-1905) em 1869. Na história original, o misterioso Capitão Nemo constrói um navio que viaja pelo fundo do mar, o submarino Nautilus, na qual executa um plano terrível contra a humanidade. O livro virou um sucesso mundial e deu mais impulso à carreira promissora de Verne. O personagem ainda voltaria no livro A Ilha Misteriosa (1874). As adaptações ao longo dos séculos tem sido inúmeras, desde 1905 até os dias de hoje, isto sem contar os filmes baseados em Nemo, fora do canon dos livros de Verne. Dezenas de vezes.

A adaptação mais famosa do livro foi realizada pelos estúdios Disney, 20.000 Léguas Submarinas em 1954, dirigido por Richard Fleischer, com roteiro de Earl Felton (saiba um pouco mais sobre ele aqui). No elenco, se destacava o ator James Mason como Nemo e o talentoso Kirk Douglas, como Ned Land.  O longa foi um grande sucesso de bilheterias que rendeu 2 Oscars à produção, como Melhor Produção de Arte e Melhores Efeitos Visuais. O próprio Walt Disney, ainda vivo e comandando seus estúdios, mandou erguer em sua Disneylândia na Califórnia uma atração baseada no filme com uma réplica do submarino Nautilus. Posteriormente, o Walt Disney World Resort’s Magic Kingdom da Florida também teve uma atração similar, ambas desativadas atualmente.

E qual foi a surpresa, em um anúncio no site THR do dia 23/08, na qual o Disney+ deu sinal verde para o desenvolvimento de uma série live-action para o serviço de streaming da Disney. Chamada de Nautilus (o mesmo nome do submarino do Capitão Nemo), a série será um prequel anterior aos eventos do filme de 1954 da Disney e contará as origens do Capitão Nemo, em uma série de 10 capítulos, na qual Nemo será um Príncipe Indiano e prisioneiro da Companhia das Índias Orientais. Um homem decidido a se vingar das forças que tiraram tudo dele. Mas assim que ele zarpa com sua tripulação desorganizada a bordo do impressionante Nautilus, ele não apenas batalha com seu inimigo, mas também descobre um mundo subaquático mágico.

Liam Keelan, Vice-presidente de Produções Originais da Disney, disse durante o Festival de TV de Edimburgo, onde o anúncio foi feito: “Será uma sensação em escala realmente grande, realmente épica. Eu vi o primeiro roteiro e os 10 esboços, e parece que são 10 longas-metragens, na verdade. Portanto, será um grande negócio para nós.”

Nautilus será desenvolvida e co-produzira por Xavier Marchand e Anand Tucker. Os roteiros e a produção executiva ficaram sob a tutela de James Dormer, com Johanna Devereaux também atuando como produtora executiva. As gravações devem começar no início de 2022.

Ainda não existe qualquer previsão de lançamento…

 

O remake de O Voo do Navegador

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O filme O Voo do Navegador (1986) foi uma coprodução americana e norueguesa, dirigido por Randal Kleiser e escrito por Mark H. Baker, Michael Burton e Matt MacManus, produzido pela produtora Buena Vista Pictures pertencente aos estúdios Disney. O filme era uma ficção-científica juvenil sobre um garoto da Florida (Joey Cramer) que é abduzido por alienígenas e levado da Terra. 6 anos depois ele retorna, mas todos estranham que ele não havia envelhecido um só dia. Então pede aos mesmos alienígenas que o ajudem a retornar ao tempo correto para não gerar mais confusão. No elenco ainda encontramos Veronica Cartwright (Alien) e Sarah Jessica Parker (Sex in the City).

O longa foi uma aventura juvenil despretensiosa, sempre lembrado nas Sessões da Tarde no passado. Ao custo estimado de US$ 9 milhões, rendeu o dobro nas bilheterias, US$ 18,5 milhões, e nunca foi mais que isto. Foi um dos primeiros filmes de Hollywood a usar extensos efeitos CGI. O filme também é conhecido por ser uma das primeiras produções de Hollywood a apresentar uma trilha sonora inteiramente eletrônica, composta usando um Synclavier, um dos primeiros gravadores de samplers digitais. Um documentário de longa-metragem Life After the Navigator foi lançado em 2020, que traça o perfil da carreira do ator Joey Cramer, que interpretou o personagem central David Freeman no filme de 1986, o que acabou fazendo do filme bastante lembrado pelo público da época.

O filme tornou-se um clássico cult, principalmente entre os fãs de ficção científica e da Disney.

Então, a própria Disney, ao longo dos anos, tentou fazer um reboot do filme, mas sem sucesso. Em maio de 2009, o The Hollywood Reporter informou que a Disney estava preparando um remake do filme. Brad Copeland estava escrevendo o roteiro e os sócios Mandeville David Hoberman e Todd Lieberman seriam os produtores. Em novembro de 2012, a Disney contratou o diretor Colin Trevorrow (Jurassic World) e o roteirista/produtor Derek Connolly para reescrever o roteiro. Nova tentativa em setembro de 2017, a Walt Disney Pictures anunciou que um reboot do filme estaria em pré-produção com Joe Henderson que iria escrever o roteiro. Pouco depois do anúncio da Lionsgate/Henson, em novembro do mesmo ano, Neill Blomkamp (Distrito 9) postou no Twitter que a Oats Studios começou a desenvolver um reboot como seu primeiro longa-metragem. No entanto, anos depois, nenhum remake do filme foi lançado.

Agora com o Disney Plus, a ideia ressurge novamente. De acordo com informações no Deadline publicadas no dia 16 de setembro de 2021, A Disney está novamente interessada em um reboot do filme, para seu canal de stream. A nova versão terá uma protagonista feminina e será produzida e dirigida pela atriz Bryce Dallas Howard (Jurassic World), sendo que ela inclusive já tem experiências na direção no próprio Disney Plus, tendo dirigido alguns episódios do spinoff de Star Wars, The Mandalorian. Ela também dirigirá um episódio de The Book of Boba Fett. O roteiro está a cargo de Brad Copeland (O Touro Ferdinando) e Joe Henderson (showrunner de Lucifer). Aguardemos mais informações sobre este projeto.

 

A série baseada em A Lenda do Tesouro Perdido

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A Lenda do Tesouro Perdido foi um filme de sucesso lançado pela Disney em 2004, uma tentativa de misturar uma trama de suspense e ação, com toques dos livros de Dan Brown (O Código da Vinci) sobre conspiração secular, com os filmes do Indiana Jones. Ou seja, uma versão estadunidense do livro europeizado de Brown. Estrelado por Nicolas Cage, Harvey Keitel, Jon Voight, Diane Kruger, Sean Bean, Justin Bartha e Christopher Plummer e produzido por Jerry Bruckheimer com direção de Jon Turteltaub, o longa fez bastante sucesso, tendo uma boa receita nas bilheterias. O filme gerou uma nova continuação em 2007, produzida novamente por Jerry Bruckheimer, com a maioria dos atores do primeiro filme, também fazendo boa bilheteria. Desde então, não houve mais produções, mas durante anos se especulou que um terceiro filme estaria a caminho, o que até o momento não se materializou.

O produtor Jerry Bruckheimer esclareceu em 2020, em uma entrevista ao Collider que a Disney ainda estava interessada em um terceiro filme, mas também por causa do Disney+, também estavam planejando uma série de TV: “Nós estamos trabalhando em um Lenda do Tesouro Perdido para o streaming e um para o cinema. O do Disney+ é um elenco muito mais jovem. É o mesmo conceito, mas com um elenco jovem. O filme será com o mesmo grupo.

Agora em março de 2021, o site Deadline informou que o Disney + oficializou a série de TV baseada em A Lenda do Tesouro Perdido. Segundo o site, a primeira temporada irá consistir de 10 episódios. O seriado será uma versão reimaginada da franquia, e será estrelada por Jess Morales, uma jovem latina, na faixa dos 20 anos de idade. Através de sua perspectiva única, a trama explorará mistérios, história e identidade em diversas aventuras enquanto Morales, acompanhada de seus amigos, tenta encontrar um tesouro perdido de sua família. Ainda não há atriz escalada para a protagonista.

As irmãs Marianne e Cormac Wibberley, responsáveis pelos filmes originais também assinaram o roteiro e a cineasta indiana Mira Nair assume a direção. Não existe ainda novidades sobre o terceiro filme de cinema, nem se a série passará no mesmo universo dos filmes. Aguardamos novas informações.


[RM-RS – Deadline / THR / The Hollywood Reporter / Collider / Disney+)

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9 thoughts on “Disney prepara séries baseadas em Rocketeer, 20.000 Léguas Submarinas, O Voo do Navegador e A Lenda do Tesouro Perdido

  1. Em poucos anos o cenário será:
    Netflix – canal médio, com bom acervo de séries e alguns poucos filmes bons
    HBO e Amazon – grandes canais de stream, com bons filmes e boas séries
    Demais streams – pequenos, com poucos filmes e séries bons
    Disney – rei do mundo, com 80% do mercado de stream

  2. Não só 20 mil leguas mas pensa em uma franquia interligando os principais livros do Júlio Verne, tem potencial de Marvel

  3. 20 mil leguas tem potencial pra ser um filme de 800 milhões de bilheteria se a Disney quiser… E vão queimar esse cartucho fazendo a série?!?!?!??

    1. Concordo. Dava pra fazer uma bela trilogia sobre o livro das 20 000 leguas, e ate um deles ter um nucleo na ilha, ou então um epilogo, ou entao ai eu acho legal seria fazer a serie da Ilha Misteriosa como uma continuação dos filmes, sei la

    2. A Disney precisa de muito conteúdo para seu canal Disney+, pois quer ser o maior canal do stream do mundo, que atualmente é da Netflix, então eles vão pegar o que for em seu enorme plantel de personagens e começar a criar um monte de coisas…

    1. Basicamente sim, bebe bastante nos livros do Dan Brown, antes de lançarem no cinema e também na franquia Indiana Jones…

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