Série: Arquivo X – A verdade “continua” lá fora…

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Os anos 90 serão lembrados por vários itens que se tornaram icônicos na cultura pop ocidental, como: a popularização dos celulares, a entrada da Internet para o público em geral, o rock pesado, as teorias conspiratórias (que ganharam público maior com a Internet)… e um seriado de um casal de agentes federais norte-americanos, que investigavam casos bastante incomuns…!

Em setembro de 1993 estreava na rede norte-americana Fox o seriado Arquivo X (X-Files) sobre dois Agentes especiais do FBI que investigavam casos inexplicáveis que não poderiam ser classificados como comuns e receberam a denominação de “Arquivos X”. Embora o governo estivesse convencido de que os relatórios seriam falsos, os detetives não descansavam até que conseguissem provar a verdade, mesmo que o próprio governo não quisesse que os resultados fossem revelados, eventualmente causando problemas para os próprios agentes e criando margens a conspirações dentro do próprio governo, que teria conhecimento de algo que seria escondido do público há muito tempo, em um grande esquema de acobertamento global.

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Criador

O criador de Arquivo X foi o produtor Chris Carter, um norte-americano californiano nascido em 1956, cuja grande paixão na juventude era o surfe. Formado em Jornalismo em 1979 pela California State University, começou a escrever na revista Surfing Magazine, dedicada a sua paixão, e eventualmente se tornou editor da mesma aos 28 anos. Em 1987, ele se casou com Dori Pierson, que tinha conexões com Walt Disney Studios, e que o levou ao presidente Jeffrey Katzenberg que ofereceu a ele um emprego na companhia.

Carter então começou a escrever filmes de televisão para o estúdio, escrevendo The B.R.A.T. Patrol em 1986 e Meet the Munceys em 1988. Esses roteiros levaram Carter a ser associado à comédia juvenil contemporânea no estúdio e, embora gostasse do trabalho, ele sentiu que seus verdadeiros pontos fortes e interesses residiam no drama sério. Posteriormente foi contratado pela Rede NBC de TV, onde desenvolveu vários pilotos de televisão não produzidos – Cameo By Night, com Sela Ward; Brand New Life, que foi descrito como semelhante a The Brady Bunch; Copter Cop, que também não deu muito certo e o Cool Culture, influenciado pela paixão de Carter pelo surf. Em 1992, a Fox Channel contratou Carter para desenvolver séries no canal e ele começou a trabalhar em uma série baseada em seu próprio gosto de infância por The Twilight Zone e Kolchak: The Night Stalker. Nascia assim Arquivo X!

 

Criação

A nova série de Carter na Fox teria sua inspiração estilística de Kolchak, enquanto refletia tematicamente suas experiências de crescer durante o escândalo Watergate. Carter também se inspirou na pesquisa de seu amigo John E. Mack sobre as crenças americanas em ufologia, que indicou que 3% da população dos EUA acreditava ter sido abduzida por alienígenas.

O Presidente da Fox, Peter Roth, gostou da ideia de Carter, e pensou que a mesma poderia ser centrada em vampiros, pois isto estava em alta no momento com filmes como Drácula de Coppola e A Entrevista com o Vampiro, baseado no romance de Anne Rice e com Tom Cruise e Brad Pitt no elenco, mas Carter queria insistir no tema extraterreste. O problema era que Carter nunca se interessou por ficção científica antes desse ponto, afirmando ter lido brevemente um romance de Ursula Le Guin e outro de Robert A. Heinlein.

Baseando seus personagens naqueles encontrados na série de televisão inglesa Os Vingadores, Carter fez um tratamento de dezoito páginas para seu novo projeto – agora intitulado Arquivo X – para uma reunião de apresentação na Fox, onde logo foi rejeitado. Com a ajuda de Roth, Carter conseguiu organizar uma segunda reunião de apresentação, na qual a rede relutantemente concordou em dar sinal verde para um piloto da série.

Em entrevista ao General Media Inc, Carter descreveu a inspiração para criar os personagens: “Mulder e Scully surgiram diretamente do fundo da minha imaginação. Uma dicotomia. Eles representam as partes equivalentes ao meu desejo de acreditar em algo e a minha incapacidade de acreditar em tal coisa. Meu ceticismo e minha fé. E a criação desses personagens foi extremamente fácil para mim. Eu queria, assim como várias outras pessoas, passar pela experiência de testemunhar um fenômeno paranormal. Ao mesmo tempo em que eu não queria acreditar nisso, eu me questionava. Eu acho que esses personagens e essas vozes surgiram dessa dualidade.”

 

Elenco

elenco-300x286 Série: Arquivo X - A verdade "continua" lá fora...Após testes, escolheram para interpretar os protagonistas principais da série, o ator David Duchovny (Twin Peaks) foi escolhido para ser o Agente Fox Mulder. Ele gostou do roteiro mas pensou que o piloto seria apenas um serviço antes de participar de mais filmes.

A desconhecida Gillian Anderson foi escolhida para ser a Agente Dana Scully, que só tinha um trabalho na TV até então e fez o teste querendo mais visibilidade para conseguir novos papéis.

Dois atores desconhecidos do grande público.

A medida que a série ia ganhando público, sucesso e novas temporadas, personagens secundários passaram a ter seus destaques, entre eles o chefe de Mulder e Scully no FBI, que era o Diretor Walter Skinner, interpretado pelo ator Mitch Pileggi (Instinto Básico e Shocker); o “vilão” principal era interpretado pelo ator veterano William B. Davis, que atendia apenas pelo apelido de ‘Canceroso’.

Nas duas últimas temporadas foram adicionados mais dois agentes para a equipe: Annabeth Gish, no papel da Agente Monica Reyes, e Robert Patrick (que ficou famoso como o vilão T-1000 de Exterminador do Futuro II) como o agente John Dogget.

Ao longo dos anos, é claro que na medida que a série se tornava mais popular, muita gente famosa ou no começo da carreira trabalhou no seriado como, Lucy Liu (As Panteras), Ryan Reynolds (Deadpool), Shia LaBeouf (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal), Bryan Cranston (Breaking Bad), Luke Wilson (Stargirl), Jack Black (A Escola do Rock), entre outros.

Entre as participações especiais destacamos: Burt Reynalds (Agarra-me se Puderes), Jodie Foster (Contato e Silêncio dos Inocentes), Lucy Lawless (Xena: A Princesa Guerreira), Tea Leoni (atriz esposa de Duchovny). O escritor Stephen King foi convidado e escreveu um roteiro de um episódio da 5ª temporada,  ‘Chinga’.

 

O Piloto

O piloto de Arquivo X foi filmado ao longo de duas semanas em março de 1993, e dois meses depois foi aprovado pelos executivos da Fox. Carter estava determinado em tornar a relação entre os dois personagens principais da trama estritamente platônica, baseando o estilo de interação entre eles no que foi utilizado pelo autor Sydney Newman no seriado televisivo The Avengers para o casal de personagens Emma Peel e John Steed. Rumores dizem que a relação entre Carter e a atriz Anderson é que teria, no entanto, impedido um eventual romance entre os dois protagonistas.

A série ganhou um horário na noite de sexta, porém a emissora colocava mais fé no programa imediatamente anterior a Arquivo X, o western The Adventures of Brisco County, Jr – que sofreria com baixas audiências e duraria só uma temporada, em contraste ao contínuo aumento de espectadores de Arquivo X.

 

A Trilha sonora

O compositor Mark Snow se envolveu com Arquivo X através de uma amizade com o produtor executivo R. W. Goodwin. Inicialmente, quando a equipe de produção falava sobre quem iria ser o encarregado das composições, Chris Carter não sabia a quem perguntar.

No total, de 10 a 15 pessoas foram vistas, mas Goodwin continuou a pressionar para Snow ser o chefe de composição. Snow fez três audições, mas não recebeu nenhum aviso da produção se iria ou não trabalhar na série. Então um dia, o agente de Snow ligou para ele, falando sobre o episódio piloto, e dizendo que ele havia conseguido que sua composição estivesse na série.

 

Trama

Fox Mulder (David Duchovny) era considerado um dos agentes especiais mais promissores do FBI, mas por causa de suas crenças e estudos, e o fato de acreditar que existia uma grande conspiração governamental tentando encobrir segredos que não podiam ser revelados ao público, suas investigações acabaram sendo desacreditadas por seus superiores.

A conspiração na qual Mulder acredita seria mantida por um “sindicato secreto”, cujos membros fizeram um pacto secreto de vida e morte para impedir que a verdade viesse a tona.

Mulder então é removido do quadro de ação do FBI e colocado em uma espécie de sala-depósito, como se fosse um castigo, para investigar crimes estranhos que desafiam a lógica humana, os Arquivos X, de casos sem solução que não se categorizavam em nenhuma das outras letras do alfabeto e acabavam rotulados como “X” por ser a letra que tinha menos casos no arquivo do órgão.

Sozinho e sem apoio ele logo ganha a companhia de outra agente, Dana Scully (Gillian Anderson) que também é médica forense do FBI, e juntos começam a ir a campo para investigar estes estranhos casos, que vai de exorcismo, parapsicologia, monstros, vampirismo, possessões demoníacas, transmutação, canibalismo, atividades paranormais, abduções entre outros. Originalmente Scully tem como missão monitorar as atividades de Mulder, que ela faz com bastante ceticismo por algumas temporadas, mesmo presenciando fenômenos no mínimo “estranhos”.

Mulder era do tipo que acreditava nos eventos inexplicáveis, já Scully, era do tipo cética, sempre acreditando que possa existir alguma verdade científica por trás de tudo. Mas parte das investigações dos dois agentes são centrada em casos que envolvem ufologia e abduções alienígenas e isto se conecta a Mulder e sua busca para descobrir os mistérios que cercam o desaparecimento de sua irmã, Samantha Mulder, ainda na infância, na qual presenciou o que seria a suposta abdução da menina.

O problema é que suas investigações destes casos acabam entrando em choque dentro do FBI e do Governo em geral, pois pessoas poderosas estariam envolvidas, o que leva Mulder a tentar desvendar uma grande conspiração governamental mundial que sempre é acobertada. O grande vilão da série é um senhor a princípio sem nome, mas que era conhecido como  ‘Canceroso’ (por causa dos inúmeros cigarros que fuma). Ele seria o chefe do “Sindicato” que tenta acobertar a verdade e na qual o próprio pai de Fox Mulder também estaria envolvido. Canceroso age pelas sombras nos primeiros episódios instigando o chefe de Mulder e Scully, o Diretor Walter Skinner, a controlar melhor seus agentes.

As vidas de Scully e Mulder muitas vezes acabam ficando em perigo ao longo das temporadas.

 

Influência

A máxima da série, “Não confie em ninguém” ou “A verdade está lá fora”, ou “Eu quero Acreditar”(no poster de Mulder) acabaram se tornando parte da cultura pop nos anos 90.

Tivemos também ao longo das temporadas a inclusão de personagens secundários que se tornaram quase parte do elenco principal e também importantes para a trama, como o agente duplo Alex Krycek; o suposto filho do canceroso, o agente Spender; Bill Mulder (o pai de Fox Mulder); Cassandra Spender (mulher do Canceroso e mãe do agente Spender); X (o primeiro agente espião que ajudava Mulder) e O Garganta Profunda (outro agente espião que ajudava o Arquivo X). E é claro, o trio dos Pistoleiros Solitários, um grupo de nerds / hackers que ajudavam Mulder e Scully nas enrascadas ao longo das temporadas.

Inclusive um episódio centrado nos três é um dos melhores de toda a série, do ponto de vista do humor.

Nos primórdios da internet pública, os primeiros grupos (mailing lists e fóruns) de fãs começaram a surgir no mundo inteiro, para tentar decifrar os enigmas do seriado a cada semana. Fãs que se autodenominavam “Excers”, com fãs clubes organizados inclusive no Brasil. Revistas especializadas e livros sobre os bastidores, aumentaram ainda mais a extensão do fanatismo em cima do seriado. Era sempre uma alegria saber que a temporada que acabava, geralmente com um gancho, estava renovada para a próxima, deixando a ansiedade crescente ano a ano. O produtor Chris Carter e a 20th Century Fox viram a grande oportunidade ali de tentar levar o seriado para as telas de cinema, assim como havia acontecido com outra série cult, Star Trek.

Mulder e Scully formaram uma dupla de investigadores fenomenais, e apesar de Mulder acreditar nos fatos inexplicáveis, e Scully, ser totalmente cética, havia entre eles um respeito profissional mútuo. Ao longos das primeira temporadas, havia ficado claro que apesar de serem um homem e uma mulher ali, o relacionamento não passava de uma grande amizade entre os dois, mas crescia entre os fãs um movimento ‘shipper’, isto é, para que ambos se apaixonassem. Mas aos poucos, a partir da 6ª temporada, um romance foi crescendo… e até um filho eles tiveram, que depois teve que ser escondido e dado pra adoção (um fato controverso, depois revisto e reexplicado…).

 

Cinema

Em Junho de 1998 era lançado nos cinemas o longa metragem Arquivo X – O Filme (The X-Files: Fight the Future), dirigido por Rob Bowman, veterano diretor de TV, que havia dirigido vários episódios do seriado, com os atores principais David Duchovny, Gillian Anderson, Mitch Pileggi e William B. Davis, além do quadro de atores que faziam Os Pistoleiros Solitários. A ideia era ser uma ligação da 5ª temporada para a 6ª temporada.

O filme teve um custo de produção de U$ 66 milhões e que no final arrecadou no mundo inteiro quase U$ 190 milhões. Uma boa bilheteria, mas nada fenomenal.

Sinopse: Dois agentes do FBI, Mulder e Scully, que foram até Dallas, Texas tentar evitar que um prédio federal explodisse em um atentado terrorista, ficam estarrecidos quando descobrem que a explosão no qual supostamente morreram três bombeiros e uma criança foi causada pelo próprio governo, para tentar abafar o caso de um vírus alienígena que esteve adormecido por milhares de anos e agora volta superfície. Apenas um médico (Martin Landau), que conhece a realidade dos fatos, tenta alertá-los, mas agentes do governo o perseguem e fazem de tudo para que ele seja desacreditado.

 

 

Problemas e fim da série

Apesar do numero crescente de fãs e audiência alta,  internamente a produção do seriado começava a apresentar desgastes com a entrada de novos roteiristas, a saída de veteranos e as constantes brigas do elenco, produção, produtor etc.

Uma das grandes perdas foi a saída do programa dos roteiristas Glen Morgan e James Wong, que praticamente montaram a mitologia da série. Eles chegaram a sair do seriado ao final da segunda temporada para criar sua própria série Space: Above and Beyond, que infelizmente teve duração curta de uma temporada. Retornaram na quarta temporada ao mesmo tempo que criavam junto com Chris Carter os spin offs Millennium (1996-1999) e a série dos Pistoleiros Solitários (cancelada ainda na primeira temporada). Deixaram o seriado definitivamente em 1997, para focar em outros projetos, incluindo produções no cinema.

O astro principal, David Duchovny, ao final da 7ª temporada, teve problemas de renovação de contrato e reclamava de ter que filmar em Vancouver, Canadá, longe de sua família que ficou em Los Angeles. Após ameaças de deixar a série, ele acabou filmando apenas metade dos episódios finais da 8ª temporada, fazendo com que seu personagem morresse falsamente neste período. O ator Robert Patrick (Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final), foi convidado para ser o Agente John Dogget na oitava temporada, que assume no lugar de Mulder e auxilia a Agente Scully. Apesar do ótimo papel de Patrick, muitos sentiram a falta de Duchovny. Na nona temporada, outra aquisição foi a entrada da atriz Annabeth Gish no papel da Agente Monica Reyes, que auxiliaria Dogget e Scully.

Na época, David Duchovny, anunciou que não retornaria mais a série. Em vista disto, os índices de audiência começaram a despencar.

Pouco depois, a atriz Gillian Anderson anunciou que não retornaria mais ao seriado se o mesmo fosse renovado para uma décima temporada. Em 2002, a Fox anunciou que a nova temporada seria a última e a produção seria encerrada no final da 9ª temporada.

Apesar do protesto dos fãs do mundo inteiro, o produtor Chris Carter conseguiu com que o ator David Duchovny assinasse para interpretar Fox Mulder mais uma vez no episódio duplo que encerraria a série, “The True”.  Em 19 de maio de 2002, “The True – Part 2” encerrava o seriado para grande decepção dos fãs do mundo inteiro.

 

Novo filme no cinema

O fim da série levou a movimentos constantes para a volta do programa ao longo dos anos.

Em 2001, Chris Carter convenceu a Fox a produzir um novo filme para o cinema, escrito por ele e Frank Spotnitz, onde ambos seriam os produtores. O próprio Carter dirigiria o filme, que além de contar com o elenco original ainda teria a inclusão de Amanda Peet, Xantha Radley e Billy Connolly. O filme Arquivo X – Eu Quero Acreditar (The X-Files: I Want to Believe) foi lançado em julho de 2002, com um orçamento de apenas U$ 30 Milhões, rendendo mundialmente em torno de $68.4 milhões… bilheteria fraca para um filme que para muitos foi decepcionante, e que ao contrário do filme anterior, nem mencionava as conspirações e a mitologia alienígena que fizeram a série famosa.

Na trama: O súbito desaparecimento da agente Monica Bannan (Xantha Radley) faz com que a agente Dakota Whitney (Amanda Peet) recorra à ajuda do padre Joe (Billy Connolly), um homem que abusou sexualmente de 37 coroinhas no passado e que alega ter visões. Para ajudá-la na busca, já que não conta com experiência em acontecimentos fora do comum, a agente Whitney busca o apoio de Fox Mulder (David Duchovny), que não é mais agente do FBI. O contato é feito através de Dana Scully (Gillian Anderson), que também deixou a organização e agora trabalha como médica em um hospital católico. Inicialmente relutante, Mulder decide cooperar e, aos poucos, passa a acreditar cada vez mais nas palavras do padre Joe.

Chris Carter, chegou a dizer em entrevistas posteriores ao  filme que estava preparando um terceiro filme e que poderia ser lançado em 2012, voltando como tópico as conspirações alienígenas, com o retorno de Mulder e Scully. A Fox achou que o retorno financeiro do segundo filme foi pífio e que não valeria a pena investir em novas produções, então o tempo passou e nada foi realizado novamente nos cinemas…

 

Revival

Em março de 2015, uma grande surpresa: a Fox confirmou que lançaria uma minissérie de Arquivo X, continuando com novas histórias o seriado antigo, com o retorno dos atores originais.

Esta minissérie inicialmente contaria com 6 capítulos e introduziria dois novos agentes, Tad O’Malley (Joel McHale) e Liz Einstein (Lauren Ambrose), que trabalharam junto com os afastados agentes Mulder e Scully (que retornariam a FBI, para investigar novos crimes), com ajuda do Diretor Skinner (Mitch Pileggi) e as artimanhas do sinistro Canceroso (William B. Davis).

Esta minissérie, lançada em janeiro de 2016, acabou sendo conhecida como a 10ª temporada, e termina em aberto dando possibilidades de continuar a trama, envolvendo a mitologia alienígena em uma próxima temporada. Mas só haveria possibilidade de uma nova temporada se a audiência fosse boa o suficiente pra isto.

Em abril de 2017, a Fox anunciou que uma nova temporada com os agentes Mulder e Scully estava sendo confirmada, desta vez com 10 episódios. A trama seguiria o destino do filho de Mulder e Scully, agora adulto, e que havia sido entregue para a adoção durante o seriado original. Ela estreou oficialmente em janeiro de 2018. Os agentes McHale e Einstein, infelizmente tiveram seus papeis encerrados no primeiro episódio após o encerramento da trama que começou na temporada anterior. Nos episódios seguintes voltamos a ver Mulder e Scully, de volta como agentes do FBI,  investigando em campo vários fenômenos sobrenaturais com ajuda de Skinner. Quem retorna nesta que ficou conhecida como 11ª temporada é a agente Monica Reyes (Annabeth Gish) em uma trama que envolve pela última vez o Canceroso (William B. Davis). Infelizmente, muitos fãs não gostaram do final da série e a audiência também não deve ter agradado a Fox.

Possibilidades de se continuar Arquivo X com novas temporadas tem sido descartadas após a 11ª temporada (segunda minissérie). A atriz Gillian Anderson nunca escondeu que não gostou dos rumos que seu personagem ou a série teve na última temporada e em várias entrevistas revelou que não tem mais intenções em retornar como Agente Scully. Já David Duchovny disse que sempre está aberto a possiblidades, assim como o criador, Chris Carter, que demonstrou interesse em dar continuidade à franquia: “Eu não consigo imaginar que não haverá mais ‘Arquivo X’, de alguma forma”, afirmou ele em entrevista à TV Line em 2018.

Em nova entrevista à Variety em abril de 2022, a atriz Gillian Anderson revelou que só voltaria ao papel de Dana Scully sob uma condição bem específica: “[Arquivo X] hoje em dia parece uma ideia velha. Eu já fiz, e fiz por tantos anos, e a série terminou em uma nota tão infeliz. Para que eu sequer pensasse em fazer mais uma temporada, precisaria saber que há novos roteiristas envolvidos. O bastão precisa ser passado adiante, para que Arquivo X seja novo e progressista”, comentou. Na entrevista, no entanto, Anderson admitiu que, quando recebeu os primeiros roteiros da série, se animou por ver em Scully “um tipo de personagem feminina que nunca tinha visto antes na TV”. “Não é como se eu tivesse pensado: ‘Oh, é uma personagem feminista’. Eu apenas pensei que ela era única”, contou. No set, no entanto, a história foi outra, e a atriz disse que precisou brigar contra ideias machistas da produção: “Por exemplo, quando Mulder e Scully se aproximavam da porta de algum suspeito, eles sempre queriam que eu andasse atrás [de David Duchovny]. Eu me rebelei contra algumas coisas assim”.

Em março de 2019, a Walt Disney Co. anunciou a compra da Twenty Century Fox Studios e todos seus ativos, fazendo com que toda propriedade intelectual (IP) pertencente à Fox (depois rebatizada apenas de Twenty Century Studios) agora fizesse parte da companhia do Mickey…

Em agosto de 2020 a Variety revelou que a Fox estava produzindo uma série animada de comédia ambientada no universo de Arquivo X. A produção havia ganho o título provisório de Arquivo X: Albuquerque e já tinha roteiro pronto. A história seria ambientada em um escritório repleto de agentes que investigam os casos menores que Mulder e Scully não têm tempo de resolver. O criador da série original, Chris Carter estava envolvido nesse novo projeto ao lado de Rocky Russo, Jeremy Sosenko e Gabe Rotter (do revival de Arquivo X). A animação seria produzida pelo estúdio Bento Box (de Bob’s Burger). Mas em março de 2023 o site TVLine informou que a série animada Arquivo X: Albuquerque não seria mais produzida pela Fox.

 

Reboot

Em março de 2023, durante um programa de rádio, Chris Carter, no podcast On the Coast With Gloria Macarenko, disse: “Eu acabei de conversar com um jovem, Ryan Coogler, que está fazendo um reboot de ‘Arquivo X’ com um elenco diversificado. Ele terá muito trabalho porque nós já apresentamos tanta coisa neste universo.” . Segundo o site TVLine, o diretor em questão seria Ryan Coogler (Pantera Negra). Apesar de detalhes sobre o projeto não terem sido divulgados, o site confirma que, ao contrário da produção original, a nova versão não está sendo desenvolvida para a Fox. Nenhuma outra informação foi divulgada. Então acompanhe o Maxiverso para novos detalhes…

 

Melhores episódios

S01E01 – Piloto – Este é um piloto perfeito, consegue introduzir tanto o formato quanto as premissas de enredo da série; e ainda fazer sentido sozinho sendo um dos melhores do seriado. A trama é bem interessante, com um roteiro muito bem escrito sem pontas soltas, e os personagens já aparecem como foram consolidados. Talvez a diferença principal era a tensão sexual entre os protagonistas, muito evidente aqui mas reduzida em seguida.

S01E13 – Squeeze  – Esse é apenas o terceiro episódio da série, mas mostra que a equipe já começou com tudo. A história tem foco em um mutante elástico que se enfia em qualquer lugar, de qualquer tamanho. Ele hiberna  por 30 anos e só acorda para comer fígados humanos e então hibernar de novo, o que é um caso perfeito para os dois agentes mais curiosos do FBI.

S02E05 – Duene Barry – Mulder negocia uma situação de reféns com um ex-agente do FBI, que alega ser vítima de uma experiência alienígena.

S02E25 – Anasazi  – Primeira parte de uma trilogia em que Mulder aceita documentos obtidos por um hacker que o levam até um vagão enterrado no deserto do Novo México. Chris Carter tem seu momento Hitchcock aparecendo como um agente do FBI.

S03E02 – Paper clip (Operação Clipe de Papel) – Episódio final de uma trilogia envolvendo a conspiração alienígena, que envolve a descoberta de híbridos humanos através de experiências genéticas com os corpos alienígenas de Roswell.

S03E04 – Clyde Bruckman’s Final Repose – Episódio fora da mitologia e conspiração alienígena, onde Mulder e Scully investigam os assassinatos de vários médiuns e videntes. Eles recebem ajuda de Clyde Bruckman, uma indivíduo enigmático e relutante que possui a habilidade de prever como as pessoas vão morrer.

S03E15 – Piper Maru – Os mergulhadores de um navio de resgate francês se tornam vítimas de uma doença estranha depois de trabalhar em um misterioso naufrágio da Segunda Guerra Mundial.

S01E07 – Ice (Terror no Gelo) – Mulder, Scully e um pequeno grupo são enviados ao Ártico. Eles precisam investigar as misteriosas mortes de integrantes de uma respeitada equipe de geofísicos por uma bactéria supostamente alienígena. Quando Arquivo X se encontra com Enigma do Outro Mundo.

S01E19 –  Darkness Falls (Quando a noite cai) – Lenhadores desaparecem de forma misteriosa na Floresta nacional de Olympia, em Washington. Ao investigar a razão do desaparecimento, Mulder e Scully se deparam com insetos que atacam seres humanos e que só podem ser combatidos com luz.

S03E17 – Pusher (Provocador) – Mulder e Scully têm que deter um assassino que usa seus poderes de manipulação para induzir as vítimas ao suicídio. Sim, Patrick Modell usa o poder da mente e nada mais. Um exemplo de vítima é o rapaz que foi encorajado a se encharcar de gasolina e atear fogo em si mesmo, ou o senhor que sofreu um ataque cardíaco sob o efeito da voz de Modell.

S04E02 – Home (Esqueletos do Armário) – Mulder e Scully são recrutados para investigar a morte de uma criança numa cidade do interior, mas acabam descobrindo a história perturbadora de uma família de deformados, resultado de anos de incesto pesado, que vive isolada da sociedade. Violentos e selvagens, eles fazem de tudo pra se livrar dos dois agentes e manter o segredo do clã.

S05E01 e S05E02 – Redux e Redux II (Em Busca da Verdade  – Parte 1 e Parte 2), conclusão também de uma sequência de três episódios, onde o grande foco é o câncer de Scully e a possibilidade de uma conspiração dentro do FBI que faz com que Scully considere se aliar ao Smoking Man. O cronômetro em relação à saúde de Scully cria uma trama tensa e cheia de emoções.

S05E05 – The Post-Modern Prometheu (Prometeu Pós-Moderno) – No estado de Indiana, casos de mulheres que aparecem grávidas de uma criatura estranha chamam a atenção dos agentes Mulder e Scully. Ao longo da investigação, revela-se que um cientista maluco teve um dedo na história.

S05E12 – Bad Blood (Vampiros) – Episódio que envolve vampiros e  mostra uma mesma situação sob diferentes pontos de vista. É divertido ver como as personalidades de Mulder e Scully afetam diretamente o modo como eles veem um caso.

S06E02 – Drive (Dirija) – Drive é uma homenagem ao filme Velocidade Máxima, com Keanu Reeves, e foi escrito por Vince Gilligan, nada menos que criador, roteirista principal e produtor executivo de Breaking Bad. O enredo é sobre um homem que alega que seu cérebro vai explodir caso ele não se mantenha acima de uma certa velocidade, o que, claro, é um caso pro Mulder.

S06E03 – Triangle (O Triangulo) – De novo o Chris-Cabeça-de-Parafina todo brincalhão com as histórias. Mulder, dessa vez, encontra um navio fantasma perdido numa fenda do tempo no Triângulo das Bermudas, onde encontra sósias de Scully e do Canceroso e tudo faz sentido pra caramba (só que não).

S07E12 – Closure (Libertação – Parte II) – Depois de prender o assassino de Ambar-Lynn LaPierre e encontrar um túmulo contendo os corpos de dezenas de crianças desaparecidas, Mulder segue as pistas do caso da irmã e corre contra o tempo para descobrir o que realmente aconteceu com ela.

S07E15 – X-Cops (Policiais X) – Mulder e Scully são chamados para investigar, porém eles não irão sozinhos, mas acompanhados da equipe de filmagem da série de TV “Cops”.

S08E10 – Badlaa – é um daqueles episódios soltos que não interferem na mitologia da série, mas têm uma história legal, mesmo sendo um dos capítulos mais menosprezados do programa. Logo no começo, o público  é apresentado a um anão paraplégico indiano que se locomove sobre um carrinho com o impulso dos braços – uma criatura de dar calafrios.

S09E13 – Improbable (Nada aconteceu hoje) – Um assassino serial que usa a numerologia para escolher suas vítimas testa o raciocínio de Monica Reyes (que está no lugar do Mulder… longa história) e Dana Scully. Até aí parece só mais um episódio típico de série policial, mas o grande destaque da história é Burt Reynolds, astro da TV americana, que interpreta o próprio Deus.

E não podemos deixar de mencionar um episodio de Mulder e Scully…nos Simpsons! Sim, o S08E10 do seriado animado The Simpsons, tivemos a presença dos Agentes Mulder e Scully em Springfield para investigar o encontro de Homer com alienígenas. Os atores Duchovny e Anderson dublam seus personagens. Momento sensacional!

 

Legado

Arquivo X foi um elemento surpresa quando surgiu, deixando a mesmice de lado das produções da época e partindo para criar algo novo que já tinha um pouco de seu desenvolvimento baseado em Twilight Zone (Além da Imaginação), Kolchak: The Night Stalker (Kolchak e os Demônios da Noite) e Twin Peaks. Mostrando episódios com elementos sombrios que muitas vezes deixavam a narrativa serial para formar grandes arcos, ajudou a definir e a influenciar futuras séries de TV, que vieram a seguir como Lost (2004 – 2010), Fringe (2008 – 2013), Dark Skies (2006 – 2007), e muitas outras que usavam o tema de mistério / sobrenatural / conspiração / alien para conquistar novos espectadores.

Inclusive é quase consenso que o conceito de modernidade da TV em relação às séries, ou seja, a “era moderna” das séries de TV, é a partir de Arquivo X e Lost, que redefiniram a maneira como se faz série de televisão e como se interage com as mídias diversas, principalmente Internet.

Não devemos nos esquecer também que a personagem Dana Scully, que era uma médica forense que fazia diversos tipos de autópsias para investigação criminal, ajudou a definir também as futuras séries de investigações criminais como NCIS e suas variantes, JAGS entre outras.

Arquivo X ganhou vários prêmios incluindo 2 Emmys de Melhor série Dramática,  5 Golden Globes, 2 Saturn Awards entre outros.

David Duchovny ganhou um Golden Globe de Melhor Ator por Mulder e Gillian Anderson ganhou um Emmy por Melhor Atriz em Série Dramática por Scully.

 

Arquivo X ficará na memória dos seus fãs como uma série ousada, misteriosas e cuja as respostas… podem estar lá fora!

 

[RM-RS – General Media / Fox / Variety / TVLine / Techmundo / Guia da Revista Superinteressante]

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AvatarBlogger-150x150 Série: Arquivo X - A verdade "continua" lá fora...

Maxiverso

A equipe do Maxiverso é composta de redatores e escritores especialistas em diversas áreas, de modo que as notícias postadas serão sempre redigidas e revisadas pelos membros mais qualificados de nosso time.

20 thoughts on “Série: Arquivo X – A verdade “continua” lá fora…

  1. Hj em dia a serie deu uma envelhecida… ficou longa demais e os episodios muitas vezes tb sao meio longos e arrastados, mas a qualidade supera essas questoes. Interessante que desde o inicio é meio que assumido que os fenomenos paranormais existem, por mais que a Scully seja cetica, desde o começo ela presencia coisa que nao da pra explicar reacionalmente e mesmo assim ela segue cetica. Estranho isso.

  2. nossa que legal, milhares de informacoes que eu nem imaginava da serie, bons tempos em que tinha series boas de verdade de ficcao cientifica heim

  3. esse texto foi um verdadeiro presente pra mim, sou fã da série e nunca conheci esses fatos todos que vc colocou aqui, amei, parabens, fez minha sexta feira ainda melhor, pra coroar vou assistir o primeiro filme deles que eu amo

    1. Continue acompanhando nosso site, pois existem muitas materiais legais sobre séries clássicas.

  4. amo arquivo x, continuei amando mesmo com a saida do Mulder, alias adoro o John Doget, mas nao curti o segundo filme e as temporadas novas, so vi o 1o episodio da de 2016 e nem continuei…

  5. que saudade dos tempos em que eu era feliz e via Arquivo X na Record e minha unica preocupacao na vida era me divertir

    1. Se liga na análise da série, no excelente texto do nosso colunista Rodrigo Rodrigues que virá a seguir.

  6. parece que por causa da personagem Scully aumentou muito o numero de mulheres na polica, no FBI, na medicina e na ciencia ne, tem ate estudos cientificos sobre isso, teses de mestrado e doutorado etc, tudo americano, mas deve ter ocorrido tb em outros paises esse aumento

    1. Verdade, ela abriu as portas para que várias mulheres do mundo inteiro seguisse uma carreira…parabéns.

  7. pra quem gosta de ficção científica Arquivo X é a melhor série de todos os tempos! acima de star trek!

    1. Caro Ronaldo Caldeia

      Respeito a sua opinião, mas sou forçado a discordar.

      Não há dúvida de que Arquivo X foi um marco na TV mundial e teve uma influência tremenda. Eu tive a felicidade de viver essa época e testemunhar o enorme sucesso que a série fez. Até hoje tenho todos os DVDs da série e de vez em quando dou uma revisitada. Mas apesar disso tudo, é preciso lembrar que ela foi apenas uma série.

      Por outro lado, Star Trek é muito mais do que uma série de TV e filmes. Nós estamos falando de um verdadeiro fenômeno cultural que talvez só encontre paralelo em Star War, outro fenômeno. Nesse aspecto, o impacto, a quantidade de material derivado, e os traços culturais criados são incomparáveis. Só para ficar em apenas algumas tecnologias antecipadas por Star Trek, basta citar o celular, os tablets, os tradutores universais, a realidade virtual e o GPS (fundamental para o famoso teletransporte). Nada disso existia antes, nem mesmo em Star Wars. Isso para não falar na quantidade de outras séries, livros, brinquedos, jogos, e todo o tipo de itens colecionáveis que imaginação pode inventar.

      Do mesmo modo, Star Trek antecipou uma série de conquistas sociais, que até hoje são relevantes. As tripulações das naves são representativas, com diversas raças e nacionalidades (algumas até mesmo alienígenas), e o que é mais importante, sem ser de forma forçada e artificial, como o pessoal da cultura woke tanto exige hoje em dia. O primeiro beijo interracial da TV mundial foi mostrado em Star Trek, e estamos falando dos anos 60, em que negros ainda eram linchados no sul dos EUA. A primeiras aparições de personagens usando mini-saia (um escândalo para a época) foram em Star Trek. E isso entre diversas outras inovações. Até hoje, ainda são produzidos jogos (digitais e de tabuleiro), filmes, séries e livros, baseados no universo Star Trek. Convenções são realizadas todos os anos e ao redor de todo o planeta.

      Em comparação, Arquivo X foi apenas uma boa série dos anos 90, e que para sermos bem honestos, nem teve um final tão bom assim. Ela gerou dois filmes, muito abaixo do sucesso da série, e uma meia dúzia de livros, que eram apenas a “novelização” de alguns episódios. Não há séries de livros, novos filmes, spin-offs, convenções, jogos, nem praticamente nada, a não ser boas lembranças em quem tem mais de 40.

      Claro que Arquivo X exerceu alguma influência, e isso é inquestionável, mas comparar com a influência de ícones como Star Trek não faz o menor sentido. Certamente muitas mulheres entraram para a polícia e o FBI, por conta de Arquivo X, mas não dá nem para comparar com a quantidade de meninas que se interessaram, não apenas pelo espaço, mas pela ciência em geral, por conta de Star Trek.

      Obviamente em se tratando de gosto pessoal, você tem todo o direito de gostar mais de Arquivo X, do que de Star Trek, Star Wars e seja lá da série que for. E Isso não se discute. Mas excluindo a preferência pessoal, simplesmente não dá para comparar esses dois seriados, porque ele se encontram em patamares completamente diferentes.

      Um forte abraço e boas jogatinas!

      Iuri Buscácio

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