Star Trek – Uma jornada além das estrelas – Parte 5

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Star Trek: Deep Space Nine… ou “o velho oeste espacial”

O seriado Star Trek: The Next Generations (Jornada nas Estrelas: A Nova Geração) tinha conseguido conquistar seu público, após um começo atribulado, seguido algum tempo depois da perda do criador da franquia, Gene Roddenberry (1921-1991). O produtor e novo “chefão” de Star Trek, passou a ser Rick Berman, que agora, sem estar à sombra de Gene, após colocar A Nova Geração nos trilhos e preparar a mudança para o cinema, substituindo o elenco da série Clássica (TOS), Berman começou a pensar em criar mais uma série, um spin-off da Nova Geração, mas com uma pegada mais sombria e direta, mexendo direto em conceitos quase sagrados do Star Trek criado por Roddenberry que sempre eram evitados, como religião, conflitos de classes e batalhas espaciais. Era algo que Gene Roddenberry sempre frisou em sua vida, “Star Trek não é Star Wars!”.

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Berman começou a conceber a nova série por volta de 1991, ainda pouco antes da morte de Roddenberry. Junto com seu auxiliar direto, Michael Piller, eles aproveitaram uma sub-trama de alguns episódios de The Next Generations para montar a nova série. “Pediram-me para criar e desenvolver uma série que servisse como uma peça complementar de a Nova Geração, por cerca de um ano e meio, e então a TNG sairia do ar e essa nova série continuaria.” lembra Berman. “Então eu pedi a Michael Piller para se envolver, e nós colocamos nossas cabeças juntas. Eu nunca tive a oportunidade de discutir qualquer idéia com Gene [Roddenberry]. Isso foi muito perto do fim da vida de Gene, e ele estava bastante doente,mas ele sabia que estávamos trabalhando em algo e eu definitivamente tive sua bênção para desenvolvê-lo ”.

Com o sinal verde da Paramount, nascia a nova série Star Trek: Deep Space Nine. A princípio Berman e Piller consideraram fazer a série se passar em uma colônia planetária, porém acharam que uma estação espacial seria mais interessante para os espectadores e economizaria dinheiro necessário para filmagens em locações. Entretanto, eles tinham a certeza que não queriam um programa que tivesse uma nave estelar, porque a Nova Geração ainda estava em produção na época e de acordo com Berman, “seria ridículo ter dois programas, dois elencos, dois conjuntos de personagens, que estavam indo aonde nenhum homem jamais esteve“.

Na trama do novo seriado, os cardassianos (apresentados no episódio Chain of Command, ST:TNG), um antigo império dominador da galáxia, está abandonando o setor do povo bajoriano, a qual dominaram com mão de ferro. Sua antiga estação é passada à Federação dos Planetas Unidos, após um acordo e passa a se chamar Deep Space Nine. Tudo parecia certo, quando um “buraco de minhoca’ (wormhole) é descoberto perto da estação. O mais misterioso é que este “portal” é totalmente estável e liga dois lados distantes da galáxia – o quadrante alfa com o quadrante gama – e rapidamente se torna um centro de exploração, troca interestelar, manobras políticas e conflito aberto entre os bajorianos, cardassianos e a Federação. É neste ambiente difícil, hostil, um verdadeiro barril de pólvora, que um oficial da Frota Estelar, Comandante Sisko, tem que conviver e administrar a nova estação e ao mesmo tempo proteger o “buraco de minhoca”, considerado sagrado pelos bajorianos (os sacerdotes da religião bajoriana creem que o local/fenômeno seja uma mensagem divina dos seus profetas e acreditam em uma profecia na qual um homem, que eles consideram que seja o “emissário dos profetas” viria para livrar todos eles dos males cardassianos e estabelecer a paz de Bajor novamente… logo, o comandante Sisko seria este homem!).

Enredo:

DS9 contém mais arcos de histórias que duram vários episódios dentro das  temporadas do que suas séries precedentes. Suas antecessoras tinham a tendência de restabelecer o status quo ante ao final de cada episódio, assim vários episódios poderiam ser exibidos em qualquer ordem sem afetar a história. Em Deep Space Nine, entretanto, não apenas os eventos de um episódio são referenciados e reconstruídos em outros, como vários episódios seguidos terminam com um cliffhanger. Michael Piller acreditava que isso era uma das melhores qualidades da série, que as repercussões de episódios passados continuassem no programa e os personagens fossem forçados a “aprender que ações possuem consequências”. Para ele “pessoas que vem de lugares diferentes, naturalmente têm conflitos“. Era como se fosse uma daquelas cidades do velho-oeste americano, onde a força do mais forte sempre tenta se impor ao mais fraco, criando um ambiente totalmente… sem lei.

Elenco:

Para o elenco principal da série, pela primeira vez, o chefe de comando seria interpretado por um ator afro-descendente e o escolhido foi o ator Avery Brooks, que se tornou o Comandante Benjamin Sisko, um ex-sobrevivente do conflito com os Borg (ver The Best of the both worlds, ST:TNG) na qual perdeu a esposa. Ele chega à estação para comandá-la e traz junto seu filho Jake Sisko (Cirroc Lofton), um jovem que perdeu a mãe cedo e tem que aprender a viver nas duras condições da estação espacial. Representando Bajor, a segunda em comando é a Primeira-Oficial Major Kira Nerys (Nana Visitor), uma ex-combatente e ex-prisioneira que lutou contra os cardassianos, uma mulher bastante dura e crítica. O Oficial de Segurança, é Odo (René Auberjonois), um ser metamorfo, que não sabe exatamente sua raça de origem, mas que viveu muito tempo em Bajor durante a ocupação cardassiana. O Oficial Médico é o Tenente Junior Dr. Julian Bashir (Alexander Siddig), um jovem doutor que tem que aprender na marra as durezas de uma terra sem lei e quase desconhecida. A Oficial de ciências é Tenente Jadzia Dax (Terry Farrell), ela é uma Tril, que vive com um simbionte chamado Curzon Dax,  que teve vários hospedeiros ao longo dos séculos. Quark (Armin Shimerman) é o dono do bar da estação espacial, onde a tripulação passa parte do tempo de folga e onde algumas tramas são formadas e transações são feitas. E por fim, o Oficial Chefe de Operações é o Chefe Miles O’Brien (Colm Meaney), que após 6 anos servindo na Enterprise-D do Capitão Picard, se transfere com esposa e filha para a DS:9.

 

 

Produção:

Rick Berman permaneceu como Produtor-Executivo (acumulando a função com ST:TNG), Michael Piller como Co-Produtor e showrunner,responsável por organizar e promover o pessoal, contando com um bom time de roteiristas, dentre eles:  Ira Steven Behr (que posteriormente assumiria o lugar de Piller como showrunner), Robert Hewitt Wolfe, Ronald D. Moore, Peter Allan Fields, Bradley Thompson, David Weddle, Hans Beimler e René Echevarria. Foi a primeira série da franquia Star Trek a usar CGI nos efeitos externos de espaço – várias empresas de efeitos especiais como VisionArt, Foundation Imaging e Digital Muse foram contratadas. O compositor Dennis McCarthy (do seriado ST: TNG e do filme Generations) ficou responsável pela trilha sonora e tema de abertura, que pela primeira vez na franquia não possui o monólogo do capitão.

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1ª Temporada (1993): A primeira temporada de Deep Space Nine se passa cronologicamente junto com a 6° temporada de The Next Generations, e já no piloto existe um crossover entre as duas séries, na qual o Comandante Sisko é levado a DS:9 pela Enterprise-D de Picard, que ainda se despede do Chefe Miles O’Brien que está partindo com a família para a nova estação. Com roteiro baseado na história de Berman e Piller, o piloto, Emissary, foi exibido em 10 de Janeiro de 1993 e alcançou uma audiência de 18.8 milhões de espectadores em todos EUA.

Entre os episódios com destaque na temporada, podemos citar: Man Alone (na qual Odo é acusado injustamente de matar um assassino bajoriano), Captive Pursuit (O’Brien se torna amigo de um alienígena do Quadrante Gama que foi criado para ser caçado), Q-Less (a primeira aparição de Q na nova série, aqui ele chega junto com Vash, na qual ela tenta sair de sua perseguição), Dax (Jadzia Dax é acusada de um assassinato cometido por seu simbionte em outra vida), The Nagus (Quark é nomeado chefe da Aliança Ferengi pelo Grande Nagus Zek, porém agora ele está cercado por inimigos), Vortex (Odo descobre que ele talvez não seja o único de seu povo quando um visitante do Quadrante Gama afirma que ele pode contatar sua espécie), The Forsaken (A embaixadora da Federação de Betazed, Lwaxana Troi, visita a estação, porém desenvolve uma afeição por Odo) e In the Hands of the Prophets (A tensão aumenta quando Winn Adami chega na Deep Space Nine e descobre que a professora Keiko O’Brien não está ensinando sobre os alienígenas do buraco de minhoca).

A temporada foi mais curta que o normal, com 20 episódios ao todo, e tentou não centrar em apenas um personagem, mas dar destaque a um personagem por semana. Por ser uma série que ainda estava em seu começo e com a concorrência não só de sua “série irmã” (Next Generations), mas de outras séries do período como Babilon 5 (com uma premissa parecida), Seaquest – Missão Submarina (produzida por Steven Spielberg) e o novo fenômeno televisivo da época, Arquivo X, ainda assim ao final da temporada a média da audiência foi de 11,15 milhões de espectadores. Para os produtores e a Paramount foi fantástico ter aquele nível de audiência para uma série trekker, sendo que a primeira temporada de Next Generation teve uma média menor que DS:9.

A primeira temporada foi indicada a 6 categorias do Emmy Awards e venceu 3 (Trilha Sonora, Maquiagem e Efeitos Especiais).

2ª Temporada (1993-1994): Esta nova temporada foi a última que foi exibida junto com ST:TNG, que estaria sendo finalizada após 7 temporadas e se transferindo para o cinema. Com Berman ocupado com o fim do seriado da Nova Geração e seu primeiro filme nos cinemas, e Piller um pouco sobrecarregado com DS:9, Ira Steven Behr foi elevado ao posto de co-produtor executivo. A Paramount havia conseguido capturar a imaginação dos fãs com uma série bem diferente e nesta nova season, os produtores e roteiristas optaram por serem mais ousados e bateram bastante nos temas de fanatismo e terrorismo. Com os personagens principais já estabelecidos, o principal esforço foi desenvolver o relacionamento entre eles e apostar um pouco mais na dramaticidade. Assim, o Chefe O’Brian e o Doutor Bashir começaram a formar uma grande amizade, ao mesmo tempo que a Major Kira, uma mulher dura, passava a abrir a possibilidades de um futuro romance com Odo, ainda um ser de origem bastante enigmática. Ao mesmo tempo que Odo e Quark tentam manter o relacionamento ranzinza. Posteriormente Kira e Dax também têm suas amizades aumentadas.

Entre os episódios, podemos destacar: The Homecoming (episódio que abre a temporada e onde Kira resgata um prisioneiro de guerra bajoriano; enquanto isso, um grupo extremista chamado o Círculo começa a controlar Bajor), The Circle (O Círculo tenta derrubar o governo bajoriano, porém há detalhes a mais no contexto do que a princípio nos parecia), The Siege (Sisko e Li Nalas tentam impedir que a Deep Space Nine seja comandada pelos bajorianos, enquanto Kira e Dax tentam colocar um fim no Círculo), Cardassians (Garak investiga a identidade de um menino cardassiano abandonado em Bajor, que foi criado pelos bajorianos), Necessary Evil (Quando Quark é baleado, Odo reabre um caso de assassinato de cinco anos atrás), Paradise (Sisko e O’Brien ficam presos em um planeta cujo líder da população local rejeita quaisquer formas de tecnologia, mesmo se isso significar a morte), Blood Oath (Jadzia Dax honra um juramento prestado por Curzon Dax à um grupo de klingons, e se junta a eles em uma cruzada contra seu inimigo), The Maquis, Part I e Part 2 (Episódio duplo onde são apresentados os maquis, um grupo de federados de rejeitam um tratado entre a Federação e os cardassianos), Crossover (O universo espelho é novamente explorado em um seriado de Star Trek, desta vez, Kira e Bashir ficam presos e tentam retornar ao universo normal) e The Jem’Hadar (Sisko, Jake, Nog e Quark vão acampar em uma planeta no Quadrante Gama, porém são capturados pelos misteriosos Jem’Hadar e conhecem uma força rival da Federação).

A temporada finalizou com 26 episodios e a a série fechou a temporada com uma audiência média de 8.76 milhões de espectadores. Um número menor que a primeira temporada, mas os produtores entenderam isto como uma divisão dos trekkers, cuja série ganhava seu próprio fandon independente de outras séries. Eles seriam conhecidos como “niners“.

A segunda temporada teve três indicações ao Emmy Awards de 1994 e 1995, mas não levou nenhum prêmio.

3ª Temporada (1994-1995): Uma das principais mudanças na produção foi a saída de Michael Piller no final da temporada passada para cuidar de um novo seriado (Star Trek: Voyager), assim Ira Steven Behr foi promovido a Produtor-executivo, tendo o controle quase total da série, na qual ele aposta na inovação. Com a temporada anterior bastante trabalhada, a terceira temporada começaria a ousar e dar saltos maiores de qualidade. No final da temporada anterior, ficamos conhecendo a verdadeira força do Quadrante Gama, os dominions, uma grande ameaça à Federação. “Se os dominions vierem pelo buraco de minhoca, a primeira batalha será travada aqui e eu estarei pronto para isto.” Com esta frase o Comandante Sisko já eleva o tom do que será a temporada, algo realmente épico. Se durante as duas temporadas anteriores o tom era apenas entre as disputas Bajor versus Cardássia, agora o programa se propunha a transformar o destino total da galáxia, com a apresentação de um raça que seria uma ameça não só à Federação, mas também aos klingons, romulanos e até cardassianos. Um fato interessante na trama é a entrada da USS Defiant, uma nave exclusivamente de batalha para ajudar a DS:9 a combater os futuros inimigos.

Entre os episódios, podemos destacar: The Search – Parts 1 e 2 (Sisko leva a USS Defiant até o Quadrante Gama pra um encontro com os líderes do Dominion na tentativa de se evitar uma guerra e Odo finalmente descobre suas origens), Second Skin (Kira é sequestrada  pelos cardassianos e descobre que pode ser uma agente cardassiana disfarçada de bajoriana), Defiant (William Riker aparece de surpresa na DS:9, só que as aparências enganam e ele tenta roubar a Defiant), Past Tense – Part 1 e 2 (Após um acidente, Sisko, Bashir e Dax são transportados para o passado da Terra e vão parar no século XXI), Visionary (Chefe O’Brian é exposto a um tipo de radiação que o faz dar saltos momentâneos de 5 horas no futuro), Through the Looking Glass (Sisko é levado ao universo espelho e assume o papel do outro Sisko que foi morto), The Die is Cast (Operação secreta conjunta entre romulanos e cardassianos lançam um ataque ao planeta dos fundadores do Dominion no Quadrante Gama) e The Adversary (Sisko é promovido a capitão e precisa levar a Defiant para evitar uma guerra ao mesmo tempo que tudo pode não passar de uma armadilha).

Novamente a temporada finalizou com 26 episódios e teve média de audiência em torno dos 7,7 milhões de espectadores (número menor que as anteriores, mas com um público cativo formado esperando por mais temporadas).

Esta terceira temporada teve duas indicações ao Emmy Awards, e venceu na categoria de Melhor Representação Individual por Maquiagem no episódio Distant Voices.

4ª Temporada (1995 – 1996): Nesta temporada, DS:9 não estava mais sozinha na franquia, pois outro seriado, Star Trek: Voyager, começou a ser exibido pela nova rede de TV da Paramount (UPN), enquanto o estúdio mantinha DS:9 no syndication. O final da temporada passada havia apresentado a destruição de duas frotas importantes do Quadrante Alfa, os cardassianos e os bajorianos, então o equilíbrio de força contra a ameaça Dominion ficou entre a Federação e os klingons. A ideia de fechar a temporada anterior com um cliffhanger mostrando uma ameaça eminente à Terra foi descartada pela Paramount, que queria recuperar a audiência da série. A instrução básica era levar a série a um novo rumo. O produtor da franquia Star Trek, Rick Berman e o produtor de DS:9, Ira Steven Behr, acharam como solução a isto trazer um velho conhecido da Nova Geração, o Klingon Worf (Michael Dorn) para ajudar na estação espacial. Sisko, agora promovido a capitão, também ganhou um novo visual, adotando a careca e o cavanhaque.

Episódios em destaque: The Way of the Warrior – Part 1 e Part 2 (Uma frota klingon chega para expandir o Império diante da ameaça dos Dominion, e Worf é trazido para a Deep Space Nine para negociar), The Visitor (Um idoso Jake Sisko conta a história de como ele perdeu seu pai em um acidente de deslocamento temporal), Hippocratic Oath (Bashir ajuda um grupo de Jem’Hadar a superar seu vício em Ketracel Branco), Indiscretion (Forçada a levar Dukat em uma missão pessoal, Kira descobre o verdadeiro motivo de seu antigo inimigo querer acompanhá-la), Little Green Men (Quark, Rom e Nog são acidentalmente enviados ao passado até Roswell, Novo México, Terra, em 1947), Paradise Lost (Enquanto Sisko e Odo se preparam para uma invasão dos Dominion, eles descobrem uma trama para colocar a Federação sob comando militar), For the Cause (Sisko descobre que sua namorada, Kasidy, pode ser uma traficante dos Maquis), Broken Link (Odo é forçado a retornar para o seu povo e ser julgado pela morte de um deles).

Apesar das mudanças e já ter sua audiência cativa, houve queda de espectadores e a temporada fechou com a média em torno de 6,61 milhões de audiência.

Esta temporada teve 5 indicações ao Emmys Awards, um recorde, mas não venceu nenhum.

5ª Temporada (1996 – 1997):  A série já tinha atingido sua maturidade com quase 100 episódios filmados e era hora agora dos produtores colocarem em prática o plano de colocar finalmente o conflito da Federação com os dominion, os vilões do Quadrante Gama no centro de tudo. Para isto, o produtor Ira Steven Behr, planejou a aliança da Federação e o Império Klingon para uma guerra com os inimigos do outro quadrante. Esta temporada também iria marcar os 30 anos de Jornada nas Estrelas, na qual foi preparado um episódio especial na qual a tripulação de Sisko vai parar na Enterprise de Kirk durante os eventos dos pingos, um episódio muito bem bolado que iria agradar os fãs em cheio. Outro fato interessante foi o início do romance entre Worf e Jadzia Daz. Uma coisa era certa… a guerra havia começado!!!

Episódios em destaque: Apocalypse Rising (A Frota Estelar volta-se para Sisko para expor um metamorfo infiltrado no Império Klingon), Trials and Tribble-ations (Sisko e a tripulação voltam no tempo para salvar o Capitão Kirk de uma bomba disfarçada como um pingo), The Begotten (Quando Quark descobre uma criança metamorfa, ela tem um profundo efeito em Odo. Enquanto isso, Kira dá à luz um menino), Doctor Bashir, I Presume? (Bashir é selecionado para ser o modelo de um holograma médico, até um segredo de sua família ser revelado), Soldiers of the Empire (Martok, Worf e Dax saem em uma missão abordo de uma nave klingon), Call to Arms (Diante da percepção de que os dominion estão conquistando o Quadrante Alfa, Sisko decide minar a entrada do buraco de minhoca).

A temporada mostrou audiência ainda em queda, média de 5,5 milhões de espectadores.

Novamente igualando a temporada anterior, DS:9 teve 5 indicações ao Emmys Awards sem levar nenhum. E pela segunda vez, DS:9 ganha uma indicação ao famoso Hugo Award, mas sem sucesso.

6ª Temporada (1997 – 1998): Com a Guerra Federação x Dominion como algo definitivo e a expulsão dos membros da DS:9 da estação, os produtores da série definiram que esta sexta temporada, já tida com penúltima, iria dar aos telespectadores aquilo que foi prometido na temporada passada. A equipe criativa do seriado sabia que a responsabilidade seria enorme, e para atender a demanda, decidiram realizar algo diferente de tudo que foi feito antes em Star Trek, um imenso episódio de 6 partes para abrir a temporada e seguir a mesma com outros episódios com narrativas serializadas, fazendo os personagens chegarem a seu limite. Isto sem contar que ainda haveria um casamento em meio a tudo isto, Worf e Dax! Kira e Odo também começam a se acertar em um relacionamento. Mas ao final desta temporada, tivemos uma baixa considerável no elenco. A atriz Terry Farrell não quis renovar para a temporada seguinte, que seria a última e resolveu deixar a série. Para lidar com esta situação a personagem Jadzia iria morrer após um confronto, mas seu simbionte, Dax, seria transportado pra outro hospedeiro, que só seria apresentado na temporada seguinte.

Episódios de destaque: A Time to Stand (Três meses após o início da guerra, a Deep Space Nine ainda está sob o controle dos Dominion. Sisko e sua tripulação recebem a missão de destruir uma importante instalação dentro do espaço Dominion), Rocks and Shoals (Sisko e sua tripulação caem em um planeta e encontram um grupo de Jem’Hadar), Favor the Bold (Descobrindo que milhares de forças Dominion estão se reunindo no Quadrante Gama, Sisko inicia um plano para reconquistar a Deep Space Nine e proteger o buraco de minhoca antes que um campo de minas seja detonado. A lealdade de Odo é colocada à prova e ele fica dividido entre a metamorfa fêmea e Kira), Far Beyond the Stars (Depois da nave de um amigo ser destruída, Sisko considera sair da Frota Estelar. Visões de si mesmo como um escritor de ficção científica da década de 1950 afetam sua decisão), In the Pale Moonlight (Sisko pede a Garak para ajudá-lo a fazer os romulanos entrarem na guerra contra os Dominion), His Way (Odo consulta um cantor holográfico sobre seu relacionamento com Kira) e Tears of the Prophets (O Comando da Frota Estelar inicia uma ofensiva contra os Dominion, e Sisko é escolhido para liderar a invasão de Cardassia, porém a Aliança Cardassia/Dominion secretamente reforçou as fronteiras).

Audiência ainda em queda, com uma média de  4,41 milhões de espectadores por episódio.

Foram ao todo 6 indicações ao Emmy Awards (novo récorde), sem vitórias.

7ª Temporada (1998 – 1999): A série havia atingindo sua última temporada, igualando a Nova Geração. Mesmo com a audiência caindo a cada ano, a Paramount deu carta branca aos produtores para fazerem o que queriam com ela. Depois da construção de uma rica família de personagens  em seis temporadas, o produtor Ira Steven Behr e sua equipe suaram suas camisas para fechar a série com chave de ouro. Com a saída de Terry Farrell na temporada passada, foi contratada a atriz Nicole deBoer que interpretaria Ezri Dax, a nova hospedeira do Tril Cuzon. Isso resultou em uma mudança na personagem, ela deixaria Worf pra ficar com o Dr.Bashir. Preparando o público para o gran finale, esta temporada retornou aos episódios fechados e muitos dedicados exclusivamente a cada personagem, preparando o publico para os 10 episódios finais que encerraria a saga de vez. Um final grandioso, na qual o destino dos tripulantes e de Sisko fechou totalmente a série, ao contrário da Nova Geração, que deixou possibilidades de continuarem a história no cinema.

Episódios de destaque: Image in the Sand (Com o buraco de minhoca destruído, Sisko luta para contatar os Profetas, Kira abre um hospital militar romulano e uma nova Dax aparece), Shadows and Symbols (A procura de Sisko o leva até a verdade sobre sua existência enquanto Kira cria um bloqueio contra os romulanos), Take Me Out to the Holosuite (Sisko deve treinar sua tripulação para jogar basebol quando um grupo de vulcanos os desafiam), Treachery, Faith, and the Great River (Um desertor vorta dá a Odo uma informação valiosa em troca de asilo), It’s Only a Paper Moon (Nog se desvincula da realidade e começa a viver com Vic Fontaine), Till Death Do Us Part (Capturados pelos breen, Dax e Worf passam por uma tortura mental. Disfarçado como um bajoriano, Dukat tenta converter Kai Winn a venerar os Pah-Wraiths), What You Leave Behind – Part 1 e 2 (Sisko lidera uma aliança Federação/klingon/romulana em um ataque final em Cardassia. Dukat e Winn vão até as cavernas do fogo para libertar os Pah-Wraiths e Damar lidera seu povo em uma revolução para tentar retirar os opressores Dominion do poder).

Fechando a série, a temporada final teve a menor média dentre todas com 3,8 milhões de espectadores.

A última temporada teve 4 indicações ao Emmy Awards, sem vitórias.

Conclusão: Apesar de conseguir concluir suas 7 temporadas, igualando a The Next Generation, sua audiência não conseguiu se manter planamente, tendo caído de temporada para temporada, mas a Paramount manteve a série, pois percebeu que seu público era fiel, mesmo tendo que concorrer com outras séries como Babylon 5 e sua outra irmã, Star Trek Voyager, na qual a Paramount deu maior ênfase. A série provou que uma ideia original sem o envolvimento de Roddenberry era possível, mesmo com parte de seu universo indo quase que contra os princípios defendidos pelo criador de Star Trek, como o envolvimento de política, religião e guerra. Seria como se fosse apresentado em cada episódio o lado B da Federação.

No Brasil, a série teve apenas sua primeira temporada exibida na TV aberta, em 1994 pela Rede Record, com o título de “Jornada nas Estrelas – A Nova Missão“. A série não teve todas as temporadas lançadas posteriormente em DVD, mas está totalmente disponível no Netflix do Brasil, então divirtam-se.

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Ricardo Melo

Profissional de TI com mais de 10 anos de vivência em informática. Tem como hobby assistir seriados de TV, ir ao cinema e namorar!!! Fã de rock'n'roll, música eletrônica setentista, ficção-científica e estudos relacionados a astronáutica. Quis ser astronauta, mas moro no Brasil... Os anos 80 foram meu playground!

6 thoughts on “Star Trek – Uma jornada além das estrelas – Parte 5

  1. Carol Caipirinha, o universo de Star Trek foi dividido em dois, pois até o último seriado de TV comandado belo Rick Berman , Star Trek: Enterprise e os filmes de cinema até Nemesis, seguiam a mesma linha de tempo, que eles chamam agora de “prime time”, só que em épocas diferentes, tipo a série clássica e seus filmes até o 6, são quase uma sequencia de estória, depois temos o seriado A Nova Geração , DS:9 e Voyager, assim como os filmes de cinema da Nova Geração até Nemesis, que se passam 100 anos depois em sequencia da série clássica. Depois tivemos Star Trek Enterprise, que se passa 100 anos antes da série clássica. Acontece que houve uma divisão entre cinema e TV, a Paramount ficou apenas com os direitos de cinema e a CBS, apenas com os direitos de TV. A Paramount decidiu reiniciar tudo com o filme de 2009, e seguindo os dois seguintes. Eles criaram uma nova linha do tempo, chamada Timeline Kelvin. É um universo paralelo ao Timeline prime, e o que liga as duas linhas é o personagem Spock do Nimoy, que sai da época da Nova Geração, e volta no tempo para pegar um vilão também do futuro que voltou para o passado e criou uma nova linha do tempo.

    Sobre Picard, ela vai se passar na linha timeline prime, dos seriados e filmes originais, isto é, como se fosse uma continuação de Nemesis, 20 anos depois, apenas que um evento que aconteceu neste timeline, a destruição do Imperio Romulado, foi o responsável pelo vilão sair desta linha do tempo normal e criar outra. Isto foi definido em uma série em quadrinhos que liga as duas timelines. COUNTDOWN.

    1. Gesso, A série se passará 20 anos após a última aparição de Jean-Luc Picard em Star Trek: Nemesis (2002), e encontrá o personagem profundamente afetado pela destruição de Romulus como mostrada no filme Star Trek (2009).

    2. bom tema esse: qual é a versão oficial para os personagens classicos, ja que o filme de 2009 criou uma realidade alternativa? e o Piccard, que era da linha do tempo original, como se encaixa nessa linha do tempo dos filmes novos?

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