Cinema: Melhores e Piores de 2017
Caros,
Como não poderíamos deixar passar em branco, fizemos uma lista dos melhores e piores filmes que tivemos o prazer (ou não) de analisar no ano de 2017. Foi um ano de grande emoções e gratas surpresas no campo da representatividade – na qual o cinema tanto pecou, por exemplo, na premiação do Oscar de 2016.
Claro, como todas as listas, nenhuma é completa e muito menos unânime, até porque existem outros tantos filmes que podem ou poderiam constar aqui naturalmente. Assim, essa lista se baseia nos filmes em que a nossa equipe viu e principalmente naqueles que chegamos a publicar a respectiva crítica (basta clicar no título do filme para conferir).
Mas, mesmo assim, acreditamos que é possível termos um bom panorama do que rolou de melhor e pior nos cinemas em 2016. Fiquem a vontade para comentarem e engrandecerem o conteúdo (a ordem dos filmes é apenas por critério alfabético, sem significar uma qualidade maior entre os filmes)!
Melhores filmes de 2017:
A Qualquer Custo – Bebendo da fonte de “Onde os Fracos não tem Vez”, o filme de David Mackenzie é “um panorama de indivíduos, até mesmo pitorescos, dentro de um contexto por vezes melancólico cujas decisões os levam a caminhos sem volta“.
O Apartamento – Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no ano que a política americana se voltou contra a imigração. Portanto, nada mais emblemático que o diretor Asghar Farhadi ganhe o prêmio novamente.
Animais Noturnos – Um dos primeiros filmes que assisti em 2017 e não menos impactante com esta densa obra estrelada por Amy Adams: “Um constante exercício metalinguístico pessoal, onde os personagens e suas personalidades se misturam a tal ponto, que em determinado altura do longa, temos a consciência que tudo se passa dentro de um universo“.
Blade Runner 2049 – Um dos mais aguardados filmes do ano, e o diretor Dennis Villeneuve não decepciona na sua visão ao revisitarmos ao universo de Blade Runner, onde, a palavra “continuação” poucas vezes foi tão bem empregada.
Dunkirk – Poucos diretores, como Christopher Nolan, conseguem apresentar uma obra com tanta força narrativa dentro de um blockbuster.
Eu, Daniel Blake – Um das melhores e mais contundentes críticas a um sistema desumano que impera no mundo. No ano em que, principalmente no Brasil, reformas covardes afligem a população, nada mais precioso que assistirmos este longa em que “O Estado cria a ilusão de que, se você é pobre, a culpa é sua”.
O Filme da Minha Vida – Se a beleza do filme dirigido por Selton Melo não te convencer da qualidade e força do cinema brasileiro, nada mais o fará. Um declaração de amor ao cinema, pautada na fotografia espetacular de Walter Carvalho!
La La land – O que falar de um dos filmes mais apaixonantes de 2017 estrelado por Ryan Gosling e Emma Stone. La La Land emocionou e fez todos cantarem a som de “City of Star”.
Logan – Road movie de lembranças e relações paternas. A jornada final de um personagem cujo passado jamais o abandonou.
Mãe! (Mother!) – Perturbador e denso. Mãe! como obra de arte não é uma obra tão complexa em sua assimilação como alardeiam, entretanto isso não significa que não seja necessário um exercício lúdico para entender suas camadas e representatividades. Um belo trabalho de Darren Aronofsky.
Manifesto – “Questionando e ‘amaldiçoando’ o público que tenha visto aquela sua projeção como algo incompreensível e erudito, Manifesto não somente se torna relevante para discutir assuntos em voga, como é uma obra contundente na defesa da nossa própria liberdade como sociedade através da arte“.
Manchester à Beira-Mar – Filme que rendeu o Oscar para Casey Affleck, a obra de Kenneth Lonergan é uma filme de dor e lembranças. Manchester a Beira-Mar, como nossas próprias experiências, acaba se tornando o mais humano dos clichês (mas não menos belo), o de que inevitavelmente iremos – e devemos – nos adaptar a estes ciclos, que fazem parte da nossa própria essência.
Moonlight – Sob a Luz do Luar – Sublime, belo e representativo ao máximo. O grande ganhador do Oscar de Melhor filme em 2017. “Após o longa, somos compelidos a entender – e principalmente sentir – que somos resultado de uma série de influências, medos e dúvidas. Portanto, precisamos aprender diariamente que independente disso, o amor e empatia são fundamentais para sobrevivermos ao que virá a frente. Não podemos deixar que o medo, o ódio e preconceito vindo de um sociedade injusta e ignorante subjugue tais elementos“.
Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi – Na dor pela perda da atriz Carrie Fisher, o adeus definitivo aos elementos míticos do passado. Que a força sempre esteja conosco! Obrigado Leia e Luke Skywalker.
Uma Mulher Fantástica – Num ano em que representatividade chegou de maneira emblemática ao cinema, não podemos ficar indiferentes a obra estrelada pela ótima Daniela Vega.
Menções Honrosas:
Mesmo não estando na lista dos melhores (infelizmente não cabem todos), segue uma pequenas lista de filmes que poderia constar como os melhores e que, em alguns casos, não tiveram tanto reconhecimentos do grande público.
Bingo – Este drama nacional apresentou Vladimir Britcha como o folclórico palhaço, Bingo que de inocente não tinha nada. Concorrente do Brasil ao Oscar de 2018 (mas, que não chegou a ser selecionado).
It – A Coisa – Um das melhores surpresa do gênero de terror que supriu toda a expectativa dos fãs da obra de Stephen King.
Corra – Mesmo pouco visto nos cinemas, estes terror com forte critica racial surpreendeu.
A Criada – O diretor Park Chan-wook novamente apresenta uma obra envolvente. Um longa permeado de erotismo, reviravoltas e… vingança.
Um Limite Entre Nós – “E se mantendo fiel à sua estrutura e ideologia até seus últimos segundos, Um Limite Entre Nós não se nega a mantê-lo como um personagem com tantas dores ainda é capaz de criar uma discussão sobre seu legado“.
Mulher Maravilha – “Uma das maiores representantes femininas da cultura pop e nascida dentro de um universo predominantemente masculino, Mulher Maravilha não é somente um símbolo, mas, como tal, um expurgo…“.
Silêncio – “Silêncio é o capítulo final da trindade ecumênica que começou com o próprio A Última Tentação de Cristo (1988) e Kundun (1997)“.
O Piores Filmes de 2017:
Alien – Covenant – “Um produto sem identidade (não existe outra expressão) tornado irregular em sua totalidade ao apelar constantemente para a memória de seus áureos tempos.
Antes que Eu Vá (Before I Fall) – “O problema é o fato de tratarem tais elementos inerentes a aquele universo – suas dúvidas, medos e dilemas que serão fundamentais na transformação como adultos – como algo estereotipado, unidimensional sem qualquer identificação“.
O Castelo de Vidro (The Glass Castle) – Prova cabal que os realizadores (e fãs) precisam definitivamente entender que livro e cinema são algo distintos. Uma ofensa a filmes como Capitão Fantástico.
Beleza Oculta (Collateral Beauty) – “No seu problemático desfecho, a direção parece ‘chutar o balde’ e atira para todos os lados como se uma revelação para lá de absurda, apoiada no carisma de Will Smith às lágrimas, fosse o suficiente para ocultar os furos do roteiro e seu maniqueísmo“.
Fragmentado (Split) – M. Night Shyamalan acha realmente que consegue criar ainda uma obra de suspense convincente. Contendo momentos risíveis, a obra parece somente surgir efeito na cabeça dos fãs que ainda acreditam no diretor.
A Múmia – Tom Cruise como “protagonista” encontrando um personagem clássico do cinema. Sim, é um bosta.
Rei Arthur – Definição de fortuna jogada fora.
Vida (Life) – Uma cópia de Alien sem qualquer atrativo.
E você, mudaria o que nessa lista?
Rodrigo Rodrigues
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kd o de 2018 e o de 2019? ajudae
Melhor: Corra
Pior: Star Wars 8
Justin
Ok. Se quiser expor melhor sua opinião, fique a vontade.
Abraços
Fiquei na duvida se a lista reflete a opinião do critico ou do publico em geral, ja que no fim ele diz que tem varios filmes que poderia constar como os melhores e que, em alguns casos, não tiveram tanto reconhecimentos do grande público…
Ana de Armas
Bem vinda
A lista é minha (crítico) , baseada nos filmes que assisti em 2017 (acrescida de algumas lembranças de outros colaboradores do site).
Quanto ao filmes que “poderiam constar como melhores” é apenas para causarmos o mínimo de injustiças ( e mesmo assim podem ocorrer) com outros filmes. Se por acaso achou que a lista poderia ter outros filmes, ou um filme trocar de lugar com outro , sem problema. Fica ao seu critério.
O importante é termos o panorama do que aconteceu no cinema em 2017 e discutir o cinema em si.
Abraços.
Me:
MELHORES: Corra, Mother, La La Land, Dunkirk, Thor Ragnarok, Animais Noturnos, Blade Runner, Star Wars VIII.
MELHOR: Dunkirk
PIORES: Bingo, Alien, Tempestade Planeta em Furai, Torre Negra, 50 Tons + Escuros, 9 de Setembro, Baywatch.
PIOR: 50 Tons
Eliza
Bem vinda
Sua lista acrescenta bastante. Por exemplo, eu não coloquei THOR (apesar de não considerar um dos melhores), mas é bem vindo.
No campo dos piores , Torre Negra, 50 Tons … e Baywatch foram bem mencionados rs.
Abraços
liga da justiça nao merecia estar na menção honrosa?
aquele filme assim mais ou menos??????
Lanterna
Bem vindo
Liga da justiça é um bom filme, não comprometeu naquilo que se propôs. Todavia, longe de ser um dos melhores. Talvez se a lista abrangesse mais filmes , poderia entrar.
Mas se você acha que o filme foi um dos melhores , ao ponto de substituir algum mencionado , sem problemas.
Abraços